1 Coríntios 16:1

1 Coríntios 16:1 - Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia.

ORA, QUANTO À COLETA. Paulo começa este capítulo dezesseis de sua carta falando sobre um assunto que já era uma tradição nas igrejas fundadas por ele no mundo gentílico. Na sua segunda corta aos Coríntios, o apóstolo dedica praticamente dois capítulos inteiros somente para tratar deste assunto, que era por demais relevante para ele. Esta coleta era a arrecadação de donativos nas igrejas que tinham melhores condições para ajudar aquelas igrejas que estavam passando dificuldades econômicas.

QUE SE FAZ. O apóstolo dos gentios tinha a compreensão de que as igrejas gentílicas eram devedoras aos seguidores de Cristo em Israel, por terem sido alcançadas com a graça de Cristo, que era o Filho mais ilustre daquela nação. Por diversos motivos, as comunidades cristãs da Judeia vinham passando muitas dificuldades, sejam pelas perseguições dos seguidores do judaísmo, seja pelo confisco do governo romano.

PARA OS SANTOS. Algumas versões bíblicas falam diretamente sobre “os santos de Jerusalém”, o que deve ser o correto, é tanto que a maioria dos comentaristas bíblicos concordam que, de fato esta coleta realizada em Corinto era na realidade para ser distribuída nas igrejas da Judeia. A palavra “santos”, neste caso, diz respeito aos discípulos de Cristo, e não a mortos canonizados por uma instituição religiosa.

FAZEI VÓS TAMBÉM O MESMO. Na segunda carta aos Coríntios, Paulo envia em sua frente o seu amigo de ministério, Tito, a fim de dar início a uma coleta nesta mesma cidade para suprir as necessidades das igrejas carentes da Judeia. Enquanto isso, ele se ocupara de fazer este mesmo trabalho, que já estava em ação nas igrejas da Galácia e da Acaia. Paulo toma as igrejas que já estava fazendo a coleta como exemplo para incentivar aos seus leitores, que eram seus filhos na fé em Corinto a fazerem o mesmo.

QUE ORDENEI. Não que fosse uma imposição da parte de Paulo às igrejas por ele fundadas no mundo gentílico estas coletas, mas esta é apenas uma força de expressão do apóstolo para falar sobre um serviço cristão, que acima de tudo representava a prática do amor fraternal ensinado por Cristo. Como líder e fundador das igrejas gentílicas, Paulo podia tomar a iniciativa de fazer estes serviços cristãos nas igrejas.

AS IGREJAS. Na realidade, não eram templos erguidos em dedicação ao cristianismo, como temos nos dias de hoje, mas eram comunidades cristãs, compostas por pessoas que aceitavam a Cristo como Senhor e Salvador. Essas igrejas eram diferentes das sinagogas judaicas, bem como das igrejas em Israel, porque eram comunidades cristãs compostas de gentios convertidos ao verdadeiro cristianismo fundado por Cristo.

DA GALÁCIA. A Galácia era uma província romana situada no centro-norte da Ásia Menor, onde hoje está a Turquia Asiática. A Galácia foi visitada por Paulo (Atos 18:23) e ali haviam várias igrejas (1 Coríntios 16:1) fundadas por ele e seu amigos de ministério. Compreende-se como Galácia, várias comunidades e aldeias, que fazia parte de uma região maior chamada de Acaia. Depois de mais ou menos um ano e meio trabalhando em Corinto, Deus leva a Paulo a evangelizar outras regiões da Acaia.

1 Coríntios 15:58

1 Coríntios 15:58 - Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.

PORTANTO, MEUS AMADOS IRMÃOS. Paulo foi um homem de Deus a quem o Senhor Jesus revelou e desvendou muita coisa a respeito do reino de Deus. Ele recebeu bastante luz no que concerne às coisas que o Senhor ainda tinha a fazer com sua igreja. Portanto, como missionário cristão ele andava pregando as boas novas de Cristo e ensinando nas igrejas por onde fundava e passava muitas coisas sobre a escatologia. O fato de Paulo chamar os cristãos de Corinto de meus irmãos, isso fala da sua simplicidade diante da igreja de Cristo. Ele não se considerava melhor que ninguém.

SEDE FIRMES. Depois de ensinar por carta aos cristãos de Corinto sobre a parousia de Cristo e que seremos transformados no dia do arrebatamento. Paulo agora envia o seu conselho em como se devem comportar os seguidores de Cristo, enquanto aguardam o retorno do Mestre. Sedes firmes, esta é a recomendação do grande apóstolo de Cristo para os seus leitores. Ele conhecia bem a fé dos cristãos daquele lugar, e certamente sabia de que eles viviam para Cristo e o seu reino. A recomendação é para que permaneçam naquilo que eles aprenderam, sem se desviarem do evangelho.

E CONSTANTES. Sedes firmem e constantes. Além de continuarem nos caminhos do reino de Deus e firmes na fé, eles deveriam continuar crescendo no conhecimento do evangelho do Senhor Jesus. Pensamentos dúbios não poderiam ter lugar na mente dos cristãos de Corinto, até porque a vinda do Senhor Jesus era uma realidade, e como a igreja primitiva esperava Cristo nos seus próprios dias, o apóstolo lhes recomenda que sejam constantes em buscarem o reino de Deus em primeiro lugar, e as coisas que são de cima. O mais importante é seguir em frente, vencendo os obstáculos sempre.

SEMPRE ABUNDANTES. Aquilo que já haviam feito em prol do reino de Cristo deviam manter firmes e constantes, com o intuito de avançar o máximo que pudessem. Não era momento de estagnação, pelo contrário a palavra de ordem era desenvolvimento e crescimento no labor pelo reino de Deus. Os Judeus tentavam de todos os modos impedir o progresso do evangelho, e muito mais o império romano. No entanto, Paulo recomenda que nada deve impedir a expansão do evangelho de Cristo, dentro e fora da comunidade cristã que estava na cidade de Corinto, para quem ele escrevia agora.

NA OBRA DO SENHOR. Como Paulo desempenhou o seu trabalho missionário? Ele executava suas atividades na propagação do evangelho onde Cristo ainda não era conhecido. Chegando a uma cidade procurava fazer discípulos para o reino de Cristo. Quando percebia que já havia um bom número de convertidos, preparava lideranças locais para darem continuidade aos trabalhos de ensino da palavra de Deus, e quando isso já era realidade, ele partia para outra cidade em busca de mais convertidos para o cristianismo. Este deve ser o verdadeiro papel de um missionário cristão.

SABENDO QUE O VOSSO TRABALHO NÃO É VÃO NO SENHOR. A volta de Cristo tem a função de recompensar aos que fazem por amor a obra do reino de Deus (Apocalipse 22:12). Cristo vai galardoar a cada um segundo a sua obra (2 Coríntios 5:10). Todo aquele que trabalha para o reino de Deus, não perderá jamais o seu galardão.

1 Coríntios 15:57

1 Coríntios 15:57 - Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.

MAS. A conjunção “mas”, porem, todavia e etc. faz uma ligação entre o texto anterior e o que se pretende escrever em seguida. E em muitos casos dando um destaque especial ao que pode ser acrescentado ao conteúdo já escrito. Porque efetivamente o assunto abordado pelo escritor desta carta sobre o momento da parousia de Cristo tem uma importância suprema para a igreja do Senhor. Mas, a conclusão deste assunto com o versículo que estamos comentando faz a supervalorização do arrebatamento da igreja na volta de Cristo para buscar os que ele comprou para si.

GRAÇAS. Este versículo funciona como a doxologia de todo o capítulo quinze da primeira epístola aos Coríntios. E Paulo em um sentimento de adoração faz sua ação de graças ao Todo-poderoso por ter a esperança de que os salvos em Cristo não passarão pela morte física, uma vez que serão transformados, quando o incorruptível se revestir da incorruptibilidade e o que é mortal se revestir da imortalidade. Certamente esta gratidão do escritor ao Deus da vida se dar pelo fato de que a morte e o inferno foram vencidos pelos remidos do Senhor no dia da parousia de Cristo.

A DEUS. Como um homem de Deus que era e alguém que depositava inteiramente sua esperança no Senhor, o apóstolo dirige sua ação de graças ao Deus Criador e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo por todas as vitórias já conquistadas e por outras maiores que virão para a igreja de Cristo, principalmente no momento do arrebatamento daqueles que foram comprados pelo sacrifício do Cristo de Deus. Ele sabe que os que irão participar do arrebatamento não é por mérito próprio, mas sim pela graça de Deus e pela sua grande misericórdia em nos reconciliar consigo mesmo, por meio de Cristo.

QUE NOS DÁ. Na verdade, ninguém merece a totalidade das bênçãos advindas da parte de Deus, por Cristo. Fazer parte do reino de Deus e de Cristo é uma dádiva do Senhor para conosco. É Ele “que nos dá” o privilégio de fazermos parte da família divina como filhos por adoção em seu Filho Jesus. O que temos recebido da parte de Deus já nesta vida como presente é muita coisa. Todavia, o que o Senhor nos tem reservado para a vida eterna é algo que a mente humana não tem como avaliar. Por isso que não temos outra coisa a fazer senão render glórias e honra e louvor a Ele.

A VITÓRIA. Mas, graças a Deus, que nos dá a vitória. Este é um dos muitos textos do Novo Testamento mais citado em mensagens de vitória para o povo de Deus e tem paralelo com Romanos 8:37 – Mas, em todas estas coisas, somos mais que vendedores por aquele que nos amou. A nossa vitória sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno vem da parte de Deus por nosso Senhor Jesus Cristo. E a parousia de Cristo é a consagração desta grande vitória do povo de Deus sobre a morte. Isto porque o arrebatamento dos remidos os livrará de passarem pela morte física.

POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Cristo é o Senhor da igreja e em toda a extensão do Novo Testamento é confirmado seu Senhorio. Jesus quer dizer: Aquele que salva, e é o nome próprio do Filho de Deus. Cristo quer dizer: O ungido de Deus para implantar a nova dispensação ou enviado de Deus. Cristo fala da missão de Jesus e quem Ele é.

1 Coríntios 15:55-56

1 Coríntios 15:55-56 - Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.

ONDE ESTÁ, Ó MORTE. A morte passou a existir para a raça humana a partir da desobediência de Adão e Eva ao mandamento de Deus. Gênesis 2:16-17 - E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente. Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. Em termos teológicos a morte é a separação ou alienação de Deus. Humanamente falando é a separação da alma e do espírito do corpo dos filhos dos homens. Existe a morte física ou orgânica e a segunda morte.

