sábado, 31 de julho de 2021

Atos 24.19-20

Atos 24.19-20 - Os quais convinha que estivessem presentes perante ti, e me acusassem, se alguma coisa contra mim tivessem. Ou digam estes mesmos, se acharam em mim alguma iniquidade, quando compareci perante o conselho.
OS QUAIS COVINHA. Paulo se reporta sobre os judeus da Ásia, os mesmos que de princípio começaram o tumulto, ainda dentro do templo, conforme Atos 21:27 - E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele. Estes judeus conheciam o apóstolo da Ásia Menor, onde o missionário realizava suas atividades evangelísticas, sempre pregando o evangelho das boas novas, falando do reino de Deus e de Cristo Jesus. QUE ESTIVESSEM PRESENTES PERANTE TI. Os que compareceram em Cesaréia, perante o procurador romano, não eram aqueles que criaram o alvoroço ainda no templo de Jerusalém, até porque, estes mesmos, sabiam de que não tinham do que apontarem em Paulo como crime. Porém, estes que estava presentes lançando acusações contra o apóstolo eram pessoas com interesses exclusivamente religiosos. E ME ACUSASSEM. Os judeus da Ásia não tinham como acusar a Paulo de no mundo gentílico praticar qualquer tipo de crime, nem contra as leis dos judeus, nem muito menos das leis dos romanos, pois, Paulo vivia uma vida correta, diante de Deus, mais também diante dos homens, por isso que um pouco antes ele testemunhou diante do procurador Félix, que tinha uma boa consciência para com Deus e os homens. SE ALGUMA COISA CONTRA MIM TIVESSEM. Com sabedoria, Paulo foi na raiz do problema, uma vez que, aqueles que perante o governador se apresentavam, não viram ele dentro do templo, e com isso, não eram testemunhas oculares das acusações de que açacalavam contra o apóstolo, e isso fragilizava as provas apresentadas perante o juiz, até porque toda esta encenação era uma montagem falsa e cheia de engano. OU DIGAM ESTES MESMOS. Com esta colocação feita por Paulo, ele quis dizer que tudo que já havia sido dito pelo advogado de acusação não passava de uma retórica sem prova, e que o discurso do orador era fantasioso. O que o apóstolo pede ao procurador romano é que seus opositores apresentem provas reais, e não apenas um discurso fantasioso, com intensões enganosas, para prejudicar alguém inocente. SE ACHARAM EM MIM ALGUMA INIQUIDADE. Os judeus que estavam presentes diante do procurador romano em Cesaréia não viram a Paulo, antes de que, o mesmo comparecesse diante do sinédrio em Jerusalém. Portanto, as acusações que eles apresentavam eram conjecturas de ouvir falar, no entanto, não tinham provas reais de que o apóstolo havia de alguma maneira transgredido as leis judaicas ou romanas. QUANDO COMPARECI PERANTE O CONSELHO. Paulo fala do que está escrito em Atos 22:30 - E no dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões, e mandou vir os principais dos sacerdotes, e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles. Neste caso, os membros do conselho poderiam fazer um interrogatório justo, com a apresentação de testemunhas contra Paulo, mas como Paulo era inocente, nada disto aconteceu de fato.

Atos 24.18

Atos 24.18 - Nisto me acharam já santificado no templo, não em ajuntamentos, nem com alvoroços, uns certos judeus da Ásia.
NISTO ME ACHARAM. De conformidade com as orientações dos líderes de igreja de Jerusalém, Paulo tomou o conselho de Tiago e agiu corretamente, conforme as tradições dos judeus. Atos 21:23 - Faze, pois, isto que te dizemos: Temos quatro homens que fizeram voto. Toma estes contigo, e santifica-te com eles, e faze por eles os gastos para que rapem a cabeça, e todos ficarão sabendo que nada há daquilo de que foram informados acerca de ti, mas que também tu mesmo andas guardando a lei. JÁ SANTIFICADO. Isto fala sobre todos os preparativos que se faziam para a participação das festividades, de acordo com os rituais do templo. Atos 21:26 - Então Paulo, tomando consigo aqueles homens, entrou no dia seguinte no templo, já santificado com eles, anunciando serem já cumpridos os dias da purificação; e ficou ali até se oferecer por cada um deles a oferta. Tudo como determinava a lei de Moisés. NO TEMPLO. Para se entrar no templo de Jerusalém nos dias das festividades tinha que se passar por um rigoroso controle por parte dos guardas do templo, pois era determinação dos líderes religiosos do judaísmo, que somente os judeus santificados, conforme os ritos determinados poderiam adentrar o ressinto sagrado. Não era qualquer um que tinha aceso as dependências do templo, mas somente os judeus. NÃO EM AJUNTAMENTO. A acusação dos judeus era de que Paulo estava em ajuntamento com os gentios profanando o templo de Jerusalém. Atos 24:6 - O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. Mas, sobrevindo o tribuno Lísias, no-lo tirou de entre as mãos com grande violência. Os quatro homens que estavam com Paulo, também eram judeus. NEM COM ALVOROSO. Na realidade, o apóstolo Paulo estava dentro do templo de Jerusalém com total reverência, prestando um último voto ao Deus de Israel ali no ressinto sagrado. Este não era momento de pregar a palavra de Deus, pois, não era para isto que ele estava ali naquele lugar. Não houve nenhum alvoroço, nem fora do templo, nem muito menos dentro do templo desde que o apóstolo chegou em Jerusalém, pelo contrário, Paulo havia chegado a poucos dias e ficou bem tranquilo. UNS CERTOS JUDEUS. O problema que estava criado não surgiu da parte de Paulo, mais sim, por parte dos judeus, eles que sempre tentavam impedir do apóstolo dos gentios pregar o evangelho das boas novas de Cristo. Não somente na cidade de Jerusalém, porém, aonde quer que Paulo chegava no mundo gentílico, seus maiores opositores foram sempre os líderes das sinagogas judaicas espalhadas pelo mundo. DA ÁSIA. Como Paulo já estava a muitos anos cumprindo sua missão evangelizadora no mundo gentílico, os judeus de Jerusalém não o conheciam muito bem. No entanto, como este era um momento de festividade muito significativo para os judeus de todo o mundo, então, estavam em Jerusalém judeus da Ásia, que conheciam bem ao apóstolo, conforme Atos 21:27 - E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele.

Atos 24.16-17

Atos 24.16-17 - E por isso procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens. Ora, muitos anos depois, vim trazer à minha nação esmolas e ofertas.
E POR ISSO PRUCURO SEMPRE. O fato de Paulo ter pleno conhecimento de que todos os seres humanos irão comparecer diante do juiz dos vivos e dos mortos fazia com que ele vivesse uma vida correta, tanto perante os homens, mas principalmente diante de Deus. Se todas as pessoas tivessem esta mesma consciência, teríamos na terra uma verdadeira teocracia, com Deus governando sobre a vida de cada um dos filhos dos homens, bem como, teríamos um mundo mais fraternal, e mais humano. TER UMA CONSCIÊNCIA SEM OFENSAS. Enquanto os seus opositores estavam com amente cheia de ódio e de sentimentos de vingança, o apóstolo dos gentios mostrava para o procurador romano, mais também para seus próprios inimigos, que ele não desejava o mal de ninguém, mais que sua vida era uma carta aberta, sem ofensas e nem maldades para com o seu próximo, como um verdadeiro servo de Cristo Jesus. TANTO PARA COM DEUS. O advogado de acusação, contratado pelos líderes religiosos dos judeus, usou de suas prerrogativas para acusar de forma mentiroso um homem que não fazia mal a ninguém. Agora, Paulo mostra para o governador de Cesaréia a diferença entre ele e seus acusadores, em que o apóstolo diz não ter nada que o acusasse diante do Deus Onisciente, que tudo conhece, e que estava sempre com ele. COMO PARA COM OS HOMENS. Esta declaração de Paulo em sua defesa era o suficiente para desmontar o discurso acusativo de Tértulo, pois o apóstolo afirma com segurança que não havia feito nada que pudesse se caracterizar como crime, nem contra os seus opositores, nem muito menos contra a quem quer que seja. Se o procurador fizesse a devida investigação, então poderia comprovar tais palavras. ORA, MUITOS ANOS DEPOIS. Certamente, Paulo se reporta aos muitos anos que ficou viajando fora da Palestina, pregando o evangelho das boas novas de Cristo no mundo gentílico, como missionário transcultural. Não que o apóstolo deixasse de visitar Jerusalém em várias oportunidades, mais ele quis dizer neste momento, que fazia muito tempo que estava a serviço do reino de Cristo, longe de Israel e de Jerusalém. VIM TRAZER À MINHA NAÇÃO. Esta última visita de Paulo a Israel teve motivos profundamente de cunho religioso e humanitário, em que o apóstolo veio servir a Deus, bem como aos seus irmãos judeus. Com isto, Paulo estava demonstrando ao procurador romano, como também aos seus opositores que não estava em Jerusalém com segundas intenções, senão para buscar a Deus e fazer o bem ao seu próximo. ESMOLAS E OFERTAS. No que diz respeito as esmolas citadas por Paulo, diz respeito a campanha que ele havia feito nas igrejas gentílicas, quando ainda estava na Ásia, justamente para ajudar a comunidade cristã da Judéia, o que poderia ser constatado pelo procurador romano. Já no que diz respeito às ofertas a que se refece o apóstolo, dizem respeito aos seus sacrifícios oferecidos no templo de Jerusalém, não somente por ele, mais também por aqueles que com ele estava participando no templo santo.

Atos 24.15

Atos 24.15 - Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos.
TENDO ESPERANÇA. Em vez de agir como fez o advogado de acusação, Paulo chama atenção do procurador para sua fé, em vez de atacar seus acusadores. A palavra esperança teria neste momento uma força muito maior do que se podia imaginar, porque ela entraria no coração do governador de Cesaréia como uma luz no meio das trevas. Esta vida na terra é tão rápida e cheia de contratempos, que qualquer ser humano inteligente procura sair desta bolha e olhar em direção de um futuro melhor. EM DEUS. O apóstolo dos gentios aponta em direção do ser Supremo, aquele que é o Senhor da vida, e que faz criar ou surgir algo novo em meio ao desespero do homem sem perspectiva para o seu destino eterno. Neste instante, Paulo coloca o seu Deus como a esperança imorredoura, de que, nem tudo está perdido, mas que se o ser humano se jogar em direção do Deus Todo-poderoso, haverá de sobreviver à morte. COMO ESTES MESMOS TAMBÉM ESPERAM. O fato de Paulo lançar também em direção dos seus opositores a mesma fé que ele tinha, na esperança da ressurreição dos mortos, não teria o mesmo efeito que teve no dia em que ele compareceu no conselho dos judeus, porém, causaria curiosidade diante do procurador, o que podemos ver um pouco a frente, quando o governador procurou conversar sobre isto. DE QUE HÁ DE HAVER RESSURREIÇÃO. Os judeus ortodoxos, que seguiam apenas a Torá, bem como os saduceus, não acreditavam na ressurreição dos mortos. Já os fariseus, bem como os judeus da dispersão acreditavam, até porque na literatura religiosa dos filhos de Israel existiam casos de pessoas que ressuscitaram de entre os mortos, dentro das páginas do Velho Testamento, o que representa uma realidade. DE MORTOS. Já no que diz respeito ao cristianismo, a ressurreição de mortos se tornou uma realidade inegável, comprovada com vários exemplos, com o ministério do Senhor Jesus, em que várias pessoas ressuscitaram de entre os mortos. Tendo como exemplo maior, o tipo de ressurreição do próprio Cristo de Deus, ele que é a ressurreição e a vida. Essa declaração de Paulo deve ter deixado os judeus furiosos. ASSIM DOS JUSTOS. Estes justos, aos quais, o apóstolo se refere, tanto dizem respeito aqueles que fizeram a vontade de Deus durante a velha dispensação, bem como a todos aqueles que foram justificados por Cristo diante da justiça divina. Estes justos haverão de ressuscitar na volta de Cristo para arrebatar a sua igreja, em que eles serão chamados por Cristo para uma nova modalidade de vida, a vida eterna, vida feliz. COMO DOS INJUSTOS. Esta colocação de Paulo deve ter servido de alerta, tanto para os judeus, bem como diante do procurador romano. Apocalipse 20:12-13 - E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. Este tema é um dos mais fortes contra os ímpios e ateus.

