quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Gálatas 3:6-7

Gálatas 3:6-7 - Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
ASSIM COMO ABRAÃO. O apóstolo toma como texto de prova (Gênesis 15:6), porque os cristãos legalistas como também os judaizantes, tinham o patriarca Abraão como uma das mais importantes personagens da nação de Israel. Além dos mais, o pacto da circuncisão teve início com esse patriarca. Usando este exemplo de fé, quem sabe Paulo convencia aqueles que estavam deixando a graça pela lei de Moisés. Em muitos dos seus escritos, o apóstolo dos gentios se utilizava das literaturas religiosas dos judeus como prova.

CREU EM DEUS. Como o escritor estava combatendo a justificação pelas obras da lei, em defesa da graça e da fé em Cristo, ele fala sobre a fé de Abraão, fé esta que veio antes da legislação de Moisés. Quando o patriarca decidiu obedecer a Deus, a lei ainda não havia sido promulgada para os descendentes de Abraão, o que reforça a tese de que tudo teve seu princípio, neste caso, baseado na fé, e não nas regras de um código de lei. Paulo usou de inteligência, porque nenhum judaizante podia refutar estes seus argumentos.

E ISSO LHE FOI IMPUTADO. O ato de crer, por parte de Abraão, teve um efeito poderoso diante do coração de Deus, é tanto que sua atitude foi imputada como justa diante do Criador de todas as coisas. A fé de Abraão tocou na sensibilidade de Deus, ao ponto dele achar graça diante do Todo-poderoso, coisa que todos aqueles que eram descendentes de Abrão, Isaque e Jacó terem ciência desta conquista de Abraão pela fé.

COMO JUSTIÇA. Precisamos analisar a justiça humana em três tempos. Antes da lei, tal justiça foi exercida por Abraão, não porque ele merecia, mas porque teve fé autêntica em Deus. Durante a lei, a justiça do homem era vista, do ponto de vista que ele fosse praticante das exigências da lei, o que os filhos de Israel não conseguiram. E depois da lei, já no tempo da graça, de volta o exercício da fé, que cooperava com a graça de Deus.

SABEI, POIS, QUE. Estes esclarecimentos feitos pelo apóstolo Paulo eram por demais importantes, porque buscavam explicar para os gentios convertidos ao cristianismo, que não adiantava eles retornarem ao tempo da lei, porque não tinham condições de cumprir as exigências da legislação de Moisés. Bastava olhar para o exemplo da nação de Israel, eles que não estavam se encaixando nas regras da lei, quanto mais os gentios.

OS QUE SÃO DA FÉ. No raciocínio do escritor, ele dá um salto, daqueles que hoje tinham o privilégio de serem alcançados com a aliança da graça, até o tempo da aliança feita com Abraão, não baseada na lei, que veio mais de quatrocentos anos depois, mas fundamentalizada na fé do patriarca. Os seguidores de Cristo e da aliança da graça foram postos em pé de igualdade com Abraão, o que os opositores de Paulo tinham que aceitar.

SÃO FILHOS DE ABRAÃO. Os filhos de Israel se diziam filhos de Abraão sob dois aspectos, o chamado descendência de sangue, e o dizia respeito ao aspecto religioso, quanto todos os filhos dos judeus eram circuncidados ao oitavo dia do seu nascimento. Mas dentro da explicação de Paulo, os verdadeiros descendentes de Abraão eram os seus filhos na fé, ou seja, aqueles que pela fé em Cristo Jesus, exerciam a mesma fé de Abraão.

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