O TEU AGUILHÃO? Esta é uma citação feita por Paulo do trecho de Oséias 13:14, em que o escritor dar a sua própria interpretação. Neste caso a morte é comparada a um escorpião com seu ferrão, o que aqui é chamado de aguilhão. Mas, na realidade o aguilhão fala sobre uma arma de ataque em que se usa o veneno para atingir a vítima. A parousia de Cristo vai desarmar a marte de sua arma de destruição, porque os que estiverem vivos na vinda de Cristo e que serão transformados, não passarão pelo ataque da morte. Por isso que Paulo afirma que nem todos “dormiremos”.

ONDE ESTÁ Ó INFERNO. O inferno, neste caso a que se refere o nosso texto em foco, diz respeito às forças infernais. Conforme se ver em Gênesis no seu terceiro capítulo, o Diabo foi o indutor da queda da raça humana. E os demônios e os espíritos maus que na presente era estão a serviço do Diabo vivem a influenciarem os seres humanos a prática do pecado e da rebelião contra Deus, Ele que é a vida. O veneno mortal que a morte se utiliza para destruir a vida dos seres humanos é justamente a força do inferno. Mas, na parousia, este veneno será neutralizado por Cristo na vida dos salvos.

A TUA VITÓRIA? A vitória do inferno é justamente a morte e a destruição da vida das pessoas. No momento, do arrebatamento da igreja, o inferno não vai ter vitória sobre a vida dos remidos por Cristo, porque em vez de passarem pela morte, como é o processo natural de todo ser humano, os salvos serão transformados. Para que se cumpra esta palavra: O que é corruptível se revestirá da incorruptibilidade e o que é mortal se revestirá da imortalidade. Por isso que se diz, a morte foi tradada na vitória.

ORA, O AGUILHÃO DA MORTE É O PECADO. O aguilhão da morte é o pecado. A morte é pintada nas esculturas mais antigas como uma caveira vestida de preto com uma foice na mão atacando os pecadores e lhes tirando a vitalidade e a vida. O veneno utilizado pela morte para destruir a vida dos seres humanos é justamente aquele produzido pelo próprio homem, que é o seu pecado. Deus não criou o homem para morrer, mas para ter vida e vida abundante. Porem, a transgressão e a rebelião dos seres humanos contra o seu Criador trouxeram como consequência a morte.

E A FORÇA DO PECADO É A LEI. A lei é quem aponta o pecado dos seres humanos. A lei é quem acusa o homem de suas transgressões. A lei é quem mostra a iniquidade da raça humana. O pecado encontra força contra o homem justamente na lei. Quando se diz que Cristo nos libertou da lei é porque depois da dispensação da graça vivemos pelo favor de Deus e não pela legislação mosaica. Viver pela lei é um retrocesso.

1 Coríntios 15:54

1 Coríntios 15:54 - E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.

E QUANDO. Esta é uma expressão temporal que aponta para algo de grande importância na história do cristianismo e da igreja de Cristo. Até porque diz respeito ao dia do cumprimento da promessa de Cristo para os seus seguidores, conforme está escrito em João 14:3 - E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. “Quando” se refere ao dia da parousia de Cristo em que ele vira outra vez ao planeta terra para buscar os que lhe pertence, como também diz respeito ao dia do arrebatamento.

ISTO QUE É CORRUPTÍVEL. O nosso corpo é corruptível. Cheio de fraquezas e sujeito as interferências das doenças e das enfermidades. Quanto à composição orgânica do nosso corpo não há ninguém forte o suficiente para não ser submetido à degradação. O ser humano nasce frágil demais, os mais fortes até certo ponto se tornam robustos, mais com o passar dos anos, as células vão se decompondo e o que era bonito se torna gasto e, portanto, velho e frágil novamente. Por fim, ao ser submetido à morte física, tudo termina como começou pó e cinza como diz as sagradas escrituras. Esta é a trajetória natural de todo ser humano na terra e aqui, não tem grande nem pequena.

SE REVESTIR DA INCORRUPTIBILIDADE. O que é corruptível convém que seja revestido da incorruptibilidade. O corpo humano que é composto de material degradável e perecível será transformado em uma outra composição que resistirá ao tempo e a qualquer outro tipo de coisa que desgasta e corrói a tudo e a todos. Este estado de ser incorruptível que vai revestir aos salvos e remidos por Cristo os tornará perfeito para habitarem na luz de Deus por uma eternidade sem fim. Porque na realidade foi para isso que Deus criou o ser humano, para ser eterno, e existir para todo o sempre.

E ISTO QUE É MORTAL. Com a queda da raça humana veio como consequência à morte. E a morte passou a reinar e dominar sobre a vida dos seres humanos que passaram a ser mortais. O texto um pouco mais a frente deste mesmo capítulo nos afirma que o aguilhão da morte é o pecado, ou seja, o veneno da morte que mata os seres humanos é o pecado. Como não há quem não peque todos tem que passarem pela morte, como estar escrito: Está determinado ao homem morrer. Não têm grande nem pequeno, nem rico nem pobre, todos estão sujeitos a morte física ou orgânica.

SE REVESTIR DA IMORTALIDADE. O arrebatamento da igreja vai dar como herança aos remidos por Cristo o prêmio da imortalidade. Esta imortalidade se dará pela transformação do corpo do pecado em um corpo glorificado pela absolvição da imortalidade. A imortalidade é sinônima de: salvação e vida eterna em Cristo Jesus.

ENTÃO CUMPRIR-SE A PALAVRA QUE ESTÁ ESCRITA TRAGADA FOI A MORTE NA VITÓRIA. Esta é uma interpretação livre de (Isaías 25:8). Na sua ressurreição dentre os mortos Cristo deu sua primeira pancada na morte. No arrebatamento será mais um golpe fatal contra a morte. E o milênio com a inauguração da eternidade será um golpe mortal na morte. A morte e o inferno serão lançados no lado de fogo.

1 Coríntios 15:53

1 Coríntios 15:53 - Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.

PORQUE CONVÉM. É necessário que, o que é material seja espiritualizado para uma nova dimensão da existência. As coisas matérias e orgânicas não tem como entrarem nos céus, onde a essência das coisas tem uma outra composição. As coisas da terra são temporais, enquanto que as coisas que fazem parte do andar de cima e da esfera celestiais são eternas. Para que as coisas da terra possam ser transportadas para a dimensão celestial convém passar pelo processo de transformação. Tudo que há na terra, quando submetido à prova do tempo, se torna degradável e corruptível.

QUE ISTO. Convém “que isto”. Refere-se ao nosso corpo, porque tanto a alma quanto ao espírito dos seres humanos são eternos. O corpo humano foi formado da terra (Gênesis 2:7), portanto de material perecível e corruptível. Cada ser humano que nasce, vive e morre tem início, meio e fim para o seu corpo físico. O nosso corpo é apenas uma morada temporária para a alma e o espírito. Por isso que o ser humano essencial, não se resume apenas no seu organismo material, mas sim no ser espiritual que passara a eternidade com Deus (salvação) ou separado dele (Segunda morte).

QUE É CORRUPTÍVEL. O nosso corpo é corruptível. Cheio de fraquezas e sujeito as interferências das doenças e das enfermidades, terminando com a morte física. Quanto à composição orgânica do nosso corpo não há ninguém forte o suficiente para não ser submetido à degradação. O ser humano nasce frágil demais, os mais fortes até certo ponto se tornam robustos, mais com o passar dos anos, as células vão se decompondo e o que era bonito se torna gasto e, portanto, velho e frágil novamente. Por fim, ao ser submetido à morte física, tudo termina como começou pó e cinza como diz as Sagradas Escrituras. Esta é a trajetória natural de todo ser humano na terra.

SE REVISTA. O que é corruptível precisa ser revestido da incorruptibilidade para passar a fazer parte da esfera da eternidade futura. Este revestimento será feito, não em todos, no momento do arrebatamento da igreja, mas somente nos que tiverem o privilégio de serem beneficiados pelo evento da parousia de Cristo. Tanto os que já dormem em Cristo, serão atingidos por este revestimento da incorruptibilidade, porque hão de ressuscitar com corpos espirituais, quanto aos que estiverem vivos e que hão de serem arrebatados pelo Cristo de Deus, que está voltando para os seus.

DA INCORRUPTIBILIDADE. O que é corruptível convém que seja revestido da incorruptibilidade. O corpo humano que é composto de material degradável e perecível será transformado em uma outra composição que resistirá ao tempo e a qualquer outro tipo de coisa que desgasta e corrói a tudo e a todos. Este estado de ser incorruptível que vai revestir aos salvos e remidos por Cristo os tornará perfeito para habitarem na luz de Deus por uma eternidade sem fim. Porque na realidade foi para isso que Deus criou o ser humano, para ser eterno, e existir para todo o sempre.

E ISTO QUE É MORTAL SE REVISTA DA IMORTALIDADE. Assim como a alma e o espírito que fazem parte do ser essencial dos seres humanos, e que são eternos, o corpo precisa ser revestido pela imortalidade pelo processo desta transformação.

1 Coríntios 15:52

1 Coríntios 15:52 - Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

NUM MOMENTO. Este é o momento mais importante para a igreja de Cristo, porque é o momento do arrebatamento. E este é o momento mais esperado da igreja de Cristo, porque é o momento da nossa salvação e a entrada para a vida eterna. É justamente neste momento que todos os que dormem em cristo ressurgirão para a vida e os que estiverem vivos na terra serão transformados em um corpo glorioso a encontrar o Senhor nas nuvens. Este é um momento de grandes mudanças na história da humanidade. Este é o momento da parousia, ou retorno de Cristo para buscar os remidos que ele comprou com o seu sacrifício na cruz do calvário.

NO ABRIR E FECHAR DE OLHOS. Esta expressão nos fala de pelo menos dois aspectos do momento da volta de Cristo, no tocante aos efeitos de sua vinda para os remidos. Primeiro, alguns comentaristas apoiam a tese da rapidez com que vai se dá este evento glorioso da parousia. Segundo, existe um outro grupo de comentaristas bíblicos que nos falam a respeito de: “abrir” se referindo a ressurreição daqueles que dormem e “fechar” diz respeito aqueles que fecharam seus olhos para o mundo. Porque para o mundo dos humanos, os que forem arrebatados, serão considerados como mortos.

ANTE A ÚLTIMA TROMBETA. Esta é uma linguagem metafórica em que o escritor se utiliza de uma figura de linguagem para apresentar um evento. A trombeta representa um instrumento usado nos tempos mais antigos pelos reis e seus comandantes para anunciar eventos de grande importância e impacto. Como o arrebatamento da igreja vai ser de grande importância para Cristo e para a sua igreja, o Rei dos reis e Senhor dos senhores vai usar a trombeta para anunciar a parousia ou o seu retorno a terra.

