segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Tito 1:15

Tito 1:15 - Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados.
TODAS AS COISAS SÃO PURAS. O que o escritor está tentando fazer é combater certas práticas exageradas dos legalistas Judeus e dos ascetas gnósticos com seus rituais e puritanismos. A palavra de Deus nos ensina de que todas as coisas foram feitas por Cristo e para Cristo, entende-se por isso que as coisas criadas são abençoadas pelo Criador. E todas as coisas que há na terra foram criadas para o bem dos seres humanos. De forma que tudo que existe neste mundo é bom, desde que seja usado para o bem e de forma a cumprir o propósito para o que foi criado. O Criador fez todas as coisas para o que é bom, o problema é que o ser humano interfere e manipula muitas coisas para uma disfunção e usa para o que é ruim.

PARA OS PUROS. Todas as coisas são puras para os puros. Os puros a quem se refere o escritor não dizem respeito às pessoas perfeitas, mas sim aos que sempre são influenciados a fazerem o bem e o que é bom. Exemplo: alguém pode utilizar uma faca para lhe ser útil nas atividades domésticas, mas outra pessoa pode usar esta mesma faca como arma para tirar a vida do seu próximo. De forma que a maioria dos objetos nãos são maus em si mesmo, mas depende da maneira para o que é usado e no que é utilizado. Quem realmente é bom, no sentido moral, e se caracteriza por ter boas virtudes, até do que aparentemente é mau, ele vai usar para o que é bom.

MAS NADA É PURO. No caso dos legalistas judaizantes e dos puritanos e ascetas gnósticos, eles classificam aquilo que não estavam de conformidade com seus rituais como impuras todas as coisas. Para os legalistas judeus, o resto da raça humana que não faziam parte de suas cerimônias de purificação eram todos considerados impuros. E para os puritanos gnósticos, quem não fizesse parte de seus rituais ascéticos eram todos considerados por eles como contaminados. É tanto que para eles todos os tipos de alimentos tinham que passarem pro seus rituais de purificação antes de serem ingeridos por eles. O cristianismo representa a libertação de tudo isso.

PARA OS CONTAMINADOS E INFIÉIS. Nada é puro para os contaminados e infiéis. Os legalistas judaizantes transformaram a legislação mosaica em intermináveis preceitos e inumeráveis rituais de cerimonialismos. Já os falsos mestres gnósticos que seguiam um emaranhado interminável de rituais pagãos, juntavam todos os modismos das religiões culturais para formarem seus costumes de purificação. A estes dois grupos de puritanos e ascetas o escritor chama de contaminados e infiéis, isso porque eram eles os impuros e contaminados e não os objetos por eles supostamente purificados. O cristianismo no seu começo teve dois inimigos perigosos, de um lado os judaizantes e do outro o gnosticismo disfarçado de cristianismo, infiltrado no meio da cristandade.

ANTES O SEU ENTENDIMENTO E CONSCIÊNCIA ESTÃO CONTAMINADOS. O escritor mostra neste ponto a raiz do problema. Ser puro ou impuro não depende do objeto em si, mas como este objeto é visto por quem dele usa. Os legalistas judaizantes tinham uma dieta rigorosa em seus hábitos alimentares. E os puritanos gnósticos em seus asceticismos consideravam praticamente todos os tipos de alimentos impuros e que precisavam ser submetidos aos seus rituais de purificação. Asceticismo puro.

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