sábado, 21 de agosto de 2021

Atos 28.21

Atos 28.21 - Então eles lhe disseram: Nós não recebemos acerca de ti carta alguma da Judéia, nem veio aqui algum dos irmãos, que nos anunciasse ou dissesse de ti mal algum.
ENTÃO ELES LHE DISSERAM. Primeiro, Paulo desejava falar com os líderes do judaísmo em Roma a cerca das injustiças que ele vinha sofrendo dos seus conterrâneos em Jerusalém, pois de acordo com tudo que já foi dito neste livro, o apóstolo não fez nada de errado para que estivesse preso. Mas também era importante que Paulo ouvisse a opinião dos judeus de Roma sobre o seu caso, se podiam lhe defender perante o imperador Nero, ou se seguiriam as mesmas atitudes injustas dos judeus de Jerusalém. NÓS NÃO RECEBEMOS. Já fazia muito tempo que Paulo havia apelado para César, com isso, os judeus de Jerusalém sabiam que ele tinha que comparecer em Roma, e que também os seus opositores seriam chamados também a capital do império para justificarem suas acusações. Portanto, seria comum que os inimigos de Paulo se comunicassem do os líderes do judaísmo em Roma a respeito deste caso emblemático. ACERCA DE TI. Como se ver, esta era uma perseguição por inveja, em que os judeus temendo que Paulo estivesse em Jerusalém para realizar campanhas evangelísticas e com isso, converter muitos judeus ao cristianismo. Como já haviam conseguido afastar o apóstolo da Judéia, então, chegaram a conclusão que o problema já estava resolvido e que Paulo nãos mais representava uma ameaça para eles na cidade de Jerusalém. CARTA ALGUMA DA JUDÉIA. Neste tempo, não havia telégrafo, nem muito menos e-mail, como também não existia telefone ou outros meios de comunicação como nós temos nos dias de hoje. De forma que, as comunicações eram feitas através de cartas, que eram consideradas documentos informais ou oficiais. Portanto, os judeus de Jerusalém não comunicaram aos líderes de Roma por carta sobre o caso de Paulo. NEM VEIO AQUI ALGUM DOS IRMÃOS. Se a carta não chegou é porque deveria ter chegado em Roma alguém ou uma comitiva para que pudessem tratar deste caso entre os líderes religiosos dos judeus e o apóstolo dos gentios. Talvez, ainda não tinha chegado ninguém de Jerusalém, porque eles estivessem esperando ser convocados pelo imperador para que fossem até Roma para tratar deste caso específico. QUE NOS ANUNCIASSE OU DESSESSE DE TI. Se fosse por carta, eles se referiam a um relatório completo sobre o caso que envolvia o apóstolo Paulo com os detalhes do que se pretendia fazer contra ele. Se fosse algum ou alguns dos judeus, seriam pessoas preparadas, talvez com a companhia de um advogado com a peça de acusação contra Paulo. Nada disto havia chegado ao conhecimento dos judeus da capital, Roma. MAL ALGUM. Este mau ao qual se referem os judeus dizem respeito às acusações feitas contra Paulo, as mesmas já feitas anteriormente, conforme Atos 24:5-6 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos. O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. Em Roma, a coisa seria totalmente diferente e teriam que provar perante Nero.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Atos 28.20