PORQUE A TROMBETA SOARÁ. Esta é a trombeta de Deus que tocará para avisar aos redimidos vivos e mortos em Cristo sobre a vinda do Filho de Deus para colher da terra os que o estão esperando. Vai chegar este momento do toque desta trombeta divina em que todos aqueles que dormem em Cristo ouvirão e haverá o encontro de alma, espírito e corpo para a ressurreição. O toque desta trombeta de Deus também será ouvido por todos os que buscam o reino de Deus em primeiro lugar e as coisas que são de cima. Não se sabe ao certo se o mundo vai ouvir o toque desta trombeta.

E OS MORTOS RESSUSCITARÃO INCORRUPTÍVEIS. Paulo dedicou grande parte do conteúdo deste capítulo para descrever sobre a ressurreição dos que dormem em Cristo. A ressurreição é uma realidade comprovada. O Velho Testamento registra alguns casos de ressurreição de mortos e o Novo Testamento revela esta importante realidade. E a ressurreição de Cristo de entre os mortos é a maior prova desta verdade.

E NÓS SEREMOS TRANSFORMADOS. No momento em que Cristo voltar para arrebatar a sua igreja, nós os que estivermos vivos seremos transformados. O nosso corpo orgânico e físico será transformado em um corpo espiritual, com uma composição de substância incorruptível, em que seremos revestidos da imortalidade. Por isto que o arrebatamento da igreja é um mistério, revelando uma nova dimensão de vida.

1 Coríntios 15:51

1 Coríntios 15:51 - Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados.

EIS AQUI VOS DIGO. Desde o início deste capítulo que Paulo vem abordando o tema da ressurreição dos mortos e da questão da imortalidade da alma. Mas a partir deste ponto ele traz a tona o lema do arrebatamento da igreja, principalmente o que vai acontecer neste instante da parousia, tanto com os que já morreram em cristo, como e principalmente com os que estiverem vivos neste momento tão esperado pela igreja do Senhor Jesus Cristo. Assim como a primeira vinda de Cristo mudou a história da humanidade, sua segunda vinda (em duas etapas) não será diferente.

UM MISTÉRIO. O assunto que o apóstolo vai destacar a partir de então, ele classifica de “mistério”. Mas, por que a vinda de Cristo para arrebatar a sua igreja é um mistério? Porque ninguém sabe o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir (Mateus 25:13). A vinda de Cristo em sua parousia é um mistério porque somente a igreja tem esta esperança, o mundo nem sabe sobre que Cristo vai voltar e nem estar o esperando. É um mistério porque é um segredo secreto de Deus com os remidos pelo precioso sangue de Cristo. É um mistério porque conhecemos apenas em parte.

NA VERDADE, NEM TODOS. Desde que os seres humanos se tornaram sociedade, que ela é dividida em partes. Já deste o primeiro casal na terra, que houve Abel e Caim, um era terreno e outro estava voltado para Deus. No tempo da volta de Cristo não se sabe quantos seres humanos haverá sobre a terra. Uma parte da humanidade será beneficiada com o arrebatamento e outra ficará na terra para passar por grandes tribulações e provações. A frase: “Nem todos”, se referem aos que serão beneficiados.

DORMIREMOS. Nem todos dormiremos. Quando Cristo vier arrebatar a sua igreja, gentes sem número farão parte da família de Deus na terra. A morte é dada por certa na mente de todos os seres humanos. No entanto, o arrebatamento da igreja vai quebrar a regra, isto porque, nem todos passarão pela sina da morte. Os que estiverem vivos na vinda de Cristo e forem dignos de participarem da parousia, não serão atingidos pelo último inimigos dos seres vivos, a morte. Nem todos passarão pela morte, porque os que foram comprados por Cristo serão transformados.

MAS TODOS SEREMOS. O apóstolo se inclui entre os que serão beneficiados pelo arrebatamento, porque a igreja primitiva tinha a esperança do retorno de Cristo já naquela época, assim como nós hoje temos esta mesma esperança de que Cristo vai voltar a qualquer momento para nos arrebatar. E quanto isso acontecer, todos os que buscam o reino de Deus e de Cristo em primeiro lugar, serão transformados.

TRANSFORMADOS. Todos, seremos transformados. Este corpo que é mortal se revestira da imortalidade, sem ter que passar pelo processo da morte física. O nosso corpo que é corruptível se revestira da incorruptibilidade pela transformação espiritual. Por isto que o arrebatamento da igreja é chamado de um grande mistério.

1 Coríntios 15:50

1 Coríntios 15:50 - E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

E AGORA DIGO ISTO. A partir do próximo versículo o escritor passa a falar sobre o dia do arrebatamento da igreja de Cristo, em que se dará a ressurreição dos que dormem em Cristo e da transformação dos que estiverem vivos. Até o momento, neste capítulo quinze, o autor vem tratando exclusivamente sobre a ressurreição, primeiro, da de Cristo, e depois da ressurreição dos que dormem em Cristo, que são os escolhidos de Deus, bem como dos mortos, que hão de ressuscitar no último dia, no juízo final.

IRMÃOS. Esse tratamento dado por Paulo aos seus leitores é recorrente em seus escritos, porque desde os começos do cristianismo que este era um costume entre os servos de Cristo. E isso também é uma demonstração de humildade da parte de Paulo, porque apesar de ser o grande apóstolo dos gentios, mas considerava a todos como seus irmãos em Cristo Jesus. Todos que aceitam a Cristo são irmãos uns dos outros.

QUE A CARNE E O SANGUE. Essa é uma expressão usada por Paulo para representar o homem natural. Quando se fala de carne, está se tratando do homem com desejos maculados para as paixões desta vida. Mas quando se fala de sangue, então, o escritor esta se referindo ao ser humano em sua essência, como ele vive neste esfera de sua existência. A composição do organismo humano é feita para esta vida presente.

NÃO PODEM HERDAR. O apóstolo dos gentios fala neste ponto de sua carta do que podemos chamar de transição desta vida presente para a vida futura, ou vida eterna. Os componentes do organismo humano, como estar nesta esfera terrena, não comportam o ambiente da vida totalmente espiritual. Assim sendo, os que dormem precisam ressuscitar de entre os mortos, bem como os que estiverem vivos na vinda de Cristo precisam passar pela transformação do corpo para uma nova composição.

O REINO DE DEUS. Essa colocação feita por Paulo é também o equivalente a reino dos céus, no sentido de nova dimensão da existência dos filhos de Deus nas mansões celestiais. Cristo garantiu que foi nos preparar lugar e quando assim fizer, voltará para nos levar para si mesmo. Já o livro do Apocalipse nos fala sobre a Nova Jerusalém já preparara e pronta, onde iremos morar eternamente com o nosso Deus.

NEM A CORRUPÇÃO HERDAR. Desde a queda da raça humana por meio de Adão e Eva, ainda no Jardim do Éden, que se tornou deplorável a situação dos seres humanos. Isso porque a morte passou a reinar, e com ela vieram também todas as consequências negativas do pecado. Durante toda a existência terrena, que o ser humano vai se desgastando, até culminar com a morte, que é o fim da vida terrena.

A INCORRUPÇÃO. Finaliza então o apóstolo falando sobre a composição do novo corpo espiritualizado dos que dormem em Cristo, bem como dos que forem transformados em corpos gloriosos na vinda de Cristo. O novo corpo, que será revestido da incorruptibilidade e também da imortalidade, não será vulnerável ao tempo, nem passível de desgaste. A vinda de Cristo cuidará de fazer esta transição entre o que é terreno, na vida dos remidos, para o que será totalmente espiritual e glorioso.

1 Coríntios 15:48-49

1 Coríntios 15:48-49 - Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.

QUAL O TERRENO. O autor fala a respeito de Adão, que foi uma representação de toda a raça humana, como o primeiro homem terreno. O homem Adão, feito do pó da terra, não demorou muito em demostrar suas fraquezas, quando na tentação caiu juntamente com sua mulher, em transgressão contra o mandamento de Deus. Ainda no Jardim do Éden, o primeiro homem já tipificava o quanto o homem natural é débil.

TAIS SÃO OS TERRESTRES. Depois de Adão, não demorou muito, e temos nas Sagradas Escrituras o mau exemplo do seu filho Caim, que matou o seu próprio irmão Abel, e assim sucessivamente, não foi diferente com os homens antediluvianos, ao ponto de Deus ter que destruir o primeiro mundo. O resto da história da humanidade conta os fracassos sucessivos e recorrentes de todos. Porque os demais eram como Adão.

E QUAL O CELESTIAL. Agora, Paulo fala de Cristo Jesus, que foi diferente de Adão, bem como de todos os demais homens que já nasceram sobre a terra, porque Cristo é o tipo de homem celestial. A ressurreição de Cristo quebrou o círculo de fracassos de toda a humanidade, uma vez que, todos nasceram viveram, e morreram. Mas o Cristo de Deus nasceu, viveu, morreu, mas ressuscitou para nunca mais morrer eternamente.

TAIS TAMBÉM OS CELESTIAIS. Com a ressurreição de Cristo tudo mudou, quanto ao que vinha acontecendo antes. O Cristo de Deus tem prometido, conforme o seu evangelho que, aqueles que o aceitarem como Senhor e Salvador, também irão ressuscitar de entre os mortos. Na vinda de Cristo para arrebatar a sua igreja, todos aqueles que dormem no Senhor serão ressuscitados, se reunião ao mesmo Senhor que os ressuscitou nos ares, e serão absorvidos pela imortalidade com o novo corpo.

E ASSIM COMO TROUXEMOS A IMAGEM DO TERRENO. O apóstolo dos gentios pensa nas características físicas e comuns de todos os seres humanos, que são semelhantes ao primeiro homem da terra, Adão. Além de que é possível que o escritor também esteja se referindo ao homem sem moral e ética que passou a ser depois da queda da raça humana. A síndrome do pecado e da desobediência passou a dominar geral.

ASSIM TAMBÉM TRAREMOS A IMAGEM. 2 Coríntios 3:18 - Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. A ressurreição dos que dormem e a transformação dos vivos será o grande passo em direção desta transformação na imagem de Cristo Jesus. Hoje, somos parecidos, mas seremos iguais.

DO CELESTIAL. Ainda que na terra tenha servido a humanidade como servo, porem, não mais é visto como dantes. A partir de sua ressurreição, Ele foi exaltado soberanamente por Deus, acima de tudo e de todos e se assentou como maior autoridade em cima no céu e em baixo na terra. Hoje e sempre, Ele é Rei dos reis e Senhor dos senhores. A bíblia nos garante que iremos reinar com Cristo (Daniel 7:27). Ser um remido de Cristo é ser herdeiro de todas as promessas preciosas de Deus.

1 Coríntios 15:46-47

1 Coríntios 15:46-47 - Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.

MAS NÃO É PRIMEIRO O ESPIRITUAL. Era mais que necessário que o autor abordasse a questão da vida espiritual. Depois de tantos argumentos em prol da ressurreição dos mortos, Paulo não poderia terminar este tema sem falar na continuidade essencial do ser humano, na vida eterna, porem, em uma nova modalidade de vida. A vida natural é uma experiência que Deus dá ao ser humano, mas o fim é a eternidade. Bom seria que todos os seres humanos acreditassem nesta realidade de uma existência eterna.

