quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

1 Coríntios 3:4

1 Coríntios 3:4 - Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais?
PORQUE. Até o momento de sua carta, o apóstolo Paulo tenta combater a falsa gnose, tanto valorizada pelos que faziam parte da igreja cristã de Corinto. Na realidade existiam pelo menos quatro partidos ideológicos naquela comunidade cristã, que eram os partidários de Paulo, de Apolo, de Cefas e de Cristo. No caso do nosso texto em estudo, o autor fala de dois, o de Paulo e o de Apolo, porque se trata do tema, sabedoria humana deste mundo (gnose) e a sabedoria que vem do alto.

DIZENDO UM. Percebe-se que os debates eram acalorados entre estas duas facções na igreja de Cristo em Corinto, em que um grupo, talvez neste momento, o segundo mais forte, dizia que Paulo era a principal liderança daquela comunidade cristã. Se diz o segundo, porque o grupo de Apolo era muito forte, uma vez que, os coríntios davam muito valor a sabedoria humana, como a exposição do conhecimento pela oratória.

EU SOU. O grupo mais antigo, composto por aqueles primeiros cristãos, convertidos ao cristianismo naquela cidade, quando Paulo chegou com sua mensagem do evangelho das boas novas de Cristo, tomava partido em defesa do fundador daquela comunidade cristã. De forma que, este grupo demostrava o amor que tinha pelo apóstolo dos gentios, sendo justo e reconhecendo os trabalhos de Paulo em favor deles mesmos.

DE PAULO. Neste caso, o escritor aponta para os que se diziam defensores de seu modo de liderar aquela comunidade cristã. Paulo, neste caso, representava aquele estilo de ministério simples e humilde, que tinha dificuldade para se adequar aos padrões de eloquência na oratória, o que era muito valorizado em Corinto. Paulo não tinha facilidade de comunicação, o quanto tinha Apolo e os mestres da Homilética.

E OUTRO. Do outro lado, estavam aqueles que desejavam que o líder local da igreja de Corinto fosse Apolo. O autor fala do outro grupo, talvez neste momento o mais forte, que defendia Apolo como o homem ideal para dirigir aquela comunidade cristã, porque Apolo era um homem eloquente, que dominava bem a oratória. Este partido estava bastante influenciado pelo gnosticismo, como mistura de religião e ciências.

EU DE APOLO. Apolo era um judeu de Alexandria, que se converteu ao cristianismo, juntando-se ao grupo de amigos de ministério de Paulo no mundo gentílico. Tinha vasto conhecimento das literaturas religiosas dos judeus, mas quanto ao cristianismo foi instruído por Paulo. Provavelmente enviado pelo próprio Paulo, estava fazendo um bom trabalho na comunidade cristã de Corinto, tendo mesmo exercido seu ministério em Éfeso. Com sua sabedoria granjeou muitos discípulos para Cristo em Corinto.

PORVENTURA NÃO SOIS CARNAIS. Mostrando de princípio o faccionismo daquela comunidade cristã, o apóstolo dos gentios ataca um problema que ele já havia demostrado existir naquela igreja, que era justamente a falta de transformação de vida, naqueles que seguiam o partidarismo, o faccionismo e as divisões. Nem Paulo, nem Apolo estavam interessados em construir um reino para se mesmo. Mas não entendendo isso, os que eram carnais tomavam partido, quanto aos ministros.

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