sábado, 21 de agosto de 2021

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum.
E PAULO FICOU DOIS ANOS INTEIROS. Este período aponta para suas primeiras atividades na capital do império romano, em que o apóstolo precisava para tomar suas posições futuras quanto ao que fazer na obra de Deus. De acordo com este texto, não temos como saber se por alguma vez foi convocado pelas autoridades judiciais de Roma, nem se ele participava diretamente das atividades da igreja local em Roma. NA SUA PRÓPRIA HABIRAÇÃO QUE ALUGARA. Sendo quem era, o grande apóstolo dos gentios, Paulo não mudou de opinião quanto a viver a sua própria custa, sem depender de salário da igreja de Cristo para fazer a obra de Deus. Se ele fosse um aproveitador da boa vontade do rebanho de Cristo passaria a morar a custa da igreja, cumprindo o papel de um mercenário e fazendo do seu ministério uma profissão. E RECEBIA TODOS QUANTOS VINHAM VÊ-LO. De acordo com o que Lucas escreve neste ponto, podemos pensar sobre duas possibilidades sobre o apóstolo Paulo. Primeira, que ele não foi bem acolhido pelos líderes da igreja cristã na cidade de Roma, e segundo, que ele foi proibido de sair de sua residência para visitar a comunidade cristã para exercer seu ministério. É mais forte o segundo argumento destacado aqui. PREGANDO O REINO DE DEUS. Uma coisa que fazia parte do próprio ministério de Paulo era a pregação do evangelho libertador do Senhor Jesus Cristo. E neste caso é bem possível que viesse lhe visitar muitos dos seus conterrâneos judeus para ouvirem o evangelho da circuncisão. Este foi um ministério exercido por João Batista, Pelo próprio Senhor Jesus, Por Paulo e deve ser o trabalho de todos os servos de Deus. E ENSINANDO COM TODOA LIBERDADE. Há quem diga que Festo, o procurador romano da Judeia tenha escrito para as autoridades romanas sobre o bom comportamento que tinha em Cesaréia o preso Paulo. Mas também podemos pensar que o centurião Júlio, que conduziu Paulo a Roma tenha solicitado um tratamento especial para o homem de Deus, isto porque o centurião viu que Paulo era de Deus. AS COISAS PERTENCENTES AO SENHOR JESUS CRISTO. Para os judeus, o apóstolo apresentava o evangelho da circuncisão, mostrando pelas Escrituras do Velho Testamento que Jesus de Nazaré era o Messias prometido por Deus e que veio na plenitude dos tempos para salvar o seu povo dos seus pecados. Para os gentios, Paulo pregava o evangelho da incircuncisão, mostrando a redenção de todos os homens. SEM IMPEDIMENTO ALGUM. Como se ver, tudo indica que os judeus da cidade de Roma não fizeram nenhum tipo de perseguição contra o apóstolo de Cristo. Já quanto às autoridades romanas, elas todas não tomaram nenhuma atitude, no sentido de proibir que Paulo pregasse a palavra de Deus para quem lhe procurasse. Já quanto a igreja do Cristo vivo na cidade de Roma, é razoável pensarmos que não havia nenhuma proibição dos irmãos visitarem a Paulo para ouvirem a palavra de Deus. Amém.

Atos 28.28-29

Atos 28.28-29 - Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão. E, havendo ele dito estas palavras, partiram os judeus, tendo entre si grande contenda.
SEJA-VOS, POIS, NOTÓRIO. Se os judeus não deram crédito ao evangelho de Cristo, se não viram os sinais que o filho de Deus fez entre eles, precisavam perceber a partir de então, que a igreja de Cristo seria composta na sua grande maioria de gentios convertidos ao reino de Cristo. E, de fato, a história passou a comprovar esta realidade, uma vez que, o evangelho passou a se espalhar cada vez mais entre todas as nações do mundo, percorrendo continentes, nações, povos, tribos e todos os povos. QUE ESTA SALVAÇÃO DE DEUS. O pregador se reporta a nova aliança da graça de Deus por meio de Cristo Jesus, o Messias, que veio para o que era seu, e os seus não o receberam, mas a todos quanto o receberam deu-lhes o direito de se fazerem filhos de Deus, aos que creem em seu nome. Dentro do escopo da nova aliança, esta salvação passou a ter novos significados, como vida eterna nas mansões celestiais em Deus. É ENVIADA AOS GENTIOS. Na verdade, o Cristo de Deus veio fazer uma profunda reforma no judaísmo e estabelecer uma nova ordem com os filhos de Israel. Porém, como os judeus não aceitaram este pacto com o Messias, então, uma nova aliança ficou estabelecida, com Israel, mais principalmente com os gentios, que representam todas as nações do mundo. Depois da vinda de Cristo a salvação está disponível. E ELES A OUVIRÃO. Desde que o evangelho se tornou transcultural, que houve uma enorme aceitação entre todas as nações civilizadas daquela época. Os gentios que eram destituídos das alianças passadas com Deus passaram a ser beneficiados de maneira maravilhosa que a mensagem da salvação. O próprio Paulo vinha sendo um eficaz instrumento da pregação das boas novas de Cristo e muitos outros também. E, HAVENDO ELE DISTO ESTAS PALAVRAS. Se Paulo buscasse os seus próprios interesses e não do reino de Deus, ele teria buscado conquistar a amizade dos judeus em Roma, na tentativa de se livrar do julgamento do imperador Nero. Todavia, o mais importante para este homem de Deus era fazer a vontade de Cristo, por isso que ele não se recusou em pregar a verdade do evangelho para os líderes do judaísmo. PARTIRAM OS JUDEUS. Os líderes do judaísmo em Roma estavam perdendo uma grande oportunidade de se tornarem discípulos de Cristo e receberem a salvação de Deus. Se os judeus de Roma tivessem se unido a Paulo neste momento, teria sido muito relevante para a igreja de Cristo, uma vez que, de Roma surgiria a partir de então uma grande avança missionário para outras nações, o que não aconteceu. TENDO ENTRE SI GRANDE CONTENDA. Um pouco antes, Lucas nos faz saber que ouve divisão entre os seguidores do judaísmo, em que parte deles acreditaram no evangelho, outros não acreditaram e outros ainda ficaram divididos. Com isso nós entendemos que parte do grupo até achava que era bom se unir a Paulo, porem, outros não aceitavam que o cristianismo era um aperfeiçoamento ou continuidade do judaísmo, por isso que não houve consenso e os interesses pessoas prevaleceram.

Atos 28.27

Atos 28.27 - Porquanto o coração deste povo está endurecido, e com os ouvidos ouviram pesadamente, e fecharam os olhos, para que nunca com os olhos vejam, Nem com os ouvidos ouçam, nem do coração entendam, e se convertam, e eu os cure.
PORQUANTO O CORAÇÃO DESTE POVO ESTÁ ENDURECIDO. Este versículo é a continuidade de Isaías 6:10 - Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado. O que ocorreu no tempo de Isaías se repetia na vida dos judeus deste tempo também. E COM OS OUVIDOS OUVIRAM PESADAMENTE. Até escutaram a mensagem dos profetas de Deus e chegavam a conhecer as profecias que apontavam para uma nova aliança. Mas, as palavras dos homens de Deus não tiveram efeitos na vida da grande maioria, pois o povo não permitia que a palavra de Deus se tornasse na prática uma lição de vida, eis a razão, porque os judeus estavam sob o domínio dos romanos. EFECHARAM OS OLHOS. Quantos milagres o Senhor Jesus realizou em Israel? Quantas maravilhas ele prodigalizou? E quantos sinais ele mostrou de que era na verdade o Messias prometido de Deus? Porém, os filhos de Israel fecharam os olhos para todo isso, porque a cegueira espiritual era patente, não queria aceitar que Jesus era o Profeta de Deus e Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. PARA QUE NUNCA COM OS OLHOS VEJAM. Tudo que Jesus fez para os judeus dava para que todo o Israel se salvasse, mas como já estava escrito na palavra de Deus, o que prevaleceu foi a cegueira dos filhos de Israel. Em vez dos sinais que Cristo deu servir de esperança para os judeus, mais e mais eles odiavam ao Cristo que Deus deu como Salvador, pois a Escritura que, Ele veio para salvar o seu povo de seus pecados. NEM COM OS OUVIDOS OUÇAM. Diz o profeta Isaías 53:1 - Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor? Por isso que rejeitaram ao seu Messias, conforme João 1:10-11 - Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Os melhores ensinamentos que alguém poderia transmitir foram pregados por Cristo. NEM COM O CORAÇÃO ENDENDAM. Neste caso, o coração fala a respeito do mais íntimo dos filhos de Israel, pois, os ensinos positivos e bons transmitidos por Cristo e por Paulo também não chegaram ao mais profundo do ser dos judeus. Como isso deve ter causado angústia na alma de Cristo, uma vez que suas intenções eram as melhores possíveis para com o seu povo, mas eles deram as costas aos seus melhores conselhos. E SE CONVERTAM, E EU OS CURE. Que povo do coração duro, preferiram ser levados cativos para a assíria e para a babilônia do que se converterem aos mandamentos de Deus. Estavam sob o julgo dos romanos, mas com a chance de se converterem a Cristo, mas preferiram permanecer nos pecados do judaísmo. Nos dias de hoje, não é diferente, buscamos pregar sempre o evangelho de Cristo, porém, as pessoas até ouvem, mas não querem se converter para que sejam restauradas e curadas por Deus.

Atos 28.26

Atos 28.26 - Dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; E, vendo vereis, e de maneira nenhuma percebereis.
DIZENDO. Este texto do Velho Testamento pode ser visto em Isaías 6:9 - Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Deus estava alertando os filhos de Israel sobre a negligência deles aos sinais que o Senhor estava lhes dando sobre um novo tempo profético, que sinalizava também para o cumprimento das profecias sobre a chegada do Messias. Isaías foi dado como profeta aos judeus, e Cristo veio para chamar a atenção de Israel. VAI A ESTE POVO. Deus estava enviando Isaías como profeta messiânico a fim de ser um porta voz dos céus, mensageiro do reino de Cristo, com o objetivo de alertar ao povo que uma nova aliança iria ser implantada. Como o Espírito de Cristo falava por intermédio do profeta, isso nos faz compreender que o Messias de Deus se manifestou como o cumprimento da promessa. Neste momento, Paulo era o profeta aos judeus. E DIZE. Uma das funções principais do profeta de Deus era transmitir a mensagem de Deus, por isso que durante anos o Senhor Deus dos hebreus se utilizou dos seus profetas para pregar aos os filhos de Israel. Já dentro da nova aliança, Deus usou João Batista, se manifestou por meio do próprio Profeta Jesus Cristo, e agora estava usando o apóstolo Paulo como seu mensageiro a fim de alertar aos seus conterrâneos, judeus. DE OUVIDO OUVIREIS. O Senhor Jesus quando esteve entre os filhos de Israel exerceu seu ministério pregando o seu evangelho em todos os lugares de Israel, e os judeus até ouviram a sua mensagem. Desde que o Senhor Jesus foi assunto ao céu que os apóstolos de Jerusalém vinham pregando para os judeus, e no caso de Paulo, aonde quer que fosse sempre procurava os judeus para lhes anunciar as boas novas de Cristo. E DE MANEIRA NENHUMA ENTENDEREIS. Mas, os filhos de Israel em sua grande maioria estavam como que surdos para não compreenderem a mensagem do evangelho do reino de Deus. Jesus foi o maior e melhor Mestre entre os hebreus, ensinando de maneira pedagógica a mensagem do Pai, porém, os filhos de Israel tinham comichões nos ouvidos para que a mensagem não alcançasse os seus corações. As parábolas transmitidas por Cristo, não foram decifradas pelos sábios de Israel. E VENDO VEREIS. Além dos ensinamentos claros e objetivos que Cristo transmitiu para o seu povo, o Messias de Deus mostrou por meio de suas atitudes sinais claro de que ele era o cumprimento da promessa de Deus quanto ao Messias. Os prodígios que Cristo realizou, os milagres que ele prodigalizou e os sinais que ele demostrou foi algo que nunca aconteceu em lugar nenhum do mundo, como sendo o Cristo de Deus. E DE MANEIRA NENHUMA PERCEBEREIS. A cegueira dos filhos de Israel foi de um tamanho que não se pode cogitar, em prova de que o diabo com os seus demônios estavam agindo na vida dos judeus, como se diz que o deus deste século tem cegado o entendimento dos incrédulos. Paulo estava acusando aos seus irmãos judeus de se tornarem insensíveis ao que Deus vinha realizando desde que o seu Messias se manifestou ao mundo. A dureza dos seus corações era algo perceptível e reprovável.