SENÃO O NATURAL. O homem natural é transitório, no sentido de que, nossa passagem pela terra é muito rápida, comparada com a eternidade que nos espera. Esse argumento, em tese, desfaz o conceito de alguns de que, o homem já existia antes dele vir a terra. Primeiro, vem o homem natural, para depois, ser a manifestação do homem espiritual, isso será comprovado após a ressurreição dos que dormem.

DEPOIS O ESPIRITUAL. O apóstolo dos gentios fala do processo natural, em que o ser humano nasce sobre a terra, cumpre sua missão neste mundo, parte para a outra vida, os que dormem em Cristo vão para o paraíso e os que partem sem Cristo para o hades. Mas haverá a ressurreição de ambos, cada um por sua vez, os de Cristo primeiro na sua vinda para arrebatar a sua igreja amada, e os outros para o dia do juízo final.

O PRIMEIRO HOMEM, DA TERRA. Não sabemos se de fato o escritor estar se reportando ao homem chamado Adão, ou na realidade ele esteja escrevendo sobre o tipo de homem que nasce na terra, isso em linhas gerais. Tanto uma como outra destas hipóteses estão corretas, porque Adão era de fato uma representação de toda a raça humana, por isso que as consequências impostas em Adão chegam a todos.

É TERRENO. Essa afirmativa feita pelo apóstolo Paulo é bastante profunda e representa uma verdade indiscutível, no sentido de que, o homem natural, vem a este mundo com características comuns, e praticamente todos imaginam de que suas existências se ressumem apenas a esta vida terrena. Como seres humanos, somos todos iguais, a diferença de um para o outro se dá quando Cristo está no homem.

O SEGUNDO HOMEM, O SENHOR. De Adão até a manifestação do Emanuel de Deus, todos os homens tinham a mesma essência. Depois da vida do Cristo de Deus, tudo mudou, porque o homem, Jesus de Nazaré era o Deus-homem. Cristo viveu a experiência do homem, mas ele também tinha em se mesma a essência da divindade. Quem vive com Cristo e para Cristo está caminhando na mesma direção de Cristo.

É DO CÉU. Quando alguém conhece profundamente quem era o Cristo de Deus pode vislumbrar a ilimitada diferença que ele demostrou aos filhos dos homens, como sendo o Emanuel de Deus. Cristo não era terreno, mas era o tipo de homem celestial. E os remidos de Cristo também não são deste mundo, mas são peregrinos e forasteiros nesta esfera terrena. Desde sua ressurreição e ascensão que Cristo vive a plena espiritualidade servindo de modelo para os que o aceita como Senhor e Salvador.

1 Coríntios 15:45

1 Coríntios 15:45 - Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.

ASSIM ESTÁ TAMBÉM ESCRITO. O autor se reporta ao ato de criação do homem que está registrado em Gênesis 1:26-27 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Por que Paulo cita, dentro deste tema o homem chamado Adão? Porque foi por meio de Adão que a morte entrou na raça humana, não somente Adão teve que provar a morte, mas toda a humanidade.

O PRIMEIRO ADÃO. Em se tratando do casal, Adão foi criado primeiro que a sua mulher, é tanto que a mulher foi criada a partir da composição do homem, enquanto que o homem, Adão foi formado da terra. Gênesis 2:7 - E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra. Gênesis 2:22 - E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. Adão foi o primeiro da humanidade.

FOI FEITO. Já esta colocação feita por Paulo se refere ao que está escrito em Gênesis 2:7 - E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. Neste momento, o escritor de Gênesis afirma sobre o ato de criação da vida no homem. O Senhor criou o homem do pó da terra, mas ele estava como que inanimado. Porem, Deus lhe deu a vida.

EM ALMA VIVENTE. Sobre esta expressão usado por Paulo nesta sua carta, ”alma vivente”, os hebreus, até a época anterior dos profetas, tinham uma compreensão diferente do que hoje se pode dizer sobre o que está registrado. A palavra “alma” para eles era apenas o que chamavam de vida do corpo físico. Mas, uma compreensão mais avançada nos diz que esta “alma vivente” é a Alma imortal. Porque o corpo morre, mas a alma do ser humano como unidade espiritual não morre, porque ela é eterna.

O ÚLTIMO ADÃO. Neste caso, o apóstolo dos gentios está se referindo a Cristo, o homem perfeito. Não que Cristo seja igual a Adão, pelo contrário, o que Paulo deseja mesmo é defender o contraste. Por que Cristo é uma tipologia do último Adão? Porque Cristo representa a posição final do homem ressurrecto, vivificado, forte, completo e eterno em plenitude. Cristo na verdade é o Ômega da humanidade do homem.

EM ESPÍRITO. Falar em “espírito” para um hebreu antes da era dos profetas era algo que eles só podiam pensar no Espírito de Deus ou nos anjos do Senhor, sobre os quais falam as Escrituras, ou mesmo no diabo com os seus demônios. O homem como espírito, eles não concebiam. No entanto, Cristo se tornou o homem espiritual em essência, porque viveu a verdadeira espiritualidade e ressuscitou em Espírito.

VIVIFICANTE. O corpo ressurrecto do Senhor Jesus ressurgiu totalmente espiritualizado, e é justamente isso que Paulo tenta explicar para seus leitores. Como Ele era a ressurreição e a vida, seu ser espiritual não poderia permanecer absolvido pela morte. O exemplo de Cristo será o modelo mesmo da ressurreição dos escolhidos de Deus. A ressurreição de Cristo de entre os mortos, também é a garantia e a esperança de que os salvos também haverão de serem vivificados para a vida eterna.

1 Coríntios 15:43-44

1 Coríntios 15:43-44 - Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

SEMEIA-SE EM IGNOMINIA. É provável que o escritor esteja falando justamente do lado moral e ético do ser humano, que vai juntamente com seu corpo a sepultura, o que alguns comentaristas acham que, o ser humano, mesmo sendo convertido ao evangelho das boas novas, mas ele tem tendências naturais a seguir sua alma manchada pelas consequências do pecado universal, que começou deste Adão e Eva.

RESSUCITARÁ EM GLÓRIA. Certamente que Paulo se refere aos escolhidos de Cristo e de como eles haverão de ressuscitarem no dia do arrebatamento para desfrutarem da salvação e vida eterna. Não se pode pensar que os homens que morrerem sem Cristo haverão de ressuscitar em glória, apesar de que eles haverão de ressuscitar com uma outra estrutura corporal, mas longe de serem iguais aos remidos de Cristo.

SEMEIA-SE EM FRAQUEZA. Já nesta parte, o autor fala da própria estrutura orgânica dos corpos dos filhos dos homens, sujeitas aos desgastes do tempo, das doenças e enfermidades, bem como dos acidentes em geral que destrói o organismo dos seres humanos. No que diz respeito à forma física dos servos de Cristo, não é deferente da dos homens naturais. Todos morrem igualmente e são sepultados dentre os mortos.

RESSUSCITARÁ COM VIGOR. Agora, a ressurreição dos salvos em Cristo será totalmente diferente dos que partirem desta vida sem Cristo e sem salvação. Primeiro, porque os remidos de Cristo ressuscitarão bem antes dos ímpios, e isso se dará na volta gloriosa de Cristo para arrebatar a sua igreja. Este “vigor” sobre o que escreveu o apóstolo dos gentios, diz respeito à glória que há de acompanhar o novo corpo do remidos do Senhor Jesus, Ele que vai ressuscitar os seus escolhidos com grande poder.

SEMEIA-SE CORPO NATURAL. O corpo natural é este mesmo que o ser humano tem de carne, ossos, pele e outras composições naturais do organismo humano. Enquanto vivo, o corpo humano, como veículo da alma e do espírito, detém a essência da vida e da sobrevivência. No entanto, a partir do ato da morte física, orgânica ou morte clínica, a unidade espiritual se separa do corpo, que se degrada rapidamente.

RESSUSCITARÁ CORPO ESPIRITUAL. Paulo vem mostrando o estado em debilitações do ser humano com Cristo, mas que termina tudo bem, porque há de ressuscitar com plenitude. Agora, o corpo espiritual, tanto dos salvos quanto dos perdidos ressuscitarão, com uma infinita desigualdade em favor dos escolhidos de Deus. Os que morrerem sem Cristo receberão corpos espirituais inferiores aos corpos dos salvos.

SE HÁ CORPO NATURAL, HÁ TAMBÉM CORPO ESPIRITUAL. Todos estes argumentos defendidos por Paulo, certamente deve ter derribado por terra as falsas heresias pregadas pelos inimigos do evangelho em Corinto. Assim como temos o nosso corpo para esta dimensão de vida, não há dúvida que teremos um novo corpo espiritual ressurrecto para desfrutarmos das valiosas promessas do evangelho. Toda esta defesa de Paulo foi para reascender a tocha da esperança dos irmãos sobre a vida eterna.

1 Coríntios 15:42

1 Coríntios 15:42 - Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção.

ASSIM TAMBÉM. Tendo pois, explicados nos últimos dois versículos a diferença que há entre o corpo terreno e o corpo celeste, ou seja, o corpo que compõe sua estrutura para esta dimensão da existência na terra, e o novo corpo ressurrecto, que há de seguir a eternidade nos céus. Agora, Paulo fala sobre o fim do corpo terreno, mas aponta em direção a um novo começo, quando cada um receberá uma nova estrutura corporal para se adaptar a sua nova morada nas mansões celestiais com Cristo.

A RESSURREIÇÃO. Este fato real é o tema principal que o escritor vem desenvolvendo em todo este capítulo quinze de sua carta, com destaque, na ressurreição dos mortos, tanto dos salvos, bem como dos não remidos por Cristo. A Base de tudo isso, e o exemplo maior foi a ressurreição de Cristo de entre os mortos. Com isso, a igreja tem a grande esperança de que os escolhidos de Cristo também ressuscitarão.

DENTRE OS MORTOS. Como Cristo é as primícias dos que dormem, podemos olhar para o seu caso, e aprendemos que ele próprio passou três dias no seio da terra, dentre os mortos, mas ressuscitou para glória de Deus. Não será diferente com os que ele comprou com seu sacrifício expiatório, que também ressuscitarão dentre os mortos. Além disto, todos que viveram sobre a terra, também haverão de ressuscitar.

SEMEIA-SE. Mas uma vez Paulo se utiliza de uma expressão metafórica para explicar verdades espirituais interessantes. Neste caso, o autor fala do ato comum e natural de se enterrar os mortos sobre a terra, cumprindo assim o que está registrado na palavra de Deus que diz: E o pó, volte ao pó. Neste tempo em que Paulo escreveu esta sua carta já estava consolidada a cultura de enterrar os mortos na terra. A carne humana em seu estado de putrefação exala um mau cheiro insuportável, tem que enterrar.