Atos 28.20 - Por esta causa vos chamei, para vos ver e falar; porque pela esperança de Israel estou com esta cadeia.
POR ESTA CAUSA. Paulo se reporta sobre o falso testemunho que os judeus haviam levantado contra ele em Jerusalém, com a conspiração para tirar-lhe a vida, conforme se ver em Atos 23:12-13 - E, quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e juraram, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. Percebendo Lísias que realmente os conspiradores matariam a Paulo, manteve preso. VOS CHAMEI. Esta atitude do apóstolo atendia as boas praticas dos judeus que, sempre que chegavam em algum lugar desconhecido, procuravam se unir aos seus conterrâneos, o que passou a ser um bom costume dos filhos de Israel da dispersão. Mas também este convite de Paulo aos seus irmãos de sangue judeus, atendia a um legado moral do homem de Deus, que não desejava prejudicar aos filhos do seu povo. PARA VOS VER. Não temos como saber se Paulo já conhecia estes judeus moradores da cidade de Roma, talvez estes filhos de Israel fossem pessoas importantes dos judeus, que serviam na capital, como autos funcionários do governo, ou que eram lideranças do judaísmo que eram bem conhecidos por todas as partes do mundo. Seja como for, o apóstolo desejava vê-los para experimentar qual seria a reação deles. E FALAR. Paulo queria comunicar o seu caso aos líderes do judaísmo em Roma e se defender em primeira mão das acusações de que os conspiradores lhes imputavam de forma injusta, uma vez que o apóstolo não havia feito nada contra a lei de Moises, nem contra as tradições dos judeus, e nem muito menos contra as leis romanos para que estivesse a tanto tempo preso, sem que fosse um homem criminoso. O testemunho de Paulo, uma vez aceito pelos judeus poderia mudar tudo em seu favor. PORQUE PELA ESPERANÇA. Quando a lei de Moisés, os filhos de Israel sabiam que não tinha mais jeito, pois sua validade havia chegado ao fim, e a prova disto foi o que aconteceu com os cativeiros assírio e babilônico. No momento, os judeus estavam sendo dominados pelos romanos, justamente por não cumprirem a legislação de Moisés. Na realidade, o erro era estrutural no judaísmo, sem concerto ou renovação. DE ISRAEL. Essa única esperança de Israel se chamava o Messias prometido por Deus, Jesus de Nazaré, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jesus veio para o que era seu, e os seus não o receberam, portanto, rejeitaram a única salvação que Deus havia lhes oferecido, mas Paulo, pela chamada do próprio Cristo estava dentro da promessa, não somente crendo em Cristo como Messias, mas sendo seu embaixador. ESTOU COM ESTA CADEIA. A questão não era porque Paulo havia transgredido qualquer mandamento da lei de Moisés, nem quebrado qualquer regra do judaísmo, nem muito menos desobedecido às leis romanas. O problema era que os judeus tinha ódio do apóstolo, porque Paulo pregava o evangelho da circuncisão, como estava fazendo agora, e muitos judeus se convertiam ao cristianismo, e com isso, ele representava uma ameaça para os líderes religiosos dos judeus, e queriam mata-lo.

Atos 28.18-19

Atos 28.18-19 - Os quais, havendo-me examinado, queriam soltar-me, por não haver em mim crime algum de morte. Mas, opondo-se os judeus, foi-me forçoso apelar para César, não tendo, contudo, de que acusar a minha nação.
OS QUAIS, HAVENDO-ME EXAMINADO. Festo Deu este testemunho sobre o apóstolo Paulo, conforme Atos 25:25 - Mas, achando eu que nenhuma coisa digna de morte fizera, e apelando ele mesmo também para Augusto, tenho determinado enviar-lho. Como também, Atos 26:30-31 - E, dizendo ele isto, levantou-se o rei, o presidente, e Berenice, e os que com eles estavam assentados. E, apartando-se dali falavam uns com os outros, dizendo: Este homem nada fez digno de morte ou de prisões. QUERIAM SOLTAR-ME. Houve a reunião de Festo, procurador romano, o rei Agripa e sua mulher Berenice, bem como as principais lideranças políticas e sociais da cidade de Cesaréia para ouvirem o preso Paulo que com muita ousadia e autoridade se defendeu com verdade dos seus acusadores. O resultado foi que todos chegaram à conclusão que o apóstolo dos gentios não tinha feita nada de errado em Jerusalém (Atos 26:32). POR NÃO HAVER EM MIM CRIME ALGUM DE MORTE. De acordo com a legislação de Moisés, existiam alguns tipos de pecados ou transgressões dos mandamentos que o praticante do delito deveria ser morto. Além do mais, algumas outras tradições dos judeus exigiam a morte de quem não obedecesse. E por fim, existiam as leis romanas que deveriam ser rigorosamente obedecidas. Mas Paulo não cometeu nenhum crime. MAS, OPONDO-SE OS JUDEUS. Desde o primeiro momento em que Paulo foi identificado dentro do templo de Jerusalém, que os judeus conspiradores tentavam tirar-lhe a vida. Não conseguindo tal plano maligno, compareceram várias vezes diante das autoridades romanas para acusarem ao apóstolo de coisas que ele não havia cometido, nem contra as tradições dos judeus, nem contra as leis dos romanos. FOI-ME FORÇOSO APELAR PARA CÉSAR. Isso pode ser visto, conforme Atos 25:10-11 - Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes. Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César. NÃO TENDO, CONTUDO, DE ACUSAR. Aprendemos com estas palavras do apóstolo Paulo que ele não era um homem vingativo, mesmo tendo motivos, para se tivesse a oportunidade, acusar os seus conterrâneos judeus perante o imperador romano, Nero. As leis em Roma eram diferentes de Israel, e com isso, os conspiradores contra Paulo poderiam ser condenados por Nero e serem transportados presos para Roma. A MINHA NAÇÃO. O que o homem de Deus desejava era um acordo de paz, antes que ele comparecesse perante o imperador romano. Na realidade, como cidadão romano, tendo o título de cidadão romano, o apóstolo seria julgado, pelas leis romanas e não pelas tradições dos judeus. Desta forma, se o imperador Nero achasse motivos de penalizar os filhos de Israel, ele não pensava duas vezes, pois não gostava dos judeus. Paulo não queria prejudicar aos seus conterrâneos perante o imperador Nero.