Atos 28.24-25

Atos 28.24-25 - E alguns criam no que se dizia; mas outros não criam. E, como ficaram entre si discordes, despediram-se, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías.
E ALGUNS CRIAM NO QUE SE DIZIA. Paulo identificou três grupos de pessoas, daquelas que escutam a palavra do evangelho de Cristo. O primeiro grupo é daqueles que creem na mensagem libertadora da palavra de Deus e com isso se tornam filhos de Deus, porque creem no nome bendito de Cristo Jesus, o Salvador. João 1: 11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. 12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome. MAS OUTROS NÃO CRIAM. O segundo grupo são os incrédulos, que mesmo tendo conhecido o plano da salvação por meio das boas novas do evangelho, porém, continuam imersos no ateísmo. As Escrituras afirma que o deus deste século tem segado o entendimento dos incrédulos para que não creiam na mensagem do evangelho. Mamom, o deus deste mundo tem dominado os homens materialistas. E, FICARAM ENTRE SI DISCORDES. Já o terceiro grupo, são aqueles que nem acredita no evangelho, mas também não são totalmente incrédulos. Talvez este seja um grande número daquelas pessoas que até gostam de ouvir as pregações e os louvores cristãos, mas nunca assumem um compromisso real com o reino dos céus. Sem contar que deste grupo fazem parte os que apostatam da fé e vivem em no mundo nem na igreja. DESPEDIRAM-SE, DIZENDO PAULO ESTAS PALAVRAS. Quanto ao pregador, ele havia feito aquilo que Deus lhe orientou que se fizesse, pregando o evangelho da circuncisão na tentativa de resgatar do engano religioso seus conterrâneos os judeus. Uma coisa que fazia parte da missão de Paulo era sempre, a tempo e fora de tempo anunciar as boas novas de Cristo, por isso que foi reconhecido como missionário transcultural. BEM FALOU O ESPÍRITO SANTO. Na realidade, o pregador é apenas um instrumento de Deus para que o Espirito Santo leve a mensagem do reino de Cristo ao coração das pessoas. Desde os tempos da antiga aliança de Deus com Israel, que o Senhor vinha se utilizando dos seus profetas para anunciarem as boas novas do evangelho do Messias de Deus. Portanto, quem prega o evangelho deve seguir a intenção do Espírito Santo. A NOSSOS PAIS. Paulo se reporta ao tempo da velha dispensação em que Deus vinha usando os seus profetas para anunciarem a chegada de um novo pacto pela manifestação do Messias prometido. O que nós percebemos nas páginas do Velho Testamento é que foram feitas muitos e riquíssimas promessas de uma nova aliança para com o povo de Israel, o que se cumpriu pela chegada de Cristo e do evangelho. PELO PROFETA ISAÍAS. O apóstolo cita o profeta Isaías, porque ele foi o representante no tempo antigo dos profetas messiânicos. No entanto, desde o tempo ainda do profeta Moisés, que escreveu os cinco primeiros livros da bíblia, que o Senhor vinha prometendo um novo tempo, com a manifestação de um novo líder do povo de Deus, o Messias, Cristo Jesus, o Filho de Deus. Pelo que se ver, o profeta Isaías foi quem mais deixou registrado em suas mensagens, sobre o Emanuel de Deus, Jesus de Nazaré.

Atos 28.23

Atos 28.23 - E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o reino de Deus, e procurava persuadi-los à fé em Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde a manhã até à tarde.
E, HAVENDO-LHE ELES ASSINALADO UM DIA. Tendo ouvido o homem de Deus, ficou em seus corações a sede e a fome de ouvir mais o evangelho das boas novas de Cristo. Portanto, marcaram com o apóstolo dos gentios uma outra data para novamente escutarem uma mensagem sobre a esperança de Israel. Podemos dizer que todos os seguidores do judaísmo tinham conhecimento da promessa de Deus sobre o Messias. MUITOS FORAM TER COM ELE À POUSADA. Certamente, aqueles dias, Paulo ficou se consagrando ao Espírito Santo para que pudesse com ousadia e autoridade anunciar as boas novas do evangelho do Senhor Jesus. Não sabemos quantos, mas podemos pensar que uma grande quantidade de judeus compareceu a pousada onde Paulo estava hospedado, com muita curiosidade em ouvirem a mensagem do Cristo Jesus. AOS QUAIS DECLARAVA COM BOM TESTEMUNHO O REINO DE DEUS. Quando João Batista apareceu como precursor do Filho de Deus, a sua mensagem era exatamente esta, que os hebreus se convertessem para o reino de Deus. Jesus apareceu no cenário mundial como sendo a implantação do reino de Deus e Paulo, assim como os verdadeiros evangelistas anunciam o reino de Deus para a vida das pessoas e povos. E PROCURAVA PERSUADI-LOS À FÉ EM JESUS. Como Paulo antes de se converter para o cristianismo era um fariseu, isso pressupõe que ele tinha muito conhecimento das escrituras e das profecias dos judeus. Assim sendo, sempre que ele pregava o evangelho da circuncisão, buscava dentro das Escrituras do Velho Testamento os testos Sagrados que anunciavam sobre a vinda do Messias de Deus, que era o Cristo. TANTO PELA LEI DE MOISÉS. Tinha um texto na lei de Moisés que era muito forte sobre o Messias prometido, e que era muito usado, conforme Deuteronômio 18:15,18 - O SENHOR teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis. Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. COMO PELOS PROFETAS. Sobre os profetas, não temos nem como fazer uma lista das passagens do Velho Testamento citadas pelos líderes da igreja primitiva que comprovavam de que Jesus de Nazaré era na verdade o Messias prometido e enviado por Deus. Um dos profetas mais usado por Deus para falar sobre a vinda do Filho de Deus foi Isaias, ele que tanto escreveu sobre a nova aliança de Deus pelo Cristo Jesus. DESDE A MANHA ATÉ A TARDE. Já fazia muito tempo em que Paulo não exercia com tanta liberdade o seu ministério de pregador do evangelho, assim sendo, ele aproveitou esta oportunidade para anunciar o evangelho das boas novas de Deus por horas. Dentre todas as lideranças do Cristianismo da igreja de Cristo, depois do Senhor Jesus, podemos afirmar que, o apóstolo dos gentios foi um dos que mais pregou o evangelho do reino de Deus, e a prova disto é que sua biografia é muito rica nisto.

Atos 28.22

Atos 28.22 - No entanto bem quiséramos ouvir de ti o que sentes; porque, quanto a esta seita, notório nos é que em toda a parte se fala contra ela.
NO ENTANTO. Como se ver no próximo versículo, os judeus estavam neste momento dispostos a ouvirem a pregação do evangelho das boas novas, por intermédio de Paulo, apesar de que nem todos creram em sua mensagem. Temos certeza que o apóstolo convocou os seus conterrâneos justamente para esta finalidade, com o objetivo primordial de lhes anunciar o evangelho da circuncisão e tentar convertê-los para o reino de Cristo. Em todos os lugares aonde chegava o apóstolo fazia assim. BEM QUISÉRAMOS OUVIR DE TI. É provável que o nome de Paulo já fosse conhecido entre estes judeus, como alguém que apresentava uma mensagem cristã, baseada nas profecias do Velho Testamento. Desta forma, os seguidores do tradicional judaísmo em Roma queriam tomar conhecimento do tipo de pregação apresentado pelo apóstolo dos gentios. Portanto, esta era uma boa oportunidade para o pregador. O QUE SENTES. O judaísmo, neste momento de sua história havia se transformado em uma religião artificial, sem promover nenhum sentimento mais motivador para os seus seguidores. Mas, a notícia que se espalhava por todas as partes era de que o cristianismo promovia um movimento transformador de avivamento, o que levava aos milhares de pessoas a se converterem para o reino de Cristo Jesus, o Messias de Deus. PORQUE QUANTO A ESTA SEITA. Nos dias de hoje, chamar uma religião de seita é algo nocivo e é visto como algo muito negativo. Porém, de conformidade com o pensamento judaico, nem tanto, e a prova disto é que o judaísmo do primeiro século da era cristã estava dividido em várias seitas ou ramificações. No entanto, quanto ao cristianismo, os judeus não viam com bons olhos, porque a religião de cristo era uma ameaça para o judaísmo, uma vez que, no começo, muitos se desviaram do judaísmo. NOTÓRIO NOS É. Os líderes do judaísmo vinham observando que o movimento e crescimento de cristianismo era cada vez maior, mas não como uma nova religião que era parceira do judaísmo, porém, como algo que trazia prejuízos para a religião oficial dos judeus. Nas demais seitas do judaísmo, os seus membros não se afastavam do judaísmo, todavia, com o cristianismo, era tudo muito diferente, deixavam o judaísmo. QUE EM TODA A PARTE. Podemos conjecturar que não somente em Roma, mais em todos os lugares onde predominava a religião do tradicional judaísmo, houve perseguições contra os servos de Cristo. Este movimento anticristão começou em Israel, e os lideres das sinagogas em todo o mundo eram recomendados que não aceitassem a presença dos cristãos em seu meio, porque os judeus se convertiam. SE FALA CONTRA ELA. A esta altura dos acontecimentos, na realidade, o cristianismo já havia provocado um desfalque muito grande no arraial dos líderes do judaísmo, e, portanto, as lideranças das sinagogas viviam comentando entre eles que, se não houvesse um jeito de frear o crescimento do cristianismo, o judaísmo estava muito ameaçado. Sempre foi assim, os seguidores de Cristo é o povo mais ordeiro de todo o mundo, mas, pelo fato de pregarem o evangelho causam inveja as demais religiões.