O CORPO. Agora, o apóstolo dos gentios não está falando do corpo dos vegetais, nem do corpo dos animais, nem muito menos dos corpos celestiais, como o sol, a lua e as estrelas, mas ele se refere ao corpo do ser humano, que foi feito do pó da terra, e que na morte física deve voltar para sua origem de onde veio, que é a terra. Somente o corpo de Cristo é que não permaneceu na terra, porque ele ressuscitou incorruptível.

EM CORRUPÇÃO. Semeia-se o corpo em corrupção. Enquanto vivo, o ser humano pela sua alma e espírito preserva sua carne e o seu corpo da decomposição. Mas quando a alma e o espírito se separam do corpo físico, o que a ciência chama de morte clínica, então, imediatamente o corpo orgânico entre em estado de desintegração total e absoluta. Este é o estado de degeneração do corpo humano, da qual fala Paulo.

RESSUSCITARÁ EM INCORRUPÇÃO. A ressurreição de entre os mortos pelo poder de Cristo, seja os escolhidos, seja dos que serão condenados, é um ato de vivificação, em que os que dormem, bem como os mortos voltarão da terra, com corpos transformados em uma nova estrutura, que serão adaptados a sua nova dimensão da existência. Paulo fala da nova composição corporal que os ressurrectos receberão para viverem eternamente ou com Cristo nos céus, ou no inferno, quem for condenado.

1 Coríntios 15:40-41

1 Coríntios 15:40-41 - E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres. Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.

E HÁ CORPOS CELESTES. Parece que uma das teses defendidas pelos inimigos do evangelho era de que este corpo terrestre dos filhos dos homens chega ao seu término na sepultura. Enquanto isso, Paulo defende a ressurreição do nosso corpo, afirmado que, existem corpos que são adequados para as moradas celestiais. O corpo ressurrecto é composto de elementos diferentes do corpo orgânico e terreno. O corpo terrestre é pó, até a transformação em um corpo incorruptível pela ressurreição.

E CORPOS TERRESTRES. Na realidade, este corpo que temos, nesta dimensão da existência é orgânico, de material adequado para esta esfera material da vida. Conforme a bíblia, feito do pó, e que com a morte física volta ao pó. Porem, este corpo, que fica plantado na terra, há de ressuscitar, seja na vinda de Cristo, para participar do arrebatamento, seja no dia do juízo final, isso com relação aos ímpios.

MAS UMA É A GLÓRIA DOS CELESTES E OUTRA A DOS TERRESTRES. Não há dúvida que o escritor está falando do valor, bem como da composição dos corpos, celestes e terrenos. A glória do nosso corpo terreno é fraca, débil e quase que apagada. Mas, a glória do nosso corpo celeste, o corpo que os remidos de Cristo irmão herdar será forte, permanente e fulgurante. E ninguém será igual ao outro nas mansões celestiais.

UMA É A GLÓRIA DO SOL. O versículo quarenta e um explica justamente a diferença que haverá do corpo de um servo de Cristo para o outro. Haverão aqueles servos de Cristo que lá nas mansões celestiais receberão de Deus muita glória, brilho e fulgor, como o brilho do sol está muito além dos demais astros que são vistos a olhos nus pelos moradores da terra. Isso depende da obra de cada pelo reino de Deus na terra.

E OUTRA A GLÓRIA DA LUA. A lua, por ser um satélite da terra, e que reflete a luz do sol, tem um fulgor infinitamente menor do que o grande astro, chamado sol, que está, conforme a ciência no centro de nossa Galácia. O que Paulo quer dizer com isso é que, na vida celeste dos remidos de Cristo, seus corpos serão deferentes em glória uns dos outros. Aqueles que fizeram menos pelo reino de Deus terão menos glória ou luz.

E OUTRA A GLÓRIA DAS ESTRELAS. Já as estrelas tem um brilho muito menor do que a do sol, e ainda menos do que o brilho ou luz da lua. Como Paulo está falando dos corpos celestes, há quem diga que ele fala do sol representando a luz de Deus, de Cristo e do Espírito Santo. A lua o brilho dos anjos de Deus e as estrelas sobre o brilho e a glória dos salvos em Cristo Jesus. A lógica no pensamento, mas são conjecturas.

E UMA ESTRELA DIFERE EM GLÓRIA DE OUTRA ESTRELA. Por isso é que há lógica na tese que escrevemos no parágrafo anterior, quando nesta colocação feita por Paulo ele fala exatamente da diferença que há de uma estrela da outra. Isso confirma que, cada um dos salvos em Cristo terão um grau de glória diferente um do outro, e isso em recompensa pelo que cada um tiver feito em prol do reino de Cristo. A salvação é comum, mas os galardões e as coroas de glórias serão diferentes de um para o outro.

1 Coríntios 15:39

1 Coríntios 15:39 - Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves.

NEM TODA A CARNE. Tendo então falado sobre a diferença entre a semente que se coloca debaixo da terra e a própria planta que há de ser gerada daquela pequena semente. Agora, o autor fala a respeito dos diferentes tipos de carnes que existe na natureza. Depois Paulo ainda fala sobre os astros com suas diferenças também. Mas todas estas ilustrações são postas, justamente para ensinar que há diferença entre o corpo físico, que morre, e o corpo espiritual que há de ressuscitar no futuro.

É UMA MESMA CARNE. Assim como há diferença entre a estrutura das arvores, e isso por espécies vegetais, da mesma sorte, há também diferenças nos tipos de carnes que existe no reino animal. Até então, Paulo vinha falando a respeito dos “corpos”, mas agora, ele troca corpo por carne. Essa diferença que o escritor faz de um tipo de carne para outra, nos ensina sobre a diferença dos corpos espirituais ressurrectos.

MAS UMA É A CARNE. Desde o primeiro livro da bíblia, quando do ato da criação, que as Escrituras fazem esta divisão do reino animal em Homens, animais terrestres, peixes, e aves. Agora, em termos de cada espécie, as carnes são idênticas, não sabemos dizer em que Paulo se refere, se em termos de valor em essência, como no caso da carne humana, que não deve ter valor nutricional, porque o homem é especial.

DOS HOMENS. A carne dos seres humanos tem outros valores quando em comparação a carne dos animais que vivem sobre a terra, bem como dos peixes e por fim das aves. Como Paulo fala da carne como representante do corpo, então, a carne do homem é um veículo especial da alma e do espírito. Não se come a carne de gente, a não ser naquelas culturas mais rudimentares, sem explicação plausível ou social para isso.

E OUTRA A CARNE DOS ANIMAIS. Certamente, o escritor fala a respeito dos animais que se movem ou mesmo que se arrastam sobre a terra, como os bois, as ovelhas, os animais silvestres que são comestíveis e etc. Neste caso, pode ser que Paulo fale do valor nutricional da carne destes animais. Mas no fundo no fundo, o que o autor deseja mesmo é destacar a diferença da composição de um corpo para o outro. O que no futuro vai representar a diferença do corpo humano para o corpo ressurrecto.

E OUTRA A DOS PEIXES. A carne dos peixes assumem valores que são diferenciados de todas as carnes citadas neste texto, não porque seja mais importante do que as demais. Porem, pelo ambiente em que ele se adaptou a sobrevivência. Os homens, os animais e as aves o ambiente externo é parecido, mas os peixes vivem em um ambiente totalmente diferente, porque vivem inversos dentro da água, e não morrem.

E OUTRA A DAS AVES. Não temos como saber se há algum tipo de particularidade no pensamento do escritor, quanto à ordem dos tipos de carnes citadas pelo apóstolo dos gentios, o que sabemos é que há diferença entre um tipo de carne e outra, conforme a espécie. A lição que se tira destes argumentos expostos por Paulo é que ele aponta na direção da realidade da ressurreição dos mortos, e que já podemos ter uma noção da diferença de glória que haverá de um ser espiritual para outro na eternidade futura.

1 Coríntios 15:37-38

1 Coríntios 15:37-38 - E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo.

E, QUANDO SEMEIA. Este argumento utilizado por Paulo, em forma de uma metáfora da agricultura era bem conhecido dos seus leitores, porque nos tempos mais antigos da história da humanidade, as atividades agrícolas eram bastante exploradas pelas sociedades. E o autor começa falando de quando o agricultor fazia sua plantação no campo, provavelmente no começo do inverno, esperança o nascer de cada planta.

NÃO SEMEIA O CORPO. Neste caso, o escritor fala do tipo de lavoura em que se planta justamente a semente, que conforme o versículo anterior, primeiro esta mesma semente já havia secado completamente, e, portanto, morrido. Na ressurreição dos que dormem e dos mortos, também semeia na terra, como que uma semente que já morreu, porem, haverá de ressuscitar um corpo diferente, de fato incorruptível.

QUE HÁ DE NASCER. Agora, Paulo fala, não da simples semente que foi lançada no solo, completamente ressecada de um ano para outro ou com mais de um ano, onde alguém que não tem experiência com isso, certamente duvidaria que aquela semente germinaria. A planta que há de nascer é totalmente diferente do simples grão que foi plantado. Assim será na ressurreição dos que dormem em Cristo e dos mortos.

MAS O SIMPLES GRÃO, COMO DE TRIGO. O apóstolo dos gentios exemplifica sua metáfora com uma das espécies de planta mais conhecida de sua época e pelos moradores daquela região, que era o trigo. Da mesma sorte, qualquer pessoa sabe de como se procede com a morte de um ser humano, que naturalmente é enterrado na terra. Assim como a semente, da mesma forma, o corpo dos filhos dos homens, agora, a ressurreição, não vai ser de um corpo em estado de putrefação, mas vivificado.

OU DE OUTRA QUALQUER SEMENTE. Mas digamos que alguém não conhecesse o trigo, citado por Paulo na colocação anterior, então, que os seus leitores ficassem livre para pensarem em qualquer outro tipo de semente que era lançada ao solo, do mesmo jeito que aconteceu com o trigo, da mesma maneira seria com o feijão, com o arroz, ou qualquer outro tipo de lavoura. A arvore não será nunca igual à semente.

MAS DEUS DÁ-LHE O CORPO COMO QUER. Depois de lançar seu argumento, bem conhecido por todos, e, portanto, difícil de ser refutado, agora, Paulo mostra quem é que faz a metamorfose da simples semente em uma grande arvore. Deus é quem vai colocar seu poder em operação para fazer ressuscitar os corpos dos seus servos de uma outra composição. Bem como a todos aqueles que viveram e morreram na terra.