Atos 24.13-14

Atos 24.13-14 - Nem tampouco podem provar as coisas de que agora me acusam. Mas, confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.
NEM TAMPOUCO PODEM PROVAR AS COISAS. Paulo foi corajoso e com esta sua fala desfaz completamente a falácia do advogado de acusação contratado pelos líderes religiosos dos judeus. Desta forma, o apóstolo estava, ainda que indiretamente, solicitando ao procurador romano que mandasse fazer uma investigação minuciosa sobre tudo que haviam dito o orador Tértulo. Como o procurador estava julgando um cidadão romano, de fato era sua obrigação averiguar todas as acusações dos judeus. DE QUE AGORA ME ACUSAM. Os opositores de Paulo não estavam agindo com honestidade diante do governador de Cesaréia, mas apenas estavam por questões religiosas, querendo tirar de ação um homem que, com suas pregações, fazia muitos discípulos para o reino de Cristo de entre os seguidores do judaísmo. As acusações dos conspiradores eram de cunho religioso e não interessava para o procurador Félix. MAS, CONFESSO-TE ISTO QUE, CONFORME AQUELE CAMINHO. Paulo não nega, mas faz questão de destacar a sua fé forte em tudo que dizia respeito ao cristianismo, porque depois de se converter para o reino de Cristo, a sua vida se resumia em pregar o evangelho das boas novas de Cristo, tanto para os judeus como e principalmente para os gentios, por isso que estava sendo perseguido pelos seus compatriotas judeus. QUE CHAMAM DE SEITA. Para os judeus, o cristianismo não poderia ser considerada uma religião, uma vez que, eles não acreditaram que Jesus de Nazaré era o Messias prometido e enviado por Deus. Já para os romanos, o cristianismo, em seus começos era apenas mais uma ramificação do tradicional judaísmo, razão porque de princípio, as autoridades romanas não deram muita atenção a este novo movimento religioso. ASSIM SIRVO AO DEUS DE NOSSOS PAIS. Este testemunho da parte do apóstolo dos gentios transmitia a certeza de que o cristianismo tinha como fonte originária o mesmo Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o que os líderes do judaísmo não aceitavam. A cegueira era tanto nos seguidores do judaísmo, ao ponto de não perceberem que a nova aliança de Deus com a humanidade era um plano já previsto pelo Deus Criador. CRENDO TUDO QUANTO ESTÁ ESCRITO. Neste momento da história do cristianismo não havia já uma coletânea pronta de todos os livros do Novo Testamento, e os líderes do cristianismo primitivo tomavam como fundamento da fé cristã tudo aquilo que fazia parte do Velho Testamento. Sempre que Paulo pregava para os judeus, ele se utilizava das profecias que estavam nas literaturas religiosas dos judeus como provas reais. NA LEI E NOS PROFETAS. Na época em que Paulo exerceu seu ministério, havia três Cânones das escrituras dos hebreus, que eram eles: A Torá, que era aceita pelos judeus mais ortodoxos, as escrituras dos fariseus, que é o Velho Testamento adotado pelos evangélicos e as escrituras dos judeus da dispersão, que são as escrituras do Velho Testamento adotado pelo império religioso de Roma. Neste caso, Paulo vai contra os seus opositores, que como líderes religiosos do judaísmo aceitavam apena a lei.

Atos 24.11-12

Atos 24.11-12 - Pois bem podes saber que não há mais de doze dias que subi a Jerusalém a adorar. E não me acharam no templo falando com alguém, nem amotinando o povo nas sinagogas, nem na cidade.
POIS BEM PODES SABER QUE. As acusações feitas pelos judeus, por meio do advogado de acusação não eram verdadeiras, e que durante a investigação, isso poderia ser facilmente comprovado. Mas, no caso da defesa de Paulo, se o procurador mandasse investigar, ou se Paulo apresentasse testemunhas, com facilidade o seu testemunho seria prontamente sustentado pela verdade, por isso que Paulo, com segurança, procura se justificar diante do procurador sofre a realidade, como sendo pura verdade. NÃO HÁ MAIS DE DOZE DIAS. Com isso, o apóstolo dos gentios fazia passar o fato ao procurador romano, que não fazia muito tempo que havia chegado na cidade de Jerusalém, e desta forma, não havia tempo o suficiente para que ele pudesse fazer tudo que os seus opositores lhe acusavam. A maior parte deste tempo citado por Paulo ele passou se preparando para cumprir seu voto para com Deus no templo. SUBI A JERUSALÉM A ADORAR. Sempre que alguém chegava na cidade de Jerusalém, vindo de qualquer outra cidade, os judeus declaravam que estavam subindo para Jerusalém, não somente porque esta cidade ficava em um lugar mais elevado, mais porque os filhos de Israel consideravam a cidade de Jerusalém como a mais preciosa, não somente do país de Israel, mais também comparada as demais de todo o mundo. E NÃO ME ACHARAM NO TEMPLO. Paulo já estava completando seu voto, quando os judeus lhe identificaram dentro do templo de Jerusalém, Atos 21:27 - E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele. Desta forma, não houve nenhum movimento ou ação por parte do apóstolo que chamasse a atenção dos líderes religiosos dos judeus. FALANDO COM ALGUÉM. O comportamento de Paulo dentro do templo de Jerusalém foi o mais discreto possível, até porque ele tinha plena consciência que estava sendo vigiado pelos líderes religiosos do judaísmo. Ele gostava de falar do evangelho de Cristo, a tempo e fora de tempo, todavia, naquele momento em que ele ficou em consagração no templo de Jerusalém, evitou falar com quem quer que seja de Cristo. NEM AMOTINANDO O POVO NAS SINAGOGAS. Certamente, Paulo se reporta aos primeiros dias em que ele chegou na cidade de Jerusalém, o tempo em que antecedeu sua participação dentro do templo sagrado. Comumente, aonde Paulo chegava, ele procurava as sinagogas judaicas para pregar o evangelho da circuncisão para seus conterrâneos judeus, porém, ao chegar em Jerusalém não procedeu desta maneira. NEM NA CIDADE. Uma outra coisa que o apóstolo dos gentios sempre fazia, nos campos missionários transculturais, era justamente realizar cultos públicos ou pregar o evangelho nas praças públicas, ou ainda onde haviam aglomerações de pessoas. No entanto, não foi o que aconteceu com ele, quando chegou na cidade de Jerusalém, até porque, ele já estava ciente que seria perseguido naquele lugar, uma vez que, Deus já havia usado pessoas para o alertar que os judeus se oporiam a ele naquele cidade.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Atos 24.10

Atos 24.10 - Paulo, porém, fazendo-lhe o governador sinal que falasse, respondeu: Porque sei que já vai para muitos anos que desta nação és juiz, com tanto melhor ânimo respondo por mim.
PAULO, PORÉM. Não temos como saber se o advogado de defesa terminou seu discurso ou se ele foi interrompido pelo procurador por já ter falado demais e tomado muito tempo na audiência. Agora, era a vez de Paulo fazer a sua defesa, não por meio de um advogado ou orador, mas ele mesmo usar a sabedoria e a experiência que tinha para se defender das falsas acusações que lhe eram feitas pelos seus opositores, e com muita coragem e disposição passou a falar francamente, sem titubear em sua defesa. FAZENDO-LHE O GOVERNADOR. No que diz respeito a Paulo e o governador, Paulo não se adiantou, mas esperou com tranquilidade que procurador lhe desse a oportunidade de falar livremente em sua própria defesa. Assim sendo, o governador, como era de costume, deu ao réu sua chance de desfazer, por meio de seu testemunho os argumentos de acusação feitos anteriormente pelo seu adversário. SINAL QUE FALASSE, RESPONDEU. Antes que Paulo se defendesse, se o governador desejasse teriam falado alguma coisa, ou mandasse que alguma testemunha fosse apresentada pelo advogado de acusação. Todavia, nem falar o governador quis, mais apenas com a mão fez um gesto para que o preso começasse sua defesa. Há quem diga que este era um sinal evidente que o procurador não gostou das acusações feitas. PORQUE SEI QUE JÁ VAI PARA MUITOS ANOS. O escritor não fala se o governador conhecia a Paulo pessoalmente, ou se já havia ouvido falar a seu respeito, haja visto que o Apóstolo era bastante conhecido na cidade de Cesaréia, por haver uma comunidade cristã naquele lugar. O que podemos descobrir neste ponto é que Paulo sabia na realidade quem era o governador, e como ele agia para com os israelenses. QUE DESTA NAÇÃO ÉS JUIZ. Paulo não está falando a respeito de Félix como governador de Israel, pois há quem diga que não fazia muito tempo que Feliz era governador dos judeus. No entanto, Paulo fala de Félix como procurador, pois como juiz, já fazia muito tempo que Felix julgava o povo de Israel. Tértulo falou mais de Félix como governador e não como juiz, porque o procurador era perverso e grosseiro. COM TANTO MELHOR ÂNIMO. Neste momento, era perceptível a força de vontade da parte de Paulo em ter a oportunidade de se defender, não como um cidadão comum, mais sim, como um cidadão romano, pois nestes julgamentos, diante de uma autoridade romana, quem tinha título de cidadão romano levava vantagem, pois neste caso, o procurador não se interessava tanto, por questões envolvendo o judaísmo. RESPONDO POR MIM. Por que Paulo diz responder por ele? Porque o apóstolo tinha conhecimento que não havia boas relações dos judeus para com as autoridades romanas, mas como cidadão romano que era, Paulo sabia que poderia achar graça diante do procurador e ser favorecido neste julgamento. Apesar de ser judeu também, mas o apóstolo tenta passar para o procurador que desejava ser julgado como um cidadão romano, e esta estratégia era bastante válida em sua própria defesa.

