Atos 13:40-41

Atos 13:40-41 - Vede, pois, que não venha sobre vós o que está dito nos profetas. Vede, ó desprezadores, e espantai-vos e desaparecei; Porque opero uma obra em vossos dias, Obra tal que não crereis, se alguém vo-la contar.

VEDE, POIS, QUE NÃO VENHA SOBRE VÓS. Um dos objetivos pelos quais Deus levantou os seus muitos profetas foi justamente para advertir ao seu povo Israel sobre as consequências que os judeus sofreriam se rejeitassem os seus mandamentos e não fizessem a sua vontade. A exortação funciona como um farou em meio à escuridão, avisando aos que ela é dirigida sobre o perigo eminente que tais pessoas correm caso não deem ouvidos ao que é dito pelo mensageiro de Deus, que neste caso era Paulo. O QUE ESTÁ DITO NOS PROFETAS. Porque Paulo fala em profetas no plural, e não no profeta que ele cita a passagem do seu livro? A resposta é que na sinagoga era lida uma porção dos profetas como parte das Escrituras do Cânon da dispersão, separadamente da porção da lei de Moisés. O lugar da Escritura citada pelo pregador foi do Profeta Habacuque 1:5 que era uma advertência sobre os pecados dos judeus. VEDE, Ó DESPREZADORES. Essa expressão utilizada por Paulo caia muito bem sobre os judeus, eles que rejeitaram o seu Messias por ato contínuo de incredulidade. No evangelho de João 1:11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. É um dos textos do Novo Testamento que mais representa o desprezo que os filhos de Israel deram aquele que veio justamente somente para fazer o bem aos seus irmãos. E ESPANTAI-VOS E DESAPARECEI. João Batista em seu ministério deu um imenso foco de Luz sobre a manifestação do Messias de Deus e termina sua missão afirmando que o Cristo de Deus já estava no meio deles. Os sinais que Jesus deu de que efetivamente era o Emanuel de Deus também foram provas claras e evidentes de que ele era o Messias prometido por Deus, mas os judeus endureceram seus corações na rebeldia. PORQUE OPERO UMA OBRA EM VOSSOS DIAS. Não pretendemos entrar no mérito da profecia para o tempo do profeta Habacuque, mais desejamos apenas nos apegarmos à interpretação para os dias da manifestação do Messias de Deus. A obra que Deus fez no meio do seu povo Israel por meio da vida e ministério do Senhor Jesus não teve outra igual, nem antes, e nem depois, porque foi um feito extraordinário, fantástico. OBRA TAL QUE NÃO CREREIS. Quando o texto diz: “Obra tal” nos fala de algo sobrenatural, muito acima do alcança da natureza humano, um feito tão maravilho que a mente humano não tem a capacidade de absorver o seu valor e importância, foi o que Deus fez por meio de seu Filho Jesus. Os filhos de Israel estavam como que cegos para não verem e dormentes como se mortos fossem para não sentir o prodígio que Deus realizou por meio do aparecimento do seu Filho unigênito, Jesus Cristo. SE ALGUÉM VOS CONTAR. O profeta Isaías faz a seguinte interpelação: Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor? Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum (Isaías 53:1,3). Esta palavra se cumpriu nos dias do Messias de Deus.

Atos 13:38-39

Atos 13:38-39 - Seja-vos, pois, notório, homens irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê.

SEJA-VOS, POIS, NOTÓRIO, HOMENS IRMÃOS. Percebe-se o modo veemente com que Paulo pregava o evangelho, com o intuito de convencer os seus ouvintes da necessidade de crer no nome de Jesus, como sendo o Messias de Deus, até porque em Jesus Cristo se cumpriram todas as profecias messiânicas do Velho Testamento. Pode até ser que nesta sinagoga tivesse alguém que fosse prosélito do judaísmo, que eram os gentios convertidos a religião de Israel, a quem Paulo chama de tementes a Deus. QUE POR ESTE SE VOS ANUNCIA. A mensagem do evangelho das boas novas de Cristo traz a esperança para Israel, bem como para todos os povos, porque pelo evangelho se anuncia a obra perfeita de redenção já realizada com sucesso pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O próprio nome de Jesus quer dizer: Aquele que veio para salvar o seu povo dos seus pecados, e isso estava sendo anunciado por Paulo. A REMISSÃO DOS PECADOS. O maior de todos os problemas da humanidade é a questão do pecado contra o Criador de todas as coisas, isso porque, o homem foi criado para glorificar a Deus, mas age ao contrário, pecando contra o Senhor, e assim há uma disfunção na criação. Cristo veio justamente para resolver o terrível problema do pecado dos filhos dos homens pela sua obra de redenção para quem nele crê. E TUDO O QUE, PELA LEI DE MOISÉS. Paulo fala a respeito de uma dispensação, ou modo de tratamento de Deus com Israel, para mostrar que a legislação de Moisés não teve como resolver o problema do pecado. Na verdade, a lei de Moisés teve como um dos seus objetivos mostrar ao homem a gravidade dos seus pecados, uma vez que, nenhum pecador teve condições de guardar a todos os mandamentos da lei. NÃO PUDESTES SER JUSTIFICADOS. A lei de Moisés não prometia salvação ou vida eterna como no evangelho está proposto, nem muito menos a lei de Moisés garantia a remissão dos pecados, até porque naquela época os pecados eram cobertos e não perdoados definitivamente, a prova disto é que os sacrifícios de animais se repetiam todos os anos. De forma que, os filhos de Israel não tiveram como se justificar pela lei. POR ELE É JUSTIFICADO. Eis aqui a solução definitiva para o problema do pecado dos filhos dos homens que creem em Cristo Jesus. O Filho de Deus serviu de expiação, como sendo o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e com isso realizou a redenção dos seus escolhidos. O sacrifício de propiciação feito por Cristo foi o suficiente para apaziguar a ira e o furor de Deus, produzindo assim a reconciliação. TODO AQUELE QUE CRÊ. Paulo pregava um evangelho muito simples e direto, requerendo apenas a fé no nome de Jesus para que o pecador fosse justificado diante do trono da graça de Deus. Por justiça própria, ninguém será jamais justificado diante da justiça de Deus, mas aquele que crê verdadeiramente no sacrifício redentor do Cristo de Deus passa a ter livre acesso ao trono da graça, alcançando o perdão dos seus pecados. Portanto, sem fé é impossível agradar a Deus, e esta fé é em Jesus.

Atos 13:36-37

Atos 13:36-37 - Porque, na verdade, tendo Davi no seu tempo servido conforme a vontade de Deus, dormiu, foi posto junto de seus pais e viu a corrupção. Mas aquele a quem Deus ressuscitou nenhuma corrupção viu.

PORQUE, NA VERDADE. Paulo segue em sua pregação tentando convencer aos judeus presentes naquela sinagoga que o Senhor Jesus havia de fato ressuscitado de entre os mortos ao terceiro dia, foi visto por mais de quinhentas testemunhas, inclusive ele viu o Cristo ressuscitado, que subiu ao céu para se assentar a destra de Deus, como Rei dos reis e Senhor dos senhores, por isso era digno de crédito como sendo o Messias de Deus. Os seguidores do judaísmo até hoje não acreditam em Jesus como o Messias. TENDO DAVI NO SEU TEMPO SERVIDO. O apóstolo Paulo segue o mesmo exemplo de Pedro em sua pregação no dia de Pentecostes, falando de Davi, porque ele foi um dos reis mais respeitado de Israel. Os judeus tinham em suas crônicas seus registros das grandes e importantes personagens da história daquela nação, e o rei Davi era considerado o melhor rei de Israel, porque foi um homem segundo o coração de Deus. CONFORME A VONTADE DE DEUS. O primeiro rei de Israel, que foi Saul foi uma escolha do povo, pedindo a Samuel que ungisse um monarca para lhes governar, conforme as demais nações vizinhas. Mas no caso de Davi foi diferente, e as Escrituras afirmam que ele foi um homem segundo o coração de Deus, preparado pelo Espírito Santo para fazer as coisas conforme a vontade do Deus da nação de Israel. DORMIU, FOI POSTO JUNTO A SEUS PAIS. 1 Reis 2:10-11 - E Davi dormiu com seus pais, e foi sepultado na cidade de Davi. E foram os dias que Davi reinou sobre Israel quarenta anos: sete anos reinou em Hebrom, e em Jerusalém reinou trinta e três anos. Paulo fala a respeito de algo que era do conhecimento de todos, uma vez que, a história de Davi era, até certo ponto repetitiva entre eles, como algo que era notável. E VIU A CORRUPÇÃO. Em se tratando da interpretação literal desta colocação feita por Paulo em sua pregação, ele quis afirmar para seus ouvintes que o rei Davi morreu, foi sepultado como qualquer um dos mortais e seu corpo entrou em estado de decomposição, cumprindo-se aquela palavra que diz: E o pó volte ao pó que o deu. O que aconteceu com o corpo de Davi é o que acontece com todos os demais mortais. MAS AQUELE A QUEM DEUS RESSUSCITOU. Agora, Paulo fala a respeito de Jesus Cristo, o Messias de Deus, que também é o Emanuel, ou seja, Deus entre os homens. O que aconteceu na ressurreição de Jesus de Nazaré não aconteceu com nenhum outro em toda a história da humanidade, porque Deus estava por meio de Cristo vencendo definitivamente a morte com seus efeitos corruptíveis para a igreja remida de Cristo. NENHUMA CORRUPÇÃO VIU. Naturalmente o corpo dos seres humanos, com três dias de morto, seu estado de decomposição é indescritível dada à degradação e corrupção. Mas com o corpo de Cristo isso não ocorreu, porque pelo poder de Deus o seu corpo foi absolutamente preservado, porque ele havia de ressuscitar ao terceiro dia. Paulo escrevendo em Romanos capítulo oito, ele diz que a inclinação da carne gera a morte, e a morte é a degeneração. Cristo não pecou, por isso seu corpo era incorruptível.

Atos 13:34-35

Atos 13:34-35 - E que o ressuscitaria dentre os mortos, para nunca mais tornar à corrupção, disse-o assim: As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei. Por isso também em outro salmo diz: Não permitirás que o teu santo veja corrupção.