Atos 28.21

Atos 28.21 - Então eles lhe disseram: Nós não recebemos acerca de ti carta alguma da Judéia, nem veio aqui algum dos irmãos, que nos anunciasse ou dissesse de ti mal algum.
ENTÃO ELES LHE DISSERAM. Primeiro, Paulo desejava falar com os líderes do judaísmo em Roma a cerca das injustiças que ele vinha sofrendo dos seus conterrâneos em Jerusalém, pois de acordo com tudo que já foi dito neste livro, o apóstolo não fez nada de errado para que estivesse preso. Mas também era importante que Paulo ouvisse a opinião dos judeus de Roma sobre o seu caso, se podiam lhe defender perante o imperador Nero, ou se seguiriam as mesmas atitudes injustas dos judeus de Jerusalém. NÓS NÃO RECEBEMOS. Já fazia muito tempo que Paulo havia apelado para César, com isso, os judeus de Jerusalém sabiam que ele tinha que comparecer em Roma, e que também os seus opositores seriam chamados também a capital do império para justificarem suas acusações. Portanto, seria comum que os inimigos de Paulo se comunicassem do os líderes do judaísmo em Roma a respeito deste caso emblemático. ACERCA DE TI. Como se ver, esta era uma perseguição por inveja, em que os judeus temendo que Paulo estivesse em Jerusalém para realizar campanhas evangelísticas e com isso, converter muitos judeus ao cristianismo. Como já haviam conseguido afastar o apóstolo da Judéia, então, chegaram a conclusão que o problema já estava resolvido e que Paulo nãos mais representava uma ameaça para eles na cidade de Jerusalém. CARTA ALGUMA DA JUDÉIA. Neste tempo, não havia telégrafo, nem muito menos e-mail, como também não existia telefone ou outros meios de comunicação como nós temos nos dias de hoje. De forma que, as comunicações eram feitas através de cartas, que eram consideradas documentos informais ou oficiais. Portanto, os judeus de Jerusalém não comunicaram aos líderes de Roma por carta sobre o caso de Paulo. NEM VEIO AQUI ALGUM DOS IRMÃOS. Se a carta não chegou é porque deveria ter chegado em Roma alguém ou uma comitiva para que pudessem tratar deste caso entre os líderes religiosos dos judeus e o apóstolo dos gentios. Talvez, ainda não tinha chegado ninguém de Jerusalém, porque eles estivessem esperando ser convocados pelo imperador para que fossem até Roma para tratar deste caso específico. QUE NOS ANUNCIASSE OU DESSESSE DE TI. Se fosse por carta, eles se referiam a um relatório completo sobre o caso que envolvia o apóstolo Paulo com os detalhes do que se pretendia fazer contra ele. Se fosse algum ou alguns dos judeus, seriam pessoas preparadas, talvez com a companhia de um advogado com a peça de acusação contra Paulo. Nada disto havia chegado ao conhecimento dos judeus da capital, Roma. MAL ALGUM. Este mau ao qual se referem os judeus dizem respeito às acusações feitas contra Paulo, as mesmas já feitas anteriormente, conforme Atos 24:5-6 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos. O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. Em Roma, a coisa seria totalmente diferente e teriam que provar perante Nero.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Atos 28.20

Atos 28.20 - Por esta causa vos chamei, para vos ver e falar; porque pela esperança de Israel estou com esta cadeia.
POR ESTA CAUSA. Paulo se reporta sobre o falso testemunho que os judeus haviam levantado contra ele em Jerusalém, com a conspiração para tirar-lhe a vida, conforme se ver em Atos 23:12-13 - E, quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e juraram, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. Percebendo Lísias que realmente os conspiradores matariam a Paulo, manteve preso. VOS CHAMEI. Esta atitude do apóstolo atendia as boas praticas dos judeus que, sempre que chegavam em algum lugar desconhecido, procuravam se unir aos seus conterrâneos, o que passou a ser um bom costume dos filhos de Israel da dispersão. Mas também este convite de Paulo aos seus irmãos de sangue judeus, atendia a um legado moral do homem de Deus, que não desejava prejudicar aos filhos do seu povo. PARA VOS VER. Não temos como saber se Paulo já conhecia estes judeus moradores da cidade de Roma, talvez estes filhos de Israel fossem pessoas importantes dos judeus, que serviam na capital, como autos funcionários do governo, ou que eram lideranças do judaísmo que eram bem conhecidos por todas as partes do mundo. Seja como for, o apóstolo desejava vê-los para experimentar qual seria a reação deles. E FALAR. Paulo queria comunicar o seu caso aos líderes do judaísmo em Roma e se defender em primeira mão das acusações de que os conspiradores lhes imputavam de forma injusta, uma vez que o apóstolo não havia feito nada contra a lei de Moises, nem contra as tradições dos judeus, e nem muito menos contra as leis romanos para que estivesse a tanto tempo preso, sem que fosse um homem criminoso. O testemunho de Paulo, uma vez aceito pelos judeus poderia mudar tudo em seu favor. PORQUE PELA ESPERANÇA. Quando a lei de Moisés, os filhos de Israel sabiam que não tinha mais jeito, pois sua validade havia chegado ao fim, e a prova disto foi o que aconteceu com os cativeiros assírio e babilônico. No momento, os judeus estavam sendo dominados pelos romanos, justamente por não cumprirem a legislação de Moisés. Na realidade, o erro era estrutural no judaísmo, sem concerto ou renovação. DE ISRAEL. Essa única esperança de Israel se chamava o Messias prometido por Deus, Jesus de Nazaré, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus veio para o que era seu, e os seus não o receberam, portanto, rejeitaram a única salvação que Deus havia lhes oferecido, mas Paulo, pela chamada do próprio Cristo estava dentro da promessa, não somente crendo em Cristo como Messias, mas sendo seu embaixador. ESTOU COM ESTA CADEIA. A questão não era porque Paulo havia transgredido qualquer mandamento da lei de Moisés, nem quebrado qualquer regra do judaísmo, nem muito menos desobedecido às leis romanas. O problema era que os judeus tinha ódio do apóstolo, porque Paulo pregava o evangelho da circuncisão, como estava fazendo agora, e muitos judeus se convertiam ao cristianismo, e com isso, ele representava uma ameaça para os líderes religiosos dos judeus, e queriam mata-lo.

Atos 28.18-19

Atos 28.18-19 - Os quais, havendo-me examinado, queriam soltar-me, por não haver em mim crime algum de morte. Mas, opondo-se os judeus, foi-me forçoso apelar para César, não tendo, contudo, de que acusar a minha nação.
OS QUAIS, HAVENDO-ME EXAMINADO. Festo Deu este testemunho sobre o apóstolo Paulo, conforme Atos 25:25 - Mas, achando eu que nenhuma coisa digna de morte fizera, e apelando ele mesmo também para Augusto, tenho determinado enviar-lho. Como também, Atos 26:30-31 - E, dizendo ele isto, levantou-se o rei, o presidente, e Berenice, e os que com eles estavam assentados. E, apartando-se dali falavam uns com os outros, dizendo: Este homem nada fez digno de morte ou de prisões. QUERIAM SOLTAR-ME. Houve a reunião de Festo, procurador romano, o rei Agripa e sua mulher Berenice, bem como as principais lideranças políticas e sociais da cidade de Cesaréia para ouvirem o preso Paulo que com muita ousadia e autoridade se defendeu com verdade dos seus acusadores. O resultado foi que todos chegaram à conclusão que o apóstolo dos gentios não tinha feita nada de errado em Jerusalém (Atos 26:32). POR NÃO HAVER EM MIM CRIME ALGUM DE MORTE. De acordo com a legislação de Moisés, existiam alguns tipos de pecados ou transgressões dos mandamentos que o praticante do delito deveria ser morto. Além do mais, algumas outras tradições dos judeus exigiam a morte de quem não obedecesse. E por fim, existiam as leis romanas que deveriam ser rigorosamente obedecidas. Mas Paulo não cometeu nenhum crime. MAS, OPONDO-SE OS JUDEUS. Desde o primeiro momento em que Paulo foi identificado dentro do templo de Jerusalém, que os judeus conspiradores tentavam tirar-lhe a vida. Não conseguindo tal plano maligno, compareceram várias vezes diante das autoridades romanas para acusarem ao apóstolo de coisas que ele não havia cometido, nem contra as tradições dos judeus, nem contra as leis dos romanos. FOI-ME FORÇOSO APELAR PARA CÉSAR. Isso pode ser visto, conforme Atos 25:10-11 - Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes. Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César. NÃO TENDO, CONTUDO, DE ACUSAR. Aprendemos com estas palavras do apóstolo Paulo que ele não era um homem vingativo, mesmo tendo motivos, para se tivesse a oportunidade, acusar os seus conterrâneos judeus perante o imperador romano, Nero. As leis em Roma eram diferentes de Israel, e com isso, os conspiradores contra Paulo poderiam ser condenados por Nero e serem transportados presos para Roma. A MINHA NAÇÃO. O que o homem de Deus desejava era um acordo de paz, antes que ele comparecesse perante o imperador romano. Na realidade, como cidadão romano, tendo o título de cidadão romano, o apóstolo seria julgado, pelas leis romanas e não pelas tradições dos judeus. Desta forma, se o imperador Nero achasse motivos de penalizar os filhos de Israel, ele não pensava duas vezes, pois não gostava dos judeus. Paulo não queria prejudicar aos seus conterrâneos perante o imperador Nero.

Atos 28.17

Atos 28.17 - E aconteceu que, três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus e, juntos eles, lhes disse: Homens irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo, ou contra os ritos paternos, vim contudo preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos.
E ACONTECEU QUE, TRÊS DIAS DEPOIS. Durante os três primeiros dias, foi o suficiente para o apóstolo procurar e alugar uma residência para que ele e seus amigos de viagem pudessem se hospedar. Além dos mais, aquela viagem foi muito perigosa e cansativa, portanto, o homem de Deus precisava repousar um pouco do seu corpo físico e do desgaste mental que vinha sofrendo ha muito tempo. Mais, agora, era tempo de agir e procurar se articular em suas coisas pessoas e do evangelho de Cristo. PAULO CONVOCOU OS PRINCIPAIS DOS JUDEUS. Durante muitos anos, enquanto exercia seu ministério em prol do reino de Cristo, Paulo sempre que chegava em uma nova localidade ou cidade, ele buscava se comunicar com os seus conterrâneos judeus, a fim de pregar o evangelho do reino de Deus. Chegando á Roma, não foi diferente, logo que pode buscou as lideranças do judaísmo em suas sinagogas judaicas. E JUNTOS ELES, LHES DISSE: HOMENS IRMÃOS. Com todos os defeitos que os filhos de Israel tinham, principalmente no tocante ao legalismo religioso, mais ele sempre davam atenção uns aos outros, principalmente na dispersão. Apesar de pertencer ao cristianismo, mas o apóstolo Paulo tinha um amor muito grande pelos seus conterrâneos os judeus, e por isso que ele os considerava como irmãos de sangue. NÃO HAVENDO EU FEITO NADA CONTRA O POVO. Esta última viagem de Paulo a cidade de Jerusalém não teve por finalidade realizar nenhuma campanha de evangelização, mais simplesmente cumprir votos ao Deus de Israel. Paulo sabia que sua chamada no ministério era para pregar o evangelho da incircuncisão no mundo gentílico, e isto ele procurou por todos os meios possíveis realizar para gloria de Cristo. OU CONTRA OS RITOS PATERNOS. Antes de se converter para o cristianismo, Saulo de Tarso fazia parte da elite religiosa do tradicional judaísmo, e com isso, ele sabia perfeitamente se comportar no meio dos judeus, não infligindo, portanto, nenhuma das tradições dos hebreus, nem muito menos transgredindo as leis que estabeleciam o judaísmo, incluindo novos costumes e hábitos dos filhos de Israel em Jerusalém. VIM CONTUDO PRESO DESDE JERUSALÉM. Essa declaração de Paulo demostra para seus compatriotas judeus que ele era inocente por não ter cometido nenhum crime contra as leis e os costumes dos judeus. Além de se defender das acusações dos judeus que pesavam contra sua pessoa, Paulo pretendia com isso, contar com o apoio dos seus conterrâneos em Roma para pudesse ser absolvido se fosse julgado rapidamente. ENTREGUE NAS MÃOS DOS ROMANOS. Era de fato um escarnio e uma desonra para um judeu de sangue ser entregue de maneira injusta ao gentio, mesmo que tais autoridades fossem dos romanos, que dominava o povo de Israel. Essa tese levantada por Paulo foi estratégica, no sentido de despertar o patriotismo dos judeus, e por meio da sensibilidade de irmãos, poder contar com o apoio de todos os líderes do judaísmo.