Atos 24.8-9

Atos 24.8-9 - Mandando aos seus acusadores que viessem a ti; e dele tu mesmo, examinando-o, poderás entender tudo o de que o acusamos. E também os judeus o acusavam, dizendo serem estas coisas assim.
MANDANDO AOS SEUS ACUSADORES. Tértulo fala a respeito do que havia determinado o tribuno Lísias sobre o caso de Paulo. Provavelmente, no dia seguinte, depois que o tribuno mandou que tirassem a Paulo da cidade de Jerusalém, os líderes religiosos dos judeus lhe procuraram, com o objetivo de levarem a Paulo novamente ao sinédrio, porem, o tribuno lhes informou que o preso não estava mais sob seu poder, mais que o havia enviado na noite passada para a cidade de Cesaréia. QUE VIESSEM A TI. Pelo fato de Paulo ser um cidadão romano, o tribuno agiu corretamente, porque pode perceber que havia um conluio da parte dos opositores de Paulo para tirar-lhe a vida. Sabendo da realidade deste caso, Lísias temeu que se mantivesse Paulo perante seus acusadores poderia acontecer um assassinato e ele se prejudicar, pois sobre ele pesava o dever de proteger um cidadão romano pela lei. E DELE TU MESMO, EXAMINANDO-O. Neste caso, se o julgamento de Paulo se desse em Jerusalém, pelos membros do conselho, conforme queriam os líderes religiosos dos judeus, certamente, quem condenaria a Paulo seriam os seus próprios inimigos. Mas, o advogado de acusação sabe que, agora, somente o procurador romano é quem poderia investigar este caso, examinando as peças acusatórias e julgando a Paulo. PODERÁS ENTENDER TUDO. Essa manobra jurídica exposta por Tértulo se dava no sentido de tentar ele mesmo convencer ao tribuno que suas acusações eram verdadeiras, quando a realidade provava o contrário. Se o procurador praticasse a verdadeira justiça, aplicando uma justa investigação, jamais encontraria verdade nas acusações feitas contra o apóstolo dos gentios, porem, Paulo seria logo, absorvido. O DE QUE O ACUSAMOS. Como advogado de acusação, tentando ser um notável orador, Tértulo estava de fato fazendo o seu trabalho, pois para isto foi contratado pelos líderes religiosos do judaísmo. No entanto, o próprio procurador romano tinha experiência o suficiente para compreender que nem tudo que o orador estava expondo representava a verdade, portanto, cabia a ele acreditar ou não nas acusações. E TAMBÉM OS JUDEUS O ACUSAVAM. Assim como ocorreu uma confusão no conselho de quando tentaram julgar a Paulo pelos membros do sinédrio, agora, o mesmo voltava a acontecer, em que todos os judeus presentes gritavam ao mesmo tempo, lançando acusações contra o preso Paulo. Este alvoroço deve ter causado uma má impressão ao procurador romano, que não cedeu à pressão dos acusadores de Paulo. DIZENDO SEREM ESTAS COISAS ASSIM. Se os judeus tinham contratado um advogado de acusação, que seria perante o procurador o orador, não havia necessidade de que todos se manifestassem contra o apóstolo Paulo. O ódio que dominava aquela gente era mais forte do que o bom censo, ao ponto de não suportarem ficar calados, mais com gritaria foram possessos pelos demônios, na tentativa de prejudicarem a Paulo. Porem, Deus estava com seu servo, e os judeus não prevaleceram neste momento.

Atos 24.6-7

Atos 24.6-7 - O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. Mas, sobrevindo o tribuno Lísias, no-lo tirou de entre as mãos com grande violência.
O QUAL INTENTOU PROFANAR O TEMPLO. Tértulo continua se desbocando em falso testemunho, pois o que ele diz neste ponto, não corresponde a verdade. Essa profanação sobre a qual fala o advogado dos judeus, diz respeito ao falso testemunho de que Paulo estava introduzindo no templo os gregos, ou seja, os gentios, o que não era verdade. Os homens que estavam cumprindo votos no templo de Jerusalém com Paulo eram judeus, com a diferença que eles eram também, cristãos e não gentios. E NÓS O PRENDEMOS. O mentiroso se refere ao que está escrito em Atos 21:27 - E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele. O orador fala como se ele e os que com ele estavam como se eles fossem o responsável pela prisão de Paulo, mas, nem foi ele, nem os líderes do judaísmo, mais sim, os judeus da Ásia quem prendeu Paulo. E CONFORME A NOSSA LEI. Primeiro, o apóstolo Paulo não estava cometendo nenhum crime, nem de acordo com as leis cerimoniais dos judeus, nem muito menos havia por Parte de Paulo nenhuma transgressão as leis romanas. O que os judeus desejavam mesmo era tirar a vida do servo de Deus, simplesmente pelo fato que ele pregava o evangelho do reino de Deus e muitos seguidores do judaísmo se convertiam a Cristo. O QUESEMOS JULGAR. A realidade é que se o tribuno não chega em tempo hábil, os Inimigos de Paulo tinham mesmo era promovido um linchamento público contra o homem de Deus, pois, o arrastaram para fora do templo justamente para mata-lo. Se Tértulo se refere ao foto que Paulo foi levado ao sinédrio, também não representa a verdade, pois tal suposto julgamento estava viciado com propensão a injustiça pura. MAS, SOBREVINDO O TRIBUNO LÍSIAS. As intervenções do tribuno Lísias se deram de forma legal e providencial. Legal, porque ele era responsável, como autoridade romana em Jerusalém, de manter a ordem na cidade, mas também providencial, porque Deus assim determinou a fim de livrar a Paulo de se morto neste momento, pois o Criador de todas as coisas ainda tinha coisas importantes a realizar por Paulo. NO-LO TIROU DE ENTRE AS NOSSAS MÃOS. Isto aconteceu por duas vezes. Na primeira ocasião se deu quando os judeus odiosos queriam matar a Paulo fora do templo de Jerusalém, o acusando de profanar o templo. Já na segunda vez aconteceu quando houve a convocação do conselho e se deu uma confusão na mesma, quando Paulo abordou a questão da esperança na ressurreição dos mortos e houve divisão. COM GRANDE VIOLÊNCIA. Esta falsa acusação não procede, uma vez que o escritor não narra os fatos como o advogado dos judeus tenta passar para o tribuno. O que o tribuno Cláudio Lísias fez foi acalmar os ânimos dos mais exaltados, não permitindo que se fosse praticado um assassinato violento. Se houve violência, não foi por parte do tribuno romano, mais sim, dos sanguinários opositores de Paulo que estavam dispostos a tirar-lhe a vida, o que Lísias não permitiu, pois Paulo era cidadão romano.

Atos 24.5

Atos 24.5 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos.
TEMOS ACHADO QUE. Logo de princípio, vale à pena destacar que, o advogado de acusação dos líderes religiosos dos judeus, lança mão da opinião dos opositores de Paulo e com suas próprias palavras simplesmente faz ilações contra Paulo. O procurador romano tinha o dever de julgar o réu, não pelo achismo dos seus acusadores, mais sim, pelas provas apresentadas contra o réu. Portanto, este argumento inicial do orador, diante da justiça, já começava com intensa fragilidade. ESTE HOMEM É UMA PESTE. Nas palavras do acusador contra o apóstolo dos gentios, Paulo representava aquilo que de pior poderia acontecer com uma pessoa, em que ele deveria ser isolado definitivamente da sociedade por representar um perigo incontrolável para a população. Esta falácia não tinha prerrogativa de verdade, uma vez que, a vida do apostolo dos gentios, depois de convertido, foi de fazer só o bem. PROMOTOR DE SEDIÇÕES. Mais uma mentira deslavada do advogado de acusação, e essa fala do orador foi de propósito, na tentativa de comover a autoridade romana a que desse um veredito de condenação contra Paulo. Um dos principais motivos pelos quais as autoridades romanas eram constituídas nas províncias, era justamente para debelar qualquer tipo de sedição, com destaque as movimentações contra Roma. ENTRE TODOS OS JUDEUS. Mais um desvio da realidade estava sendo praticado pelo orador, uma vez que, os relatos do livro de Atos, bem como os revelados pelo próprio Paulo em suas cartas, nos mostram o contrário, em que eram os judeus quem sempre promoviam sedições contra o apóstolo dos gentios. Porém, esta fala do orador desviou a atenção do procurador, pois a sedição não era contra os romanos, mas os judeus. POR TODO O MUNDO. Há quem diga que essa acusação do advogado dos judeus, até favoreceu a Paulo, pelo fato que o governador de Cesaréia não tinha os judeus como pessoas que mereciam sua graça. Certamente, o orador estava orientado pelos judeus da Ásia, os mesmos que começaram as agitações dos líderes religiosos do judaísmo contra Paulo, e isso se deu, ainda dentro do templo de Jerusalém (Atos 21:27). E O PRINCIPAL DEFENSOR. Neste ponto, o orador estava falando dentro da realidade, pois, neste momento, principalmente no mundo gentílico, por isso que ele fala em “por todo o mundo” Paulo era a principal liderança do cristianismo. Os líderes do cristianismo de Jerusalém já não defendiam com tanto fervor a nova religião para não criarem problemas com os líderes religiosos do judaísmo, mas Paulo era diferente. DA SEITA DOS NAZAREMOS. Neste caso, Tértulo fala de maneira pejorativa do cristianismo, por duas razões: A primeira é que chamar os cristãos de Nazarenos, isso implicava em dizer que eles faziam parte daquela heresia que surgiu com alguém que foi criado em Nazaré, no caso, Jesus de Nazaré. Nazaré era uma aldeia desconsiderada pelos judeus. Segunda, o orador chama o cristianismo de seita, e isso tratava de um misticismo negativo, que nem nome de religião merecia, e isso era uma grande ofensa.