E QUE O RESSUSCITARIA. Era crença comum entre os hebreus o fato que o Messias de Deus, como sendo o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, teria que passar pelo sacrifício da expiação para levar sobre si o pecado do seu povo. Porem, era dado por certo que o Cristo de Deus ressuscitaria de entre os mortos para nunca mais morrer, porque as profecias a seu respeito eram eternas. Portanto, se as promessas eram eternas, não poderiam ser interrompidas com a participação na morte física. DENTRE OS MORTOS. Cristo Jesus na realidade provou a morte e morte de Cruz que era um tipo de morte mais dolorosa daquela época, porque assim estava determinado a seu respeito. As autoridades romanas só liberaram o corpo do Senhor Jesus para ser sepultado depois de verificado que realmente esta já havia morrido. Passou três dias no seio da terra, foi ao inferno pregar a sua vitória sobre o pecado e sobre a morte. PARA NUNCA MAIS TORNAR A CORRUPÇÃO. Já no Velho testamento está escrito sobre pessoas que ressuscitaram dentre os mortos, mais tais pessoas tornaram a morrer. No Novo Testamento também conta a história de outras pessoas que também ressuscitaram de entre os mortos, mas também tornaram a morrer. Mas no caso de Jesus foi totalmente diferente, porque ele ressuscitou para nunca mais morrer. DISSE-O ASSIM: AS SANTAS E FIÉS BÊNÇÃOS DE DAVI VOS DAREI. É claro que Paulo faz a citação livre e espontânea de uma passagem do Velho Testamento que nós podemos ler no profeta Isaías 55:3 - Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi. Essa era uma profecia considerada messiânica pelos judeus. POR ISSO TAMBÉM EM OUTRO SALMO DIZ. Paulo fala a respeito do que está registrado no salmo 16:9-10 - Portanto está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura. Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. Como Paulo estava pregando o evangelho para os judeus, era mais que natural ele se utilizar das suas Escrituras. NÃO PERMITIRÁ QUE O TEU SANTO. Esta mesma passagem utilizada por Paulo também havia sido usada por Pedro e Lucas escreveu em Atos 2:27 - Pois não deixarás a minha alma no inferno, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção. Logo em seguida Pedro explica que não se tratava de Davi, mas sim de Cristo, Atos 2:31 - Nesta previsão, disse da ressurreição de Cristo, que a sua alma não foi deixada no inferno, nem a sua carne viu a corrupção. Esta profecia se cumpriu em Cristo Jesus, a vida. VEJA CORRUPÇÃO. Jesus é a ressurreição e a vida, João 11:25 - Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. A ressurreição de Cristo, pelo poder de Deus, o tornou Senhor absoluto da vida independente, que não depende de ninguém para existir, porque a vida de Cristo é a vida eterna. Pela sua ressurreição Cristo foi absorvido totalmente pela imortalidade.

Atos 13:32-33

Atos 13:32-33 - E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus. Como também está escrito no salmo segundo: Meu filho és tu, hoje te gerei.

E NÓS VOS ANUNCIAMOS A PROMESSA. Paulo fala a respeito da promessa de Deus em enviar o seu Messias e tudo que envolve a nova aliança da graça de Deus em Cristo Jesus, o Salvador da humanidade. Barnabé e Paulo estavam naquele lugar com a melhor mensagem que se possa imaginar, porque anunciavam o evangelho das boas novas de Cristo, mostrando a todos o plano da salvação. No caso de Paulo, ele passou a ter uma importância fundamental para o anuncio de Cristo no mundo gentílico. QUE FOI FEITA AOS PAIS. Está escrito que Deus não faz nada, sem antes revelar aos seus servos os seus segredos, Amós 3:7 - Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. Por meio dos seus profetas, o Deus de Israel revelou e fez promessa aos antepassados dos judeus a respeito de tudo que já havia acontecido com Cristo Jesus, o Filho de Deus e Messias. DEUS A CUMPRIU A NÓS. Aquela geração do primeiro século de nossa era cristã era privilegiada, principalmente os judeus, porque tiveram o privilégio de conviverem com o cumprimento da promessa de Deus em Cristo Jesus. Os judeus tiveram uma participação muito significativa neste plano de Deus para a salvação da humanidade por Cristo Jesus, porque tudo teve o seu início em Israel, de onde nasceu a igreja. SEUS FILHOS. Esta colocação feita por Paulo pode se tratar dos judeus como filhos de Deus, porque era assim que os hebreus se consideravam diante do Criador de todas as coisas. Mas também podemos dizer que esta palavra também se estende para todos que recebem a Cristo Jesus como Senhor e Salvador, pois tais discípulos se tornam filhos de Deus por adoção, e passam a ser guiados pelo Espírito Santo de Deus. RESSUSCITANDO A JESUS. A ressurreição do Senhor Jesus teve um peso muito grande no que diz respeito ao cumprimento de todas as promessas de Deus quanto ao seu Messias, porque se Cristo não tivesse ressuscitado, para os judeus seria apenas mais um profeta que surgiu em Israel mais que morreu e foi apagado pelo tempo. No entanto, a ressurreição de Cristo lhe deu o direito de subir ao céu para se assentar a destra de Deus como Profeta, Rei e Sacerdote eterno na ordem de Melquisedeque. COMO TAMBÉM ESTÁ ESCRITO NO SALMO SEGUNDO. Como naquela época os pregadores do evangelho ainda não tinham o Cânon do Novo Testamento escrito, então, os líderes da igreja primitiva se utilizavam muito das Escrituras do Velho Testamento como prova de que tudo que estava acontecendo era de acordo com a vontade de Deus. Sem contar que esta estratégia dava autoridade as pregações. MEU FILHO ÉS TU, HOJE TE GEREI. É deveras importante se analisar o ponto de vista da interpretação messiânica em que os hebreus davam a este salmo citado por Paulo. Não temos como negar que o pregador, neste momento, como um bom interprete das profecias do Velho Testamento apontava como uma nova modalidade de vida gerada em Cristo com sua ressurreição de entre os mortos, como primícias dos seus remidos.

Atos 13:30-31

Atos 13:30-31 - Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos. E ele por muitos dias foi visto pelos que subiram com ele da Galiléia a Jerusalém, e são suas testemunhas para com o povo.

MAS DEUS O RESSUSCITOU. A ressurreição do Senhor Jesus é um dos temais principais dentro das páginas deste livro de Atos, porque o fato de Cristo ter ressuscitado de entre os mortos o fez Senhor e Cristo. O feito prodigioso da ressurreição do Senhor Jesus serviu de sinal poderoso de que ele era realmente o Messias de Deus. Aquela profecia de que o Cristo seria Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque só teria seu cumprimento se Jesus Cristo ressuscitasse para continuar o seu ministério. DENTRE OS MORTOS. Desde a queda da raça humana, por meio de Adão e Eva, que a morte passou a ser um inimigo terrível contra os filhos dos homens. E o fato de Deus, com poder ressuscitar o seu Cristo de entre os mortos, foi uma vitória grande contra o pecado e suas consequências, bem como contra o diabo com os seus demônios e acima de tudo, contra a morte. Por isso que Cristo é o príncipe da vida e ressurreição. E ELE POR MUITOS DIAS FOI VISTO. É provável que estes muitos dias citados por Paulo se refira aos quarenta dias que Lucas fala em Atos 1:2-3 - Até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera. Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus. Essa era a prova da ressurreição. PELOS QUE SUBIRAM COM ELE. É dado por certo que os onze apóstolos tiveram o privilégio de ver com os próprios olhos o Cristo ressuscitado de entre os mortos. Em uma de suas cartas Paulo diz que Jesus apareceu a mais de quinhentos irmãos, 1 Coríntios 15:6 - Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também. Por último apareceu a Paulo. DA GALILÉIA A JERUSALÉM. O Senhor Jesus morava na Galiléia, exerceu grande parte de seu ministério onde foi criado, por isso que ficou sendo conhecido como o Galileu, seus apóstolos eram da Galiléia, mas como Jerusalém era o centro religioso dos judeus, então o Cristo de Deus tinha que servir de expiação em Jerusalém. Subir da Galiléia para Jerusalém era uma realidade topográfica, mas era um status religioso. E SÃO SUAS TESTEMUNHAS. A condenação e morte do Senhor Jesus foi uma forma dos seus adversários o tirar de circulação e apagar a sua memória. No entanto, a sua ressurreição o fez entrar em cena mais forte ainda como sendo o Messias de Deus que veio para salvar a humanidade. Aquelas pessoas que viram a Jesus Cristo ressuscitado ficaram com uma fé extraordinária de que realmente Ele era o Emanuel de Deus. PARA COM O POVO. Todos aqueles que viram o Cristo ressuscitado não mais se calaram de pregar sobre Jesus como sendo o Senhor da ressurreição e a vida. Estas pessoas estavam prontas para enfrentar qualquer tipo de perseguição e até a morte defendendo o Cristo de Deus, porque carregavam consigo, a mesma esperança, que se morressem também ressuscitariam de entre os mortos, como Cristo ressuscitou.

Atos 13:28-29

Atos 13:28-29 - e, embora não achassem nenhuma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. E, havendo eles cumprido todas as coisas que dele estavam escritas, tirando-o do madeiro, o puseram na sepultura.

E, EMBORA NÃO ACHASSEM NENHUMA CAUSA DE MORTE. O próprio Pilatos falou sobre a inocência de Cristo Jesus, Lucas 23:4,14, 22 - E disse Pilatos aos principais dos sacerdotes, e à multidão: Não acho culpa alguma neste homem. Disse-lhes: Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem. Então ele, pela terceira vez, lhes disse: Mas que mal fez este? Não acho nele culpa alguma de morte. Castigá-lo-ei pois, e soltá-lo-ei. Jesus não havia feito nada de errado. PEDIRAM A PILATOS. Lucas 23:5,23 - Mas eles insistiam cada vez mais, dizendo: Alvoroça o povo ensinando por toda a Judéia, começando desde a Galiléia até aqui. Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E os seus gritos, e os dos principais dos sacerdotes, redobravam. Acusaram a Jesus perante Pilatos de dizer que era Rei, mas para eles, o perigo era que Jesus era Sacerdote também. QUE ELE FOSSE MORTO. João 19:16-18 - Então, consequentemente entregou-lho, para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus, e o levaram. E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota. Onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio. A morte de Cristo fazia parte da propiciação e expiação para realizar a redenção de todos. E, HAVENDO ELES CUMPRIDO TODAS AS COISAS. Tudo que aconteceu com o Senhor Jesus já estava previsto e preordenado pelo Deus de Amor, bondade e misericórdia como um ato de propiciação que resultou na reconciliação. Atos 2:23 - A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos. Houve a permissão graciosa de Deus. QUE DELE ESAVAM ESCRITAS. O profeta Isaías escreve sobre este momento em que o Filho de Deus é levado ao matadouro como a ovelha muda perante os seus tosquiadores. Isaías 53:7 - Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Tudo já estava previsto e determinado. TIRANDO-O DO MADEIRO. José de Arimatéia que era discípulo de Jesus foi quem solicitou a Pilatos que lhe fornecesse autorização para tirar o corpo de Jesus do Madeiro. João 19:38 - Depois disto, José de Arimatéia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o corpo de Jesus. O PUZERAM NA SEPULTURA. João 19:40-42 - Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação para o sepulcro. E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto. Ali, pois (por causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a Jesus.

