quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Atos 28.4

Atos 28.4 - E os bárbaros, vendo-lhe a víbora pendurada na mão, diziam uns aos outros: Certamente este homem é homicida, visto como, escapando do mar, a justiça não o deixa viver.
E OS BÁRBAROS. O Dr. Lucas chama os habitantes da ilha de Malta de bárbaros, não porque eles fossem pessoas destituídas de civilização ou conhecimentos, mais porque elas não conheciam completamente o grego, que era nesta época o idioma oficial do império romano. Nos tempos mais antigos, cada comunidade tinha sua própria cultura, até porque os povos mais antigos viviam, até certo ponto, isolados uns dos outros. Para a época, um povo bárbaro era aquele que vivia isolado das demais sociedades. VENDO-LHES A VÍBORA PENDURADA NA MÃO. Esta cena chamou a atenção dos habitantes de Malta, eles que tinham suas superstições, como sempre acontece com comunidades distantes da civilização. Para os indígenas daquela ilha, este sinal de Paulo com a cobra pendurada em sua mão era um pressagio terrível de castigo, pois, para eles, só acontecia isto com quem era um criminoso ou que tinha culpas graves. DIZIAM UNS AOS OUTROS. O próprio escritor deste livro percebeu que os moradores da ilha cochichavam uns com os outros a respeito do que estava ocorrendo com o apóstolo Paulo. Possivelmente havia algum tipo de superstição naquele lugar em que alguém ser picado por uma víbora, e a mesma permanecer grudada no corpo da vítima era algum tipo de sinal que a pessoa mordida pela serpente era um homicida. CENTAMENTE ESTE HOMEM É HOMICIDA. Logo, os moradores de Malta começaram a julgar a Paulo como alguém que não era digno de estar vivo, e com isso, certamente, alguma coisa poderia acontecer com o apóstolo. Porém, quem conhece a vida de Paulo, depois que ele foi transformado pelo poder de Cristo, sabe que ele não tinha capacidade de fazer o mau a quem quer que seja, pois era um homem compassivo. VISTO COMO, ESCAPANDO DO MAR. Os próprios moradores de Malta reconheceram que o naufrágio do navio foi inevitável, e que o fato de todos estarem vivos em terra firme era um grande milagre. Todavia, pela narrativa que nos passa o escritor deste livro, tomamos conhecimento que Deus quem deu livramento a todos os sobreviventes, de acordo com o que ele havia prometido e falado com o apóstolo. A JUSTIÇA. Em se tratando do que se passava na mente dos moradores de Malta e de acordo com suas tradições, não temos como imaginar o que seria esta justiça a que se refere o texto. Pode até ser que eles cressem na justiça de Deus, se era justamente isto que pensavam, ou se eles acreditavam apenas em uma justiça natural, em que a própria natureza se encarrega de castigar os culpados e justifica e livrar os inocentes. NÃO O DEIXA VIVER. No versículo seis deste mesmo capítulo, tomamos conhecimento que a víbora que atacou a Paulo era venenosa o suficiente para matar suas vítimas. Mas, além disto, conforme a tradição dos moradores de Malta, outras forças entravam em ação, quando a pessoas picadas pelas cobras eram culpadas de algum homicídio. Na mente daquele povo, justiça estava sendo feita, apesar de Paulo escapar do naufrágio, mais para eles, o apóstolo estava agora pagando pelo seu erro cometido.

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