Atos 28.16

Atos 28.16 - E, logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao capitão da guarda; mas a Paulo se lhe permitiu morar por sua conta à parte, com o soldado que o guardava.
E, LOGO QUE CHEGAMOS A ROMA. Paulo não havia feito nenhuma campanha evangelística na capital do império político de Roma, todavia, ele tinha muita vontade de pregar o evangelho de Cristo naquela cidade. Agora, apesar das circunstâncias adversas, por se encontrar preso, mas o apóstolo tinha a chance de anunciar as boas novas de Cristo em um lugar dos mais importantes daquela época. Deus providenciou esta faceta para coroar o ministério de Paulo em muita relevância para o seu servo. O CENTURIÃO ENTREGOU OS PRESOS. Talvez, esta tenha sido a missão mais difícil que o centurião tenha cumprido a serviço do império político de Roma, isso dadas as dificuldades que surgiram durante o trajeto de Cesaréia até a cidade de Roma. Com mais uma missão cumprida, o centurião se despojava de sua responsabilidade, quando entregou os presos às autoridades romanas, o que o tornava um homem de confiança. AO CAPITÃO DA GUARDA. Este homem era uma grande autoridade do guarda romana, responsável pela custódia de todos aqueles que por algum crime passava ser um prisioneiro do Estado romano. O cargo de capitão da guarda romana dava a esta autoridade o dever de designar o tipo de prisão que cada preso merecia, conforme a condenação determinava, mais ainda, guardava presos os que eram apenas acusados. MAS A PAULO. Não sabemos se Festo tinha dado ao centurião romano alguma recomendação especial sobre Paulo, mas o que se percebe é que desde o começo da viagem de Cesaréia a Roma, este centurião vinha dando um tratamento diferenciado ao apóstolo dos gentios. Não temos dúvida que Deus colocou no coração deste homem graça para com o seu servo, pois, Deus mesmo zelava pelo bem estar de Paulo. SE LHE PERMITIU MORAR POR SUA CONTA. Podemos ver que este centurião tinha uma importância muito grande diante do capitão da guarda romana, uma vez que, a partir de então, Paulo não seria mais de sua responsabilidade, porém, assim mesmo, o centurião usou sua influência para beneficiar a Paulo. Paulo vinha dando provas de que era um homem de Deus, com virtudes notáveis ao ponto de cativar a compaixão daqueles que tinha contado com ele, e isso, contou em muito para o seu próprio bem. À PARTE. Recebendo este benefício da parte do centurião, o apóstolo cuidou em alugar uma residência para que ele e seus amigos de viagem pudessem morar. Na realidade Paulo precisava de um lugar apropriado para receber visitas, uma vez que, as principais lideranças da igreja cristã de Roma desejavam sempre que possível lhe fazer companhia para aprender com o homem de Deus, o que certamente aconteceu. COM O SOLDADO QUE O GUARDAVA. Não temos como saber se este soldado era um daqueles que tinham vindo com o centurião deste a cidade de Cesaréia, ou se o capitão da guarda designou tal soldado dos que lhe servia em Roma. Por ser um cidadão romano, o apóstolo dos gentios tinha direitos garantidos pelas leis do império, e com isso, deveria ser tratado bem por todas as autoridades romanas em geral.

Atos 28.15

Atos 28.15 - E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo.
E DE LÁ, OUVINDO OS IRMÃOS. É dado por certo que a igreja de Potéoli tenha enviado uma comissão até a cidade de Roma para avisar aos servos de Cristo que o apóstolo Paulo vinha de viagem até a capital do império político de Roma. Criou-se esta tradição entre as igrejas gentílicas, em que, sempre com um dos seus líderes vinham visitar uma cidade, os irmãos iam ao encontra como forma de darem as boas-vindas. Como também era costume dos irmãos acompanharem seus líderes até fora da cidade. NOVAS DE NÓS. Sem dúvida que a esta altura do ministério de Paulo, ele já era conhecido em todo o mundo gentílico, mesmo que fosse de nome, pois ele ainda não havia visitado a comunidade cristã em Roma. Além do mais, a comitiva enviada de Potéoli deve ter testemunhado do que Deus, por meio d e Paulo, havia feito naquela cidade, com as pregações e o seu testemunho, que muito edificava as igrejas de Cristo. NOS SAÍRAM AO ENCONTRO. Se não toda a igreja de Cristo, mas pelo menos os líderes locais da comunidade cristã em Roma, saíram ao encontro do homem de Deus para lhe mostrarem que ele era muito bem-vindo a Roma, apesar das circunstâncias, pelo fato de Paulo está chegando como prisioneiro de Roma. Este encontro deve ter alegrado muito o coração do apóstolo, por se sentir bem acolhido pela igreja de Cristo. À PRAÇA DE ÁPIA E ÀS TRÊS VENDAS. Também conhecida como a famosa via Ápia, que conforme os historiadores foi construída por Ápio Claudio, como uma vila comercial. A praça de Ápia ficava a mais de quarenta quilômetros da cidade de Roma. Quanto às três vendas citada por Lucas, diz respeito a comunidades que ficavam um pouco antes da via de Ápia, onde os primeiros irmãos foram vistos pelo apóstolo. E PAULO, VENDO-OS. Este bom costume das igrejas do primeiro século de vir ao encontro dos homens de Deus fez com que houvesse uma mobilização em Roma para que os irmãos viajassem mais de quarenta quilômetros para se encontrar com o apóstolo dos gentios. Ao ver os líderes da igreja em Roma, Paulo deve ter sentido uma grande alegria em seu coração, por saber que o amor de Cristo estava entre eles. Não tenho dúvida que os olhos de Paulo se encheram de lágrimas, mais de alegria. DEU GRAÇAS A DEUS. Depois de tantos momentos de solidão na prisão, com muitas angústias em sua alma por não poder congregar com a igreja de Cristo, sendo privado de muitos dos seus amigos de ministério. Agora, o homem de Deus ver motivo para agradecer a Deus por este momento de grande contentamento. A vida de um verdadeiro servo de Cristo não é nada fácil, mas fale a pena viver em Cristo Jesus. E TOMOU ÂNIMO. Pelas lutas que vinha enfrentando, pelas contrariedades que vinham surgindo, pelas perseguições levantadas dos seus próprios conterrâneos, os judeus, certamente a tristeza vinha sobrecarregando a mente do apóstolo Paulo. No entanto, com a presença das lideranças da igreja de Roma, seu espírito se revigorou, ao ponto do Paulo se animar, ter bom ânimo para continuar em sua missão. Prontamente veio em sua lembrança a promessa de que ele deveria chegar em Roma.

Atos 28.14

Atos 28.14 - Onde, achando alguns irmãos, nos rogaram que por sete dias ficássemos com eles; e depois nos dirigimos a Roma.
ONDE. O escritor fala a respeito da cidade de Potéoli, onde os tripulantes do navio alexandrino tinham que fazer uma parada, talvez para abastecer o mercado local de cereais, pois já no continente ligado diretamente a Itália, para esse fim, tinha navegado deste o Egito. Como cidade portuária, em que se desenvolviam diversas atividades comerciais, bem como sendo um significativo centro religioso, tendo ainda muita importância estratégica para a política do império, Potéoli era parada obrigatória. ACHANDO. É dado por certo que o comandante do navio deu aviso a todos que teriam que ficar alguns dias na cidade de Potéoli, não se sabe ao certo para que, porém, quem tivesse alguma coisa a resolver que assim o fizesse. Pode ser que Paulo já tinha conhecimento de que havia naquela cidade alguma comunidade cristã. Se Paulo não sabia de antemão, então, podemos conjecturar que ele deve ter procurado saber. ALGUNS IRMÃOS. O dia de Pentecostes foi muito importante para a difusão do evangelho de Cristo, haja vista que, naquele momento em Jerusalém havia pessoas de várias partes do mundo, e que ouviram a palavra de salvação. Além de que, com as perseguições na Judeia aos cristãos, muitos judeus convertidos para Cristo se espalharam por várias partes do mundo. Seja como for, o evangelho havia chegado ali. NOS ROGARAM QUE POR SETE DIAS. Neste momento da história do cristianismo, que já havia se espalhado no mundo gentílico, Paulo já era conhecido em várias partes do mundo antigo. Sua chegada na cidade de Potéoli causou muita alegria para a igreja local, razão porque os irmãos solicitaram que ele, bem como os que com ele estavam, ficassem por sete dias para que pudessem ouvir a palavra do apóstolo de Cristo Jesus. FICÁSSEMOS COM ELES. O apelo da igreja de Cristo foi atendido, e não sabemos como que se deu este feito, e se o centurião também ficou na companhia de Paulo, juntamente com os soldados romanos, que o acompanhavam, ou se eles foram na frente, tendo Paulo seguido depois juntamente com seus amigos de viagem. Diante de tudo que já tinha acontecido, o apóstolo já era completamente digno de confiança do centurião, ele que já havia percebido que Paulo era um homem de Deus e do bem. E DEPOIS. Como se pode perceber, este foi um momento de recreação para o apóstolo dos gentios, em que com bastante alegria pode manter comunhão com a igreja de Cristo, coisa que já ha muito tempo não era possível. Deus preparou este momento de adoração, juntamente com o povo de Deus, para renovar a alma de Paulo, ele que estava privado de momentos assim, pois era o que ele mais precisava neste momento. NOS DIRIGIMOS A ROMA. Na realidade, todos já estavam dentro do território da Itália, porem, a mais de duzentos quilômetros de distância da capital do império político de Roma. O escritor não nos dá detalhes de como foi feita a viagem de Paulo e os demais, da cidade de Potéoli até a cidade de Roma, provavelmente, já havia uma comitiva de soldados romanos esperando o centurião, como também os presos que vinham com ele. Estes eram os momentos finais, de uma viagem difícil e com perigos de morte.