Atos 13:27

Atos 13:27 - Por não terem conhecido a este, os que habitavam em Jerusalém, e os seus príncipes, condenaram-no, cumprindo assim as vozes dos profetas que se leem todos os sábados.

POR NÃO TEREM CONHECIDO. Os judeus, em quase a sua totalidade, estavam como que cegos para não enxergarem que Jesus Cristo era o cumprimento das profecias messiânicas do Velho Testamento sobre o Messias de Deus. João 1:11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. A rejeição de Cristo por parte dos filhos de Israel trouxe grandes prejuízos para os hebreus, porque eles estavam rejeitando o seu salvador. Com isso, veio a se cumprir a promessa da nova aliança com todos os povos. A ESTE. Paulo fala a respeito de Cristo Jesus, o Messias prometido por Deus, que também era o Emanuel, ou seja, Deus entre os homens para salvar os homens. Jesus era o que veio para salvar o seu povo dos seus pecados, por isso que ele veio como sendo o Cristo de Deus, aquele que era ungido de Deus como Profeta, Rei dos reis e Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque. Este é o nosso Redentor. OS QUE HABITAVAM EM JERUSALÉM. Essa colocação feita por Paulo fala a respeito não somente sobre os moradores da capital de Israel, mas diz respeito a todos os judeus que rejeitavam ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. De fato, pode ser que Paulo esteja Pensando sobre o dia propriamente dito do julgamento de Jesus em que ele foi apresentado perante a sociedade de Jerusalém, que o negou. E OS SEUS PRÍNCIPES. Os evangelhos nos fazem saber que por inveja e ciúmes, os principais dos sacerdotes mandaram prender a Jesus de Nazaré, o enviando a Pilatos e a Herodes para que fosse julgado e condenado. Os representantes do império político de Roma tinham a autoridade de Soltar ou mandar matar a Cristo, porem, percebendo eles que o povo judeu pediam sangue, então o entregou para ser crucificado na cruz. CONDENARAM-NO. Os líderes religiosos do judaísmo ficaram cheios de inveja do Filho de Deus por ver que seus prodígios se multiplicavam cada vez mais e todos os dias, por isso se levantaram contra o Cristo de Deus. Tanto Pilatos quanto Herodes não encontraram motivos o suficiente para que condenasse a Jesus, mas assim mesmo submeteu o nosso Redentor ao julgamento popular, em que o povo o condenaram. CUMPRINDO ASSIM AS VOZES DOS PROFETAS. São muitas as profecias dos profetas do Antigo Testamento falando a respeito da morte expiatória do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo em que citaríamos apenas uma delas de Isaías 53:5 - Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Essa passagem do profeta messiânico fala diretamente sobre assunto. QUE SE LEEM TODOS OS SÁBADOS. Havia a leitura de uma porção da lei de Moisés, bem como outra parte dos profetas, o que nos prova que este Cânon utilizado pelos chefes da sinagoga era da dispersão. Atos 13:15 - E, depois da lição da lei e dos profetas, lhes mandaram dizer os principais da sinagoga: Homens irmãos, se tendes alguma palavra de exortação para o povo, falai. Este era um costume nas sinagogas.

Atos 13:26

Atos 13:26 - Homens irmãos, filhos da geração de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, a vós vos é enviada a palavra desta salvação.

HOMENS IRMÃOS. Desde os primórdios da humanidade que os seres humanos se consideram irmãos uns dos outros, porque sabem que todos têm a sua origem em um mesmo troco chamado Adão e Eva. Já no que diz respeito aos hebreus, todos se consideravam irmãos porque os judeus se vangloriavam de virem dos patriarcas mais ilustres Abraão, Isaque e Jacó. Essas tradições passaram para o cristianismo, porem, com um conceito mais avançado, uma vez que somos todos irmãos, filhos de Deus. FILHOS DA GERAÇÃO. Certamente Paulo fala a respeito de todos aqueles que tiveram o privilégio de ouvirem o evangelho das boas novas de Cristo. João Batista, como precursor do Messias de Deus fez um trabalho de pregação sobre o reino de Deus que todos tiveram a oportunidade de ouvi-lo. O Senhor Jesus muito mais, exerceu plenamente seu ministério por todo o país de Israel, pregando sobre o reino de Deus. DE ABRAÃO. Essa colocação feita por Paulo neste texto fala literalmente sobre os judeus como descendentes do patriarca mais ilustre daquela nação que era o amigo de Deus Abração. Mas, podemos também conjecturar que o pregador atenta para os seguidores do tradicional judaísmo, uma vez que, o pacto da circuncisão teve seu início com Abraão e todos que faziam parte da sua família. Há nisto uma conotação religiosa. E OS QUE DENTRE VÓS TEMEM A DEUS. No caso de Abraão e o pacto da circuncisão, foram todos participantes, inclusive os que estavam em sua casa, incluindo os seus trabalhadores. No caso dos judeus, desta época em que Paulo conviveu, bem como Jesus também, somente os verdadeiros descendentes de Abraão participavam plenamente do judaísmo, todavia, os que temiam a Deus, gentios, eram apenas prosélitos do judaísmo, com muitas restrições no templo e também nas celebrações. A VÓS VOS É ENVIADA. Paulo via como bastante privilegiada a geração do primeiro século de nossa era cristã, principalmente dos judeus, porque ouviram o evangelho por João Batista, muitos tiveram o privilégio de verem e ouvirem pessoalmente o Verbo de Deus, além de que, o grupo dos apóstolos prevalecia pregando o evangelho de Cristo Jesus aos judeus por todos os meios. Deus foi generoso com aquela geração. A PALAVRA. São inúmeras as profecias messiânicas no Velho Testamento anunciando a chegada do Verbo de Deus, Jesus Cristo, que era o Emanuel, ou seja, Deus entre os homens para pregar para os homens. Não há dúvida que esta palavra é uma referência direta ao evangelho da graça de Deus, por meio do qual o mais vil pecador é liberto do pecado e da morte. A palavra de Deus estava sendo anunciada em todo o Israel de Deus, e agora, por meio do ministério de Paulo e Barnabé também aos gentios. DESTA SALVAÇÃO. Os profetas, João Batista, Jesus Cristo, os apóstolos, Barnabé, Paulo e todos os líderes da igreja primitiva traziam consigo o plano de Salvação de Deus para a humanidade, mediante a obra perfeita de Redenção, realizada pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Jesus Cristo. Paulo desejava convencer aos seus ouvintes que sua mensagem era a revelação da palavra de Salvação, por meio de Cristo Jesus.

Atos 13:25

Atos 13:25 - Mas João, quando completava a carreira, disse: Quem pensais vós que eu sou? Eu não sou o Cristo; mas eis que após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as alparcas dos pés.

MAS JOÃO. Israel se encontrava em uma situação deplorável em termos de comunhão com Deus, ao ponto do Senhor vir dando um silêncio profético de mais ou menos quatrocentos anos. O aparecimento de João Batista deveria servir de termômetro para os judeus sobre a manifestação do Messias enviado de Deus, no entanto, seus corações endurecidos pelo sentimento de rebelião não lhes permitiu ver que João era o precursor do Cristo de Deus. João veio preparar o caminho de Cristo e suas veredas. QUANDO COMPLETAVA SUA CARREIRA. João Batista, como todos os que foram enviados por Deus não nasceu de forma aleatória nesta terra, mas ele veio cumprir sua missão de como último profeta da antiga dispensação e primeira da nova aliança de Deus com a humanidade avisar que o reino de Deus estava entre os homens, isso por meio do Emanuel, que nada mais era do que Deus entre os homens e para os homens. DISSE: QUEM PENSAIS VÓS QUE EU SOU? Esta pergunta era a mesma que permeava os pensamentos do povo e dos líderes religiosos de Israel sobre João Batista. João 1:19 - E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? O ministério de João Batista despertou pelos menos a expectativa sobre o aparecimento do Messias. EU NÃO SOU O CRISTO. As respostas do João: João 1:20-23 - E confessou, e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo. E perguntaram-lhe: Então quê? És tu Elias? E disse: Não sou. És tu profeta? E respondeu: Não. Disseram-lhe pois: Quem és? para que demos resposta àqueles que nos enviaram; que dizes de ti mesmo? Disse: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. MAIS EIS QUE APÓS MIM. Mateus 3:11-12 - E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará. Os judeus deveriam ter crido nEle. VEM AQUELE. João 1:26-28 - João respondeu-lhes, dizendo: Eu batizo com água; mas no meio de vós está um a quem vós não conheceis. Este é aquele que vem após mim, que é antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia da alparca. Estas coisas aconteceram em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando. Logo depois que João foi entregue a prisão para morrer, Jesus começou seu ministério. A QUEM NÃO SOU DIGNO DE DESATAR AS ALPARCAS DOS PÉS. Paulo não estava presente quando João Batista pronunciou estas palavras, mas, certamente tomou conhecimento do ocorrido por meio da tradição oral. Esta colocação feita pelo precursor do Messias, João Batista, nos fala de sua humildade diante do Filho de Deus. Mas, acima de tudo, esta declaração de João nos ensina da grandeza do Messias de Deus, grandeza esta que deveria ter despertado os judeus a crerem em Jesus, o Cristo.

Atos 13:23-24

Atos 13:23-24 - Da descendência deste, conforme a promessa, levantou Deus a Jesus para Salvador de Israel. Tendo primeiramente João, antes da vinda dele, pregado a todo o povo de Israel o batismo do arrependimento.