E A CADA SEMENTE O SEU PRÓPRIO CORPO. Nunca vai existir uma planta de uma espécie, semelhante à planta de uma outra espécie. Temos no Novo Testamento o exemplo do trigo e do joio, que são parecidos, mas nunca iguais em essência. Nem mesmo as plantas de mesma espécie são iguais uma das outras. O escritor pode estar falando de uma mudança do parecer de cada um daqueles que viveram sobre a terra, no seu aspecto de quando ressuscitarem de entre os mortos, e isso envolve mistério.

1 Coríntios 15:35-36

1 Coríntios 15:35-36 - Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.

MAS ALGUÉM DIRÁ: COMO RESSUSCITARÃO. Novamente o autor retoma seu principal tema de esclarecimento, que é justamente a ressurreição dos mortos, tanto dos que partiram com Cristo, os que dormem no Senhor, como também a ressurreição dos mortos, aqueles em que seus corpos jazem no pó da terra e suas almas estão no hades. Para os que creem no evangelho ver este tema como uma grande esperança, mas para o homem natural, a ressurreição simplesmente não existe, porque não crê.

OS MORTOS? Paulo vem falando para os que dormem no Senhor, mas também vem escrevendo sobre os mortos, como aqueles que participaram da morte física, mas que partiram desta vida para a outra sem direito a salvação. Mas neste texto, é provável que ele se refira a ambos, os que dormem e os mortos. Essa não é uma pergunta feita pelos que conhecem a Cristo, mas sim, pelos que não vivem o evangelho da verdade.

E COM QUE CORPO VIRÁ? Naturalmente, o ser humano terreno e materialista, ele tem a crença de que, quando o homem morre, seu corpo é enterrado e tudo termina na sepultura. Diante do que acontece com o corpo físico, seu estado de putrefação e deterioração, o homem natural imagina que tudo acabou. Porem, as escrituras afirmam que somos eternos. O nosso corpo vai ressuscitar de forma incorruptível.

INSENSATO. Há quem diga, que Paulo usa este termo, não contra os seus leitores, mas sim, contra os hereges, aqueles mesmos que estavam transtornando o evangelho de Cristo na igreja de Corinto. O apóstolo dos gentios estava dizendo que os falsos mestres que defendiam que os mortos não ressuscitam, estavam agindo com estupidez, como pessoas que agiam sem razão de ser, loucos e irracionais. Um insensato é alguém que perdeu a sensibilidade para a verdade e para o que é certo.

O QUE TU SEMEIA. Paulo era hebreu de hebreu, e os judeus eram especialistas em criarem suas próprias metáforas para explicarem suas ideias. Temos os muitos exemplos de Jesus que ensinou de várias maneiras com suas lindas parábolas. E Paulo usa mais uma de suas ilustrações para explicar verdades espirituais profundas. Neste caso ele fala sobra às atividades agrícolas de quando da plantação de uma semente.

NÃO É VIVIFICADO. Nenhum agricultor experiente vai fazer uma plantação com sementes ainda verdes, geralmente, o bom agricultor guarda sua melhor semente para o ano seguinte, ou até por mais de um ano, para então fazer sua plantação. Se plantar uma semente ainda verde, ela vai apodrecer, mas se deixar primeiro ela morrer, então plantando, com certeza tal semente vai germinar, nascer e dá frutos.

SE PRIMEIRO NÃO MORRER. O ensino da metáfora aplicada por Paulo é que, primeiro vem à morte física, depois vem à ressurreição. Os que dormem em Cristo, ao participarem da morte física ou biológica, seus corpos voltam ao pó, mas suas unidades espirituais (alma e espírito) estão repousando no paraíso. Já os que morrem sem Cristo, seus corpos voltam ao pó, e suas unidades espirituais vão para o hades. Mas tanto uns como os outros, haverão de ressuscitar, corpo, alma e espírito.

1 Coríntios 15:33-34

1 Coríntios 15:33-34 - Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.

NÃO VOS ENGANEIS. O alerta de Paulo era pertinente, uma vez que, o perigo rondava a comunidade cristã de Corinto. E como o apóstolo amava aquela igreja, porque foi ele o seu fundador, então, seus cuidados por aquela gente era redobrado, no sentido de vê-los crescendo na fé, e não entrando por caminhos diferentes do evangelho da verdade de Cristo. Todo cuidado seria pouco para não se deixarem enganar.

AS MÁS CONVERSAÇÕES. O povo de Deus não pode se deixar levar por conversas que sejam contrárias ao evangelho de Cristo. Paulo tinha com muito esforço e dedicação ensinado as verdadeiras doutrinas cristãs aos seus filhos na fé, quando durante um ano e meio ficou com eles, na fundação daquela igreja. Ao partir para novos campos missionários, deixou seu amigo de ministério Apolo que estava ensinando a palavra.

CORROMPEM OS BONS COSTUMES. O que Paulo tenta explicar para seus filhos na fé é que conversar com um herege, não traz nenhum proveito espiritual. Portanto, quem mantem amizade com um herege corre o risco de cair na lábia do tal. Com isso, a melhor coisa é não dar ouvido a quem vêm com conversas contrárias à palavra de Deus. Estes bons costumes que Paulo se refere, dizem respeito aos nos ensinos que ele havia transmitido para seus leitores. Os hereges transtornavam o evangelho de Cristo.

VIGIAI JUNTAMENTE E NÃO PEQUEIS. Fiquem em alerta, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, buscando a quem possa tragar. O diabo com os seus demônios estavam usando os hereges infiltrados na igreja de Corinto para que estes pregassem uma mensagem, que os mortos não haverão de ressuscitar. Porem, para Paulo, se os irmãos se deixassem levar por tal ensino falso, terminariam pecando.

PORQUE ALGUNS AINDA NÃO TÊM. Aqueles que faziam parte da igreja cristã de Corinto eram hábeis nas coisas desta vida, se interessavam até demais pela sabedoria terrena, mas tudo indica que eram devagar quanto às coisas espirituais. Apesar de terem tido o privilégio de ouvirem Paulo, um dos homens mais profundo nas revelações do evangelho, e ter Apolo como mestre, mas ainda não tinham crescido.

O CONHECIENTO DE DEUS. Como todos sabem, Corinto era um dos mais avançados centros da cultura grega, e os irmãos daquela igreja tinham os melhores mestres das ciências do saber daquela época. No entanto, suas mentes estavam como que embotadas para não receberem o verdadeiro conhecimento sobre os planos de Deus. Estavam dando ouvidos as filosofias dos gnósticos, mas pouco valor a palavra de Deus.

DIGO-O PARA VERGONHA VOSSA. O apóstolo dos gentios percebe um contra senso no caso dos seus leitores em Corinto. Os irmãos eram para estarem em um grau de desenvolvimento espiritual além do comum, porque foram bem instruídos nas verdades de Deus, porem, em vez disto, eles estavam querendo retroceder, dando ouvidos a heresias de perdição. Paulo, como fundador daquela comunidade cristã se sentia envergonhado, por ver que seus ensinos não tinham tido o efeito esperado.

1 Coríntios 15:32

1 Coríntios 15:32 - Se, como homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me aproveita isso, se os mortos não ressuscitam? Comamos e bebamos, que amanhã morreremos.

SE, COMO HOMEM. Continua então o escritor justificando sua crença fundamental na ressurreição dos mortos, mostrando seu próprio exemplo de lutas permanentes em prol do reino dos céus, com a maior e melhor esperança na vida eterna. É bom lembrar que antes de se converter ao cristianismo, Paulo tinha uma vida social cheia de privilégios, porque contava com o apoio das lideranças do judaísmo, uma vez que ele era um fariseu, e como tal, fazia parte da nata e da elite religiosa de Israel.

COMBATI EM ÉFESO. Éfeso era uma cidade estratégica de entrada para a Ásia, assim como Filipos era para a Europa. Certamente Paulo estava escrevendo esta sua carta de Éfeso, o que o fazia lembrar dos seus combates contra os inimigos do evangelho. No capítulo dezanove de Atos fala de Paulo evangelizando em Éfeso, mas é no capítulo onze de segundo Coríntios que Paulo faz uma síntese de suas batalhas.

CONTRA AS FERAS. Há na realidade duas versões sobre esta colocação feita por Paulo, neste ponto de sua carta. A primeira delas é que os prisioneiros do império romano eram obrigados a lutarem contras as feras nos teatros públicos. A segunda é que Paulo deve estar comparando seus algozes inimigos a verdadeiras feras, até porque havia um ódio hostil dos adversários de Cristo contra os líderes do verdadeiro cristianismo.

QUE ME APROVEITA ISSO. Seria da parte de Paulo um contra senso, bem como loucura mental, enfrentar tantas perseguições, tribulações e perigos de morte, se não houvesse em sua alma a esperança de que, mesmo morrendo por amor ao evangelho, um dia no futuro, na volta de Cristo, não ressuscitasse de entre os mortos. A sociedade dos homens naturais não entende porque os servos de Cristo passam tantas provações e fazem tantas renúncias, por causa das preciosas promessas do evangelho.

SE OS MORTOS NÃO RESSUSCITA? A negação da ressurreição dos mortos era uma heresia que desmanchava por terra todas as crenças de salvação e vida eterna do povo de Deus. Aqueles que estavam tentando semear esta heresia na igreja em Corinto queriam na verdade destruir todas as crenças fundamentais do cristianismo, por isso que Paulo dedica este grande capítulo quinze de sua carta, em defesa da fé cristã.

COMAMOS E BEBAMOS. O que Paulo quer dizer com isso? Se não há ressurreição de mortos, então não vale apena renunciar as coisas deste mundo, que são boas para os desejos da carne, mas que são contra a alma, porque são coisas reprovadas pela palavra de Deus. Comer e beber, fala da vida de farras, festas e tudo que representa a libertinagem para o cumprimento das concupiscências da carne e a soberba da vida.

QUE AMANHÃ MORREREMOS. Baseados na descrença de que um dia vão ressuscitar dos mortos para prestarem contas dos seus feitos e obras é que os ímpios vivem para o mundo e para os desejos mais promíscuos da carne. Os incrédulos acham que a vida é apenas nesta dimensão da existência terrena, mas a verdade defende de que todos, justos e ímpios, haverão de ressuscitar um dia de entre os mortos, que creiam ou nao.

1 Coríntios 15:30-31

1 Coríntios 15:30-31 - Por que estamos nós também a toda a hora em perigo? Eu protesto que cada dia morro, gloriando-me em vós, irmãos, por Cristo Jesus nosso Senhor.

POR QUE. No versículo anterior, Paulo aponta sua artilharia contra aqueles que negavam a realidade da ressurreição dos mortos. Em princípio se pensa que as doutrinas dos saduceus haviam chegado na comunidade cristã de Corinto, porque essa era uma crença comum entre os saduceus. Mas, os historiadores também nos fazem saber que haviam várias seitas pagãs naquela cidade, que também defendia tais teses, porem, ao mesmo tempo viviam uma incoerência ao batizar em nome dos mortos.