Atos 28.13

Atos 28.13 - De onde, indo costeando, viemos a Régio; e soprando, um dia depois, um vento do sul, chegamos no segundo dia a Petéoli.
DE ONDE, INDO COSTEANDO. De onde, fala a respeito da cidade de Siracusa, onde os tripulantes ficaram durante três dias, esperando, provavelmente um vento favorável em que pudessem dar procedimento à viagem. Há quem diga que nesta época do ano, e nesta região do mar Mediterrâneo, os ventos eram bastante fracos, dificultando assim, a navegação de grandes navios, porque geralmente eram navios de carga, e também com grande quantidade de passageiros, então eram pesados demais. VIEMOS A RÉGIO. Esta é uma cidade portuária já na costa marítima da Itália, no estreito de Messina, que é um lugar de difícil acesso, em que os navios só pode chegar, com os ventos bastante favoráveis, do contrário, a embarcação pode se chocar com as rochas e naufragar. A distância entre Siracusa e Régio era de cento e setenta quilômetros, o que levou aproximadamente mais de dois dias de navegação. E SOPRANDO. Esta foi uma travessia bastante lenta, pelo fato que o navio estava bastante pesado, pois, além de vir já carregado de cereais, teve que acrescentar mais duzentos e setenta e seis passageiros, além dos que já vinha na embarcação. E o principal era que o vento não ajudava para que o navio fosse um pouco mais veloz, sem contar que o piloto conduzia o navio com muito cuidado para não naufragar. UM DIA DEPOIS. Esta referência, não nos deixa ver com clareza sobre o que Lucas quis dizer com um dia depois, isso se ele falava que tiveram que ficar em Régio um dia parado para então depois partirem de viagem para o próximo porto, Ou se já de viagem tiveram que esperar mais um dia para que surgisse o tal vento do sul para que a embarcação tomasse velocidade em continuar no curso da viagem até Petéoli. UM VENTO DO SUL. Neste caso, do navio no qual viajava Paulo e seus amigos de viagem, tinha como direção o norte, portanto, para que as velas funcionassem de conformidade com a força do vento, tinha que o vento vir do sul, e com isso, impulsionar a embarcação na posição correta. Neste tempo, e nestas circunstâncias, os navios para se locomoverem dependiam completamente da direção dos ventos. CHEGAMOS NO SEGUNDO DIA. A distância entre Régio e Petéoli era de quase trezentos quilômetros, mais como os ventos estavam soprando favoravelmente, chegaram no próximo porto, muito mais rápido do que a viagem de Siracusa a Régio, isso, comparando-se a distancia entre estas duas cidades. Com o avanço da viagem, pode-se perceber que Paulo já se aproximava do destino final de sua missão, pois chegando na cidade de Roma, cumpria ali o restante de sua missão, como previsto. A PETÉOLI. Esta cidade ficava a cerca de treze quilômetros antes de Neápolis, que era uma das cidades mais importantes da península italiana. Assim como Régio, Petéoli era um importante centro portuário, com uma movimentação comercial de destaque das demais cidades costeiras. Foi nesta cidade em que Paulo colocou pela primeira vez seus pés em solo já próximo a Roma, certamente com ansiedade de chegar a capital, e ter a oportunidade de se apresentar perante o imperador e pregar o evangelho.

Atos 28.11-12

Atos 28.11-12 - E três meses depois partimos num navio de Alexandria que invernara na ilha, o qual tinha por insígnia Castor e Pólux. E, chegando a Siracusa, ficamos ali três dias.
E TRÊS MESES DEPOIS. Esta informação nos faz saber que o navio em que transportava todos os que estavam com Paulo havia sido completamente destruído. Portanto, não tinha como sair daquela ilha, sem que viesse um outro navio de carga ou de passageiros para resgatar a todos os viajantes com destino a Roma. Este tempo seria mais difícil se não fosse o trabalhar de Deus, que por meio de Paulo realizou coisas grandes, e com isso, os moradores da ilha foram generosos com todos. PARTIMOS NUM NAVIO ALEXANDRINO. O outro navio que os viajantes se utilizavam também era alexandrino, o que nos faz ver que neste momento o Egito era um grande exportador de alimentos. Prontamente podemos pensar que este navio era do tipo cargueiro, que transportava cereal, especificamente trigo do Egito para abastecer a capital do império político de Roma, bem como parte do continente europeu. QUE INVERNAVA NA ILHA. Não temos como saber se o navio já estava ancorado na ilha de Malta antes que a embarcação na qual Paulo vinha chegou aquele lugar, ou se esta última chegou depois. Há quem digo que os três meses que os viajantes tiveram que esperar é porque durante aquele período, não era seguro viajar daquele lugar até o próximo porto, razão porque só partiram da ilha de Malta no momento oportuno. O QUAL TINHA POR INSÍGNIA. Este era o nome da embarcação em que ficava gravado nas laterais dos antigos navios que faziam grandes viagens atravessando o mar Mediterrâneo. Já outros navios portavam uma grande faixa de pano de um mastro das velas a outro com sua insígnia, também para que fosse identificado em cada porto onde chegava ou quando passava ao lado de uma ilha ou cidade costeira do mar. CASTOR E PÓLUX. De conformidade com a mitologia grego-romana, eram dois deuses gêmios, filhos de Zeus, representando duas estrelas guias dos marinheiros, que serviam de orientação quando em viagens durante a noite. Lucas destaca este detalhe, porque pode ser que Paulo tenha tomado esta insígnia como modelo para pregar sobre o único Deus verdadeiro, e Cristo Jesus, o unigênito filho de Deus Pai. E CHEGANDO A SIRACUSA. Esta era uma cidade costeira já da grande Silícia, com um porto favorável a que o grande navio cargueiro da Alexandria podia ancorar com segurança, haja vista que os ventos eram mais conformados e não representavam perigo para a embarcação. Siracusa era uma cidade bela da Silícia com destaque para a cultura grega e para a religião, onde naquela época havia o grande templo de Atena. FICAMOS ALI TRÊS DIAS. Lucas não nos fala sobre o motivo desta demora na grande cidade de Siracusa, mas podemos imaginar que o navio de Alexandria deve ter ficado no porto para descarregar algum tipo de mercadoria para o abastecimento local, ou esperando que os ventos fossem favoráveis para partir de viagem. O percurso entre a ilha de Malta até a cidade de Siracusa era de aproximadamente um dia de viagem, com uma distância de mais de cento e cinquenta quilômetros, dependendo da rota feita.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Atos 28.9-10

Atos 28.9-10 - Feito, pois, isto, vieram também ter com ele os demais que na ilha tinham enfermidades, e sararam. Os quais nos distinguiram também com muitas honras; e, havendo de navegar, nos proveram das coisas necessárias.
FEITO, POIS, ISTO, VIERAM TAMBÉM TER COM ELE. A manifestação do poder de Cristo por meio de Paulo promoveu um movimento positivo em toda a ilha de Malta, pois o milagre de cura do pai de Públio teve uma grande repercussão. A notícia se espalhou rapidamente, ao ponto de todos que tinham algum tipo de doença ou enfermidade virem ao encontro de Paulo para que fossem também curados todos. OS DEMAIS QUE NA ILHA TINHAM ENFERMIDADE. Este fato não aconteceu somente em Malta, mas em muitos outros lugares por onde o homem de Deus evangelizava, em que o dom de curar, dado pelo Espírito Santo, se manifestava na vida de Paulo para que o nome de Cristo fosse magnificado por seu intermédio. O sobrenatural cativa a atenção do ser humano natural, uma vez que, o homem é curioso em querer saber daquilo que não é normal com os humanos, e foi justamente o que aconteceu ali. E SARARAM. Podemos conjecturar que o apóstolo dos gentios soube administrar muito bem tudo isso, no sentido que a glória fosse tributada ao nome de Cristo e não a sua pessoa. É foto real que muitos milagres terminaram por acontecer na ilha de Malta e o evangelho foi semeado naquele lugar. Nos dias de hoje, o dom de curas não se manifesta tanto, porque as pessoas podem tirar proveito pessoal deste dom inefável. OS QUAIS NOS DISTIGUIRAM TAMBÉM. É natural que as pessoas que foram beneficiadas com os milagres que o Espírito Santo realizou por meio de Paulo se sentiram gratas pelos favores recebidos. Desta forma, não somente o apóstolo Paulo, mais também seus amigos de viagem passaram a receber o carinho de todos que foram curados, e certamente de seus familiares, bem como de todos da ilha também. COM MUITAS HONRAS. Não se deve confundir estas honras que os moradores de Malta deram a Paulo e ao seu grupo de acompanhantes com glória. Esta honra nos fala do devido valor, como ser humano, pois a glória devida só se deve ser atribuída ao Deus único e verdadeiro, Criador de todas as coisas, pois dele é que provêm todo poder. Paulo estava sendo apenas um instrumento do poder de Deus para os outros. E, HAVENDO DE NAVEGAR. No próximo versículo ficamos sabendo que esta viagem a qual se refere o escritor do livro só se deu três meses depois, no entanto, a equipe tinha que está de prontidão a todo o momento, uma vez que, se passasse por aquela ilha qualquer navio de viagem rumo a Roma, tinha que partir imediatamente, por isso que os moradores de Malta estavam sempre de prontidão em ajudar ao apóstolo. NOS PROVERAM DAS COISAS NECESSÁRIAS. Eu fico pensando se Paulo fosse um mercenário, o quanto ele teria ganhado em dinheiro por exercer seu ministério. Mas, o que nos aprendemos é que ele só aceitava o que fosse necessário para viver, e não aceitava recompensas financeiras como recompensa pelas suas atividades no reino de Cristo. Pelo contrário, Paulo trabalhava com suas próprias mãos, em trabalhos seculares, na construção de tendas, para se manter e realizar suas ações missionárias.

