sexta-feira, 21 de abril de 2017

Hebreus 8:5

Hebreus 8:5 - Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.
OS QUAIS SERVEM DE EXEMPLO. O autor fala sobre o tabernáculo terrestre que Moisés mandou fazer quando ainda estava no deserto, e que nele havia o santo dos santos que ficava após o véu, onde somente o sumo sacerdote podia entrar uma vez no ano para interceder pelos filhos de Israel, no dia da expiação. Coisas estas que serviram de cópia para os templos de Jerusalém. Como também escreve sobre os sacerdotes da tribo de Levi e o sumo sacerdote da linhagem de Aarão. Tudo serviu de exemplo para o futuro.

E SOMBRA DAS COISAS CELESTIAIS. As coisas apontadas com detalhes neste tratado eram tipologias que apontavam para o tempo da nova dispensação da graça de Deus por Cristo Jesus. Não que nos céus tenham os mesmos objetos que tinham no tabernáculo ou tenda da congregação dos filhos de Israel, ou uma cópia dos templos de Jerusalém feitos de materiais perecíveis, mas tudo isso são alegorias em linguagens humanas.

COMO MOISÉS. Este Moisés era um homem que tinha um conhecimento robusto em todas as ciências do Egito, onde teve o privilégio de estudar com os melhores mestres daquele país, até porque foi criado como filho de uma princesa, e que poderia se tornar um monarca naquele país. Ao mesmo tempo tinha consigo a grande responsabilidade de libertar o seu povo Israel da casa da servidão, o Egito. E recebeu de Deus a sabedoria para criar um tabernáculo, com um ressinto chamado Santo dos Santos, onde Deus visitava.

DIVINAMENTE FOI AVISADO. O autor se utiliza de uma citação do próprio Moises no livro de Êxodo 25:8-9 - E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis. O capítulo vinte e cinco a vinte e sete deste mesmo livro dá os detalhes de como seria todos os utensílios que fariam parte do tabernáculo.

ESTANDO JÁ PARA ACABAR O TABERNÁCULO. Já esta parte esta registrada em Êxodo 25:40 Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte. Quando o tabernáculo já estava quase acabado de ser construído, então o Senhor falou com Moisés estas palavras para que tudo fosse feito conforme lhe havia sido mostrado no monte. Certamente o Senhor mostrou em visão a Moisés uma figura do tabernáculo.

PORQUE FOI DITO: OLHA, FAZE TUDO CONFORME O MODELO. Este modelo foi mostrado a Moisés quando ele estava no monte, talvez por revelação ou inspiração, mas que tudo tinha que ser de acordo com o que o Senhor desejava. Os hebreus acreditavam que havia um modelo de tabernáculo no céu onde Deus habitava em sua morada celestial. E que o Senhor havia revelado e mostrado a Moisés como era toda a sua estrutura.

QUE NO MONTE SE TE MOSTROU. Os escritores do Novo Testamente se utilizavam de tudo que havia do Velho Testamento como alegorias ou tipologias para provarem de que a totalidade da nova dispensação já estava inserida nos contextos da velha dispensação. O tabernáculo tem muitos símbolos da nova dispensação da graça de Deus e de Cristo.

Hebreus 8:4

Hebreus 8:4 - Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei.
ORA, SE ELE. O autor se refere ao Senhor Jesus, ele que esteve cumprindo seu ministério entre os homens, porque a seu respeito estava escrito e profetizado de que se manifestaria na terra como sendo o Messias de Deus, o Emanuel, Deus entre os homens. Ele é o Cristo de Deus, que foi o enviado e ungido de Deus Pai para implantar uma nova aliança, não somente com Israel, mas também com todos os povos do mundo.

ESTIVESSE NA TERRA. Se ele estivesse na terra. Já não estava mais, porque foi assunto aos céus. Atos 1:9-11 - E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.

NEM TÃO POUCO SACERDOTE SERIA. De acordo com a lei de Moisés, Jesus não seria jamais sacerdote no templo de Jerusalém, quando este esteve entre os homens. Porque de acordo com a legislação de Moisés, para ser sacerdote teria que ser da descendência de Levi, e para ser sumo sacerdote teria obrigatoriamente de pertencer à linhagem ou família de Aarão, irmão de Moisés. Portanto, a lei não permitia Jesus ser sumo sacerdote.

HAVENDO AINDA. Na época em que Jesus veio, como sendo o Messias de Deus, ainda haviam sacerdotes que ministravam no templo em Jerusalém, conforme a ordem de Levi ou de Aarão, no caso do sumo sacerdote. No caso do sumo sacerdote era alguém que pertencia à descendência de Aarão, mas que teria que ser aprovado e nomeado pelas autoridades representativas do império romano em Israel, no caso Pilatos, da Judeia.

