sábado, 14 de agosto de 2021

Atos 27.13-14

Atos 27.13-14 - E, soprando o sul brandamente, lhes pareceu terem já o que desejavam e, fazendo-se de vela, foram de muito perto costeando Creta. Mas não muito depois deu nela um pé de vento, chamado Euro-aquilão.
E, SOPRANDO O SUL BRANDAMENTE. Até um pouco antes, o vento era do noroeste, que com ímpeto soprava naquela bacia de bons portos, mas de repente começa a soprar um vento sul com brandura de quem poderia mudar completamente a tensão que havia entre os tripulantes do navio, e principalmente quanto aos responsáveis pela embarcação, que certamente estavam todos aflitos. Este vento calmo deu por pouco a sensação de segurança para o comandante do navio que parecia ter razão. LHES PARECEU TEREM JÁ O QUE DESEJAVAM. O texto não nos diz, mas provavelmente aqueles que haviam optado por seguir em frente, contrariando o conselho de Paulo, começavam a comemorar, pois logo chegaram a conclusão que estavam corretos em seguir viagem. Aparentemente, Paulo estava como que desacreditado por um momento em sua profecia, mesmo que isso não fosse longe. E, FAZENDO-SE DE VELAS. As âncoras foram levantadas, porque já estavam um bom tempo em bons portos, para que as velas fossem alçadas e o navio começasse a se locomover em direção a Fenice, onde de fato desejam passar o inverno. Como o vento sul era bem calmo, isso nos faz compreender que a locomoção da embarcação se dava muito lentamente, mais com a velocidade suficiente para sair daquela bacia de mar. FORAM DE MUITO PERTO COSTEANDO CRETA. Esta expressão utilizada por Lucas nos dá a impressão que o piloto do navio não estava muito seguro de que aquele vento fosse constante até o porto de Fenice, e a prova disto é que ele manteve a embarcação um tanto perto da ilha de Creta, com o objetivo de se proteger de uma repentina pancada de vento forte que tomasse a direção do navio para o alto Mar Mediterrâneo. MAS NÃO MUITO DEPOIS. A calmaria durou pouco tempo até que surgisse de repente novas dificuldades, o que já era previsto pela mensagem de Paulo, bem como pela sugestão do piloto em ir beirando a costa de Creta. Há quem diga que Paulo já conhecia bem aquela região e sabia de antemão de que aquela localidade sempre tinha tais surpresas pelo surgimento de furacões e tempestades de ventos fortíssimos. DEU NELA UM PÉ DE VENTO. Depois de bons portos, cerca de dez quilômetros, havia uma ilha chamada de Cabo Matala, que direcionava o navio já para as bandas da África, e com isso, mudava-se também a direção do vento. Esse pé de vento não vinha dos altos picos da ilha de Creta, mais tudo nos leva a crer que este vento baixo veio do alto mar e que com muita força levantavam fortes ondas contra toda a embarcação. CHAMADO EURO-AGUILÃO. Há uma certa confusão quanto a interpretação destas duas palavras que compõe o nome do vento que soprou contra o navio neste momento. O primeiro nome é grego e o segundo é latino, em que o primeiro fala de um vento do leste, enquanto que o segundo nome latino fala de um vento que tem a direção do nordeste. Seja como for, o que mais interessa é que esta nova situação vinha em cumprimento ao alerta que Paulo havia dado e que foi desconsiderado.

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