ESTAMOS NÓS. No versículo anterior, o escritor critica “eles” que não acreditavam na ressurreição dos mortos, mas que batizavam seus adeptos em nome dos mortos, isso com relação aos falsos mestres de heresias espirituais. Agora, neste versículo, o autor fala em “nós”, porque ele muda o foco do que vinha falando no versículo anterior para sua própria pessoa, bem como para os seus filhos na fé da igreja cristã de Corinto.

A TODA HORA EM PERIGO? Esse é mais um argumento de Paulo, em defesa da ressurreição dos mortos. No caso do apóstolo dos gentios, um estudo neste sentido, em seus escritos, se verifica que nenhum outro dos apóstolos teve que passar tantas perseguições o quanto Paulo teve que enfrentar, por pregar o evangelho de Cristo. Certamente, os seus leitores também eram vítimas das investidas dos seus inimigos.

EU PROTESTO QUE CADA DIA. Quanto ao país de Israel, a morte de Cristo, até certo ponto, logo no começo fez cessar os embates contra os líderes de Jerusalém. Já no mundo gentílico, como Paulo era o responsável pela evangelização das demais nações de sua época, aonde o apóstolo chegava, os judeus, os líderes das falsas religiões mais antigas, e as autoridades romanas, não cessavam de persegui-lo permanentemente.

MORRO. Não que Paulo morresse na realidade todos os dias, essa é uma metáfora ou uma hipérbole que ele usa, para representar os perigos que ele tinha que enfrentar todos os dias de seu ministério. O que efetivamente o escritor quis afirmar na verdade é que, em todos os momentos de sua vida, ele enfrentava situações bem próximas da morte e que a cada dia, mais e mais se aproximava seu momento de partir.

GLORIANDO-ME EM VÓS, IRMÃOS. Paulo demostra para seus filhos na fé, que eles eram de fato e na verdade a coroa de seu ministério. As demais igrejas fundadas por Paulo tinham muitos problemas, tais como a comunidade cristã de Corinto. No entanto, suas duas grandes cartas enviadas a esta igreja, demostra o quanto o apóstolo tinha cuidado e amor pelos irmãos de Corinto, que eram especiais para ele.

POR CRISTO JESUS NOSSO SENHOR. É perceptível em seus escritos, que Paulo tinha o grande amor pelo Senhor Jesus Cristo. Nesta frase, o apóstolo mais uma vez cita o título mais completo ao se referir ao Filho de Deus. Jesus é o nome próprio do Messias de Deus e Cristo é o adjetivo que fala de suas qualidades, bem como de sua missão. Já sobre o senhorio de Cristo Jesus, ainda no Velho Testamento era previsto que ele seria Senhor para glória de Deus Pai, o que foi confirmado em sua vida e ministério na terra.

1 Coríntios 15:29

1 Coríntios 15:29 - Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos?

DOUTRA MANEIRA. Este é mais um dos textos bíblicos que tem gerado inúmeras discussões, porque sua mensagem é um tanto obscura para a compreensão dos cristãos da atualidade. Uma outra coisa a ser salientada sobre este versículo é que Paulo não afirma apoio a este tema por ele abordados, mas veja-se que há dupla interrogação, o que só confirma que ele estava questionando tais práticas dúbias.

QUE FARÃO OS QUE SE BATIZAM. Os historiadores mais antigos nos fazem chegar à informação que na cidade de Corinto havia algumas seitas heréticas que praticavam rituais de batismos pagãos em nome dos mortos. O batismo como ato religioso não era praticado somente pelos líderes do cristianismo, mas desde tempos mais remotos que as falsas religiões e as seitas pagãs sempre seguiram tais rituais idolatrando os mortos.

PELOS MORTOS. Na atualidade, temos os mórmons que são praticantes deste costume, como algo que é comum e defendido por eles. Por isso que eles guardam os seus registros genealógicos dos seus antepassados, como um mandamento que é sagrado. No município de Salt Lake Cite, no estado de Utah, nos Estados Unidos da América do Norte, em uma montanha escavada, existe o maior arquivo genealógico da atualidade, onde os mórmons guardam suas árvores genealógicas mais completas.

SE ABSOLUTAMENTE OS MORTOS. É perceptível que Paulo faz uma pergunta, e com isso subtende que ele faz ao mesmo tempo um questionamento e não uma afirmativa que tal prática fosse correta ou que fosse praticada na igreja cristã de Corinto. O problema é que os falsos mestres infiltrados naquela comunidade cristã, certamente vindos das seitas heréticas, estavam querendo ensinar tal heresia naquela igreja.

NÃO RESSUSCITAM? Ao que tudo indica, tais falsos mestres, infiltrados na comunidade cristã de Corinto, ensinavam que se devia batizar os novos convertidos em nome dos mortos, mas que eles mesmos não acreditavam na ressurreição dos mortos. No fundo, no fundo, o que o apóstolo dos gentios pretende fazer é defender o seu argumento que, a ressurreição dos mortos é uma realidade conforme o evangelho.

POR QUE SE BATIZAM ELES. Nesta frase, está muito claro que não eram os irmãos de Corinto que se batizavam pelos mortos, mas sim, os prosélitos das seitas pagas, que estavam tentando confundir a fé dos seguidores de Cristo naquela cidade. Desde os seus começos, que o verdadeiro cristianismo sempre foi de todas as formas bombardeado com ventos contrários de falsas doutrinas e heresias pagãs diversas.

ENTÃO PELOS MORTOS? Temos então a segunda pergunta de Paulo dentro deste mesmo versículo, não como confirmação de algo que fosse correto, mas sim, como questionamento aos falsos mestres com suas doutrinas heréticas, que tentavam transtornar o evangelho de Cristo. As seitas heréticas em Corinto batizavam seus adeptos em nome dos mortos pagãos, tentando melhorar suas situações depois da morte, como fazem algumas falsas religiões nos dias de hoje, o que é uma heresia.

1 Coríntios 15:28

1 Coríntios 15:28 - E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.

E, QUANDO TODAS AS COISAS. Dentro da cronologia exposta por Paulo, que não tem data marcada, isso em nosso calendário, mas que o “quando” fala de um tempo determinado no calendário de Deus. Ainda que de forma invisível ao olho humano, nem perceptível a inteligência dos filhos dos homens, mas Cristo está indo em direção ao seu domínio universal e global, e o milênio demostrará esta realidade. Nos céus isso já é uma realidade, na terra e em todos os lugares Cristo há de governar plenamente.

LHE ESTIVEREM SUJEITAS. No versículo vinte e cinco temos o seguinte: Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. A igreja já vive debaixo do governo de Cristo, porque os escolhidos do Senhor não fazem mais as suas próprias vontades, mas a de Cristo. No entanto, ainda resta muita coisa para que todas as coisas estejam realmente sob a vontade soberana de Cristo.

ENTÃO TAMBÉM O MESMO FILHO SE SUJEITARÁ. Quando tiver cumprimento o governo e o domínio de Cristo sobre tudo e sobre todos. Então, haverá uma entrega do governo ao Cabeça Federal de todas as coisas. Por isso que o evangelho chama Jesus de Filho de Deus, e o filho sempre estará abaixo da autoridade do pai, e se é assim na terra, não será diferente nos céus. O Pai é o Rei que está acima de tudo.

AQUELE. Paulo fala do Deus Todo-poderoso que desde a vinda do seu Messias compartilha com seu Filho Jesus o governo de todas as coisas. O poder outorgado do Pai ao Filho, em nada diminui a autoridade do Pai, porque isso já fazia parte da economia do reino de Deus, desde a fundação do mundo. Antes mesmo da vinda do Messias, o próprio Deus já havia prometido que o seu Cristo seria honrado com o domínio sobre todas as coisas. E tudo está de acordo com a vontade do Deus Criador.

QUE TODAS AS COISAS LHE SUJEITOU. Os judeus não compreenderam nada disto que Paulo procura explicar neste texto, porque se tivessem compreendido não teriam rejeitado o seu Messias, Jesus de Nazaré. Esse compartilhamento do governo de Deus com o seu Cristo foi uma determinação do próprio Deus. Por isso que, quem se torna discípulo de Cristo, não está fugindo das regras do monoteísmo bíblico.

PARA QUE DEUS. No final das contas, todas as coisas terão sua essência na pessoa bendita do Deus Criador. Nisto se percebe a fidelidade de Cristo ao Pai, em que ele está trabalhando como mordomo do Pai, para lá na frente devolver com fidelidade todas as coisas aos cuidados do Deus único e verdadeiro. O Pai tem confiado ao seu Cristo uma tremenda responsabilidade, e a igreja confia na capacidade de Cristo.

SEJA TUDO EM TODOS. Verdades profundas nos são ensinadas nestas teses postas por Paulo, que deve ter impactado os seus leitores em Corinto. Hoje e por um longo período, Cristo centraliza seu poder no comando de todas as coisas. Mas na eternidade de Deus e de Cristo, Deus será o Ômega de todas as coisas. O bem prevalecerá, a verdade e a luz, porque Deus é o bem a verdade e a luz em essência acima de tudo.

1 Coríntios 15:27

1 Coríntios 15:27 - Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas.

PORQUE TODAS AS COISAS. O que o escritor tenta explicar para seus leitores é algo que somente aqueles que já se converteram ao reino de Cristo entendem e aceitam. O homem natural não acredita nestas verdades, porque os seres humanos materialistas só acreditam nas coisas que podem ter acesso por meio dos sentidos físicos. Mas aqueles que vivem pela fé são conscientes de que Cristo reina sobre tudo. Neste sentido, se cumpre o que Cristo disse: Todo poder me foi dado no céu e na terra.

SUJEITOU. Dentro da esfera do governo universal do Filho de Deus é que todas as coisas criadas estão sujeitas a Cristo. Este verbo nos ensina que as coisas importantes ou insignificantes, todas elas passam pelo crivo da interferência do Rei dos reis e Senhor dos senhores. O mundo não percebe estes valores que o evangelho atribui ao Cristo de Deus, porem, a igreja remida do Senhor Jesus sabe destas grandes verdades.

DEBAIXO DOS SEUS PÉS. Isso fala do domínio universal de Cristo. Daniel 7:14 - E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído. Esse domínio de Cristo abrange as autoridades humanas, bem como o império das trevas e do mau, como também até os anjos de Deus.

MAS, QUANDO DIZ QUE TODAS AS COISAS LHE ESTÃO SUJEITA. Este “mas” posto por Paulo neste texto sinaliza uma mudança de realidade. Os judeus eram cuidadosos no que tange a seguir o monoteísmo a risca. Por isso que eles não aceitaram que Jesus de Nazaré fosse o Emanuel de Deus. Porque para os judeus, o Messias seria o próprio Deus entre os homens. Quando viram a Jesus, não creram que ele era o Messias.