Atos 24.3-4

Atos 24.3-4 - Sempre e em todo o lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o agradecimento o queremos reconhecer. Mas, para que não te detenha muito, rogo-te que, conforme a tua equidade, nos ouças por pouco tempo.
SEMPRE E EM TODO LUGAR. Este discurso do orador, contratado pelos líderes religiosos dos judeus estava completamente vazio e sem respalde da realidade. Podemos conjecturar que o sumo sacerdote, juntamente com aqueles que vieram acusar a Paulo perante o governador em Cesaréia já estavam arrependidos por terem contratado um advogado chula, que se desbocava em mentiras. Como também podemos imaginar que o procurador romano já não aquentava mais este orador. Ó POTENTÍSSIMO FÉLIX. Esta mesma frase já havia sido utilizada pelo tribuno de quando enviou sua cara ao procurador romano, quando com os soldados romanos mandou o preso Paulo para ser recebido pelo governador de Cesaréia, conforme vemos em (Atos 23:26). Este tratamento era comumente dado a todas as mais altas autoridades do império político de Roma, e Tértulo estava apenas sendo repetitivo. COM TODO AGRADECIMENTO. E continua neste ponto o ato de bajulação do advogado de acusação, contratado pelo sumo sacerdote Ananias, para tentar prejudicar a Paulo diante do procurador romano. Mais uma mentira deslavada do orador, uma vez que, não havia por parte dos judeus, a quem o orador representava neste momento, nenhum motivo de agradecimento ao governador romano Félix. O QUEREMOS RECONHECER. Não havia nada que reconhecer por parte dos judeus, no tocante a ser para eles, Félix um bem feitor, pelo contrário, os registros históricos nos fazem saber que Félix foi terrivelmente opositor dos filhos de Israel. Não há dúvida que o procurador cogitava em seus pensamentos o quanto hipócrita era este advogado, pois o próprio governador sabia muitos bem suas maldades com o povo judeu. MAS, PARA QUE NÃO TE DETENHAS MUITO. É próprio dos bajuladores que falam demais, com suas falácias vazias e sem sentido, ao ponto da sentir vergonha de sua maneira artificial de se comportar. Provavelmente, Tértulo se deixou perceber que estava se estendendo demais em sua falsa mensagem de bajulador, ao ponto de quase pedir desculpa ao procurador romano, por este está perdendo seu tempo com ele. ROGO-TE QUE, CONFORME A TUA EQUIDADE. A palavra utilizada por Tértulo para a pessoa do procurador romano queria dizer: Alguém generoso, clemente, cheio de gentileza, uma pessoa paciente, um homem bom, misericordioso, gracioso, com muita razoabilidade e etc. Nenhuma destas qualidades cabia a pessoa de Félix, pois sua biografia comprovava justamente tudo ao contrário deste falso discurso de Tértulo. NOS OUÇA POR POUCO TEMPO. Como se diz aqui em nossa região, o orador estava mais perdido que cego em tiroteio, pois, caindo em si, percebeu que já havia tomando bastante tempo do procurador, com sua introdução bajuladora. Há quem diga que o procurador já estava inquieto por saber que o orador estava jogando palavras ao vento, sem de fato, ter argumentos de acusação contra Paulo. Pois bem, realmente, Tértulo não tomou mais muito tempo, pois, foi interrompido logo depois por Paulo.

Atos 24.2

Atos 24.2 - E, sendo chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo: Visto como por ti temos tanta paz e por tua prudência se fazem a este povo muitos e louváveis serviços.
E, SENDO CHAMADO. As coisas transcorreram muito rapidamente, até que Paulo mais uma vez se submetesse a um julgamento desigual, em que contra ele se levantavam pessoas influentes, usando os meios injustos na tentativa de lhe prejudicar. No julgamento de Paulo perante o sinédrio em Jerusalém, Paulo quem começou a sua defesa, o que era normal, mas agora, por meio do advogado, os judeus burlavam a ordem, tentando convencer o procurador romano em suas acusações contra Paulo. TÉRTULO. Este advogado de acusação estava cumprindo o seu papel, pois para isso fora contratado pelos líderes religiosos dos judeus. Mas o fato de ter o sumo sacerdote contratado Tértulo para ser o orador, nos mostra que sua reputação não era das melhores perante o procurador romano, porque se Ananias fosse bem visto por Félix, então, ele não precisava de um advogado, pois ele era o sumo sacerdote dos judeus. COMEÇOU A ACUSÁ-LO. A parte do discurso de Tértulo, em que ele acusa Paulo de promover motins entre os judeus, não somente em Jerusalém, mais em toda a Palestina e no mundo todo, estava pontilhada de fragilidades, e o procurador, que tinha experiência nesta área prontamente poderia perceber isso, além do mais, o próprio Paulo, não suportando ouvir a falácia do acusador, pediu direito de resposta. DIZENDO: VISTO COMO POR TI TEMOS PAZ. A introdução do discurso de Tértulo já era uma contradição, pois os fatos históricos entravam em contradição com suas palavras, haja vista que, os judeus viviam em pé de guerra contra as autoridades romanas, pois os judeus não aceitavam a dominação romana sobre o seu povo. Essa retórica do advogado deve ter provocado enjoou no procurador, pois isso era uma mentira. E POR TUA PRUDÊNCIA. Esse foi um elogio gratuito, que não mais tocava na sensibilidade do procurador, pois ele já estava acostumado a ouvir de maneira recorrente dos advogados tais falácias. Por outro lado, o próprio advogado dos judeus reconhece que os judeus promoviam motivos suficientes para que o procurador agisse com mais dureza contra os judeus, pois eles eram provocadores contra os romanos. SE FAZEM A ESTE POVO MUITOS. Isso também não representava a verdade, pois, os representantes das autoridades romanas não passavam panos quentes nos povos que eram subjugados por eles. Pelo contrário, os judeus eram hostilizados pelo império político de Roma, por meio das altas cargas tributárias que eram cobrados pelas autoridades romanas, por isso que sempre os judeus viviam em revoltas constantes. E LOUVÁVEIS SERVIÇOS. O que Tértulo estava falando a respeito de Félix, não representava nada da realidade, por isso que o procurador deve ter percebido que o advogado estava apenas, como os demais que se apresentava perante ele, fazendo o seu prólogo para em seguida cumprir o seu papel de acusador. Esse tipo de introdução feita por parte dos advogados era de praxe ao ponto de não chamar a atenção dos procuradores, nem muito menos mudar sua forma imparcial de julgar o réu ou preso.

Atos 24.1

Atos 24.1 - E, cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu com os anciãos, e um certo Tértulo, orador, os quais compareceram perante o presidente contra Paulo.
E, CINCO DIAS DEPOIS. Não sabemos se estes cinco dias depois, falam do tempo em que Paulo já se encontrava no pretório de Herodes, na cidade de Cesaréia, ou Lucas retoma ao momento em que o tribuno retirou de maneira brusca a Paulo da cidade de Jerusalém, de quando os judeus conspiraram em tirar-lhe a vida. Seja como for, podemos perceber que o tempo foi pouco, mas o suficiente para que o apóstolo dos gentios se dedicasse a vida cristã de oração e reflexão nas coisas do reino de Deus. O SUMO SACERDOTE. Também não temos como descobrir se os quarentas conspiradores continuavam com o mesmo propósito de não comerem, nem beberem alguma coisa, até que matassem a Paulo. O que podemos pensar é que a autoridade maior dos líderes religiosos dos judeus entrou em ação, no sentido de ir em busca do preso, Paulo, com o objetivo de condená-lo, e quem sabe trazê-lo de volta a Jerusalém. ANANIAS DESCEU. Ananias foi sumo sacerdote dos judeus durante aproximadamente dez anos, em que se posicionou como um dos mais carrascos dos líderes do judaísmo contra os seus liderados. Pesa sobre a biografia deste sumo sacerdote as acusações de que ele era um feroz perseguidor contra todos aqueles que se levantassem contra ele, contra o seu ofício sacerdotal e contra a sua administração dentro do judaísmo. COM OS ANCIÃOS. Certamente, estes anciãos não eram todos que faziam parte do sinédrio judaico, ou seja, do tribunal religioso dos judeus, mais era justamente aquela ala dos saduceus, que quando Paulo foi levado ao conselho lhes contrariou com o debate sobre a esperança da ressurreição dos mortos. Estes mesmos são os que foram chantageados pelos conspiradores para que levassem Paulo ao conselho (Atos 23.14). E UM CERTO TÉRTULO, ORADOR. Observa-se que os opositores de Paulo desceram para Cesaréia armados até os dentes, com o plano maléfico de lhe prejudicar por todos os meios. Tudo indica que este homem era um advogado contratado pelos adversários de Paulo para que fosse o acusador contra o homem de Deus. Quando Lucas destaca o fato de Tértulo ser um orador, isso nos fala de sua eloquência e conhecimento das leis dos judeus, mais principalmente das leis constituídas dos imperadores romanos. OS QUAIS COMPARECERAM PERANTE O PRESIDENTE. Imagine a força que este conluio estava arregimentando contra o apóstolo dos gentios, contando com a presença do sumo sacerdote de Israel, com as principais autoridades do tribunal religioso dos judeus, que faziam parte do sinédrio, bem como com a presença de um renomado nome do mundo jurídico, um dos mais conhecidos oradores de Jerusalém. CONTRA PAULO. Quando alguém se posiciona como um legítimo representante do reino de Cristo neste mundo, é justamente o que acontece, todas as forças infernais e todos os elementos deste mundo hostil, se mancunam contra ele. Este era um julgamento com forças humanas desproporcionais, em que o conluio dos seres malignos, humanos e espirituais, se juntam para tentar derrotar um servo de Deus. No entanto, a promessa é que Deus trabalha em prol daqueles que nele esperam sempre.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Atos 23.35

Atos 23.35 - Disse: Ouvir-te-ei, quando também aqui vierem os teus acusadores. E mandou que o guardassem no pretório de Herodes.
DISSE. O fato de saber que Paulo era um cidadão romano e da província da Cilícia, que fazia parte da jurisdição maior da Síria, da qual fazia parte também a Judeia, incluindo Cesaréia, de onde governava Félix. Isso levaria ao procurador Félix a tomar pelos menos três atitudes diferentes, no caso de Paulo, em que na primeira, ele poderia enviar o preso para ser julgado na Cilícia, ele também tinha autoridade para julgar a Paulo, o que estava decidido a fazer, ou enviar o apóstolo para a capital de Roma. OUVIR-TE-EI. O procurador tinha autoridade o suficiente, para se quisesse, liberar o preso Paulo, sem que ele tivesse que ser submetido a um julgamento. Até porque, o tribuno de Jerusalém Cláudio Lísia lhe escreveu declarando que não via nenhum crime em Paulo, nem para que ele ficasse preso, nem muito menos para que fosse morto pelos seus opositores os judeus, que por questão religiosa queria tirar-lhe a vida. QUANDO TAMBÉM AQUI VIEREM. Com isto, o procurador não liberou a Paulo, mas apontou para um julgamento futuro do preso, que de princípio, não teve um prazo preestabelecido, mais que Paulo aguardasse o momento certo. Há quem diga que o governador Félix não contava com a simpatia dos judeus, porque os filhos de Israel não aceitavam a dominação romana, com isso Félix queria ganhar pontos com os judeus. OS TEUS ACUSADORES. Certamente, o apóstolo dos gentios prontamente deve ter percebido que a situação se tornava desfavorável no seu julgamento, porque com a chegada dos seus conspiradores, os judeus tentariam de todas as formas mudar o quadro em favor deles, mas em detrimento de Paulo. A chantagem que os conspiradores tramaram em Jerusalém era sinal que eles fariam qualquer coisa para atingirem seus objetivos, mesmo que para tanto, manipulasse o procurador romano. E MANDOU QUE O GUARDASSEM. Esta colocação feita por Lucas a respeito da decisão do procurador Félix nos faz compreender que o governador mandou que mantessem a Paulo preso, até a chegada da outra parte, que neste caso eram os judeus, que estavam tentando tirar a vida de Paulo. O tempo em que Paulo ficou preso em Cesaréia foi o suficiente para que ele buscasse a Deus a fim de agir corretamente. NO PRETÓRIO. O mesmo que aconteceu com Paulo na cidade de Jerusalém, em que ele ficou detido na fortaleza de Antônia, que era o quartel general de Jerusalém, agora, ele também ficou preso na fortaleza de Cesaréia, que tinha como nome, o pretório de Herodes. Tanto em Jerusalém como em Cesaréia haviam presídios públicos em que os presos ficavam detidos até o julgamento, com Paulo foi diferente por ser ele romano. DE HERODES. Neste lugar ficavam os presos que não eram cidadãos comuns, mais somente aqueles que, conforme entendiam as autoridades romanas, mereciam uma atenção mais especial, dada a repercussão de cada caso. Mais, em se tratando de Paulo, ele estava recebendo este tratamento, por ser uma liderança importante da comunidade cristã, porque em Cesaréia havia uma grande quantidade de cristãos, mais também por ser ele um cidadão romano, o que o fazia ter muitos direitos pela lei.