Atos 28.17

Atos 28.17 - E aconteceu que, três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus e, juntos eles, lhes disse: Homens irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo, ou contra os ritos paternos, vim contudo preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos.
E ACONTECEU QUE, TRÊS DIAS DEPOIS. Durante os três primeiros dias, foi o suficiente para o apóstolo procurar e alugar uma residência para que ele e seus amigos de viagem pudessem se hospedar. Além dos mais, aquela viagem foi muito perigosa e cansativa, portanto, o homem de Deus precisava repousar um pouco do seu corpo físico e do desgaste mental que vinha sofrendo ha muito tempo. Mais, agora, era tempo de agir e procurar se articular em suas coisas pessoas e do evangelho de Cristo. PAULO CONVOCOU OS PRINCIPAIS DOS JUDEUS. Durante muitos anos, enquanto exercia seu ministério em prol do reino de Cristo, Paulo sempre que chegava em uma nova localidade ou cidade, ele buscava se comunicar com os seus conterrâneos judeus, a fim de pregar o evangelho do reino de Deus. Chegando á Roma, não foi diferente, logo que pode buscou as lideranças do judaísmo em suas sinagogas judaicas. E JUNTOS ELES, LHES DISSE: HOMENS IRMÃOS. Com todos os defeitos que os filhos de Israel tinham, principalmente no tocante ao legalismo religioso, mais ele sempre davam atenção uns aos outros, principalmente na dispersão. Apesar de pertencer ao cristianismo, mas o apóstolo Paulo tinha um amor muito grande pelos seus conterrâneos os judeus, e por isso que ele os considerava como irmãos de sangue. NÃO HAVENDO EU FEITO NADA CONTRA O POVO. Esta última viagem de Paulo a cidade de Jerusalém não teve por finalidade realizar nenhuma campanha de evangelização, mais simplesmente cumprir votos ao Deus de Israel. Paulo sabia que sua chamada no ministério era para pregar o evangelho da incircuncisão no mundo gentílico, e isto ele procurou por todos os meios possíveis realizar para gloria de Cristo. OU CONTRA OS RITOS PATERNOS. Antes de se converter para o cristianismo, Saulo de Tarso fazia parte da elite religiosa do tradicional judaísmo, e com isso, ele sabia perfeitamente se comportar no meio dos judeus, não infligindo, portanto, nenhuma das tradições dos hebreus, nem muito menos transgredindo as leis que estabeleciam o judaísmo, incluindo novos costumes e hábitos dos filhos de Israel em Jerusalém. VIM CONTUDO PRESO DESDE JERUSALÉM. Essa declaração de Paulo demostra para seus compatriotas judeus que ele era inocente por não ter cometido nenhum crime contra as leis e os costumes dos judeus. Além de se defender das acusações dos judeus que pesavam contra sua pessoa, Paulo pretendia com isso, contar com o apoio dos seus conterrâneos em Roma para pudesse ser absolvido se fosse julgado rapidamente. ENTREGUE NAS MÃOS DOS ROMANOS. Era de fato um escarnio e uma desonra para um judeu de sangue ser entregue de maneira injusta ao gentio, mesmo que tais autoridades fossem dos romanos, que dominava o povo de Israel. Essa tese levantada por Paulo foi estratégica, no sentido de despertar o patriotismo dos judeus, e por meio da sensibilidade de irmãos, poder contar com o apoio de todos os líderes do judaísmo.