DA DESCENDÊNCIA DESTE. Há várias referências nas páginas do Novo Testamento que nos fala a respeito de Jesus Cristo como filho de Davi, conforme podemos ler em Romanos 1:3 - Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne. Apocalipse 22:16 - Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã. Mateus 12:23 - E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi? CONFORME A PROMESSA. Essa promessa Deus fez ao seu servo Davi já em sua velhice que dos seus lombos levantaria o Cristo. 2 Samuel 7: 12 Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. Todos os judeus sabiam que esta palavra dizia respeito ao Messias de Deus e não a Salomão. LEVANTOU DEUS A JESUS. Observamos agora que Paulo havia feito o seu sermão com uma síntese sobre a história de Israel, destacando por fim o rei Davi para anunciar aos seus ouvintes o nome de Jesus como a coroa da importância dos hebreus. Apesar de todas as provas e sinais que Jesus deu durante a sua vida e ministério, os judeus tinham uma tremenda dificuldade para crer que Ele era o Messias prometido. PARA SALVADOR DE ISRAEL. O nome Jesus era uma transliteração do nome de Josué, e quer dizer: Aquele que veio para salvar seu povo dos seus pecados, conforme aprendemos em (Mateus 1:21). Sabemos que Jesus é o Salvador da humanidade, porque a nova aliança da graça era para todos os povos, mas essa missão teve seu início para com os judeus. Veio para o que era seu, e a igreja teve seu início em Israel. TENDO PRIMEIRAMENTE JOÃO, ANTES DA VINDA DELE. Paulo faz lembrar mais uma profecia do Velho Testamento a respeito do precursor de Cristo. Isaías 40:3 - Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai no ermo vereda a nosso Deus. João Batista era este precursor de Jesus que antes da manifestação de Cristo aos filhos de Israel pregou sobre a chegada do reino de Deus e de Cristo Jesus. PREGADO A TODO O POVO DE ISRAEL. Mateus 3:1,5-6 - E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia. Então ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão. E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. Apesar de ter tido um ministério curto, mas o precursor do Messias de Deus teve a oportunidade de pregar o evangelho para o seu povo. O BATISMO DE ARREPENDIMENTO. Mateus 3:2,6,11 - E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus. E eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados. E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. O arrependimento fala de mudança de atitude, transformação de vida e regeneração.

Atos 13:22

Atos 13:22 - E, quando este foi retirado, levantou-lhes como rei a Davi, ao qual também deu testemunho, e disse: Achei a Davi, filho de Jessé, homem conforme o meu coração, que executará toda a minha vontade.

E, QUANDO ESTE FOI RETIRADO. A realidade é que o rei Saul foi levantado conforme a vontade do povo, porque eles desejavam ser governados por um monarca, conforme os costumes das demais nações daquela época. Quando Samuel ungiu a Saul, Deus disse que o rei tinha que governar sobre a nação de Israel, conforme as regras determinadas pelo Senhor e de conformidade com a legislação de Moisés. Como Saul não quis se submeter ao mandato de Deus, então foi deposto do seu governo. LEVANTOU-LHES COMO REI. O sistema de governo monárquico já estava instalado naquela nação e agora não tinha como voltar atrás. Por meio do exemplo mal sucedido do primeiro monarca Deus estava mostrando o seu povo que permitia um homem reinar sobre o seu povo, mas que tal homem tinha que entender que os governos humanos são delegados e não independentes, porque o governo central é de Deus. A DAVI. Depois de Saul cometer várias irregularidades em seu governo, então Deus fala com Samuel sobre o filho de Jessé. 1 Samuel 16:1 - Então disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei. Este filho de Jessé era Davi o menor da casa. AO QUAL TAMBÉM DEU TESTEMUNHO. 1 Samuel 13:14 - Porém agora não subsistirá o teu reino; já tem buscado o Senhor para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o Senhor, que seja capitão sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou. Esta palavra já dizia respeito a Davi, um homem que se tornou uma grande liderança para os judeus e que era zeloso com Deus. E DISSE: ACHEI A DAVI, FILHO DE JOSSÉ. Quando Samuel chegou na casa de Jessé, o chefe da família ao tomar conhecimento de que dentre seus filhos seria ungido alguém como rei apresentou pela ordem os mais belos e fortes, porem, nenhum daqueles era o escolhido de Deus, até que por último Jessé apresentou o menor, e quando isso aconteceu Deus ordenou que ungisse a Davi como o novo monarca sobre Israel. HOMEM CONFORME O MEU CORAÇÃO. A história da vida e do governo de Davi sobre Israel foi uma comprovação de que Davi realizou efetivamente a vontade de Deus. Enquanto Saul, o primeiro monarca de Israel havia sido conforme o desejo dos hebreus, no que diz respeito a Davi, foi Deus quem o elegeu como rei sobre o povo de Israel. O Espírito de Deus foi derramado sobre Davi para que ele governasse bem. QUE EXECUTARÁ TODA A MINHA VONTADE. O evangelho declara que os governantes são constituídos por Deus, conforme Romanos 13:1 - Toda a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. O povo de Israel era a nação escolhida de Deus e com isso, o Deus Todo-poderoso tinha interesse que os seus governantes realizassem a sua vontade. No caso de Davi como rei, ele obedeceu às leis de Deus.

Atos 13:20-21

Atos 13:20-21 - E, depois disto, por quase quatrocentos e cinquenta anos, lhes deu juízes, até ao profeta Samuel. E depois pediram um rei, e Deus lhes deu por quarenta anos, a Saul filho de Quis, homem da tribo de Benjamim.

E DEPOIS DISTO. Paulo fez um ressumo desde quanto os filhos de Israel saíram do Egito rumo a terra de Canaã, principalmente os quarenta anos de provações no deserto, onde o Deus de Abraão levou o seu povo a disciplina para lhes arrancar do coração e da alma seus maus costumes adquiridos no Egito. Agora, o apóstolo passa a narrar os bons tempos dos hebreus já de posse da terra prometida. Ainda que indiretamente, mas Paulo nos faz ver a fidelidade de Deus para com os filhos de Israel. POR QUASE QUATROCENTOS E CINQUENTA ANOS. Estes foram os primeiros momentos em que Israel como a mais nova nação do mundo antigo usufruía dos grandes benefícios da terra de Canaã, terra que manava lei e mel. Este foi um período em que os hebreus se mantiveram em fidelidade a legislação de Moisés, e por conta disto, houve paz para eles, e principalmente, tempos de fartura e bonança em tudo. LHES DEU JUÍZES. Os juízes foram líderes do povo de Israel que julgavam as demandas do povo conforme a lei de Moisés e a justiça social. Uma nova nação estava se formando, em que este mesmo povo, antes vivia em uma outra cultura totalmente diferente do que realmente representava a vontade de Deus. Este tempo dos juízes foi importante para que os líderes do povo ensinassem como ser uma nação completa. ATÉ SAMUEL. Era fato histórico entre os judeus que Josué seria o primeiro juiz dos filhos de Israel já dentro da terra de Canaã, enquanto que, o último deles seria Samuel. Este último juiz, que também era profeta do Deus Altíssimo, Bem como sacerdote dos judeus, foi responsável pelo momento de transição entre o tempo dos juízes e o período da monarquia em Israel. Depois de Samuel o povo se desviou da lei e de Deus. E DEPOIS PEDIRAM UM REI. Quando os filhos de Israel pediram um rei, Samuel pensou que eles estavam o rejeitando, 1 Samuel 8:5-6 - E disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações. Porém esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao Senhor. Na verdade estavam rejeitando era o governo de Deus. E DEUS LHES DEU POR QUARENTA ANOS. A resposta de Deus. 1 Samuel 8:7-8 - E disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não te têm rejeitado a ti, antes a mim me têm rejeitado, para eu não reinar sobre eles. Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti. A SAUL FILHO DE QUIS, HOMEM DA TRIBO DE BENJAMIM. Conforme o mandamento do Deus de Israel, Samuel quem ungiu o primeiro rei de Israel, Saul. 1 Samuel 10:1 - Então tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e beijou-o, e disse: Porventura não te ungiu o Senhor por capitão sobre a sua herança? A partir deste momento, os filhos de Israel passaram a ser governados por um homem falho.

Atos 13:18-19

Atos 13:18-19 - E suportou os seus costumes no deserto por espaço de quase quarenta anos. E, destruindo a sete nações na terra de Canaã, deu-lhes por sorte a terra deles.

E SUPORTOU. Paulo fala a respeito da bondade, do amor e da misericórdia de Deus para com o seu povo. No versículo anterior o apóstolo havia destacado a escolha de Deus para com os filhos de Israel e isso não dependeu de merecimento por parte dos descendentes de Abraão, mas somos levados a pensar que tudo partiu do coração bondoso de Deus, que resolveu abençoar os hebreus de maneira incondicional. Ainda no tempo de Abraão, Deus prometeu abençoar o seu povo, agora cumpria sua palavra. OS SEUS COSTUMES. Até o tempo da saída do Egito, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó tinham a fé monoteísta dos patriarcas, mas não tinham uma legislação através da qual pudesse se espelhar. No Egito, os judeus viviam de conformidade com as tradições culturais daquele povo, e com isso adquiriram muitos costumes que não estava de acordo com a vontade de Deus. Os hebreus precisavam de mudanças. NO DESERTO. Neste ponto, Paulo fala da escola de Deus para os filhos de Israel, porque foi no deserto que o Senhor fez grandes provas do seu povo, com o objetivo de limpar seus corações dos seus maus costumes. A partir da entrada na terra de Canaã, esperava-se uma nova vida para os filhos de Israel, portanto, foi no deserto que Deus fez Israel passar por várias experiências como medida disciplinadora e corretiva. POR ESPAÇO DE QUASE QUARENTA ANOS. A partir da passagem do mar Vermelho, até a passagem do rio Jordão, nos dizem os historiadores que se a viagem fosse normal, Israel gastaria apenas três anos e meio. Porem, com os hebreus endureceram seus corações, por várias vezes se rebelaram contra o seu Deus, então, ele tiveram que ficar rodando pelo deserto por espaço de mais ou menos quarenta anos de provações. E DESTRUINDO SETE NAÇÕES. Quais eram estas nações sobre as quais fala Paulo em seu sermão na sinagoga? Deuteronômio 7:1 - Quando o Senhor teu Deus te houver introduzido na terra, à qual vais para a possuir, e tiver lançado fora muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu. DA TERRA DE CANAÃ. Certamente o pensamento de Paulo vai até o que está escrito em Génesis 12:5-7 - E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã. E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam então os cananeus na terra. A designação “Canaã” falava das sete nações citadas em (Deuteronômio 7:1). DEU-LHES POR SORTE A TERRA DELES. Deus prometeu a Abraão a terra de Canaã para os seus descendentes, conforme Gênesis 12:7 - E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera. Passados mais ou menos quatrocentos anos, o Deus Todo-poderoso estava cumprindo a sua promessa a seu amigo Abraão, dando a terra de Canaã a Israel.

