quarta-feira, 28 de julho de 2021

Atos 23.35

Atos 23.35 - Disse: Ouvir-te-ei, quando também aqui vierem os teus acusadores. E mandou que o guardassem no pretório de Herodes.
DISSE. O fato de saber que Paulo era um cidadão romano e da província da Cilícia, que fazia parte da jurisdição maior da Síria, da qual fazia parte também a Judeia, incluindo Cesaréia, de onde governava Félix. Isso levaria ao procurador Félix a tomar pelos menos três atitudes diferentes, no caso de Paulo, em que na primeira, ele poderia enviar o preso para ser julgado na Cilícia, ele também tinha autoridade para julgar a Paulo, o que estava decidido a fazer, ou enviar o apóstolo para a capital de Roma. OUVIR-TE-EI. O procurador tinha autoridade o suficiente, para se quisesse, liberar o preso Paulo, sem que ele tivesse que ser submetido a um julgamento. Até porque, o tribuno de Jerusalém Cláudio Lísia lhe escreveu declarando que não via nenhum crime em Paulo, nem para que ele ficasse preso, nem muito menos para que fosse morto pelos seus opositores os judeus, que por questão religiosa queria tirar-lhe a vida. QUANDO TAMBÉM AQUI VIEREM. Com isto, o procurador não liberou a Paulo, mas apontou para um julgamento futuro do preso, que de princípio, não teve um prazo preestabelecido, mais que Paulo aguardasse o momento certo. Há quem diga que o governador Félix não contava com a simpatia dos judeus, porque os filhos de Israel não aceitavam a dominação romana, com isso Félix queria ganhar pontos com os judeus. OS TEUS ACUSADORES. Certamente, o apóstolo dos gentios prontamente deve ter percebido que a situação se tornava desfavorável no seu julgamento, porque com a chegada dos seus conspiradores, os judeus tentariam de todas as formas mudar o quadro em favor deles, mas em detrimento de Paulo. A chantagem que os conspiradores tramaram em Jerusalém era sinal que eles fariam qualquer coisa para atingirem seus objetivos, mesmo que para tanto, manipulasse o procurador romano. E MANDOU QUE O GUARDASSEM. Esta colocação feita por Lucas a respeito da decisão do procurador Félix nos faz compreender que o governador mandou que mantessem a Paulo preso, até a chegada da outra parte, que neste caso eram os judeus, que estavam tentando tirar a vida de Paulo. O tempo em que Paulo ficou preso em Cesaréia foi o suficiente para que ele buscasse a Deus a fim de agir corretamente. NO PRETÓRIO. O mesmo que aconteceu com Paulo na cidade de Jerusalém, em que ele ficou detido na fortaleza de Antônia, que era o quartel general de Jerusalém, agora, ele também ficou preso na fortaleza de Cesaréia, que tinha como nome, o pretório de Herodes. Tanto em Jerusalém como em Cesaréia haviam presídios públicos em que os presos ficavam detidos até o julgamento, com Paulo foi diferente por ser ele romano. DE HERODES. Neste lugar ficavam os presos que não eram cidadãos comuns, mais somente aqueles que, conforme entendiam as autoridades romanas, mereciam uma atenção mais especial, dada a repercussão de cada caso. Mais, em se tratando de Paulo, ele estava recebendo este tratamento, por ser uma liderança importante da comunidade cristã, porque em Cesaréia havia uma grande quantidade de cristãos, mais também por ser ele um cidadão romano, o que o fazia ter muitos direitos pela lei.

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