terça-feira, 3 de abril de 2018

1 Coríntios 13:1

1 Coríntios 13:1 - Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
AINDA QUE EU FALASSE. Neste capítulo treze, Paulo exalta de maneira muito contundente uma das mais importantes virtudes cristãs, que é o amor. E logo de princípio ele toma o caso para se mesmo, se colocando no lugar de réu, dando aos seus leitores o direito de julgá-lo, até porque os seus leitores eram seus filhos na fé e o conheciam bem. Neste primeiro versículo, o autor ataca, ainda que por meio de sua metáfora, aqueles que valorizavam a arte da oratória em detrimento do amor.

AS LINGUAS. Para Paulo, não adiantava nada, ser um poliglota, alguém que falava livremente vários idiomas, mas no dia a dia, negar o amor devido para com o próximo. Os coríntios como berço da civilização grega se ufanavam de serem os homens mais intelectuais daquela época, e isso era assim até mesmo no seio da igreja cristã. No entanto, Paulo mostra para eles que a prática do amor é mais importante.

DOS HOMENS. Falar a língua dos homens era sinal de que esta pessoa era dotada de grande acúmulo de conhecimento. Isso era um jargão na cultura grega para classificar um grande mestre, conhecedor dos principais idiomas de sua época, além de dizer que tal mestre tinha conhecimentos gerais das demais culturas do mundo civilizado de sua época. Todavia, nem mesmo isto deveria ser mais importante do que o amor fraternal.

E DOS ANJOS. Neste caso, o escritor fala da espiritualidade de um cristão, bem como de sua comunhão com os céus. No tempo da igreja primitiva, bem como para algumas denominações nos dias de hoje, essa é uma frase que descreve sobre aqueles que falam constantemente em línguas estranhas. Para Paulo, não adiantava nada ter o dom de variedade de línguas, mas na prática negar o amor fraternal aos irmãos.

E NÃO TIVESSE AMOR. Não há dúvida que Paulo fala do amor fraternal ensinado pelo Senhor Jesus, como prova de que alguém é realmente seu discípulo. Quem desejar ser um autêntico aluno de Jesus deve cumprir o seu mandamento de amar ao próximo como se ama a si mesma. A igreja primitiva enfrentava muitas dificuldades e somente o tempero do amor fraternal era que poderia ajudar a vencer os desafios. Os seguidores de Cristo precisavam se apoiar uns nos outros pela prática do amor.

SERIA COMO O METAL QUE SOA. O apóstolo dos gentios diz que, ainda que ele mesmo fosse alguém que falasse a língua dos homens e dos anjos, mas não tivesse amor em seu coração e na prática demonstrasse esse amor, seria como alguém que fala qualquer coisa sem compreensão dos que lhe ouviam. Ele fala de uma peça de metal que quando em choque com outro material emite som, mas sem sentido algum.

OU COMO O SINO QUE TINE. Em sua metáfora, o apóstolo compara aqueles que não conciliam suas palavras com suas práticas, a alguém que não sabe o que diz. O sino emite sons, mas ninguém decifra sua linguagem. Com isso, Paulo ataca a homilética perfeita dos que se achavam eloquentes em Corinto, mas que negavam a eficácia do amor fraternal. Mesmo que um homem tenha vasto conhecimento das ciências do saber, mas se ele não cumpre o segundo mandamento da lei de Cristo, não tem valor.

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