Atos 13:16-17

Atos 13:16-17 - E, levantando-se Paulo, e pedindo silêncio com a mão, disse: Homens israelitas, e os que temeis a Deus, ouvi: O Deus deste povo de Israel escolheu a nossos pais, e exaltou o povo, sendo eles estrangeiros na terra do Egito; e com braço poderoso os tirou dela.

E LEVANTANDO-SE PAULO. Apesar de Barnabé ser o representante oficial dos apóstolos de Jerusalém, por ter sido enviado como missionário para a Antioquia da Síria, mas se percebe que Paulo a partir deste capítulo treze de Atos dos Apóstolos passa a ser o líder nato da equipe de missionário. A realidade é que desde que Saulo de Tarso se converteu a Cristo Jesus que Barnabé tinha enorme consideração por ele. E PEDINDO SILÊNCIO COM A MÃO DISSE. Não temos como saber se aquela sinagoga era grande ou pequena, nem quantas pessoas estavam presentes naquela reunião de culto dos judeus. O fato de Paulo pedir silêncio, isso não quer dizer que tivesse barulho naquele lugar, mas era desta forma que os pregadores se dirigiam aos ouvintes, pedindo silêncio com um Gesto de mãos. Com isso, Paulo deu a resposta que ia pregar. HOMENS ISRAELITAS, E OS QUE TEMEIS A DEUS, OUVI. Como era uma sinagoga judaica, era mais que natural que a grande maioria dos presentes fosse filhos de Israel, judeus ou hebreus. Já no que diz respeito aos que temiam a Deus, tanto pode se referir aos judeus, mais neste caso, pode ser que Paulo se dirigisse aos prosélitos do judaísmo. O mais importante para o pregador neste momento era a atenção de todos. O DEUS DESTE POVO DE ISRAEL. Quando se ler a história religiosa dos demais povos mais antigos, logo se percebe que as demais nações do mundo sempre estiveram voltadas para o politeísmo, com a adoração e veneração dos seus ídolos e imagens de esculturas. Todavia, o povo de Israel, a partir do patriarca Abraão, adotou o monoteísmo, crença em um único Deus verdadeiro, o Criador de todas as coisas. ESCOLHEU A NOSSOS PAIS, E EXALTOU O POVO. Essa referência aos “pais” pode ser que Paulo estivesse se reportando a Abraão, Isaque e Jacó, mas também pode ser que ele estivesse se referindo de forma genérica aos mais ilustres antepassados dos filhos dos hebreus. Dentre todos os povos do mundo antigo, conforme lemos no Velho Testamento, Deus escolheu Israel como seu povo e abençoou sempre aos hebreus. SENDO ELES ESTRANGEIROS NA TERRA DO EGITO. A entrada dos filhos de Israel no Egito foi planejada por Deus, quando ainda o patriarca Abraão estava vivo. Mas a personagem mais significativa neste assunto foi José filho de Jacó, que Deus enviou na frente para preparar o terreno para que os hebreus entrassem naquela terra estrangeira. Enquanto José estava vivo, os judeus foram abençoados e fortalecidos. E COM BRAÇO PODEROSO OS TIROU DELA. Mas Deus deu prazo para que os filhos de Israel saíssem do Egito e voltasse para a terra da promessa que era Canaã. Na época em que os judeus tinham que ser resgatados do Egito, os governantes daquela terra não quiseram liberar o povo de Deus. Como Deus tinha que cumprir sua promessa aos filhos de Israel, o Senhor se utilizou de Moisés para realizar grandes sinais, prodigalizando as pragas naquela terra hostil, até que o povo de Deus saiu triunfante.

Atos 13:15

Atos 13:15 - E, depois da lição da lei e dos profetas, lhes mandaram dizer os principais da sinagoga: Homens irmãos, se tendes alguma palavra de exortação para o povo, falai.

E DEPOIS DA LIÇÃO DA LEI. Até a década de sessenta de nossa era cristã era obrigação dos chefes das sinagogas judaicas lerem uma porção da lei de Moisés. Os estudiosos deste assunto nos fazem saber que os cinco livros do Pentateuco eram divididos de tal maneira que toda a legislação de Moisés era lida todos os anos para os filhos de Israel em todas as sinagogas judaicas. Geralmente a leitura da lei de Moisés era feita pelo principal da sinagoga ou por um dos anciãos cooperadores escolhido pelo líder local. E DOS PROFETAS. Nesta mesma época haviam três Cânones adotados pelos seguidores do judaísmo que eram eles: O Pentateuco, contendo os cinco livros escritos por Moisés. Havia o Cânon adotado pelos fariseus, que passou a ser a bíblia dos protestantes. E havia o Cânon da dispersão, que passou a ser adotado pelo império religioso de Roma. Provavelmente os documentos usados aqui foi o da dispersão. LHES MANDARAM DIZER OS PRINCIPAIS DA SINAGOGA. Estes principais da sinagoga eram eles: O líder local da congregação judaica, que tinha como cooperadores vários anciãos, o que nas igrejas modernas chamam de presbíteros, e depois haviam ainda os auxiliares ou diáconos. O ministério local fazia a escolha de quem fazia o sermão ou pregação, e depois, mandava perguntar a pessoa escolhida se ela tinha a mensagem. HOMENS IRMÃOS. Consequentemente os líderes locais da sinagoga já tinham o conhecimento que Paulo e Barnabé eram judeus e que poderiam trazer uma palavra para todos que estavam presentes naquele ambiente. Talvez eles não soubessem que os missionários não eram mais seguidores do judaísmo, por terem se convertido ao cristianismo, porque se eles soubessem jamais teriam oferecido oportunidade a eles. Era um costume dos hebreus chamarem uns aos outros de irmãos, pela consideração. SE TENDE ALGUMA PALAVRA. Havia uma normatização correta quanto à oportunidade para a transmissão da mensagem nas sinagogas judaicas, em que o dirigente do culto escolhia a pessoa que fazia a pregação, depois mandava um auxiliar pergunta se o escolhido estava com a mensagem para transmitir para a congregação. Se o escolhido tivesse com a palavra, pregava, se não tivesse, rejeitava a oportunidade. DE EXORTAÇÃO. O pregador escolhia a porção das Escrituras, em que fazia a leitura do texto e depois fazia a devida explicação ou aplicação da lei ou do profeta que era lido. O que os principais da sinagoga solicitavam aos pregadores é que não enchessem linguiça com mensagens sem conteúdo, mas que a palavra servisse de ensino e exortação para o povo. Os ouvintes precisavam de uma palavra de doutrina mesmo. PARA O POVO, FALAI. A oportunidade estava aberta para Barnabé ou Paulo pregarem a palavra de Deus, e os que estavam presentes estavam sedentos de ouvirem a mensagem de Deus. É muito bom quando a porta da palavra se abre para aqueles que efetivamente amam a pregação da palavra de Deus e Paulo tinha neste momento uma chance de ouro para pregar o evangelho de Cristo para os seus compatriotas judeus.

Atos 13.14

Atos 13:14 - E eles, saindo de Perge, chegaram a Antioquia, da Pisídia, e, entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se.

E ELES. O Dr. Lucas fala a respeito da comitiva de missionários, entre eles Barnabé e Paulo, em que Barnabé tinha autorização oficial da igreja matriz de Jerusalém, por meio dos apóstolos para pregar o evangelho onde o Espírito Santo enviasse. Já quanto a Paulo, ele foi escolhido por Cristo para essa tão importante missão e enviado pela igreja gentílica de Antioquia da Síria para pregar o evangelho da incircuncisão em todo o mundo. Já no que diz respeito a João Marcos ele voltou para a igreja de Jerusalém. SAÍNDO. Quando lemos e estudamos as cartas de Paulo e suas atividades de evangelização, aprendemos que ele quando chegava em uma nova localidade se dedicava ao máximo com seus companheiros de ministério para anunciar o evangelho das boas novas de Cristo a todas as pessoas. Mas, quando percebia que já havia pregado a todos, então ele partia para outra cidade, foi o que aconteceu em Perge. DE PERGE. Perge era uma localidade que se estendia as margens do rio Cestro, em que contava com um grande teatro, bem como com um enorme estádio esportivo. O povo de Perge era extremamente idólatra, adorando a deusa Artemisa, que era a mesma Diana dos efésios. Nesta cidade o apóstolo Paulo fez um extraordinário trabalho de evangelização dos gentios, o que pode ter levado ao desacordo com João Marcos. CHEGARAM A ANTIOQUIA, DA PISÍDIA. Existiam duas Antioquias, em que a primeira, Antioquia da Síria, onde os discípulos foram chamados de cristãos, é citada em Atos 11:20 - E havia entre eles alguns homens cíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. Já no que diz respeito à Antioquia da Pisídia, Essa região ficava em um tabuleiro da Ásia Menor, limitado a leste e a norte pela Licaônia, ao sul pela Panfília e ao norte e oeste pela província da Ásia. E ENTRARAM NA SINAGOGA. Nas cartas de Paulo também aprendemos que ele tinha por costume primeiro pregar o evangelho da circuncisão para os seus compatriotas e irmãos judeus, por isso que ele buscava antes de qualquer coisa se aproximar dos seguidores do tradicional judaísmo. Quanto à sinagoga dos judeus, havia o templo de Jerusalém, onde os judeus compareciam nas festas principais, e as sinagogas onde os judeus se reunião aos sábados para cultuarem a Deus e fazerem suas orações. NO DIA DE SÁBADO. O dia de sábado era o dia de descanso para os Judeus, como nos dias de hoje em nosso país é o domingo. Portanto, neste dia de descanso para os seguidores do judaísmo, eles não trabalhavam, mas buscavam se dedicar ao Senhor, realizando seus cultos nas sinagogas judaicas. Lembrando que a igreja de Cristo não mais é obrigada a seguir este costume dos judeus, pois Cristo nos libertou da lei. E ASSENTARAM-SE. Paulo e Barnabé, como eram judeus foram assistir ao culto em uma das sinagogas judaicas que havia na cidade de Antioquia da Pisídia em um dia de sábado como era o costume dos judeus. Chegando no ambiente da sinagoga, mesmo sendo desconhecidos, se assentaram nos bancos da congregação e ficaram acompanhando o que estava transcorrendo naquele lugar, que era uma celebração.

Atos 13.13

Atos 13:13 - E, partindo de Pafos, Paulo e os que estavam com ele chegaram a Perge, da Panfília. Mas João, apartando-se deles, voltou para Jerusalém.