Atos 28.16

Atos 28.16 - E, logo que chegamos a Roma, o centurião entregou os presos ao capitão da guarda; mas a Paulo se lhe permitiu morar por sua conta à parte, com o soldado que o guardava.
E, LOGO QUE CHEGAMOS A ROMA. Paulo não havia feito nenhuma campanha evangelística na capital do império político de Roma, todavia, ele tinha muita vontade de pregar o evangelho de Cristo naquela cidade. Agora, apesar das circunstâncias adversas, por se encontrar preso, mas o apóstolo tinha a chance de anunciar as boas novas de Cristo em um lugar dos mais importantes daquela época. Deus providenciou esta faceta para coroar o ministério de Paulo em muita relevância para o seu servo. O CENTURIÃO ENTREGOU OS PRESOS. Talvez, esta tenha sido a missão mais difícil que o centurião tenha cumprido a serviço do império político de Roma, isso dadas as dificuldades que surgiram durante o trajeto de Cesaréia até a cidade de Roma. Com mais uma missão cumprida, o centurião se despojava de sua responsabilidade, quando entregou os presos às autoridades romanas, o que o tornava um homem de confiança. AO CAPITÃO DA GUARDA. Este homem era uma grande autoridade do guarda romana, responsável pela custódia de todos aqueles que por algum crime passava ser um prisioneiro do Estado romano. O cargo de capitão da guarda romana dava a esta autoridade o dever de designar o tipo de prisão que cada preso merecia, conforme a condenação determinava, mais ainda, guardava presos os que eram apenas acusados. MAS A PAULO. Não sabemos se Festo tinha dado ao centurião romano alguma recomendação especial sobre Paulo, mas o que se percebe é que desde o começo da viagem de Cesaréia a Roma, este centurião vinha dando um tratamento diferenciado ao apóstolo dos gentios. Não temos dúvida que Deus colocou no coração deste homem graça para com o seu servo, pois, Deus mesmo zelava pelo bem estar de Paulo. SE LHE PERMITIU MORAR POR SUA CONTA. Podemos ver que este centurião tinha uma importância muito grande diante do capitão da guarda romana, uma vez que, a partir de então, Paulo não seria mais de sua responsabilidade, porém, assim mesmo, o centurião usou sua influência para beneficiar a Paulo. Paulo vinha dando provas de que era um homem de Deus, com virtudes notáveis ao ponto de cativar a compaixão daqueles que tinha contado com ele, e isso, contou em muito para o seu próprio bem. À PARTE. Recebendo este benefício da parte do centurião, o apóstolo cuidou em alugar uma residência para que ele e seus amigos de viagem pudessem morar. Na realidade Paulo precisava de um lugar apropriado para receber visitas, uma vez que, as principais lideranças da igreja cristã de Roma desejavam sempre que possível lhe fazer companhia para aprender com o homem de Deus, o que certamente aconteceu. COM O SOLDADO QUE O GUARDAVA. Não temos como saber se este soldado era um daqueles que tinham vindo com o centurião deste a cidade de Cesaréia, ou se o capitão da guarda designou tal soldado dos que lhe servia em Roma. Por ser um cidadão romano, o apóstolo dos gentios tinha direitos garantidos pelas leis do império, e com isso, deveria ser tratado bem por todas as autoridades romanas em geral.

Atos 28.15

Atos 28.15 - E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo.
E DE LÁ, OUVINDO OS IRMÃOS. É dado por certo que a igreja de Potéoli tenha enviado uma comissão até a cidade de Roma para avisar aos servos de Cristo que o apóstolo Paulo vinha de viagem até a capital do império político de Roma. Criou-se esta tradição entre as igrejas gentílicas, em que, sempre com um dos seus líderes vinham visitar uma cidade, os irmãos iam ao encontra como forma de darem as boas-vindas. Como também era costume dos irmãos acompanharem seus líderes até fora da cidade. NOVAS DE NÓS. Sem dúvida que a esta altura do ministério de Paulo, ele já era conhecido em todo o mundo gentílico, mesmo que fosse de nome, pois ele ainda não havia visitado a comunidade cristã em Roma. Além do mais, a comitiva enviada de Potéoli deve ter testemunhado do que Deus, por meio d e Paulo, havia feito naquela cidade, com as pregações e o seu testemunho, que muito edificava as igrejas de Cristo. NOS SAÍRAM AO ENCONTRO. Se não toda a igreja de Cristo, mas pelo menos os líderes locais da comunidade cristã em Roma, saíram ao encontro do homem de Deus para lhe mostrarem que ele era muito bem-vindo a Roma, apesar das circunstâncias, pelo fato de Paulo está chegando como prisioneiro de Roma. Este encontro deve ter alegrado muito o coração do apóstolo, por se sentir bem acolhido pela igreja de Cristo. À PRAÇA DE ÁPIA E ÀS TRÊS VENDAS. Também conhecida como a famosa via Ápia, que conforme os historiadores foi construída por Ápio Claudio, como uma vila comercial. A praça de Ápia ficava a mais de quarenta quilômetros da cidade de Roma. Quanto às três vendas citada por Lucas, diz respeito a comunidades que ficavam um pouco antes da via de Ápia, onde os primeiros irmãos foram vistos pelo apóstolo. E PAULO, VENDO-OS. Este bom costume das igrejas do primeiro século de vir ao encontro dos homens de Deus fez com que houvesse uma mobilização em Roma para que os irmãos viajassem mais de quarenta quilômetros para se encontrar com o apóstolo dos gentios. Ao ver os líderes da igreja em Roma, Paulo deve ter sentido uma grande alegria em seu coração, por saber que o amor de Cristo estava entre eles. Não tenho dúvida que os olhos de Paulo se encheram de lágrimas, mais de alegria. DEU GRAÇAS A DEUS. Depois de tantos momentos de solidão na prisão, com muitas angústias em sua alma por não poder congregar com a igreja de Cristo, sendo privado de muitos dos seus amigos de ministério. Agora, o homem de Deus ver motivo para agradecer a Deus por este momento de grande contentamento. A vida de um verdadeiro servo de Cristo não é nada fácil, mas fale a pena viver em Cristo Jesus. E TOMOU ÂNIMO. Pelas lutas que vinha enfrentando, pelas contrariedades que vinham surgindo, pelas perseguições levantadas dos seus próprios conterrâneos, os judeus, certamente a tristeza vinha sobrecarregando a mente do apóstolo Paulo. No entanto, com a presença das lideranças da igreja de Roma, seu espírito se revigorou, ao ponto do Paulo se animar, ter bom ânimo para continuar em sua missão. Prontamente veio em sua lembrança a promessa de que ele deveria chegar em Roma.