CLARO QUE SE EXCETUA AQUELE. Na economia do cristianismo se crer que Jesus é o Messias prometido por Deus, que também é o Emanuel, ou seja, Deus entre os filhos dos homens. O cristianismo defende a doutrina da trindade, com três pessoas distintas, porem, não três deuses, como se crer no politeísmo. Deus Pai está acima de tudo, mas foi o próprio Pai quem sujeitou a seu Filho o governo das coisas.

QUE LHE SUJEIOU. Quando o Senhor Jesus esteve manifesto entre os filhos dos homens, como servo que era do Deus Pai, Ele viveu de tal maneira que cumpriu na íntegra a vontade soberana do Deus Criador de todas as coisas. Não é diferente na atualidade e na eternidade futura, porque Cristo como Filho vai estar sempre sob o comando do Pai. Essa união entre Pai e Filho é tão perfeita, que as imperfeições humanas não compreendem nesta dimensão da vida, a totalidade desta unidade.

TODAS AS COISAS. Exceto o Cabeça Federal, que é o Deus Pai. O governo de Cristo sobre a igreja remida é um exemplo do que vai acontecer no futuro com o governo de Cristo sobre as coisas criadas. O milênio vai ser na prática a gestão visível do governo universal do Rei dos reis e Senhor dos Senhores. No entanto, o domínio de Cristo vai além das esferas religiosas e políticas, o seu domínio não tem limite planetário.

1 Coríntios 15:25-26

1 Coríntios 15:25-26 - Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.

PORQUE CONVÉM QUE REINE. Cristo nasceu, viveu, morreu, ressuscitou e subiu ao céu para se assentar a destra de Deus a fim de reinar com o Pai. Antes mesmo de sua vinda ao mundo, já estava previsto que ele seria o Filho de Davi e de Deus também (2 Samuel 7:12,14). E isso foi confirmado durante o seu ministério (Mateus 1:1) E o seu reino é um reino eterno universal, porque foi ungido como Rei dos reis e Senhor dos Senhores. Ele terá um governo prática na terra durante mil anos em Jerusalém.

ATÉ QUE HAJA POSTO. Uma das finalidades do governo universal de Cristo é justamente desfazer as obras do diabo. Desde a rebelião, ainda nas esferas celestiais, do diabo com os seus demônios, que forças opostas ao reino de Deus tem se levantado. Mas o príncipe de Deus, Jesus Cristo veio justamente para lutar e vencer todas as forças do mau e das trevas. A vitória de Cristo já esta determinada por Deus.

TODOS OS INIMIGOS. O diabo com os seus demônios tem se colocado em pé de guerra contra o reino de Deus, contra os filhos dos homens, contra o evangelho da verdade, contra o cristianismo e contra a igreja de Cristo. Todavia, muito maior e muito mais poderosa do que todas as forças do império das trevas é nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ninguém subsistira contra o Leão da tribo de Judá, Jesus Cristo.

DEBAIXO DE SEUS PÉS. Essa é uma metáfora militar para representar a vitória sobre um inimigo, o colocando debaixo dos seus pés. Com isso, Paulo deixa bem claro que o Cristo de Deus vencerá a todas as forças do mau e das trevas. Toda influência que o diabo hoje tem no mundo e na vida das pessoas será subjugada, e o próprio satanás será preso em prisões eternas, lançado no lago de fogo e enxofre para todo o sempre.

O ÚLTIMO INIMIGO. Não que seja o amais forte inimigo, mas Deus tem determinado que por derradeiro de todos a morte seja também aniquilada eternamente. Provavelmente durante o milênio, este grande inimigo dos filhos dos homens estará, por determinação de Deus, neutralizada. Mas, depois do juízo do grande trono branco, a morte e o inferno serão também lançados no lago de fogo e enxofre.

QUE HÁ DE SER ANIQUILADO. No que diz respeito aos seres humanos, este inimigo, chamado a morte passou a aterrorizar os filhos dos homens, depois da desobediência de Adão e Eva, é tanto que Paulo diz que a morte veio com Adão, ele que é o representante da raça humana. No entanto, a ação e o horror da morte terá um limite, porque assim como Cristo a venceu pela ressurreição, haverá de aniquila a morte.

É A MORTE. 1 Coríntios 15:53-54,57 - Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi à morte na vitória. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo. A ressurreição de Cristo foi um golpe fatal contra a morte, ela que será vencida.

1 Coríntios 15:24

1 Coríntios 15:24 - Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força.

DEPOIS. Antes, o autor vinha falando a respeito de fatos cronológicos, que antecedem a volta de Cristo, evento este muito importante para a igreja de Cristo, isto é a vinda do Senhor Jesus para arrebatar a sua igreja remida. Depois, vem o executar de fatos que já estão no cronograma das realizações de Deus, como algo que faz parte da escatologia bíblica. Deus é absolutamente organizado e com maestria governa os seus feitos em todas as dimensões, ainda que os homens não vejam suas interferências.

VIRÁ O FIM. Já nos antigos profetas, da velha dispensação, Deus anunciava o fim desta esfera terrena, e Cristo quando esteve entre os homens também anunciou vários fatos que fazem parte dos fins dos tempos. O livro do apocalipse traz relatos escatológicos que nos dá uma noção do que vai acontecer sobre estes acontecimentos derradeiros, quanto a terra. A terra será destruída durante o tempo da grande tribulação.

QUANDO TIVER ENTREGUE. Desde a manifestação do Messias de Deus sobre a terra, que o Criador de todas as coisas tem confiado ao seu Cristo o governo sobre todas as coisas. (Daniel 7:14) já vaticinava a respeito do domínio universal do Filhos de Deus, e terminada sua missão na terra, o próprio Cristo disse: todo poder me foi dado no céu e na terra (Mateus 28:18). Mas vai chegar o dia em que Deus será tudo em todos.

O REINO. Paulo fala do governo sobre todas as coisas, que está sob o comando de Cristo, porque assim determinou o Deus Todo-poderoso que seja. Aparentemente, Cristo não governo sobre a terra, mas na realidade ele tem o domínio sobre todas as coisas, porque no final das contas, o que prevalece é o seu querer. Os homens não tem a capacidade de perceber isso, mas é Cristo quem está no comando e governa. (Isaías 9:6) diz que Cristo governa e (Apocalipse 19:16) é Rei dos reis e Senhor dos senhores.

A DEUS, AO PAI. Quanto a Deus como Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a bíblia está pontilhada de referências e passagens. Antes mesmo de sua vinda a esta terra, na eternidade passada, Cristo sempre foi o Filho de Deus. Quando veio a terra, Ele foi gerado pelo Espírito de Deus. Vai chegar o tempo em que Cristo entregará nas mãos do Pai o governo de todas as coisas, e em seguida, Paulo diz quando vai ser.

E QUANDO HOUVER ANIQUILADO TODO O IMPÉRIO. Desde a rebelião de satanás com os seus demônios que o diabo vem construindo o chamado império das trevas e do mau. Porem, desde a vinda do Cristo de Deus a terra, que o Senhor Jesus vem desconstruindo este mesmo império de satanás. Vai chegar o tempo em que todas as forças do mal serão dominadas e destruídas, porque Cristo tem poder para fazer isso.

E TODA A POTESTADE E FORÇA. Neste texto, esta potestade diz respeito a satanás com os seus demônios, que até certo ponto tem exercido influências sobre a terra. No império das trevas existem entidades fortes que na prática domina os filhos dos homens, principalmente aqueles que não vivem para Cristo e com Cristo. Por influências e domínio estas potestades tem controle sobre forças humanas, tais como pessoas influentes da terra. Todas as forças negativas serão vencidas por Cristo.

1 Coríntios 15:22-23

1 Coríntios 15:22-23 - Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.

PORQUE, ASSIM COMO TODOS MORREM EM ADÃO. Havia um mandamento expresso da parte de Deus para Adão, de que ele não comece do fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal, porque o resultado seria a morte. Ao desobedecer à ordem de Deus, Adão fez com que a morte viesse a ele, e isso com consequências universais, porque todos os filhos dos homens foram atingidos também com a morte.

ASSIM TAMBÉM TODOS SERÃO VIVIFICADOS. Como Paulo tinha falado sobre os que dormem em Cristo, esse “todos” podem significar apenas os remidos. Porem, se aplicado a todos os mortos, também cabe dentro da colocação de Paulo, uma vez que, na realidade, toda e qualquer forma de ressurreição será realizada por Cristo, Ele que é a ressurreição e a vida. Vivificados, neste texto é despertados da morte.

EM CRISTO. Deus ressuscitou a Cristo e Cristo ressuscitará a todos, porque ele recebeu de Deus este poder para trazer de volta os filhos dos homens da morte para a vida. Toda esperança da igreja está depositada em Cristo, porque é Ele que vai fazer surgir a todos que dormem o sono da morte, para que sejam vivificados para todo o sempre. Nisto se ver o grande poder de Cristo sobre tudo, até sobre a morte.

MAS CADA UM POR SUA ORDEM. A ressurreição de Cristo foi o marco da esperança dos remidos, porque ascendeu a luz da esperança de que nem tudo está perdido. A ressurreição do Filho de Deus foi o exemplo maior de que todos os que o aceitam como Senhor e Salvador, também hão de ressuscitar. Os que rejeitam a Cristo se depararão com esta realidade de que, ressuscitarão para prestarem conta a Deus.

CRISTO AS PRIMÍCIAS. Ainda no tempo da velha dispensação, havia no templo uma celebração das primícias do campo, em que eram oferecidos os primeiros frutos da colheita, como prova de que a safra seria abundante. Cristo como primícias da ressurreição é a prova maior de que Nele, todos os escolhidos de Deus também serão vivificados. Por isso que, a ressurreição de Cristo se constituiu a grande esperança dos filhos de Deus, pois, os salvos, mesmo que cheguem a morrer, mas ressurgirão.

DEPOIS OS QUE SÃO DE CRISTO. Este assunto da ressurreição dos remidos de Cristo se tornou fundamental, ainda no tempo da igreja primitiva, juntando-se a vinda de Cristo, porque os irmãos que foram perseguidos pelos inimigos do cristianismo, enfrentavam até mesmo a morte, sem negarem a sua fé, porque sabiam que, mesmo que chegassem a tombar, mas que na vinda gloriosa de Cristo, eles ressuscitariam.

NA SUA VINDA. A igreja primitiva vivia na expectativa da volta eminente de Cristo para vir arrebatar os seus escolhidos, sem, no entanto, ter a noção do hiato de tempo que haveria entre a ascensão de Cristo e o seu retorno para buscar a sua igreja. Não temos como saber o número daqueles que já partiram desta vida por meio da morte física, mas temos a certeza de que, todos eles serão vivificados em Cristo, porque, assim como Cristo ressuscitou, os remidos de Cristo ressuscitarão também.