terça-feira, 7 de agosto de 2018

Romanos 1:14

Romanos 1:14 - Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.
EU SOU DEVEDOR. Quando Paulo se refere a si mesmo “eu”, ele está consciente da sua missão pessoa, intransferível para qualquer outro. Isso nos remete a pensar que ele tinha assumido um compromisso pessoal com o Senhor Jesus de gastar a sua vida propagando as boas novas do evangelho a todos os povos do mundo de sua época. E para que isto fique bem claro ele usa um verbo de ação “sou” em que auto se declara, porque uma coisa é alguém dizer, você é isso ou aquilo, e a realidade é quando a própria pessoa se declara ser quem realmente é. E o mais forte na declaração de Paulo é que para ele era uma dívida que tinha que ser paga as pessoas, em lhes fazer conhecer a nova aliança de Deus com os homens por meio de Cristo Jesus, o Redentor.

TANTO A GREGOS. Quando se fala sobre os Gregos está se referindo aos gentios, aos romanos, ou ainda aos povos helênicos. Para os Judeus da época de Paulo, os gregos eram todos aqueles que não viviam de conformidade com os preceitos de Moisés. Já para os romanos, para quem Paulo estava escrevendo, gregos eram todos aqueles que foram influenciados pela cultura linguística do idioma grego. Para os Judeus era uma questão religiosa e para os romanos era uma questão cultural. Seja o que for o que Paulo estava expondo para os seus leitores era que ele era devedor a toda esta gente.

COMO A BÁRBAROS. Neste ponto permanece a mesma controvérsia, analisando-se os pontos de vistas de interpretação. Para os Judeus bárbaros eram todos os povos que não conheciam as leis de Deus. Para os Romanos, bárbaros eram os Judeus que viviam em torno de uma legislação ultrapassada “a lei de Moisés” e não conforme a nova era de uma cultura mais civilizada como a sabedoria popular grega. Deixando de lado os pontos de vistas romanos-judaicos e optando para o que se define por Bárbaros no seu sentido mais lato, Paulo tentava explicar aos seus leitores de que era devedor em transmitir o evangelho de Cristo aos povos civilizados como também aos rudes, aos de nível cultural mais avançado, mas também aos mais incultos dos povos. Para o apóstolo dos gentios, a questão de raça ou cultura era de menor envergadura.

TANTO A SÁBIOS. Paulo quando ainda era Saulo de Tarso, antes de se converter ao cristianismo era um homem muito influente na sociedade elitizada de sua época. Vivia e convivia com pessoas da alta sociedade. A prova disto é que mesmo sendo Israelita tinha adquirido uma cidadania romana, e somente pessoas que ocupavam destaque e status sociais elevados atingiam tal perfil. Era um homem de estudo elevado e de cultura polida. Estado que facilitou a sua chegada as altas autoridades do império romano como reis e governadores. Ele se sentia no dever e na obrigação, e aceitava isso como uma dívida que tinha que pagar, de também falar de Cristo Jesus para as pessoas tidas como sábias da sociedade, conhecedoras das ciências do saber.

COMO A IGNORANTES. No entanto, não se furtava de pregar as boas novas de Cristo para os ignorantes. Neste campo de atividade missionária, Paulo inclui os povos que não conheciam a legislação mosaica, como também os que não faziam parte dos círculos mais elevados da cultura grego-romana. Ele se refere aos mais pobres da sociedade e a todos que por algum motivo estavam destituídos do conhecimento.

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