Atos 28.14

Atos 28.14 - Onde, achando alguns irmãos, nos rogaram que por sete dias ficássemos com eles; e depois nos dirigimos a Roma.
ONDE. O escritor fala a respeito da cidade de Potéoli, onde os tripulantes do navio alexandrino tinham que fazer uma parada, talvez para abastecer o mercado local de cereais, pois já no continente ligado diretamente a Itália, para esse fim, tinha navegado deste o Egito. Como cidade portuária, em que se desenvolviam diversas atividades comerciais, bem como sendo um significativo centro religioso, tendo ainda muita importância estratégica para a política do império, Potéoli era parada obrigatória. ACHANDO. É dado por certo que o comandante do navio deu aviso a todos que teriam que ficar alguns dias na cidade de Potéoli, não se sabe ao certo para que, porém, quem tivesse alguma coisa a resolver que assim o fizesse. Pode ser que Paulo já tinha conhecimento de que havia naquela cidade alguma comunidade cristã. Se Paulo não sabia de antemão, então, podemos conjecturar que ele deve ter procurado saber. ALGUNS IRMÃOS. O dia de Pentecostes foi muito importante para a difusão do evangelho de Cristo, haja vista que, naquele momento em Jerusalém havia pessoas de várias partes do mundo, e que ouviram a palavra de salvação. Além de que, com as perseguições na Judeia aos cristãos, muitos judeus convertidos para Cristo se espalharam por várias partes do mundo. Seja como for, o evangelho havia chegado ali. NOS ROGARAM QUE POR SETE DIAS. Neste momento da história do cristianismo, que já havia se espalhado no mundo gentílico, Paulo já era conhecido em várias partes do mundo antigo. Sua chegada na cidade de Potéoli causou muita alegria para a igreja local, razão porque os irmãos solicitaram que ele, bem como os que com ele estavam, ficassem por sete dias para que pudessem ouvir a palavra do apóstolo de Cristo Jesus. FICÁSSEMOS COM ELES. O apelo da igreja de Cristo foi atendido, e não sabemos como que se deu este feito, e se o centurião também ficou na companhia de Paulo, juntamente com os soldados romanos, que o acompanhavam, ou se eles foram na frente, tendo Paulo seguido depois juntamente com seus amigos de viagem. Diante de tudo que já tinha acontecido, o apóstolo já era completamente digno de confiança do centurião, ele que já havia percebido que Paulo era um homem de Deus e do bem. E DEPOIS. Como se pode perceber, este foi um momento de recreação para o apóstolo dos gentios, em que com bastante alegria pode manter comunhão com a igreja de Cristo, coisa que já ha muito tempo não era possível. Deus preparou este momento de adoração, juntamente com o povo de Deus, para renovar a alma de Paulo, ele que estava privado de momentos assim, pois era o que ele mais precisava neste momento. NOS DIRIGIMOS A ROMA. Na realidade, todos já estavam dentro do território da Itália, porem, a mais de duzentos quilômetros de distância da capital do império político de Roma. O escritor não nos dá detalhes de como foi feita a viagem de Paulo e os demais, da cidade de Potéoli até a cidade de Roma, provavelmente, já havia uma comitiva de soldados romanos esperando o centurião, como também os presos que vinham com ele. Estes eram os momentos finais, de uma viagem difícil e com perigos de morte.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...