Atos 23.33-34

Atos 23.33-34 - Os quais, logo que chegaram a Cesaréia, e entregaram a carta ao presidente, lhe apresentaram Paulo. E o presidente, lida a carta, perguntou de que província era; e, sabendo que era da Cilícia.
OS QUAIS. O escritor fala a respeito de todos aqueles que por ordem do tribuno estavam conduzindo a Paulo até a cidade de Cesaréia, tendo como objetivo livrar o homem de Deus dos seus opositores em Jerusalém, os mesmos que planejavam tirar-lhe a vida. Por providência de Deus, o Todo-poderoso, o comandante da fortaleza de Jerusalém mobilizou uma grande quantidade de soldados romanos, a fim de que com segurança transportasse o apóstolo dos gentios, para longe do perigo em Jerusalém. LOGO QUE CHEGARAM A CESARÉIA. Não muitos dias antes, Paulo esteve nesta cidade, onde por meio do profeta Ágabo recebeu profecias sobre sua prisão em Jerusalém, e que agora tais profecias se cumpriam. Cesaréia ficava a mais de cento e dez quilômetros de Jerusalém, e esta cidade ficou marcada na história de Paulo como onde mais uma profecia se cumpria, que ele se apresentaria diante de autoridades. E ENTREGARAM A CARTA AO PRESIDENTE. Conforme já comentamos em textos anteriores, esta carta era um documento entre autoridades, tratando de assuntos administrativos de grande importância. É provável que com os setenta soldados da cavalaria houvesse um centurião, que neste momento tinha em suas mãos esta carta, tratando exatamente do assunto envolvendo Paulo e os seus muitos inimigos judeus. LHE APRESENTARAM PAULO. Não temos como saber se a equipe foi logo recebida pelo procurador romano, ou se eles tiveram que esperar algum tempo ou até dias para ser recebidos pelo governador de Cesaréia. A chegada de Paulo na presença de Félix era o cumprimento da profecia em Atos 9:15 - Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. Paulo deve ter lembrado desta tão importante e fiel profecia. E O PRESIDENTE, LIDA A CARTA. Para a época, o cargo de presidente era a mesma coisa de governador, porque dizia respeito a gestão de uma província romana. Logo que recebeu a carta enviada pelo tribuno Cláudio Lísias de Jerusalém, o procurador procurou ler o seu conteúdo para tomar conhecimento do que se tratava o assunto. Ao ler a carta, agora, estava sob a responsabilidade dele o caso do preso Saulo de Tarso. PERGUNTOU DE QUE PROVÍNCIA ERA. Desta forma, ficamos sabendo que o tribuno não colocou em sua carta as origens do preso Paulo, o que fez com que o procurador se sentisse no dever de perguntar diretamente a Paulo. Esse era o procedimento padrão entre as autoridades romanas, porque dependendo da origem do preso, o procurador poderia ou não encaminhar o réu para ser julgado pelo gestor da província. E SABENDO QUE ERA DA CILÍCIA. Neste tempo, haviam dois tipos de províncias que eram as senatoriais e as imperiais. Neste caso, a província da Cilícia era imperial em que Paulo poderia, de acordo com as circunstâncias, apelar para ser julgado pelo procurador de sua província, ou apelar diretamente para César, que neste caso, o preso seria levado diretamente para Roma, o que mais tarde o apóstolo Paulo fez.

Atos 23.31-32

Atos 23.31-32 - Tomando, pois, os soldados a Paulo, como lhe fora mandado, o trouxeram de noite a Antipátride. E no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, tornaram à fortaleza.
TOMANDO, POIS. Depois de escrever sobre a narrativa da correspondência que o tribuno enviara ao governador Félix com as diretrizes do que estava efetivamente ocorrendo, quanto a pessoa de Paulo. Agora, o Dr. Lucas retoma os relados de onde havia parado, com Paulo preso na fortaleza de Antônia, preste a ser escoltado de Jerusalém até a cidade de Cesaréia, onde será julgado pelo procurador romano, e não em Jerusalém, pelo sinédrio judaico, onde estava minado pelos conspiradores judeus. OS SOLDADOS A PAULO. Na realidade, foram os centuriões, neste caso, dois deles, que maravam a Paulo, que por sua vez, estava sob a escolta de duzentos soldados romanos, bem equipados para conduzirem o cidadão romano com segurança até o destino final desta missão, que era até a cidade de Cesaréia. Pode-se perceber que o tribuno não mediu esforços para que o apóstolo dos gentios fosse livre dos inimigos. COMO LHE FORA MANDADO. Cláudio Lísias não pensou duas vezes em ordenar que todas as medidas fossem tomadas, com o emprego de uma grande quantidade de soldados, no sentido de fazer cumprir as leis romanas, e garantir a Paulo os seus direitos a vida. Além do mais, devemos conjecturar que o tribuno deve ter dado ordens expressas para que se necessário fosse, lutassem para proteger o preso, Paulo. O TROUXERAM DE NOITE A ANTIPÁTRIDE. Não havia mais possibilidade de esperar para o outro dia, mais na mesma noite, a comitiva tinha que sair as pressas para pelos menos sair da cidade de Jerusalém, onde o perigo era eminente contra a vida de Paulo. A cidade de Antipátride ficava cerca de setenta quilômetros de distância da cidade de Jerusalém, o que nos diz que neste local, Paulo estava como que mais seguro. E NO DIA SEGUINTE. Provavelmente, os soldados só ficaram o tempo suficiente para descansarem um pouco, mais logo em seguida saíram novamente de viagem destino a cidade de Cesaréia, ao encontro do procurador romano, por quem Paulo devia ser recebido. Havia presa em que a tropa chegasse em Cesaréia, até porque, se os judeus soubessem desta viagem as pressas da comitiva, poderiam investir contra os soldados. DEIXANDO OS DE CAVALO IREM COM ELE. Uma grande quantidade dos soldados que saíram com Paulo de Jerusalém vieram até a cidade de Antipátride a pé, e isso deve ter provocando muito cansaço neles todos, sem contar que tinham viajado a noite. Agora, os que caminharam a pé, tinham que retornarem, mais os que estavam em suas montarias deveriam cumprir o restante da missão, chegando logo mais a Cesaréia. TORNARAM A FORATALEZA. É possível que, aproximadamente cento e trinta dos duzentos soldados romanos tenham voltado de Antipátride para a cidade de Jerusalém e apenas setenta deles continuassem a missão de levar o preso, Paulo, até a cidade de Cesaréia. Agora, não mais ocorria o risco dos conspiradores alcançarem a tropa de soldados, portanto, os que estavam montados eram suficientes para completarem a viagem, enquanto isto, a grande parte deles voltaram para a fortaleza em Jerusalém.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Atos 23.30

Atos 23.30 - E, sendo-me notificado que os judeus haviam de armar ciladas a esse homem, logo to enviei, mandando também aos acusadores que perante ti digam o que tiverem contra ele. Passa bem.
E, SENDO-ME NOTIFICADO. É claro que o tribuno não quis dizer que havia recebido esta notificação por parte do sobrinho de Paulo, uma vez que, poderia ser que o procurador compreendesse que o tribuno estava querendo direcionar proteção intencional ao preso, porque o portador da informação era suspeito, por ser um parente do apóstolo dos gentios. Assim como o tribuno disse ao jovem que não contasse a ninguém, ele próprio também estava como que guardando este segredo. QUE OS JUDEUS HAVIAM DE ARMAR CILADAS. O tribuno se reporta ao que havia lhe informado o jovem, sobrinho de Paulo, em Atos 23: 21 Mas tu não os creias; porque mais de quarenta homens de entre eles lhe andam armando ciladas; os quais se obrigaram, sob pena de maldição, a não comer nem beber até que o tenham morto; e já estão apercebidos, esperando de ti promessa. Essa era a conspiração dos judeus. A ESSE HOMEM. Os conspiradores já tinham seus planos traçados para tirarem a vida de Paulo, conforme Lucas registrou em Atos 23:12-13 - E, quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e juraram, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. Com isso, fizeram chantagem contra os líderes religiosos dos judeus. LOGO TO ENVIEI. O plano dos opositores de Paulo é que no dia seguinte, Paulo seria levado novamente ao conselho, mas no meio do caminho, os conspiradores armariam a cilada e matariam o homem de Deus. Atos 23:15 - Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como que querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar. O tribuno não perdeu tempo, e ao tomar conhecimento tirou Paulo da cilada armada pelos judeus. MANDANDO TAMBÉM AOS ACUSADORES. Certamente, quando os líderes religiosos do judaísmo procurassem ao tribuno, seriam avisados que Paulo não estava mais em Jerusalém, mais que seu caso teria de ser julgado por uma autoridade superior, que neste caso seria o procurador romano da Judeia, que era o governador de Cesaréia, para onde o preso, Paulo já havia sido enviado, juntamente com os soldados romanos. QUE PERANTE TI DIGAM O QUE TIVEREM CONTRA ELE. O tribuno estava agindo corretamente, como sendo um comandante do exercito romano, porque Paulo não era um cidadão judeu comum, mais ele era, além disso, um cidadão romano. Além do mais, Paulo caiu na graça do tribuno, e isso por providência de Deus, e desta forma, Cláudio Lísias percebeu que em Jerusalém seria o lugar desfavorável para Paulo. PASSA BEM. Assim termina sua correspondência ao procurador Félix, na esperança que o julgamento de Paulo se desse com imparcialidade, diferente do que aconteceria na jurisdição de Jerusalém, uma vez que, o sinédrio estava tendencioso a praticar injustiça contra um cidadão romano, o que o tribuno não estaria sendo conivente. “Passar bem” era um tipo de saudação final de carta de autoridade para um superior.

