Romanos 2:1

Romanos 2:1 - Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.

PORTANTO, ÉS INESCUSÁVEL. O que Paulo começa dizendo para seus leitores é que todo ser humano não tem razão de ser para julgar qualquer um dos seus semelhantes, concernente as suas falhas, até porque, todo julgamento humano é passível de erros, porque os filhos dos homens nunca terão condições, por suas limitações de conhecerem toda a realidade dos fatos. Desta forma, ninguém deve ser juiz dos outros, principalmente no que diz respeito a condenar quem quer que seja.

QUANDO JULGAS, Ó HOMEM. Há unanimidade entre os comentaristas que, o escritor, neste capítulo dois, se dirige aos judeus, que se achavam melhores que os demais povos do mundo. Com isso, Paulo, que também era judeu, alertava aos seus compatriotas que eles não tinham o direito de condenar aos gentios, principalmente aqueles que agora seguiam ao cristianismo. A nova dispensação mudou muita coisa.

QUEM QUER QUE SEJAS. No capítulo primeiro, encontramos os argumentos de Paulo de que os gentios também e principalmente estavam em uma condição de miserabilidade diante da justiça divina. Já neste capítulo dois, o escritor também mostra que os judeus se encontravam da mesma forma reprovados pela justiça imparcial do Deus que é juiz dos vivos e dos mortos, ele que julga conforme a verdade.

PORQUE TE CONDENAS A TI MESMO. Jesus também falou a respeito deste mesmo assunto em Mateus 7:1-2 - Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Quem é que não erra, não falha e nem peca? Todo ser humano, por mais justo que pareça ser, tem seus pecados, falhas e erros diversos.

NAQUILO EM QUE JULGAS A OUTRO. E Jesus completa dizendo: Mateus 7:3-5 - E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Ninguém deve julgar os outros.

POIS TU QUE JULGAS. Neste mesmo tempo em que Paulo escrevia esta sua carta à igreja cristã que estava em Roma, principalmente na capital do império, haviam muitos judeus até mesmo fazendo parte das igrejas cristãs. Porem, estes mesmos se consideravam superiores aos gentios convertidos também ao cristianismo. Com isso, verdadeiros embates se levantavam entre os próprios irmãos, o que não poderia ser.

FAZES O MESMO. O que o apóstolo dos gentios deseja explicar para seus leitores era de que todos, judeus e gentios estavam na mesma condição perante a justiça de Deus. Os judeus tinham perdido seus privilégios de antes, porque não tiveram condições de guardar a legislação de Moisés, e pior eram os gentios que nem pertenciam as antigas alianças com Deus. Todos deram as costas para Deus, como está escrito: Não há um justo, nem um sequer (Romanos 3:1). Essa era a realidade da humanidade.