quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Judas 1:11

Judas 1:11 - Ai deles! porque entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Coré.
AI DELES. A palavra “ai” no contexto geral das sagradas escrituras representa uma das mais fortes formas de reprimendas da parte de Deus contra os seus inimigos e opositores. Como o autor nesta parte de sua carta se dirige aos inimigos e opositores do evangelho de Cristo e de sua igreja, não poderia ser diferente. A expressão “deles” usada pelo escritor diz respeito aos judaizantes que se infiltravam no seio da comunidade cristã para por meio de suas fábulas inventadas tentarem confundir o evangelho das boas novas de Cristo, como também se refere aos falsos mestres gnósticos que com suas filosofias ascéticas procuravam transtornar a mensagem central do evangelho.

PORQUE ENTRARAM PELO CAMINHO DE CAIM. Conforme ficamos sabendo por meio do primeiro livro da bíblia, Caim foi tomado de inveja do seu irmão pela qualidade da comunhão que Abel vinha desenvolvendo com Deus. No caso dos judaizantes e dos falsos mestres gnósticos, eles também estavam sendo tomados e dominados pela inveja pelo alto grau de espiritualidade que os cristãos vinham desenvolvendo com Deus por Cristo Jesus. E como Caim procurou tirar do seu caminho àquele que era o produto de sua inveja, no caso seu irmão Abel, da mesma forma os judaizantes e os falsos mestres gnósticos procuravam por todos os meios eliminar o cristianismo.

E FORAM LEVADOS PELO ENGANO. Neste caso, a inveja dos judaizantes e dos falsos mestres gnósticos estava lhes conduzindo ao engano e os mantendo no paganismo. Isso porque os judaizantes não aceitavam a nova realidade da aliança da graça divina que o Senhor estava estabelecendo com a humanidade, por isso que perseguiram e mataram o fundador do cristianismo, e perseguiam sua igreja. Da mesma forma, os falsos mestres gnósticos visualizavam a nova religião criada por Cristo como uma ameaça as antigas tradições religiosas do paganismo. Quando o cristianismo surgiu, todas as nações e cidades antigas já tinham suas religiões naturais, e o cristianismo era visto como ameaça.

DO PRÊMIO DE BALAÃO. As narrativas que se referem a esta personagem trazem polêmicas, porque mostra o interesse financeiro de uma líder pelo uso das coisas espirituais. Balaão foi um dos implantadores das chamadas indulgências, que é a venda por dinheiro, dos supostos serviços prestados a Deus. Esta velha prática das indulgências chegou ao arraial dos cristãos da igreja primitiva e pode ser notada nos dias de hoje por todos aqueles que vendem os supostos serviços prestados a Deus em favor do próximo. A título de hoje a venda das indulgências é praticada por aqueles que pregam a palavra de Deus por dinheiro, dos que fazem do ministério de louvor um meio de vida, dos que fazem suas orações por interesses financeiros e dos profissionais do evangelho. Mercenários.

E PERECERAM NA CONTRADIÇÃO DE CORÉ. Neste caso, Coré representa todos àqueles que não aceitavam a nova realidade de Deus por meio de uma nova aliança da graça implantada por Cristo Jesus, o fundador do cristianismo. Assim como veio o merecido castigo contra Coré, não seria diferente, no caso dos judaizantes e dos mestres gnósticos.

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