E PARTINDO DE PAFOS. Pafos tinha sua importância administrativa e militar, por ser a sede do governo imperial romano da ilha de Chipre. Tendo sido Pafos destruída por um terremoto avassalador, foi depois reconstruída por Augusto, passando a ser um ponto turístico das autoridades romanas, e funcionava mais como um quartel militar. Não temos como saber quantos dias ou meses os missionários ficaram nesta cidade, mas acreditamos que foi o tempo suficiente para levar o evangelho naquela cidade. PAULO. Percebe-se que a partir deste capítulo treze de Atos dos Apóstolos, o escritor começa a destacar o nome de Paulo e não de Saulo, porque este era o seu nome romano no mundo gentílico. Também é notório que o Dr. Lucas começa a destacar a pessoa de Paulo como liderança do grupo de missionários, sem, no entanto, causar desconforto em Barnabé, ele que era enviado por Jerusalém, mas Paulo era líder nato. E OS QUE ESTAVAM COM ELE. Primeiro, devemos afirmar que esta equipe de missionários tinha a presença de Barnabé, que era o missionário oficial, com aprovação da igreja matriz de Jerusalém, portanto, ele contava com o apoio do grupo dos apóstolos. Depois, também temos a certeza da participação de João Marcos, ele que era judeu e que foi o escritor do evangelho que leva o seu nome, Marcos. E CHEGANDO A PERGE. Verdade é que Paulo já estava pregando o evangelho a mais de dez anos em Damasco, que era o local onde morava antes de se converter ao cristianismo, bem como na Síria e na Panfília. Mas, agora, ele estava chegava a mais um campo missionário. Perge era uma localidade que se estendia as margens do rio Cestro, em que contava com um grande teatro, bem como com um enorme estádio esportivo. O povo de Perge era extremamente idólatra, adorando a deusa Artemisa. DA PANFILIA. A Panfília era uma grande região da Ásia menor em que sua principal cidade era justamente Perge. A Panfília estava localizada em grande parte nas margens do mar Mediterrânico, tendo como outras localidades limites a Lícia, depois Pisídia, também Licônia e por fim Cilícia. Durante o período romano, o termo passou a designar também uma região maior, que incluía a Pisídia e todo o território que ia até as fronteiras da Frígia e da Licônia. Esta era uma grande região carente do evangelho. MAS JOÃO, APARTANDO-SE DELES. Como já temos falado um pouco antes, este era João Marcos, filho de Maria, aquele serva de Deus que recebeu a Pedro depois que o anjo do Senhor o libertou da prisão, ela tinha como que um salão grande onde se realizavam cultos e reuniões de oração. Há quem diga que Marcos tenha se apartado de Paulo e barnabé para se dedicar na busca de dados para escrever seu evangelho. VOLTOU PARA JERUSALÉM. De acordo com o que temos neste ponto, o que teria acontecido para que João Marcos voltasse para Jerusalém? São muitas as especulações que se tem levantado sobre tais motivos, e além do que falamos anteriormente, apontam que ele teve sérios problemas com a forma com que Paulo trabalhava, evangelizando principalmente os gentios, de quem mais tarde se tornou apóstolo.

Atos 13:12

Atos 13:12 - Então o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor.

ENTÃO O PROCÔNSUL. O Espírito Santo estava mais uma vez agindo para que mais um pecador se achegasse ao trono da graça, cumprindo assim o propósito do evangelho das boas novas de Cristo. Este procônsul era chamado de Sergio Paulo, uma das altas autoridades na ilha de Chipre, tendo sido nomeado ou escolhido pelo senado romano para tomar conta da ilha de Chipre. Os historiadores nas fazem saber que este homem era curioso no que diz respeito às coisas sobrenaturais e espirituais, bem como sábio.

VENDO. Sergio Paulo viu com seus próprios olhos os fatos narrados pelo escritor deste livro, não foi coisa de ouvir dizer ou que lhe contaram para que ele viesse a crer na história. O ser humano está acostumado a lidar com as coisas naturais desta vida, e provavelmente aquele procônsul já havia visto coisas estranhas acontecerem por meio das atividades ocultistas realizadas por Elimas, conhecido de Barjesus, o encantador.

O QUE HAVIA ACONTECIDO. Lucas se reporta ao que está escrito no versículo anterior conforme Atos 13:11 - Eis aí, pois, agora contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. E no mesmo instante a escuridão e as trevas caíram sobre ele e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão. O que Deus estava realizando através de Paulo era tão grande que superava tudo que Elimas fez antes.

CREU. Não temos como saber se na verdade Sergio Paulo se converteu para o reino de Cristo depois de contemplar este fato tão extraordinário que Deus realizou por intermédio da Paulo. Há quem diga que o procônsul apenas creu que o poder que operava através de Paulo era superior ao ocultismo realizado de maneira enganoso por Barjesus, o encantador e também falso profeta. Não há subsídio bíblico suficiente para se afirmar que esta crença de Sergio Paulo se traduza pela fé cristã genuína.

MARAVILHADO. A realidade é que o procônsul ficou de queixo caído diante do que viu com seus próprios olhos. As pessoas sabem que existe uma guerra permanente entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas, e existe um conceito geral, ainda que abstrato que o bem vence o mal, bem como a luz vence as trevas, no entanto, o mais convincente é quando na prática as pessoas veem com seus olhos que isso é uma realidade prática.

DA DOUTRINA. No primeiro momento podemos afirmar que esta doutrina sobre a qual escreve o Dr. Lucas diz respeito às palavras ditas pelo missionário e representante de Deus, Paulo. Mas, se Sergio Paulo creu em tudo que Barnabé, Paulo e João Marcos pregavam na ilha de Chipre, então podemos assegurar que o procônsul chegou a crer no corpo completo do arcabouço do evangelho da graça de Deus e de Cristo Jesus.

DO SENHOR. É interessante que o procônsul, Sergio Paulo teve uma compreensão realista de que as palavras pronunciadas por Paulo não era a sua própria ideologia, mas se tratava de uma comunicação direta de Cristo Jesus. Este “Senhor” sobre o qual fala o escritor, pode se referir ao Deus único e Verdadeiro, Criador de todas as coisas, mas com certeza, neste caso específico diz respeito ao Cristo exaltado por Deus, ele que era o príncipe de Deus Pai, Rei dos reis e Senhor dos Senhores (Apocalipse 19:16).

Atos 13:11

Atos 13:11 - Eis aí, pois, agora contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. E no mesmo instante a escuridão e as trevas caíram sobre ele e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão.

EIS AÍ, POIS, AGORA CONTRA TI. Saulo de Tarso a bem pouco tempo havia passado por uma experiência similar ao passaria a ocorrer com Elimas o encantador. Não há dúvida que tal experiência tenha sido uma medida disciplinadora de grande ajuda para Saulo, a fim de que ele viesse a entender que não era alto suficiente em nada, e que o apagar das luzes o fez compreender que existe alguém maior que ele, a quem o homem arrependido deve confessar, passando a fazer a sua superior vontade.

A MÃO DO SENHOR. Essa foi uma expressão utilizada por Paulo para dizer que não seria a sua própria vontade, mas que a ação da parte de Deus é que faria suas palavras se cumprirem. Com isso, Paulo quis dizer a Barjesus, que a partir daquele momento Deus iria agir para coibir as ações enganosas da parte de Elimas. Na realidade Paulo reconhece que não tinha poder para fazer tal coisa, mas Deus sim poderia realizar.

E FICARÁS CEGO. Barjesus, o encantador ou mágico, se intitulava a grande luz que buscava iluminar os que se achavam nas trevas por meio de suas práticas ocultistas, agora ficaria totalmente sem luz. Na verdade, existem muitos enganadores que por meio de suas teorias buscam ser guia dos outros, mas estão em profundas trevas, porque não possuem a verdadeira luz que vem do Deus de toda a glória e virtude.

SEM VER O SOL POR ALGUM TEMPO. Paulo mediu as suas palavras pela tabela da misericórdia quando profetizou que Elimas ficaria cego por algum tempo, e não para o resto de sua vida. Conjecturamos que Paulo tenha imaginado que o castigo temporário na vida de Barjesus era o suficiente para que este viesse a reconhecer seus próprios erros. Paulo previa que o castigo como disciplina seria o suficiente para Elimas.

E NO MESMO INSTANTE. Essa ação instantânea de Deus em fazer cumprir as palavras do seu servo Paulo foi uma importante comprovação de que realmente a autoridade de Deus estava com a sua vida e com as suas palavras. Hoje não se ver mais com frequência coisas do tipo acontecerem, até porque a grande maioria dos que se dizem líderes do cristianismo estão envolvidos na obra de Deus com outras intenções.

A ESCURIDÃO E AS TREVAS CAÍRAM SOBRE ELE. O Dr. Lucas, o médico amado e escritor do livro de Atos dos Apóstolos sabia exatamente o nome da patologia que acometeu a Elimas, mas ele preferiu termos exteriores para falar de verdades espirituais também. De fato, Barjesus já estava vivendo esta realidade espiritual, que veio a se tornar em verdade real para o seu dia a dia, em que ele perdeu a sua visão física também. A escuridão fala da ausência da luz, às trevas é muito mais do que isso.

E, ANDANDO À RODA, BUSCAVA A QUEM O GUIASSE PELA MÃO. Podemos imaginar essa cena de um homem que antes era orgulhoso, prepotente e que se achava o iluminado, guia dos que estavam em trevas. Agora, humilhado, andando em volta de se mesmo, sem direção, precisando de que alguém o guiasse pela mão. O procônsul deve ter ficado admirado com o que aconteceu com Elimas, vendo sua fragilidade.

Atos 13:10

Atos 13:10 - Disse: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?

E DISSE: Ó FILHO DO DIABO. Jesus falou que muitos têm como pai o diabo, João 8:44 - Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. Assim como os filhos de Deus fazem a vontade do Pai, do mesmo modo, os filhos do diabo também procuram realizar a vontade do seu pai, o diabo.

CHEIO DE TODO ENGANO. Os verdadeiros filhos de Deus vivem cheios do Espírito Santo, por isso andam na verdade, com uma vida transparente, pautados no caminho da santidade. No caso de Elimas, que foi chamado por Paulo de filho do diabo, então, ele tinha que ter as características do seu pai, o diabo que é mentiroso desde o princípio, pois não se firmou na verdade. Elimas enganava os seus prosélitos sempre.

E DE TODA MALÍCIA. Os servos de Cristo são pessoas simples e humildes que não se interessa demasiadamente por muitas coisas, mas buscam o reino de Deus em primeiro lugar e as coisas que são de cima como prioridade. Elimas, o encantador quando se aproximava das pessoas já era com a intenção de tirar proveito e levar tais pessoas à ruína, porque os filhos do diabo carregam consigo mesmo a maldade.