Atos 23.28-29

Atos 23.28-29 - E, querendo saber a causa por que o acusavam, o levei ao seu conselho. E achei que o acusavam de algumas questões da sua lei; mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou de prisão.
E, QUERENDO SABER A CAUSA. O tribuno não sabia realmente o motivo porque os judeus estavam tão revoltados contra Paulo, por isso que desejava ouvir aos acusadores do preso para tentar descobrir os reais motivos de tamanho ódio contra um homem. Atos 22:30 - E no dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões, e mandou vir os principais dos sacerdotes, e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles. PORQUE O ACUSAVAM. No fundo, no fundo, não era uma questão de ter Paulo cometido algum tipo de crime contra os judeus, mas, na realidade, o que os inimigos do apóstolo desejavam mesmo era tirar-lhe a vida, porque Paulo por onde passava proporcionava grandes prejuízos para o judaísmo, uma vez que, pregando o evangelho de Cristo Jesus, muitos judeus e gentios se convertiam para o reino de Cristo Jesus. O LEVEI AO SEU CONSELHO. O tribuno fala a respeito de sinédrio, que era o tribunal eclesiástico dos filhos de Israel, que tratava justamente das questões relacionadas as demandas de ordem religiosas. O conselho era constituído pelo sumo sacerdote, que era o seu presidente, mais também de outros sacerdotes de ordem inferiores, como também pelos saduceus, que eram políticos, pelos fariseus religiosos e pelos escribas. E ACHEI QUE O ACUSAVAM. O tribuno ocupava o cargo de comandante da fortaleza em Jerusalém, não era para tratar dos assuntos da religião judaica, mais sim das demandas civis da sociedade daquela cidade. Porém, por já conviver a algum tempo em Jerusalém, tinha consigo uma percepção das tradições e dos costumes religiosos dos hebreus. Assim sendo, ele já tinha algum tipo de ideia do que estava se passando. DE ALGUMA QUESTÃO DA SUA LEI. A ação do tribuno em levar a Paulo diante do conselho, não era para que houvesse um julgamento sumário com uma condenação de prisão ou de morte do preso. Todavia, o que o tribuno pretendia de fato era chegar à ama conclusão sobre este caso, até porque, Lísias sabia que os judeus não poderiam condenar por qualquer motivo um cidadão romano, que era o caso do apóstolo Paulo. MAIS QUE NENHUM CRIME HAVIA NELE. Neste caso, o tribuno fala a respeito das leis romanas e as leis civis também dos judeus. De conformidade com o julgamento pessoal de Cláudio Lísias, Paulo não era nenhum criminoso, nem representava qualquer perigo para a sociedade de Jerusalém. Podemos prevê que o tribuno já mantinha Paulo preso para sua própria segurança, e para evitar confusão na cidade. DIGNO DE MORTE OU DE PRISÃO. O veredicto do tribuno era de que Paulo era um homem inocente e não um criminoso. Só estava mantendo o homem preso par cumprir seu papel em manter a ordem e preservar a lei. Depois de tomar conhecimento da conspiração dos judeus, o tribuno tinha o dever de garantir a segurança da vida de Paulo, não permitido que os opositores de Paulo viessem a tirar-lhe a vida. O apóstolo estava sob a tutela do Estado romano e tinha garantias da vida.

Atos 23.27

Atos 23.27 - Esse homem foi preso pelos judeus; e, estando já a ponto de ser morto por eles, sobrevim eu com a soldadesca, e o livrei, informado de que era romano.
ESTE HOMEM. O escritor está fazendo a transliteração da carta enviada pelo tribuno ao seu superior, o Governador de Cesaréia, que também era o procurador romano em toda a Judeia. Não sabemos em que idioma o tribuno escreveu sua correspondência, mas se foi no grego, é possível que Lucas tivesse conhecimento e se não conhecesse, Paulo tinha pleno conhecimento e poderia fazer a tradução para Lucas. Este homem era o apóstolo dos gentios, um grande missionário transcultural do reino de Cristo. FOI PRESO PELOS JUDEUS. O tribuno se refere ao que está escrito em Atos 21:27 - E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele. A partir deste momento, os judeus mais radicais estavam espancando a Paulo como se fosse um criminoso, apesar de ele ainda está dentro do templo de Jerusalém, mas os judeus eram violentos e cruéis. E ESTANDO A PONTO DE SER MORTO. Como os opositores de Paulo não podiam mata-lo dentro do templo, porque era um lugar sagrado para os judeus, e que neste lugar não se podia derramar sangue humano, o levaram para fora do templo. Atos 21:30 - E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de povo; e, pegando Paulo, o arrastaram para fora do templo, e logo as portas se fecharam. Agora, fora do templo, o ódio religioso era o suficiente para que os judeus radicais matassem a Paulo. POR ELES. Não era de hoje que os judeus vinham destilando ódio contra o apóstolo dos gentios, pois, por onde Paulo passava em suas viagens missionárias, em cada cidade, ele tinha que enfrentar a fúria dos seus compatriotas judeus. Temos o caso do próprio fundador do Cristianismo, Jesus de Nazaré, que foi perseguido, preso e morto pelos judeus, como também os apóstolos e muitos dos seguidores de Cristo também. SOBREVIM EU COM A SOLDADESCA. A notícia do grande alvoroço percorreu velozmente a cidade de Jerusalém, chegando rapidamente ao conhecimento do comandante do exercito romano. Atos 21:31 - E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava toda em confusão. O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir a Paulo. A chegada do exercito foi no momento ideal. E O LIVREI. Na realidade, este livramento ao qual se refere o tribuno se deu com a prisão de Paulo, conforme está registrado em Atos 21:33 - Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu e o mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito. A partir deste momento, os judeus não poderiam mais fazer nenhum mal a Paulo, porque ele passou a ter a tutela do Estado romano, por meio do tribuno. INFORMADO QUE ERA ROMANO. Somente mais tarde é que isto veio a acontecer. Atos 22:25-27 - E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado? E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano. E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim.

Atos 23.24-26

Atos 23.24-26 - E aparelhai cavalgaduras, para que, pondo nelas a Paulo, o levem salvo ao presidente Félix. E escreveu uma carta, que continha isto. Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde.
E APARELHAI CAVALGADORAS. Não se sabe quantos cavalos foram devidamente equipados para estar a serviço de Paulo, porem, podemos imaginar que alguns, pois não somente o próprio Paulo se utilizaria de um deles, mais também seus pertences teriam que ser levados, até porque não se saberia quanto tempo Paulo ficaria preso em Cesaréia, até que o presidente Félix o levasse a ser julgado. Também se pensa em alguns acompanhantes de Paulo o acompanhariam como suas testemunhas de defesa. PARA QUE, PONDO NELAS A PAULO. Cláudio Lísias passou a ter um cuidado todo especial para com a pessoa de Paulo, principalmente depois que descobriu que ele era um cidadão romano. Mas, há que pense que o tribuno não estava satisfeito com os judeus, por algum motivo que desconhecemos, e que se sentiu satisfeito em favorecer a Paulo, e desfavorecer aos mais radicais seguidores do tradicional judaísmo. O LEVEM SALVO. O pensamento de Cláudio Lísias se antecipava ao que poderia acontecer logo no dia seguinte, de quando os judeus descobrissem que Paulo não estava mais na fortaleza, e que seus planos malignos não seriam mais concretizados. O tribuno já previa que os inimigos de Paulo tomariam providências, no sentido de irem ao encontro da comitiva, para de alguma forma tentarem tirar a vida do preso, Paulo. AO PRESIDENTE FÉLIX. Cesaréia era uma cidade muito importante da Judeia, porque era um dos portos marítimos de elevada estima pelos romanos, um tanto quanto, mais do que a cidade de Jerusalém. No caso de Cesaréia, Marcos Antônio Félix era governador daquela cidade, mais era o procurar de toda a Judeia, isso com o apoio e o aval do império político de Roma. Neste caso, o tribuno o chama de presidente, como uma forma de elevar mais ainda o procurador que representava Roma na Judeia. E ESCREVEU UMA CARTA. O tribuno não pode acompanhar a comitiva que levaria o preso Paulo até a cidade de Cesaréia, até porque Cláudio Lísias precisa ficar na cidade de Jerusalém para por em ordem as coisas, caso houvesse algum tipo de revanche por parte dos judeus. Nesta carta, o tribuno exponha ao procurador romano Félix os motivos porque estava enviando com os centuriões o cidadão romano, Paulo de Tarso. QUE CONTINHA ISTO. CLÁUDIO LÍSIAS. Na cidade de Jerusalém, o tribuno era uma autoridade importante de representação do império político de Roma, ocupando o cargo elevado de comandante do exército. Assim sendo, esta correspondência enviada pelo tribuno seguia os protocolos das comunicações de autoridade para autoridade do império político de Roma, o que era um cerimonial corriqueiro entre eles, os romanos. A FÉLIX, POTENTÍSSIMO PRESIDENTE, SAÚDE. Há quem pense que Cláudio Lísias estava como tribuno do império romano na cidade de Jerusalém por indicação de Félix, haja vista que o governador de Cesaréia também era o procurador romano em toda a Judeia. O elogio que o tribuno faz ao seu superior era comum naquela época, em respeito ao cargo ocupado pela pessoa na hierarquia das autoridades romanas.

Atos 23.23

Atos 23.23 - E, chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalaria, e duzentos arqueiros para irem até Cesaréia.
E, CHAMANDO DOIS CENTURIÕES. Ao tomar conhecimento da conspiração dos judeus contra Paulo, por meio do jovem, sobrinho do apóstolo, imediatamente o tribuno resolveu tomar uma atitude positiva, no sentido de livrar a Paulo das mãos dos opositores do apóstolo. Não sabemos quantos centuriões haviam ali na fortaleza que estava sob o comando do tribuno, mais temos conhecimento que para cada cem soldados das tropas romanas, haviam então, um centurial que ordenavam os soldados. LHES DISSE: APARTAI. O tribuno fala a respeito dos preparativos de uma tropa grande de soldados romanos para cumprimento de mais uma missão. Percebe-se que o tribuno era um homem poderoso, que tinha carta branca para tomar decisões monocráticas no tocante as suas atividades. Pela ordem do tribuno, se percebe que havia preocupação de sua parte, que alguma coisa diferente pudesse acontecer. PARA TRÊS HORAS DA NOITE. Esta citação feita pelo escritor do livro de Atos fala das horas computadas pelos romanos e não pelos judeus, com isso, o escritor fala de nove horas da noite ou vinte uma horas, como entendemos nos dias de hoje. Os romanos começavam a contagem das horas do dia a partir de meia noite, já os judeus tinham o costume de começarem as horas a partir do por do sol, e do nascer do sol também. DUZENTOS SOLDADOS. Este número era bastante representativo, porque segundo alguns chegam a declarar, haviam na fortaleza de Antônia em torno de seiscentos a setecentos soldados, assim sendo, em torno de um terço dos soldados daquele quartel foi utilizado para levar o preso Paulo até a cidade de Cesaréia. Este número de soldados que acompanhariam a Paulo nos ensina que o tribuno tinha pleno conhecimento dos perigos que Paulo estava passando, e da proteção lhe oferecida. E SETENTA DE CAVALARIA. Provavelmente, dos duzentos soldados romanos, setenta deles seriam da cavalaria, e não que o tribuno estivesse ordenando que duzentos e setenta soldados fossem preparados para a missão até a cidade de Cesaréia. A cavalaria era uma parte do exército romano que servia para proteger os soldados que por terra cumpriam missões importantes, por isso que foram quase um terço deles. E DUZENTOS ARQUEIROS. Com isso, fica subtendido que todos os soldados da comitiva além de serem uma parte da cavalaria, todos os soldados eram treinados no uso do arco. Os arqueiros eram soldados que se utilizavam do escudo e da lança, porque eles tanto se defendiam dos seus inimigos, como também atacavam aos seus opositores. Esta ordem por parte do tribuno nos faz compreender que a comitiva de soldados romanos com seus respectivos centuriões estava preparados para a batalha. PARA IREM ATÉ CESARÉIA. Esta não é a Cesaréia de Filipe, mais sim a Cesaréia que fica localizada costa mediterrânea de Israel, uma cidade que se tornou na capital civil e militar da Judeia, onde residiam os governadores e procuradores romanos. O tribuno entendeu que o julgamento de Paulo não poderia acontecer com ele e o sinédrio.