Atos 28.8

Atos 28.8 - E aconteceu estar de cama enfermo de febre e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou.
E ACONTECEU ESTAR DE CAMA. Surgiu então, mais uma oportunidade em que a imagem do homem de Deus pode ser vista como alguém que efetivamente era do bem, e que Deus estava com ele. Na realidade, Deus cria situações em que o seu nome é glorificado por meio dos seus servos, porque quem honra a Deus, o Senhor também o honrará. Uma doença, quando mais grave tem a tendência de levar o ser humano a se prostrar em uma cama, como reação natural na preservação do organismo vivo. ENFERNO DE FEBRE E DISENTERIA. O Dr. Lucas usa três palavras importantes para representar o estado de saúde do pai de Públio, que pela ordem seria o seguinte: O homem estava enfermo de uma patologia chamada disenteria, que era o distúrbio intestinal em consequência da ingestão de algum alimento contaminado ou estragado. A febre surge justamente como uma reação natural do corpo em combater a infecção. O PAI DE PÚBLIO. Paulo caiu na graça de Públio quando foi acometido pela picada da víbora e não sentiu nada, quando a expectativa dos moradores de Malta era de que ele viesse a cair morto imediatamente. Com a cura do Pai de Públio, o principal da ilha ficaria por demais agradecido ao homem de Deus, por este trazer um milagre de saúde para uma pessoa que era muito querida dele, e isso foi mais uma graça de Deus. QUE PAULO FOI VER. Não temos como saber se foi o próprio Públio quem chamou a Paulo para que fosse fazer uma oração pelo seu pai, ou se alguém da ilha veio trazer esta noticia a Públio na presenta de Paulo. O que podemos perceber é que ao tomar conhecimento do fato, o homem de Deus foi por a sua fé em ação para que o nome de Cristo fosse glorificado. A nossa fé é importante para que outras pessoas sejam abençoadas e encontramos muitos exemplos na bíblia deste efeito positivo da fé. E, HAVENDO ORADO. A palavra de Deus nos ensina que a oração do justo pode muito em seus efeitos. Neste momento, foi à fé de Paulo, por meio de sua oração que Deus respondeu positivamente e o homem recebeu o seu milagre. O beneficiado com a cura, provavelmente nem conhecia a Cristo, no entanto, a fé de Paulo foi suficiente para que o sobrenatural viesse a acontecer, e o nome de Cristo ser glorificado. PÔS AS MÃOS SOBRE ELE. Desde os tempos mais remotos da história de Israel que este costume foi praticado pelos líderes religiosos do povo de Deus. Com o cristianismo não foi deferente, os líderes da igreja primitiva seguiam este mesmo padrão com a imposição de mãos sobre os enfermos. Há uma crença foi forte que declara que por meio da imposição de mãos existe a transmissão de virtudes e poder. E O CUROU. Essa foi à crença que ficou registrada naquela ilha de quem foi Paulo quem curou o pai de Públio. Mas, nos sabemos que foi o Espirito Santo de Deus quem fez o milagre, uma vez que, de acordo com a palavra do evangelho, o dom de cura é do Espírito de Deus. Paulo foi o instrumento usado por Deus para que o milagre viesse a ser efetivado. O mais evidente nesta narrativa é que o homem foi beneficiado, e com certeza absoluta, Paulo deve ter pregado sobre o poder de Cristo que faz maravilhas.

Atos 28.7

Atos 28.7 - E ali, próximo daquele lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.
E ALI, PRÓXIMO DAQUELE LUGAR. Depois que o milagre aconteceu, o cenário mudou completamente em favor de Paulo, pois, ele passou a ser respeitado pelos moradores de Malta. Apesar da ilha ter culturas rudimentares, em termos de civilização, e a prova disto é que seus moradores foram chamados de bárbaros, o que em nosso país, seriam os indígenas, mais, até certo ponto já estava se organizando em termos de classes sociais e do lado econômico, com pessoas que se destacavam como lideranças locais. HAVIA UMAS HERDADES. Essa expressão usada por Lucas nos dá a compreensão de que dentro da ilha havias como que umas propriedades que se destacavam das demais áreas da ilha. Desde que o homem caiu no pecado, que ele perdeu parte de sua espiritualidade, e com isso, passou a dar mais valor às coisas terrenas, e neste caso, apesar da cultura simples do povo de Malta, mas já haviam propriedades privadas. QUE PERTENCIAM AO PRINCIPAL DA ILHA. Neste particular, o escritor nos faz saber que a sociedade de Malta funcionava como uma tribo, que mesmo em estilo de vida comum, todavia, tinha aquele que chefiavam os costumes e tradições da comunidade. Na história da humanidade, sempre que houve coletividade, alguém se destaca como liderança, por necessidade de se criar regras de convivência entre todos os cidadãos. POR NOME PÚBLIO. Há que diga que este nome era de origem romana, e com isso, podemos conjecturar que de certo modo havia a interferência do império político de Roma na ilha da Malta. Neste mesmo tempo, o poder de domínio de Roma já havia chegado a todos os recantos do mundo antigo, tendo representantes até mesmo nos lugares mais difícil de convivência, como era o caso da ilha de malta no meio do mar. O QUAL NOS RECEBEU. Lucas se inclui entre aqueles que foram recebidos pelo chefe indígena da ilha de Malta. O que aconteceu com Paulo, pelo fato de que ele escapou de morrer pela mordida da víbora, o elevou perante o principal daquele lugar, ao ponto de não somente ele, mais também seus amigos de viagem, e certamente o centurião, serem todos bem recebidos pela liderança local da ilha, de bom grado. E HOSPEDOU BENIGNAMENTE. Quando um homem acha graça diante de Deus, os caminhos se abrem para ele, no sentido de que outras pessoas passem a se agradar de sua pessoa. Paulo achou graça diante do tribuno romano Claudio Lísias, que o livro dos judeus, como também vinha achando graça diante do centurião romano, que o conduzia a Roma, e agora, temos este exemplo do principal da ilha de Malta. POR TRÊS DIAS. Este breve período foi suficiente para que Paulo e os demais se recuperassem dos desgastes causados pelo que haviam passado em alto mar, bem como pela fome que tinham atravessado. Depois dos três dias, não eram mais possível permanecer na casa de Públio, pois era uma grande quantidade de pessoas, o que nos faz pensar que o próprio Paulo e os demais procuraram uma hospedagem popular para permanecerem na ilha até que aparecesse um outro navio para a viagem.

Atos 28.5-6

Atos 28.5-6 - Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não sofreu nenhum mal. E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito, e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.
MAS, SACUDINDO ELE A VÍBORA NO FOGO. Se alguém tinha que morrer neste momento foi justamente a víbora, que Paulo joga no fogo, e que certamente não sobreviveu. O servo de Deus tinha alcançado uma fé extraordinária no Senhor, pois, diante do que Deus havia lhe falado, Paulo sabia que nada e nem ninguém poderia impedi-lo de chegar na cidade de Roma. Isso se traduz por fé, confiança e esperança. NÃO SOFREU NENHUM MAL. Quando o Senhor Jesus esteve na terra ele prometeu, Lucas 10:19 - Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum. E ainda, Marcos 16:18 - Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. O que aconteceu com Paulo foi um acidente, com isso, a promessa de Cristo estava si cumprindo integralmente em sua vida. E ELES ESPERAVAM QUE VIESSE A INCHAR. Os moradores de Malta conheciam a serpente que havia mordido na mão de Paulo, bem como eles tinham conhecimento que o efeito imediato era que o corpo inteiro do apóstolo viesse a inchar imediatamente a ponto que ele não suportasse. Se existia algum tipo de erva que pudesse ajudar a Paulo, nem isso providenciaram, pois achavam que ele morreria. OU A CAIR MORTO DE REPENTE. Veja o quanto esta víbora era venenosa, ao ponto dos habitantes de já terem a certeza de que Paulo não escaparia da intoxicação do veneno daquela serpente. De acordo com as previsões dos moradores de Malta, mesmo que eles tentassem fizer alguma coisa, não dava tempo, pois o veneno da víbora matava suas vítimas imediatamente, sem que fosse possível prestar socorro. MAS TENDO ESPERADO JÁ MUITO. Certamente ficaram olhando para Paulo, só esperando ele cair no chão e morrer, porém, o tempo foi passando, e o homem de Deus tranquilamente como se nada tivesse acontecido. É natural que diante de um momento como esse, qualquer ser humano fique com medo de morrer, no entanto, podemos tirar uma lição importante deste exemplo, é que a nossa vida esta com Deus. E VENDO QUE NENHUM INCÔMODO LHE SOBREVINHA. O que os bárbaros esperavam que acontecesse com Paulo? Primeiro, eles sabiam que o veneno da serpente gerava inchaço em todo o corpo de sua vítima, não aconteceu. Depois, achavam que o apóstolo ia cair morto de repente, também não aconteceu. Por fim, Lucas nos faz saber que Paulo não sentiu nenhum efeito com o veneno da serpente mortífera. MUDARAM DE PARECER, DIZIAM QUE ERA UM DEUS. Lembrando que os moradores de Malta julgaram a Paulo no primeiro momento, quando ele foi picado pela víbora, ao afirmarem que ele era um homicida e que tendo escapado do naufrágio, agora, a justiça lhe perseguia e tinha que morrer pela mordida da serpente. Agora, em vez de culpado, eles chegaram à conclusão que, aquele homem era um ser todo especial.

Atos 28.4

Atos 28.4 - E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver.
E OS BÁRBAROS. O Dr. Lucas chama os habitantes da ilha de Malta de bárbaros, não porque eles fossem pessoas destituídas de civilização ou conhecimentos, mais porque elas não conheciam completamente o grego, que era nesta época o idioma oficial do império romano. Nos tempos mais antigos, cada comunidade tinha sua própria cultura, até porque os povos mais antigos viviam, até certo ponto, isolados uns dos outros. Para a época, um povo bárbaro era aquele que vivia isolado das demais sociedades. VENDO-LHES A VÍBORA PENDURADA NA MÃO. Esta cena chamou a atenção dos habitantes de Malta, eles que tinham suas superstições, como sempre acontece com comunidades distantes da civilização. Para os indígenas daquela ilha, este sinal de Paulo com a cobra pendurada em sua mão era um pressagio terrível de castigo, pois, para eles, só acontecia isto com quem era um criminoso ou que tinha culpas graves. DIZIAM UNS AOS OUTROS. O próprio escritor deste livro percebeu que os moradores da ilha cochichavam uns com os outros a respeito do que estava ocorrendo com o apóstolo Paulo. Possivelmente havia algum tipo de superstição naquele lugar em que alguém ser picado por uma víbora, e a mesma permanecer grudada no corpo da vítima era algum tipo de sinal que a pessoa mordida pela serpente era um homicida. CENTAMENTE ESTE HOMEM É HOMICIDA. Logo, os moradores de Malta começaram a julgar a Paulo como alguém que não era digno de estar vivo, e com isso, certamente, alguma coisa poderia acontecer com o apóstolo. Porém, quem conhece a vida de Paulo, depois que ele foi transformado pelo poder de Cristo, sabe que ele não tinha capacidade de fazer o mau a quem quer que seja, pois era um homem compassivo. VISTO COMO, ESCAPANDO DO MAR. Os próprios moradores de Malta reconheceram que o naufrágio do navio foi inevitável, e que o fato de todos estarem vivos em terra firme era um grande milagre. Todavia, pela narrativa que nos passa o escritor deste livro, tomamos conhecimento que Deus quem deu livramento a todos os sobreviventes, de acordo com o que ele havia prometido e falado com o apóstolo. A JUSTIÇA. Em se tratando do que se passava na mente dos moradores de Malta e de acordo com suas tradições, não temos como imaginar o que seria esta justiça a que se refere o texto. Pode até ser que eles cressem na justiça de Deus, se era justamente isto que pensavam, ou se eles acreditavam apenas em uma justiça natural, em que a própria natureza se encarrega de castigar os culpados e justifica e livrar os inocentes. NÃO O DEIXA VIVER. No versículo seis deste mesmo capítulo, tomamos conhecimento que a víbora que atacou a Paulo era venenosa o suficiente para matar suas vítimas. Mas, além disto, conforme a tradição dos moradores de Malta, outras forças entravam em ação, quando a pessoas picadas pelas cobras eram culpadas de algum homicídio. Na mente daquele povo, justiça estava sendo feita, apesar de Paulo escapar do naufrágio, mais para eles, o apóstolo estava agora pagando pelo seu erro cometido.