INIMIGO DE TODA JUSTIÇA. Essa justiça sobre a qual se refere o escritor diz respeito a justiça de Deus, ao próprio Cristo, Ele que é a justiça personificada de Deus e todas as coisas da verdade, da luz e do bem. Como Elimas estava sendo usado pelo diabo, então ele se colocava como inimigo da justiça de Deus, trabalhava contra o Senhor Jesus e por todos os meios buscava neutralizar a verdade, banir o bem e apagar a luz. Não é difícil identificar os filhos do diabo, porque eles trabalham contra estas coisas.

NÃO CESSARÁS DE PERTURBAR. Percebe-se que neste momento Paulo tem um confronto direto não somente com Elimas, o encantador, mais principalmente contra o diabo que estava incorporado em Elimas. São inúmeros os mecanismos utilizados pelo diabo com os seus demônios para perturbar as coisas de Deus. É notório que sempre existiram aqueles que foram possessos pelos demônios para tentar atrapalhar a igreja.

OS RETOS CAMINHOS. A vida cristã, quando levada a muito sério, representa um rastro de luz e de verdade, em que o discípulo do Senhor trilha um caminho puro e reto. Todos aqueles que são usados pelo diabo com os seus demônios tem ódio do evangelho de Cristo, busca por todos os meios interferir para que os servos do Senhor venham a abandonar a verdade, porque as potestades são inimigas de Deus.

DO SENHOR. A partir do momento que alguém verdadeiramente se converte dos seus caminhos errados e nasce de novo pelo processo transformador e regenerador do Espírito Santo ele passa a trilhar os caminhos do Senhor. Mas os filhos do diabo andam nos caminhos do mundo, nos seus próprios caminhos e pior, os que são influenciados pelos demônios fazem a vontade do diabo. Elimas, o encantador era um exemplo de pessoa que estava sendo visivelmente usada pelo diabo contra o reino de Deus.

Atos 13:8-9

Atos 13:8-9 - Mas resistia-lhes Elimas, o encantador (porque assim se interpreta o seu nome), procurando apartar da fé o procônsul. Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele.

MAS RESISTIA-LHES ELIMAS. Barnabé e Saulo de Tarso se esforçavam muito para dentro do possível pregar uma mensagem que viesse a convencer o procônsul da necessidade que ele tinha de crer verdadeiramente no nome poderoso de Cristo Jesus como sendo o Messias de Deus. Do outro lado, Barjesus ou Elimas tentava distorcer tudo que os missionários pregavam para aquele homem. Na obra de evangelização existe um confronto direto das forças do mal contra o reino de Cristo Jesus, o Salvador.

O ENCANTADOR, PORQUE ASSIM SE INTERPRETAVA O SEU NOME. Barjesus, Elimas ou encantador era a mesma pessoa, que com elementos do ocultismo enganava a muitas que eram desprovidos da verdade. Diante do que é dito aqui sobre Elimas, o encantador, podemos conjecturar que este falso profeta tinha um poder de persuasão muito grande. O encantador daquela época é muito parecido com o feiticeiro de hoje.

PROCURANDO APARTAR DA FÉ O PROCÔNSUL. Um pouco mais a frente o escritor chega a dizer que o procônsul “creu”. Porem, isso não quer dizer que esta autoridade romana tenha se tornado um discípulo de Cristo. O que Elimas estava tentado fazer era distorcer as verdades pregadas pelos missionários para que o procônsul não chegasse a se converter de verdade. O inimigo estava lutando para o homem não crer.

TODAVIA, SAULO. O testemunho de Saulo de tarso era transformador, porque sua história de antes e depois era um exemplo vivo do que Cristo poderia fazer na vida de qualquer pecador. Antes de ter um encontro com Cristo na estrada de Damasco, e ser transformado em um novo homem, Saulo de Tarso também era uma autoridade, não do império político de Roma, mas da alta Corte dos filhos de Israel, o Sinédrio.

QUE TAMBÉM SE CHAMAVA PAULO. De acordo com a versão bíblica que estamos utilizando, o nome “Paulo” começa a aparecer, porque era assim que ele se chamava em suas relações para com os gentios. Essa mudança retrata muito bem o estilo de vida que o grande apóstolos gentios passou a desfrutar depois que seguiu a missão de levar o evangelho libertador do Senhor Jesus nos campos missionários transculturais.

CHEIO DO ESPÍRITO SANTO. Quando Saulo se converteu, Jesus enviou ao seu encontro a Ananias, que era um servo de Cristo para que este orasse por Saulo a fim de que ele fosse cheio do Espírito Santo. Atos 9:17 - E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. Uma das marcas mais importantes do ministério de Paulo foi ser cheio do Espírito de Deus.

FIXANDO OS OLHOS NELE. Essa é uma forma de expressão que nos fala de como Paulo enfrentou cara a cara o encantador Elimas. As pessoas tinham medo de ir para o confronto direto com o encantador Elimas, porque pelo fato dele se utilizar do ocultismo, ninguém tinha coragem de enfrenta-lo. No entanto, o que estava com Paulo era mais poderoso do que os espírito de demônios que atuavam no encantador Elimas.

Atos 13:7

Atos 13:7 - O qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente. Este, chamando a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus.

O QUAL ESTAVA COM O PROCÔNSUL. “O qual” se refere à Barjesus, que era um judeu desviado das tradições religiosa dos hebreus e agora seguia o ocultismo, dando uma de profeta e enganando as pessoas por meio de adivinhação. Geralmente, um procônsul era uma alta autoridade do exercito romano, escolhido ou nomeado pelo senado de Roma para representar o império político da capital. De acordo com as leis e a política dos romanos haviam as províncias imperiais e as províncias senatoriais.

SERGIO PAULO. Nada mais encontramos dentro das páginas do Novo Testamento a respeito deste procônsul, senão o que nos conta Lucas em sua narrativa. O fato de ser este homem curioso nas coisas espirituais é que o fez se aproximar de Barjesus, sem, no entanto, descobrir que o falso profeta o enganava por meio do ocultismo. Com a chegada dos missionários cristãos, então, Sergio Paulo foi despertado para a verdade.

HOMEM PRUDENTE. Lucas quis dizer que Sergio Paulo era um homem inteligente, curioso e perscrutador da verdade. É possível que Sergio Paulo já havia percebido que nas palavras de Barjesus e em suas práticas ocultistas tinham alguma coisa errada. Quem age com prudência, inteligência e quer saber da verdade, não se deixa enganar por muito tempo. Deus dá ao homem a inteligência para distinguir o certo e o errado.

ESTE, CHAMANDO A SI BARNABÉ. O procônsul, Sergio Paulo tinha pleno conhecimento de tudo que acontecia em toda a ilha de Chipre e quando algo de novo surgia naquela região, então ele procurava se inteirar ainda mais, porque para isso ele estava naquela ilha, como representante do império político de Roma. Certamente Sergio Paulo ouviu falar a respeito dos missionários que pregava o evangelho das boas novas de Cristo em Chipre. Prontamente o procônsul os mandou chamar para ouvi-los.

E A SAULO. Barnabé e Saulo eram os missionários responsáveis por aquela excursão de pregações do evangelho por aquela região, apesar de já ficarmos sabendo que João Marcos também os acompanhava. Qualquer estrangeiro ou desconhecido que chegasse a ilha de Chipre, logo era chamado a presença do procônsul, para se descobrir quais eram as intenções do visitante, esse era um procedimento romano.

PROCURAVA MUITO OUVIR. No caso de Barnabé e de Saulo, os missionários cristãos, o procônsul os chamou porque desejava ouvir sobre o que eles pregavam. Sergio Paulo era um homem bem informado, e certamente já havia ouvido falar alguma coisa do que aconteceu com um certo homem chamado Jesus de Nazaré, que foi morto pelos romanos, mas que ressuscitou ao terceiro dia, sobre quem os missionários falavam.

A PALAVRA DE DEUS. Não há dúvida que as pregações feitas por Barnabé e por Saulo de Tarso estavam tendo efeito na vida de quem as ouvia, e com isso, o representante maior do império político de Roma queria saber que palavras eram essas. Há na verdade um grande poder nas boas novas do evangelho da graça de Deus, em que as barreiras culturais, sociais e raciais são quebradas. Apesar de ocupar posição elevada nos quadros políticos daquela época, mas este homem foi atraído pelo evangelho.

Atos 13:5-6

Atos 13:5-6 - E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador. E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu mágico, falso profeta, chamado Barjesus.

E, CHEGANDO A SALAMINA. Salamina era uma das cidade da ilha de Chipre mais importante como rota principal de entrada naquela ilha, exercendo papel fundamental no comercio de toda a ilha. A chegada dos missionários não tinha finalidades comerciais, porem, os homens de Deus viam em Salamina uma oportunidade importante para com eficiência anunciar o Salvador da humanidade Cristo Jesus. O evangelho era mais anunciado nas cidades onde se concentrava mais pessoais.

ANUNCIAVAM A PALAVRA DE DEUS. Barnabé e Saulo de Tarso não estavam naquela cidade fazendo turismo, nem simplesmente para conhecer os seus moradores, nem muito menos com a intenção de fazer um novo empreendimento comercial. Mas os homens de Deus estava cumprindo o que Jesus mandou em Marcos 16:15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Essa é a nossa missão.

NAS SINAGOGAS DOS JUDEUS. Até então, se percebe que Barnabé era o líder da missão, e como enviado pela igreja de Jerusalém como missionário teria que cumprir as regras estabelecidas pelos apóstolos. Era, portanto, um costume dos missionários que ao chegarem em um novo campo missionário pregassem o evangelho primeiro para os judeus. Razão porque primeiro procuravam as sinagogas dos irmãos judeus.

E TINHAM TAMBÉM A JOÃO COMO COOPERADOR. Este era João, que tinha por sobrenome a Marcos, filho de Maria, onde Pedro primeiro chegou depois de ser liberto pelo anjo de Deus da prisão. Atos 12: 12 E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. João Marcos é o mesmo escritor do evangelho que primeiro foi escrito.

E TENDO ATRAVESSADO A ILHA ATÉ PAFOS. Enquanto Salamina tinha a sua importância comercial, Pafos tinha sua importância administrativa e militar, por ser a sede do governo imperial romano da ilha de Chipre. Tendo sido Pafos destruída por um terremoto avassalador, foi depois reconstruída por Augusto, passando a ser um ponto turístico das autoridades romanas, e funcionava mais como um quartel militar.