Atos 23.22

Atos 23.22 – Então, o tribuno despediu o jovem, mandando-lhe que a ninguém dissesse que lhe havia contado aquilo.
ENTÃO, O TRIBUNO. Deus estava realmente influenciando o coração deste homem para que ele viesse a favorecer ao apóstolo Paulo, e podemos dizer que ele estava sendo um instrumento do Senhor para livra a Paulo dos seus opositores. Na bíblia nós encontramos muitos casos em que o Senhor se utilizou de pessoas diversas para executar os seus planos, isso porque todos são criaturas de Deus e o Criador se utiliza de sua criação para cumprir seus propósitos, ainda que o mundo não entenda disto. DESPEDIU. A receptividade do tribuno para com o sobrinho de Paulo foi a melhor possível, deu toda atenção ao jovem, sabia que ele tinha coisas importantes para lhe contar, porque se Paulo quem o enviou é porque algo de relevante estava acontecendo. Mas, já que o jovem cumpriu o seu papel como mensageiro de Paulo, agora era o momento de voltar para suas atividades e aguardar o resultado dos fatos. O JOVEM. Termina por aqui a participação deste jovem, que teve uma influência muito grande no livramento de Paulo dos seus adversários, os conspiradores. O pouco que se diz sobre este jovem é o suficiente para sabermos que Paulo tinha família na cidade de Jerusalém, e que seu circulo familiar não estava restrito na cidade de Tarso, onde ele diz ter nascido, e certamente convivido por muito tempo, quando ainda jovem. MANDOU-LHE. Antes de sair da presença do tribuno, o jovem recebeu dele um conselho que foi muito precioso no que diz respeito ao que tinha transcorrido na conversa do jovem com aquela alta autoridade romana. O verbo utilizado pelo escritor não fala de uma ordem do tribuno para o jovem, mais que ele achava melhor que a conversa entre os dois não fosse repassada para outras pessoas, porque no fundo no fundo, o tribuno já estava em seu coração com o propósito de ajudar a Paulo. QUE A NINGUÉM. Certamente, este “ninguém” tira fora a pessoa de Paulo, ele que era o mais beneficiado com as ações positivas do tribuno em seu favor. O que o tribuno desejava mesmo era se resguardar de que os judeus soubessem que ele estava agindo favoravelmente em benefício do preso Paulo. Se este encontro chegasse aos ouvidos dos membros do sinédrio, as coisas poderia se complicar para ele, da parte dos judeus. DISSESSE QUE LHE HAVIA. O bem estava vencendo o mal, e aquilo que Deus já havia determinado para a vida de Paulo tinha que se cumprir, o tribuno estava apenas seguindo o curso normal das ordenanças do Todo-poderoso em realizar a sua vontade. Se aquela conversa entre o jovem e o tribuno se espalhasse, o plano de Deus não deixaria de se realizar, mais certamente tomaria outros rumos imprevistos. CONTADO AQUILO. O tribuno se refere ao que Lucas registrou em Atos 23:20-21 - E disse ele: Os judeus se concertaram rogar-te que amanhã leves Paulo ao conselho, como que tendo de inquirir dele mais alguma coisa ao certo. Mas tu não os creias; porque mais de quarenta homens de entre eles lhe andam armando ciladas; os quais se obrigaram, sob pena de maldição, a não comer nem beber até que o tenham morto; e já estão apercebidos, esperando de ti promessa. Esse era o segredo dos dois.

Atos 23.21

Atos 23.21 - Mas tu não os creias; porque mais de quarenta homens de entre eles lhe andam armando ciladas; os quais se obrigaram, sob pena de maldição, a não comer nem beber até que o tenham morto; e já estão apercebidos, esperando de ti promessa.
MAS TU NÃO OS CREIAS. O sobrinho de Paulo faz um apelo veemente ao tribuno para que este não caia na lábia dos líderes religiosos dos judeus, porque o plano deles era tirar a vida dos homem de Deus, sem contar que de alguma forma, também poderiam até matar alguns dos soldados do exercito romano, haja visto que, na emboscada armada contra Paulo, teriam que enfrentar a escolta que estaria locomovendo a Paulo da fortaleza de Antônia, onde ele estava, até o local do sinédrio, onde era o conselho. PORQUE MAIS DE QUARENTA HOMENS DE ENTRE ELES. Estas palavras do jovem já foram confirmadas Lucas em Atos 23:12-13 - E, quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e juraram, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. Mais de quarenta era um grande número que venceria toda a escolta. LHE ANDA ARMANDO CILADAS. Este plano está registrado em Atos 23:15 - Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como que querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar. Facilmente os membros do sinédrio convenceria ao tribuno que mais uma vez levasse o preso Paulo até ao conselho para interrogarem no julgamento. OS QUAIS SE OBRIGARAM, SOB PENA DE MALDIÇÃO. Esta era uma forma de chantagem que os conspiradores estavam se utilizando para convencer aos líderes religiosos dos judeus a irem ao tribuno para que levasse a Paulo até o sinédrio. A maldição que eles falavam era o fato que estavam dispostos a morrerem se não conseguissem seus intentos maléficos de perseguirem e matarem ao apóstolo Paulo. A NÃO COMER NEM BEBER. Tanto os judeus, como os cristãos de todos os tempos sempre praticaram o jejum com objetivos religiosos e com finalidades benéficas, conforme a vontade de Deus. Mas, neste caso, os seguidores do judaísmo estavam de maneira completamente errada, usando algo que poderia ser bom para o que era mal. Os povos pagãos é que agiam desta forma, voltados para o diabo e não para Deus. ATÉ QUE O TENHA MORTO. O ódio religioso é assassino e sanguinário na vida de todos aqueles que se deixam dominar pela raiva. As pessoas que se diziam seguidoras da lei de Deus, maquinavam em seus corações e entravam em ação para tirar a vida de um irmão de fé e de sangue também, porque Paulo também era um judeus de sangue. É notório, que todos estavam possuídos pelos demônios e usados pelo próprio diabo. E JÁ ESTÃO APERCEBIDOS, ESPERANDO DE TI PROMESSA. Usando o seu próprio raciocínio, o jovem, sobrinho de Paulo faz uma previsão do que certamente já estava ocorrendo com os conspiradores, bem como com os líderes religiosos do judaísmo, aqueles que ainda este dia, procurariam ao tribuno para que este fosse convencido a conduzir a Paulo até o sinédrio. O jovem diz que já esperavam convencer o tribuno.

domingo, 25 de julho de 2021

Atos 23.20

Atos 23.20 - E disse ele: Os judeus se concertaram rogar-te que amanhã leves Paulo ao conselho, como que tendo de inquirir dele mais alguma coisa ao certo.
E DISSE ELE. Agora, o jovem se sentia seguro para então delatar ao tribuno aquilo que ele sabia a respeito da conspiração que os líderes religiosos dos judeus estavam planejando contra Paulo, servo de Jesus Cristo. O menino já estava devidamente orientado por Paulo de como passar a informação ao comandante da fortaleza, até porque, o maior interessado era o apóstolo dos gentios, que o tribuno tomasse conhecimento do conluio que os opositores de Paulo tramavam para tirar-lhe a vida. OS JUDEUS. Ao citar os judeus, o sobrinho de Paulo não se referia somente os mais de quarenta homens que fizeram diretamente a conspiração, mas agora, estavam unidos a eles os principais dos sacerdotes, os judeus gregos que começaram ainda dentro do templo o motim contra Paulo, bem como os saduceus que foram contrariados dentro do sinédrio, quando o tribuno havia o levado ao conselho de anciãos dos judeus. SE CONCERTARAM ROGAR-TE. O jovem se refere ao que está escrito em Atos 23:15 - Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como que querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar. Tudo foi devidamente planejado, e uma vez posto em ação o plano, que para eles era perfeito, facilmente o tribuno cairia na lábia dos conspiradores. Mas como Deus estava com Paulo, o plano maléfico foi descoberto. QUE AMANHÃ LEVES PAULO. O ódio religioso dos judeus era tão grande, que eles não tinham condições de esperar um pouco mais, quem sabe uma semana, até que a poeira assentasse e as coisas lhes fossem mais favoráveis, com o objetivo de porem em prática seus planos. Se o sobrinho de Paulo não tivesse descoberto a conspiração, a forma com que as coisas estavam articuladas, facilmente o tribuno seria convencido. AO CONSELHO. Da outra vez, foi o tribuno quem levou a Paulo ao conselho, Atos 23: 30 E no dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões, e mandou vir os principais dos sacerdotes, e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles. Mas desta vez, seria parte do sinédrio que estava constrangendo o tribuno a levar Paulo à reunião do conselho. COMO QUE TENDO DE INQUIRIR DELE. Esta era a formalidade do requerimento que seria feito pelos líderes religiosos do judaísmo, com o objetivo diabólico de convencer o tribuno para que este levasse a Paulo ao sinédrio. Todavia, isso seria apenas a isca, porque de fato, antes que o tribuno chegasse ao lugar determinado, já no meio do caminho, o grupo de mais de quarenta homens assassinariam ao apóstolo Paulo. MAIS ALGUMA COISA AO CERTO. Por conta da confusão que se perpetrou na primeira vez que o tribuno levou a Paulo aos membros do sinédrio, não foi possível que os membros do conselho fizessem o divido interrogatório a Paulo, por isso que agora, tomavam este pretexto para convencer o tribuno que Paulo deveria voltar a ser julgado pelo sinédrio. Estas revelações feitas pelo jovem mudaram o rumo das coisas e os planos maléficos dos opositores de Paulo foram desmascarados no tempo certo.