Atos 28.3

Atos 28.3 - E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides, e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão.
E, HAVENDO PAULO. Como se ver, o apóstolo também estava em terra firme, com vida e assim como os demais, desfrutando da hospitalidade dos moradores da ilha de malta. Nada e nem ninguém, poderia tirar o homem de Deus de sua trajetória, que era chegar a capital do império político de Roma, conforme o Senhor havia já algumas vezes profetizado que assim lhe aconteceria, desta forma, Paulo estava de pé. AJUNTADO UMA QUANTIDADE DE VIDES. Os moradores da ilha exerceram de forma humana a hospitalidade a todos que haviam escapado do naufrágio, porém, o apóstolo desejava também cooperar com eles, ajudando em juntar mais gravetos de madeira para que a fogueira permanecesse acesa. Essa atitude da parte de Paulo demostra que ele estava mais forte que os demais sobreviventes, que nada fizeram para manter o fogo aceso. É possível que o fogo começasse a enfraquecer com a forma da chuva. E PONDO-AS NO FOGO. Ainda quando estavam no navio, o apóstolo tinha ajudado aos tripulantes da embarcação com uma palavra de encorajamento, e fazendo com que todos se alimentassem para se fortalecerem a nadando chegarem a ilha. Agora, mais uma vez, o apóstolo toma mais uma atitude, no sentido de ajudar para que os demais presos se fortalecessem diante de tanto frio que estavam pelo vento, à água e a chuva. UMA VÍBORA. Mas, dentro dos gravetos que Paulo havia apanhado e colocado dentro do fogo para que as labaredas aumentassem, havia uma cobra, o que era natural, pois geralmente elas ficavam escondidas onde pudessem ficar seguras. O surgimento desta víbora nos mostra que sempre estamos sujeitos aos perigos, mesmo quando tudo vai bem. Ainda a pouco Paulo escapou de morrer do naufrágio do navio, como também de morrer afogado, no entanto, mais um perigo surge de repente, como uma provação. FUGINDO DO CALOR. Quando a lenha alcançou o fogo e os gravetos começaram a queimar, automaticamente a serpente tenta fugir das labaredas e encontra ainda a mão de Paulo, que certamente estava arrumando os gravetos para que estes não se espalhassem. É possível que a cobra tivesse a aparência das varas de madeira que o apóstolo havia apanhados naquela cercania, por isso, que Paulo não percebeu o réptil. LHE ACOMETEU. Este fato, que aparentemente era para o mal, foi transformado em um milagre, que no final das contas, Deus foi glorificado por meio do acontecimento e Paulo foi fortalecido entre todos os que estavam presentes. Não temos como saber que tipo de víbora acometeu o homem de Deus, mais, podemos conjecturar que era um tipo de cobra perigosa, daquelas que atacam suas vítimas, por instinto natural. NA MÃO. Com isso, o veneno da víbora já havia sido transferido para o corpo de Paulo e agora era somente esperar o resultado do envenenamento, que em muitos casos era a morte, até porque naquela época não havia os medicamentos que temos hoje em dia para neutralizar os efeitos mortíferos das mordidas de cobra. De acordo com o versículo seis deste mesmo capítulo, ficamos sabendo que este tipo de cobra era perigosa, pois os moradores da ilha esperavam que Paulo viesse a cair morto em terra.

Atos 28.1-2

Atos 28.1-2 - E, havendo escapado, então souberam que a ilha se chamava Malta. E os bárbaros usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo uma grande fogueira, nos recolheram a todos por causa da chuva que caía, e por causa do frio.
E, HAVENDO ESCAPADO. Este capítulo começa com o cumprimento do que o anjo de Deus havia dito a Paulo, que ninguém que estava no navio havia de morrer, mas que por causa do homem de Deus, o Senhor estava dando livramento. Atos 27:23-24 - Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo. Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo. A palavra de Deus estava se cumprindo. ENTÃO SOUBERAM QUE A ILHA SE CHAMAVA MALTA. Uma ilha pode ser descrita como uma porção de terra seca ou uma grande rocha em meio às águas. Tendo escapado da grande tempestade, e chegando neste lugar aparentemente seguro, logo buscaram saber o nome do lugar em que estavam. Malta era uma grande ilha, que ficava quase no centro do mar Mediterrâneo, que significava lugar de refúgio. E OS BÁRBAROS USARAM CONSOCO DE NÃO POUCA HUMANIDADE. Quando o escritor chama de bárbaros os moradores da ilha de Malta, isso não significa que eles eram pessoas ignorantes, mas sim, pelo fato de que eles não conheciam bem e devidamente o grego, idioma romano, mas que a língua deles era provavelmente o fenício. Os moradores da ilha foram generosos para com todos usando de gentileza. PORQUE ACENDENDO UMA GRANDE FOGUEIRA. Os tripulantes do grande navio já vinham a muitos dias enfrentando uma terrível tempestade, com probabilidade real de terem levado muita chuva durante aqueles dias. Além do mais, tinha nadado uma boa distância da embarcação que naufragou, até chegarem em terra firme, portanto, estavam debilitados e com muita fraqueza, tanto pela fome, como pelo grande frio. NOS RECOLHERAM A TODOS. A receptividade foi a melhor possível, pois, os habitantes de Malta foram bondosos para com todos. Os historiadores nos fazem saber que os moradores de Malta estavam acostumados a socorrerem os navios que comumente naufragavam naquela região do mar Mediterrâneo, por isso que a ilha ficou sendo chamada de lugar de refúgio para todos aqueles que passavam por perigo. POR CAUSA DA CHUVA QUE CAIA. Durante muitos dias, Lucas diz que os passageiros do navio vinham enfrentando uma não pequena tempestade, e isso nos fala a respeito de chuvas torrenciais e ventos fortes e permanentes. Ao chegarem na ilha de Malta, os moradores daquele lugar procuraram por todos os meios proteger os visitantes da tempestade, certamente providenciando agasalhos, como coberturas para todos eles. E POR CAUSA DO FRIO. Eram dias de densas moveis, sem que os tripulantes do navio tivessem contato com o calor do sol, mais apenas vinham suportando o frio natural da chuva, do vento e das águas do mar, que tiveram que enfrentar, quando nadaram para chegar até a ilha. Não há dúvida que a temperatura era a mais baixa que se possa imaginar, e com isso, alguém poderia até morrer, caso não fosse bem aquecido.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Atos 27.43-44

Atos 27.43-44 - E os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra a salvo. Quanto aos demais, que se salvassem, uns, em tábuas, e outros, em destroços do navio. E foi assim que todos se salvaram em terra.
E OS DEMAIS. Quanto a Paulo, o desejo do centurião era que este saísse em terra firme com vida, até em reconhecimento que ele era de fato um homem de Deus, pois, era notório que houve um milagre da parte de Deus, conforme o apóstolo havia dito. Estes demais, pode ser que Lucas se refira aos demais presos, que de acordo com a ideia dos soldados deveriam ser mortos, mas que também foram salvos pela intervenção do centurião Júlio, ele que era um homem compassivo para o próximo. UNS EM TÁBUAS E OUTROS EM COISAS DO NAVIO. Como se pode ver nesta discrição feita pelo escritor, o navio já estava destruído, com suas tábuas espalhadas por todas as partes, cumprindo assim o que fora previsto por Paulo em sua profecia. Estas coisas do navio, certamente eram objetos que já eram postos dentro da embarcação com o objetivo de salvar vidas, caso um naufrágio efetivamente acontecesse com o navio. E ASSIM ACONTECEU QUE TODOS CHEGARAM À TERRA A SALVO. Ninguém dos presos fora morto pelos soldados, e nenhum deles também fugiram, conforme previam os soldados que tiveram a ideia de mata-los. É bem provável que todos os presos estivessem agradecendo ao centurião por estarem vivos, mais também a Paulo, que os salvou da morte, mais principalmente a Deus pela preservação da vida. QUANTO AOS DEMAIS. Agora, Lucas fala a respeito dos demais tripulantes do navio, que era uma grande quantidade de passageiros, sem contar com o piloto, o mestre do navio, os marinheiros e etc. Todos que estavam naquela embarcação eram vidas preciosas para o coração de Deus, pois, sua palavra era de que por amor a Paulo, nenhum dos passageiros seria morto, mas apenas o navio seria de fato destruído. QUE SE SALVASSEM. Ha pouco tempo atrás, todos que faziam parte da tripulação estavam desanimados, sem esperança de se salvarem da terrível tempestade, mas a intervenção de Paulo foi importante para que todos comessem para se fortalecerem a fim de no momento certo alçarem nado e escaparem com vida em terra firme, agora, isso estava se cumprindo para que a verdade de Deus prevalecesse para sempre. UNS EM TÁBUAS E OUTROS EM DESTROÇOS DO NAVIO. Do mesmo modo que aconteceu com os presos, que possivelmente, foram os primeiros a saírem do navio, isso por determinação do centurião, que era naquele navio uma autoridade romano, e que devia ser obedecida. Agora, eram os passageiros que se agarraram com tábuas do navio, bem como com boias ou objetos do navio para que chegassem na praia. E FOI ASSIM QUE TODOS SE SALVARAM EM TERRA. Esse registro do livro de Atos nos ensina sobre a fidelidade de Deus em cumprir com sua palavra. Atos 27:23-24 - Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo. Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo. Esta palavra é fiel e digna de toda aceitação.