ACHARAM UM CERTO JUDEU MÁGICO. Naturalmente, os judeus eram circuncidados ao oitavo dia do seu nascimento, e a partir de então, tal israelita era obrigado a seguir os ditames do judaísmo até o final de sua vida. Como muitos judeus, neste tempo estavam na dispersão, então, é provável que este judeu tivesse se desviado do judaísmo para seguir o ocultismo. A mágica era reprovada pela legislação de Moisés.

FALSO PROFETA, CHAMADO BARJESUS. Barjesus, o falso profeta, também conhecido como Elimas, o encantador, que quer dizer: Filho de Josué. Este homem enganava aos seus prosélitos por meio de adivinhação, e com isso se alto intitulava de profeta. Como o judaísmo não aceitava estas práticas ocultistas, podemos conjecturar que Barjesus tinha a sua própria religião ou seguia alguma seita ocultista satanista. Infelizmente, até dentro das igrejas existem os que profetizam baseados na adivinhação como mágica.

Atos 13:3-4

Atos 13:3-4 - Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.

ENTÃO, JEJUANDO E ORANDO. A igreja tinha uma grande responsabilidade com a obra de Deus, e neste caso da comunidade cristã de Antioquia, se percebe o engajamento de todos pela obra de missões. Na realidade houve uma campanha de jejum, se não de todos, mas da grande maioria por essa causa, por este trabalho tinha grande importância. Como também a igreja de Cristo se pôs em oração pelos dois missionários que estavam dando início a um grande trabalho de missões aos gentios.

E PONDO SOBRE ELES AS MÃOS. Essa forma de imposição das mãos sobre Barnabé e sobre Saulo de Tarso era uma ação simbólica de transmissão de autoridade, bem como de apoio ao que eles iriam realizar sobre a evangelização de outros povos. Neste particular, não se tratava de consagração, mais sim, de uma boa prática da igreja de Cristo, no sentido de aprovação por parte da igreja e dos líderes que ficavam orando.

OS DESPEDIRAM. No caso de Barnabé, ele já era reconhecido pelos líderes de Jerusalém como missionário do reino de Cristo, enviado para pregar o evangelho das boas novas do Senhor Jesus. Já quanto a Saulo de Tarso, ele fez o seu treinamento em Damasco e cidades circunvizinhas, mas somente agora estava em missão oficial a serviço da igreja de Cristo. A partir de então, Paulo se tornou um grande missionário.

E ASSIM ESTES, ENVIADOS. Lucas fala a respeito de Barnabé e de Saulo de tarso que estavam sendo enviados como missionários a serviço do reino de Cristo. Com isso, entende-se que os missionários tinham como responsabilidade enviarem notícias a igreja de Antioquia de suas atividades nos campos evangelizados por eles. Como também a igreja que estava os enviando poderia ajuda-los se precisassem de socorro.

PELO ESPÍRITO SANTO. Um pouco antes, o escritor deste livro fala sobre a orientação do Espírito Santo para o enviou destes dois missionários para propagação de evangelho libertador. Atos 13:2 - E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. O Espírito Santo de Deus daria total e absoluta assistência aos pregadores do evangelho.

DESCERAM A SELÊUCIA. Quando se fala em desceram a Selêucia, isso se refere a posição geográfica das duas cidades em que Antioquia ficava em uma posição superior em comparação a Selêucia. Selêucia era uma cidade portuária que ficava a cerca de vinte e seis quilômetros de Antioquia. Foi fundada pelo rei Selêucida, Seleuco Nicator, ela ficava no pé do monte Rosus, tendo em seguida uma grande e bela planície.

E DALI NAVEGARAM PARA CHIPRE. Não temos como saber se Barnabé e Saulo de Tarso se demoraram na cidade de Selêucia, porem, podemos conjecturar que o objetivo deles era justamente seguirem até a igreja chamada Chipre. Esta era a cidade natal de Barnabé, onde certamente ele desejava primeiro pregar o evangelho para seus familiares, amigos e conhecidos. Não temos como saber como os missionários foram penetrando naquela cidade, mais eles estavam em Chipre para falar de Jesus.

Atos 13:2

Atos 13:2 - E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.

E, SERVINDO ELES. O autor fala a respeito dos líderes cristãos na igreja de Cristo que estava na cidade de Antioquia, que sobre os seus nomes basta consultar o primeiro versículo deste mesmo capítulo. Aqueles que antes de se converterem eram seguidores do tradicional judaísmo serviam a um sistema religioso ultrapassado, mas agora, estavam a serviço de Cristo e do seu reino. Porem, este “servindo” pode também significar a realização de um culto de adoração ao Senhor Jesus na sua igreja.

AO SENHOR. Ainda dentro das páginas do Velho Testamento, a palavra “Senhor” sempre era dirigida ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, que é o Deus único e verdadeiro, Criador de todas as coisas. Já nas páginas do Novo Testamento e especificamente neste texto, o escritor está se referindo ao Senhor Jesus Cristo, Ele que é o Emanuel, o Messias de Deus, Ele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

E JEJUANDO. A prática do jejum é antiga e exercida até mesmo pelas culturas religiosas dos povos pagãos. Os judeus faziam do Jejum um ritual religioso que era praticado as festividades principais, bem como em seus cultos públicos, que eram celebrados nas terças e quinta feiras da semana. Os cristãos deram procedimento ao costume dos judeus, praticando o jejum como abstinência dos alimentos.

DISSE O ESPÍRITO SANTO. Desde o dia de Pentecoste que o Espírito Santo de Deus vinha sendo derramado em plenitude sobre a igreja de Cristo, principalmente sobre aqueles que estavam mais dedicados ao serviço do reino de Cristo. Não que o Espírito Santo tivesse substituído a Cristo, mas Ele estava na terra para dar continuidade às atividades do Senhor Jesus Cristo em benefício de sua igreja remida. A presença orientadora do Espírito Santo era indispensável para o andamento da obra de Cristo.

APARTAI-ME A BARNABÉ. Percebe-se que na igreja cristã em Antioquia já tinha um grupo de líder bastante forte, e assim sendo, o Espírito Santo de Deus desejava se utilizar de dois destes líderes da igreja de Antioquia para fazer missões em outros lugares. Barnabé já tinha sido aprovado como missionário da igreja matriz de Jerusalém, e agora já estava pronto para levar as boas novas de Cristo muito além.

E A SAULO PARA A OBRA. Saulo de Tarso ainda estava dando os seus primeiros passos na obra de Cristo. Ao se converter para o reino de Deus, ficou alguns dias em Damasco pregando o evangelho de Cristo. A partir de então, Barnabé foi usado por Deus para levar Saulo a Jerusalém e apresenta-lo aos apóstolos. Agora, juntamente com seu amigo Barnabé, Saulo iria se dedicar inteiramente a obra de missões aos gentios.

A QUE OS TENHO CHAMADO. Fazer missões não é para quem quer, mas sim, para quem é efetivamente chamado por Deus e enviado por Cristo. Quando um missionário é verdadeiramente enviado por Deus, mediante a orientação do Espírito Santo, sua missão prospera e o nome de Cristo é glorificado por meio de rendição de vidas para o reino de Deus. No tocante a Saulo, ele já vinha fazendo missões na grande região de Damasco, mas agora passou a ser enviado pela igreja de Cristo na cidade de Antioquia.

Atos 13:1

Atos 13:1 - E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo.

E NA IGREJA. O que é a igreja de Cristo? Ou quem realmente é a igreja de Cristo? Não se trata de um templo feito de tijolos, madeiras e telhas, nem muito menos de materiais perecíveis. A igreja remida de Cristo também não é uma denominação ou organização religiosa como muitos defendem. A igreja viva de Cristo Jesus é composta de pessoas que foram compradas pelo precioso sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. A igreja é o corpo de Cristo que ainda está neste planeta terra.

QUE ESTAVA EM ANTIOQUIA. O Escritor não está falando em um templo dedicado ao cristianismo na cidade de Antioquia, mas ele se reporta sobre todos aqueles que serviam ao Senhor Jesus naquela cidade, buscando o reino de Deus em primeiro lugar e as coisas que são de cima como prioridade. Os relatos do Novo Testamento nos faz saber que Antioquia passou a ser um importante centro de atividades missionárias.

HAVIA ALGUNS PROFETAS. Os profetas descritos como fazendo parte do ministério no Novo Testamento não era a mesma coisa que os profetas da antiga dispensação. Os antigos profetas de Deus foram enviados ao seu povo Israel para exortar aos seguidores do judaísmo que estavam fora dos planos de Deus. Os profetas da nova dispensação eram aqueles que o Espírito Santo usava para exortar a igreja de Cristo.

E DOUTORES: A SABER: Os doutores eram um pouco diferentes dos profetas quanto aos seus ofícios, uma vez que, os profetas eram iluminados diretamente pelo dom de profecia, enquanto que os doutores dependiam em muitos casos do conhecimento que tinham acumulado das Escrituras. Estes doutores ficavam com a responsabilidade de interpretarem as Escrituras messiânicas dos hebreus, provando pelos escritos do Velho Testamento que Jesus era o Messias de Deus, conforme o Espírito Santo dizia.

BARNABÉ E SIMEÃO CHAMADO NÍGER, LÚCIO, CIRENEU. Barnabé era o Missionário da igreja de Jerusalém que fora enviado pelos apóstolos para pregar o evangelho aos gentios em Antioquia. Há quem diga que este Simeão seria o mesmo que ajudou a Jesus levar a Cruz. Quanto a Lúcio Cireneu, alguns afirmam que ele era parente de Saulo de Tarso, e outros chegam a defender que seria o Dr. Lucas, escritor do livro.

E MANAÉM, QUE FORA CRIADO COM HERODES O TETRARCA. Este homem era um irmão de Criação do rei Herodes Antipas, o mesmo que mandou degolar a cabeça de João Batista, o precursor de Cristo. Este era um discípulo de Cristo que exercia grande influência na cidade de Antioquia, facilitando assim a penetração do evangelho também na alta sociedade daquele lugar, e isso se deveu a influência de Manaém.

E SAULO. Até então, os trabalhos de Saulo de Tarso dentro do livro de Atos dos Apóstolos vem sendo apresentado de forma tímida, mas a partir de então, o grande apóstolo dos gentios se transformará em um gigante na obra de evangelização no mundo gentílico. Dentre os cinco nomes citados neste versículo por Lucas, não temos como distinguir quem de fato era profeta ou doutor, mas Saulo poderia ser os dois.