Atos 23.19

Atos 23.19 - E o tribuno, tomando-o pela mão, e pondo-se à parte, perguntou-lhe em particular: Que tens que me contar?
E O TRIBUNO. Agora, o que Paulo desejava estava se concretizando, em que seu sobrinho chegava diante da autoridade romana, a fim de contar sobre os planos dos conspiradores judeus, que se empenhavam para tirar-lhe a vida. Cláudio Lísias era naquele momento a pessoa certa que poderá tomar atitudes benéficas em livrar o homem de Deus das investidas maléficas dos inimigos de Paulo. O apóstolo dos gentios já havia percebido que o tribuno estava disposto a ajuda-lo de toda forma. TOMANDO-O PELA MÃO. Esta forma em que o tribuno agiu para com o jovem, sobrinho de Paulo nos faz compreender que este jovem ainda era quem sabe um adolescente, ao ponto do tribuno toma-lo pela mão. Esta atitude do tribuno também sinaliza um ato positivo em que o tribuno passava segurança para o jovem, a fim de que com confiança ele pudesse se abrir com a autoridade romana. O ambiente não era nada comum para aquele jovem, ele precisava de firmeza para falar a verdade. E PONDO-SE À PARTE. Mais uma ação do comandante da fortaleza que demonstra que o jovem não deveria ficar nervoso, porque era somente ele e o tribuno e que suas informações passavam a ser confidenciais a partir daquele momento. Não temos como saber se o tribuno levou o jovem até seu gabinete para ter esta conversa confidencial com o sobrinho de Paulo. No entanto, podemos imaginar que os dois se afastaram das demais pessoas, e em particular tiveram uma conversa olho no olho e face a face. PERGUNTOU-LHE. É bem provável que o apóstolo dos gentios tivesse, antes do jovem sair de sua presença, lhe orientado de como transmitir os fatos para o tribuno, e com isso, o menino, seguindo a orientação de Paulo, ficou em silencio esperando que a autoridade, primeiro, se dirigisse a ele, porque era assim que deveria ser. Foi quando o silencia foi quebrado, e o comandante da fortaleza dirige sua importante pergunta ao jovem. Neste tempo, os jovens eram instruídos a agirem desta forma, se comportando com prudência e esperando que os mais velhos falassem primeiro com eles. EM PARTICULAR. Isso nos faz pensar na cena em que o Dr. Lucas acaba de nos revelar entre o jovem cheio de timidez diante de uma grande autoridade, mas que estava sendo ajudado a controlar suas ansiedades para delatar toda a verdade. Não há dúvida que outras pessoas que presenciaram esta cena ficaram todas curiosas para saberem do que estava acontecendo, todos olhando de longe, mais com muita vontade de ouvirem também a conversa entre o tribuno e o jovem que estava todo tímido. QUE TENS QUE ME CONTAR. Acreditamos que esta pergunta feita pelo tribuno ao jovem não foi em voz alta e nem normal, mais sim, entre cochichos para que outras pessoas não ouvissem a resposta do sobrinho de Paulo. Percebendo que o jovem já se sentia mais seguro e tranquilo também, era a hora exata de colher as boas informações que estava no coração do jovem. Esta pergunta era de uma importância muito grande para o tribuno, mais sua resposta dada pelo jovem, era de muito maior importância para Paulo, uma vez que, o tribuno de posse da resposta entraria em ação, com o objetivo de tomar as devidas providências, livrando Paulo dos judeus.

Atos 23.18

Atos 23.18 - Tomando-o ele, pois, o levou ao tribuno, e disse: O preso Paulo, chamando-me a si, rogou-me que trouxesse este jovem, que tem alguma coisa para dizer-te.
TOMANDO-O ELE, POIS. Quando Deus está no comando às coisas se tornam favoráveis, uma vez que, a vontade do Todo-poderoso é soberana, e tudo que ele determina tem o seu fiel cumprimento. O centurião não contestou, não questionou as palavras de Paulo nem muito menos deixou de seguir seu pedido, mas prontamente se dispôs a levar o jovem à presença do seu superior, o tribuno. O fato de ser Paulo um cidadão romano, e ele declarou isso, estava colaborando para receber tais favores. O LEVOU AO TRIBUNO. A disposição do centurião deve ter deixado o apóstolo Paulo mais tranquilo, por ver que as coisas estavam transcorrendo bem e que se abria a possibilidade do seu livramento. O encontro do jovem com o tribuno representava uma luz no fim do túnel, pois, também havia desde o primeiro momento boa vontade do comandante em favorecer a Paulo diante dos seus acusadores, os judeus. E DISSE: O PRESO PAULO. O centurião se utilizou de uma linguagem que lhe era própria do seu ofício, pois, ele assim tratava a todos que estavam sob a custódia do Estado. Na realidade, Paulo estava detido temporariamente, por coisas que ele não havia praticado, mas de maneira injusta os judeus lhe acusavam de delitos que o apóstolo não era transgressor. Porém, neste momento, era melhor que assim fosse. CHAMANDO-ME A SI. Com a chegada do seu sobrinho, e tomando conhecimento da conspiração que os judeus estavam tramando contra ele, imediatamente, Paulo teve que chamar para si uma das autoridades romanas que estava mais próximo dele, e neste caso, a pessoa certa era um centurião. Não temos como saber como este contato de Paulo com o centurião se deu, se ele foi direto ou mandou seu sobrinho. ROGOU-ME. O verbo aqui utilizado por Lucas não nos deixa concluir se Paulo fez uma solicitação de forma normal, como se fosse um pedido formal, ou se o apóstolo faz um apelo veemente ao centurião, como um pedido de socorro. O que podemos dizer é que este pedido da parte do apóstolo era de fundamental importância para que um grande livramento fosse realizado, e que Paulo não viesse a cair na cilada dos judeus. QUE TROUXESSE ESTE JOVEM. Paulo poderia solicitar que o centurião mesmo contasse ao tribuno o que estava sendo tramado pelos seus opositores. Ele também poderia pedir ao centurião que lhe conduzisse até a presença do tribuno, mas ele assim não agiu. Há quem pense que este jovem era bem conhecido pela sociedade judaica, e até pelo tribuno, ao ponto de ter credibilidade em suas palavras diante da autoridade romana. Quem sabe, a irmã de Paulo era casada com alguém importante. QUE TEM ALGUMA COISA PARA DIZER-TE. A informação era a seguinte: Atos 23:12-13 - E, quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e juraram, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. O tribuno tinha que tomar conhecimento desta conspiração para que tomasse as devidas providências em livrar a Paulo deles.

Atos 23.17

Atos 23.17 - E Paulo, chamando a si um dos centuriões, disse: Leva este jovem ao tribuno, porque tem alguma coisa que lhe comunicar.
E PAULO. Ao tomar conhecimento do conluio que os conspiradores estavam armando contra ele, o apóstolo Paulo tinha que tomar as devidas providências no sentido de se defender dos seus opositores. Deus fez com que os planos malignos dos judeus chegassem ao conhecimento do homem de Deus a fim de livrá-lo dos seus inimigos. A informação que o sobrinho de Paulo conseguiu foi muito importante, porque antes que coisas piores viessem a acontecer, Paulo poderia escapar da armadilha contra ele. CHAMANDO A SI. Não temos como saber se neste momento Paulo estava preso em uma sala fechada ou se ele estava preso na fortaleza, mas circulando livremente por todos os lugares. Também não temos como descobrir se ele mandou que o seu sobrinho mandou que ele fosse ao encontro de um dos centuriões que ali se encontrava ou se ele mesmo procurou uma destas autoridades para falar com ele. UM DOS CENTURIÕES. É dado por certo que dentro da fortaleza haviam vários centuriões, porque este lugar era como se fosse um quartel militar das autoridades romanas, como também haviam vários destes centuriões nas ruas de Jerusalém para guardar a cidade e manter a ordem pública. Como neste momento Paulo não tinha acesso direto ao tribuno, então ele chama a si um centurião para fazer um comunicado muito importante, e que este centurião levaria o fato urgente ao superior, o tribuno. DISSE: LEVA ESTE JOVEM. Paulo poderia solicitar que o centurião chamasse o tribuno para que esse viesse até ele, mas com humildade e reconhecendo que o tribuno era um homem muito ocupado, o apóstolo faz o contrário, pede que o centurião levasse o seu sobrinho, que era um jovem, até a presença do tribuno. A informação também era de interesse do tribuno, uma vez que Paulo estava sob seus cuidados e do Estado. AO TRIBUNO. Como sendo a autoridade máxima dentro e fora da fortaleza representando o império político de Roma, o tribuno tinha que por todos os meios evitar a tragédia que os judeus estavam tramando contra Paulo. É notório que este tribuno estava sendo usado por Deus para ajudar a Paulo, porque por meio de suas ações já se percebeu que Paulo caiu em sua graça, até porque era romano também. PORQUE TEM ALGUMA COISA. Paulo não quis falar com o centurião sobre as informações que o seu sobrinho lhe havia trazido, nem tão pouco permitiu que o seu sobrinho contasse o que estava sabendo para ele. Pela experiência que tinha, o apóstolo compreendeu que tinha que procurar a pessoa certa, e a autoridade romana que lhe poderia lhe ajudar a se livrar da terrível conspiração traçada pelos judeus. QUE LHE COMUNICAR. Paulo sabia da responsabilidade que o tribuno tinha sobre sua vida, principalmente depois que o apóstolo lhe revelou que era também um cidadão romano, e como tal, o tribuno não poderia permitir que ninguém fizesse nenhum mal contra o apóstolo. Paulo também sabia que com estas informações em mãos, o tribuno não poderia aceitar a convocação dos membros do sinédrio para que levasse a Paulo para mais uma vez ser interrogado e julgado pelos membros do conselho.

Atos 23.16

Atos 23.16 - E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo.
E O FILHO. Este texto é muito relevante, porque é o único dentro das páginas do Novo Testamento que fala de maneira clara a respeito da família do apóstolo Paulo. Uma outra coisa interessante é que este sobrinho de Paulo estava ou morava em Jerusalém e não na cidade de Tarso, onde o apóstolo nasceu. É perceptível que os familiares de Paulo estavam preocupados com tudo que estava acontecendo com o apóstolo e isso prova que a família é algo de Deus, porque nos momentos mais difíceis é quem chega junto para socorrer e prestar toda a assistência necessária, isso quando a amor. DA IRMÃ DE PAULO. Há outras duas referências no Novo Testamento que falam dos parentes de Paulo em (Romanos 16:7,11), mas que os comentaristas afirmam categoricamente que estes parentes aos quais Paulo se referem não são parentes de sangue direto, mais sim, são simplesmente judeus. Mas, no caso do seu sobrinho e de sua irmã, todos concordam que eram parentes de sangue direto do apóstolo dos gentios. Não temos como saber o que já tinha acontecido com os pais do apóstolo. TENDO OUVIDO. Pode ser que este sobrinho de Paulo fosse uma pessoa importante da sociedade judaica, pelo fato de que ele teve acesso a esta tão importante informação. Seja como for, o que devemos pensar é de que este parente do apóstolo estava atento e buscando por todos os meios buscar saber o que estava acontecendo com o seu tio. Por outro lado, vemos a providência divina agindo, no sentido de ajudar a Paulo neste momento de perigo de sua vida. O Senhor estava usando o sobrinho de Paulo para que as profecias futuras tivessem cumprimento real e eficaz para Paulo. ACERCA DESTA CILADA. Lucas se reporta ao que está escrito em atos 23:12-13,15 - E, quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e juraram, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como que querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar. Esta era a cilada. FOI, E ENTROU NA FORTALEZA. É difícil de imaginar como que o sobrinho de Paulo conseguiu entrar na fortaleza, mas é previsível dizer que não foi arrombando os portões nem pulando os muros. Certamente, era permitido que algum parente pudesse, com a autorização das autoridades romanas, entrar naquele lugar de segurança máxima para visitar ou prestar algum tipo de assistência ao seu parente. Ainda podemos pensar que o tribuno mantinha uma certa simpatia pelo apóstolo. E O ANUNCIOU A PAULO. O sobrinho de Paulo não quis simplesmente mandar a informação para seu tio, quem sabe por não confiar que esta notícia fosse desviada, mas ele fez questão de entrar na fortaleza e comunicar diretamente a Paulo a trama maléfica que os conspiradores estavam planejando contra sua vida. A informação foi de uma importância fundamental, mais deve ter causado mais preocupação ainda no coração de Paulo, porque ele pode descobrir o quanto os seus opositores estavam mancomunados para tirar a sua vida a qualquer custo, e isso fala do perigo premente.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...