Atos 27.42

Atos 27.42 - Mas o centurião, querendo salvar a Paulo, lhes estorvou este intento; e mandou que os que pudessem nadar se lançassem primeiro ao mar, e se salvassem em terra.
MAS O CENTURIÃO. Este foi o homem escolhido por Festo para levar, não somente o preso Paulo a presença do imperador romano, Nero na capital, mas também outros presos. Atos 27:1 - E, como se determinou que havíamos de navegar pela Itália, entregaram Paulo, e alguns outros presos, a um centurião por nome Júlio, da coorte augusta. Lucas afirma que o centurião vinha tratando a Paulo de maneira mais humano do que de costume tratava os demais presos romanos que sempre conduzia. QUERENDO SALVAR A PAULO. Na realidade, esta é uma expressão Lucana para falar sobre a diligência do centurião Júlio, no sentido de não permitir que os presos fossem mortos pelos soldados. Mas, na verdade, Deus estava salvando a todos por causa de Paulo, aprendemos isto em, Atos 27:24 - Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo. LHES ESTORVOU. Em vez de aceitar a ideia maligna dos soldados, o centurião os repreendeu, quem sabe de forma veemente, para que nem pensassem nesta sugestão. Porém, humanamente falando, percebemos que o centurião, neste momento estava sendo usado por Deus para que o diabo não se utilizasse pelos demônios os soldados romanos, com o objetivo maligno de praticarem esta maldade contra os presos. ESTE INTENTO. Qual era este intento maligno? Atos 27:41 - Então a ideia dos soldados foi que matassem os presos para que nenhum fugisse, escapando a nado. Pode-se perceber que os soldados foram tomados e dominados pelos demônios para provocarem a morte dos presos, o que o centurião romano não poderia permitir, até porque, depois ele teria que prestar contas diante de festo e do imperador romano. E MANDOU QUE OS QUE PUDESSEM NADAR. Nem todos sabiam nadar, como também haviam outros que ainda estavam debilitados, pela luta para sobreviverem, mais também pela fome que há muitos dias vinham passando. Se os cidadãos comuns estavam passando fome no navio, imagine os presos, que eram considerados criminosos, estes sofriam muito mais do que os tripulantes mais importantes do navio. SE LANÇASSEM PRIMEIRO AO MAR. A ordem do centurião tinha que ser obedecida, pois ele era o responsável pelos presos romanos, e não os soldados, que desejavam que todos fossem mortos. Aprendemos com este exemplo do centurião que nem tudo são trevas, mais que pode haver no coração de um homem natural, um ponto de compaixão pelo seu semelhante, pois, o homem foi criado à semelhança de Deus. E SE SALVASSEM EM TERRA. Com esta ação positiva do centurião se criaria no coração dos presos o censo de gratidão, no sentido que ninguém fugisse, mais que todos os presos ao chegarem em terra, ficassem esperando serem guardados pelos soldados. Além de que, juntamente com eles, alguns soldados poderiam também se lançar ao mar e lhes acompanharem até a terra firme. O que não se podia fazer era simplesmente em um ato de plena maldade, várias pessoas serem executadas.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Atos 27.40-41

Atos 27.40-41 - E, levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela maior ao vento, dirigiram-se para a praia. Então a ideia dos soldados foi que matassem os presos para que nenhum fugisse, escapando a nado.
E, LEVANTANDO AS ÂNCORAS. Na verdade, o navio estava preso desde a noite passada, quando perceberam que se aproximava de alguma terra firme, conforme se verifica em Atos 27:28-29 - E, lançando o prumo, acharam vinte braças; e, passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças. E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia. Agora que já estava claro, porque era dia, levantaram as âncoras do navio. DEIXARAM-NO IR AO MAR. Como se percebeu que não estava muito distante de uma praia, então, era favorável que o navio se aproximasse o máximo que possível da terra firme para que facilitasse o nado de alguns e o transporte de outros com o bote até a praia. Mas com muita dificuldade a embarcação se movia, porque a esta altura havia muita água em seu interior e isso tornava o navio muito mais pesado e lento. LANGANDO TAMBÉM AS AMARRAS DO LEME. Durante a tempestade, não havia possibilidade de se utilizar o leme, pois a força de vento e das ondas fazia com que os marinheiros perdessem completamente a direção do navio. Nestes casos, o piloto da embarcação recomendava que era melhor amarrar o leme para que este não provocasse, sem controle, uma direção indevida da embarcação e ela deitasse na água. E, ALÇANDO A VELA MAIOR AO VENTO. O comandante do navio percebeu que o vento ainda estava muito forte, por isso que ele decidiu não soltar todas as velas da embarcação, uma vez que, como o navio estava desgovernado, não tinha como dirigi-lo em direção a praia. Por isso que, com muita cautela, o piloto ordenou que os marinheiros alçassem apenas a vela principal, para que o navio se movesse devagar. DIRIGIRAM-SE A PRAIA. Certamente houve um grande esforço dos marinheiros, no sentido de poder dar uma certa direção ao navio, pois com uma grande quantidade de água em seu interior, dificultava a locomoção do leme. Mas sem as âncoras, com a maior vela solta e com o leme também desamarrado, agora, era com paciência esperar que o vento arrastasse a grande embarcação em direção da próxima praia de Malta. ENTÃO A IDEIA DOS SOLDADOS FOI QUE MATASSEM OS PRESOS. Não temos como saber quantos soldados romanos estavam acompanhando o centurião, porque nesta viagem não era necessário que tivesse cem soldados, polo fato que Júlio era chamado de centurião. Agora, o diabo queria se manifestar naquele navio, se apossando dos soldados para tirar a vida de todos os presos, inclusive também do apóstolo Paulo. PARA QUE NENHUM FUGISSE, ESCAPANDO A NADO. Os presos estavam sob a responsabilidade do centurião, mais também dos soldados romanos, que tinham a obrigação de leva-los até a capital de Roma. Se porventura os presos fugissem, tanto o centurião, como e principalmente os soldados seriam penalizados, com isso, os soldados ficaram com medo dos presos escaparem, mais só não podiam mata-los.

Atos 27.39

Atos 27.39 - E, sendo já dia, não conheceram a terra; enxergaram, porém, uma enseada que tinha praia, e consultaram-se sobre se deveriam encalhar nela o navio.
E, SENDO JÁ DIA. Este novo dia se despontava como um momento de esperança, pois, de acordo com a mensagem de Paulo, vinda da parte de Deus, nenhuma vida seria desperdiçada, quando no dia anterior não havia mais esperança para ninguém que estava naquele navio. Com este fato, nos devemos aprender a lição que, com Deus, jamais devemos perder a esperança de um novo dia, em novas perspectivas, em que, onde Deus age, tudo pode acontecer de positivo, mesmo no momento mais difícil. NÃO CONHECERAM A TERRA. Há quem diga que o piloto do navio, bem como os marinheiros estavam como que ariados, por isso que não conheceram aquela terra, mesmo tendo todos eles muita experiência em navegação por todas as partes do mar Mediterrâneo. Porém, devemos pensar que esta parte do mar Mediterrâneo não era rota de navegação, principalmente por grandes embarcações como este navio. ENXERGARAM, POREM. Até a noite passada, os responsáveis pelo navio não enxergavam nada do que poderia ser uma ilha ou qualquer porção seca de terra, até porque estavam envolvidos em uma grande tempestade, com muitas nuvens escuras, bem como caindo muita água pela chuva pesada que não cessava. Mas neste novo dia, era possível ver alguma coisa, até porque estavam como que mais próximo da terra. UMA ESSEADA. Também chamada de baia, porque havia naquela localidade como que um corredor que dava para o navio entrar, encostando mais na frente em uma praia mais plana. Com isso, o piloto do navio se sentiu mais seguro e deve ter motivado os marinheiros que descolassem um pouco mais a embarcação para que os passageiros tivessem acesso à terra firme com menos esforços, podendo escapar com vida plena. QUE TINHA PRAIA. Nem todo lugar que dava acesso à terra firme era favorável a que um navio encalhasse, pois muitos lugares tinham rochas agudas que poderiam destruir facilmente a estrutura da embarcação, vindo esta a destroçar rapidamente. Todavia, havendo uma praia dava a entender que o navio poderia chegar mais perto da terra, mesmo que encostasse em algum morro subterrâneo de areia, menos perigoso E CONSULTARAM-SE SOBRE SE DEVERIAM ENCALHAR. É muito provável que houve uma reunião entre o piloto do navio, seu mestre, bem como com todos os marinheiros que estavam envolvidos no manejo do navio para decidirem se poderiam ou não encalhar o navio naquela enseada ou bia, ou se deixariam que o navio fosse mais um pouco a frente, até encalhar na areia bem mais próximo a terra firme ou praia. NELA O NAVIO. Podemos conjecturar que a esta altura dos acontecimentos já não havia um navio inteiro, pois grande parte de sua estrutura já estava danificada, tanto pelos ventos da tempestade, mais também porque os próprios marinheiros foram obrigados a se desfazerem de parte de sua estrutura, isso para salvar as vidas que estavam naquela embarcação. Percebe-se que depois da palavra dada por Paulo, os responsáveis pelo navio tomaram bom ânimo e estavam de volta tomando o controle das coisas. Com isso podemos aprender que uma boa palavra pode mudar o quadro.

Atos 27.37-38

Atos 27.37-38 - E éramos ao todo, no navio, duzentas e setenta e seis almas. E, refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar.
E ÉRAMOS AO TODO. Já para o final da narrativa que o Dr. Lucas faz questão de enumerar a quantidade de pessoas que estavam viajando naquela grande embarcação. Com isso, entendemos que o navio realmente era bastante grande, para aquela época, pois além de vir com uma enorme carca de alimentos, porque era, possivelmente, um cargueiro do mar Mediterrâneo, continha muita gente a bordo. Mais uma vez fica demostrado que o escritor deste livro estava presente no navio, viajando com Paulo. NO NAVIO. Não temos como saber se alguém já tinha pulado fora da embarcação, pois havia um plano dos marinheiros para que soltassem o bote nas águas para tentarem fugir no mesmo. Porém, dos que estavam presentes, era possível contabilizar que ainda haviam muitas pessoas, essas mesmas que além de serem os presos romanos, juntamente com Paulo, também haviam passageiros rumo a Roma, capital do império. DUZENTAS E SETENTA E SEIS ALMAS. Neste caso, ao se referir a almas é a mesma coisa que dizer vidas ou pessoas. Se falarmos desta forma para as pessoas que não compreendem esta colocação feita por Lucas elas irão discordar, pois, para os que não conhecem a palavra de Deus acham que almas são pessoas que já morreram e que aparecem para os vivos, este é um conceito errado daqueles que são incrédulos. E REFEITOS. Antes de tomarem o conselho do apóstolo Paulo, eles estavam todos completamente debilitados, pois a muitos dias que não se alimentavam o suficiente para se manterem fortes. Além do mais, e uma coisa muito importante, é que todos estavam animados, com a nova esperança de que poderiam sair daquela situação, uma vez que, o homem de Deus tinha lhes confortado com sua mensagem, mostrando que nenhuma vida daquelas que estavam na embarcação com Paulo seria netão perdida. COM A COMIDA. Se realmente passaram mais de quatorze dias sem se alimentarem de forma regular, estavam todos muito fracos, sem força física e nem ânimo para lutarem pela vida. Mas agora, depois de se alimentarem, estavam mais fortes para que pudessem nadar até a praia e sobreviver àquele terrível naufrágio. O corpo precisa das vitaminas e sais minerais para se manter de pé e continuar sobrevivendo na terra. ALIVIARAM O NAVIO. Mesmo já tendo lançado quatro âncoras pela popa, mais os marinheiros desejavam que o navio se deslocasse um pouco mais para a costa, que não sabemos a que distancia ainda estava do navio. Aliviar o navio, isso significa que a embarcação passaria a flutuar mais e com isso poderia se aproximar o máximo que possível dos lugares mais rasos. Esta estratégia era inteligente por parte do piloto. LANÇANDO O TRIGO AO MAR. Os móveis e todos os objetos que foi possível lançar ao mar, isso já havia sido feito durante a tempestade, inclusive parte dos cereais que também faziam parte da carga. Mas agora, Lucas nos faz saber que o restante da carga de trigo também fora jogada nas águas do mar. Bem materiais era coisa de menos valor neste momento, porque se chegou ao entendimento, por parte de todos, que o mais importante era ganhar a oportunidade de continuar vivo sobre o planeta terra.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...