SACERDOTES. Quando Jesus exerceu seu ministério em Israel haviam dois sumos sacerdotes, Anás e Caifás. Anás era o sogro de Caifás, uma personagem de grande influência diante das autoridades romanas. Caifás era o presidente do sinédrio, que era a maior Corte política-religiosa de Israel antes da destruição de Jerusalém nos anos setenta. Ambos os dois tiveram influências decisivas na condenação de Jesus de Nazaré a morte.

QUE OFERECIA DONS. Há quem diga que, na época em que foi escrita esta carta aos Hebreus, não havia mais sacrifício sangrento como a lei determinava, mas somente ofertas de manjares, em que o povo agradecia pelos benefícios recebidos. Os críticos afirmam que foi de propósito que o autor não citou os sacrifícios, porque neste mesmo tempo, já não mais havia expiação pelos pecados do povo, conforme era ordenado na lei.

SEGUNDO A LEI. Se os críticos estão com a razão, somente uma parte das ordenanças da legislação de Moisés estava tendo o seu cumprimento, que era justamente a parte das ofertas dos dons ou ofertas de manjares. Quando se sabe pela lei de Moisés, que os sacrifícios eram importantes para remissão dos pecados, como sendo um dia do ano em que o sumo sacerdote pelo seu ofício fazia sacrifício de animais, por si e pelo povo, o que era chamado de dia da expiação pelos pecados do povo, e isso era ordenança da lei.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Hebreus 8:3

Hebreus 8:3 - Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.
PORQUE TODO O SUMO SACERDOTE. O sumo sacerdote era a figura mais importante da religião em Israel e de acordo com a lei de Moisés, só podia ser sumo sacerdote, aquele que pertencia à linhagem de Aarão, irmão de Moisés, ele que foi o primeiro sumo sacerdote dos judeus. Depois dos exílios os Macabeus assumiram este posto e já no tempo do domínio romano, quem indicava o sumo sacerdote era Roma. E vindo o tempo da nova dispensação da graça, Cristo Jesus assumiu definitivamente este ofício.

É CONSTITUÍDO. Nas culturas pagãs mais antigas, os reis também eram os sumos sacerdotes de suas religiões, e em muitos casos, esses sumos sacerdotes reis eram adorados como se fossem deuses. Em Israel, Aarão foi constituído por Moisés, de conformidade com as leis religiosas daquele país. Depois da vinda do Messias de Deus, foi o Criador dos céus e da terra, quem constituiu seu Filho Jesus como sumo sacerdote.

PARA OFERECER. De qualquer forma o ofício sumo sacerdotal era um ministério, porque envolvia várias atividades dentro da hierarquia da classe dos privilegiados da religião judaica. O sumo sacerdote era um tipo administrador de todos os demais sacerdotes levíticos bem como do Tabernáculo e posteriormente dos templos de Jerusalém. Uma das funções mais importantes do sumo sacerdote era justamente uma vez no ano entrar no Santo dos Santos para interceder perante a presença de Deus pelos pecados do povo.

DONS E SACRIFÍCIOS. Estes serviços exercidos pelos sumos sacerdotes envolviam sacrifícios sangrento e incruento. Os dons eram os manjares e as ofertas que os filhos de Israel ofereciam em gratidão a Deus pelos benefícios recebidos com a colheita dos alimentos. Já os sacrifícios de animais e aves eram oferecidos como expiação pelos pecados do povo, como era no caso do dia da expiação, que envolvia o perdão divino.

POR ISSO ERA NECESSÁRIO. O cerimonialismo e o ritualismo praticado pelas castas sacerdotais foram se tornando obsoletos ao ponto do próprio Deus não mais aceitar nem as ofertas nem os sacrifícios como algo agradável. Por isso que Deus fez a promessa de um novo tipo de Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, Jesus Cristo. Jesus substituiu definitivamente o antigo sistema sacerdotal para todo o sempre.

QUE ESTE TAMBÉM TIVESSE. “Este” fala sobre Jesus como Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, conforme a promessa feita por Deus em (Salmos 110:4). A vida e o ministério de Cristo aqui na terra foi uma demonstração de que, após a sua ressurreição seria constituído por Deus Sumo Sacerdote eternamente. Por isso que ele ao subir aos céus, se assentou a destra do trono da Majestade celestial e intercede por nós.

ALGUMA COISA QUE OFERECER. Como todo sumo sacerdote é constituído para oferecer alguma coisa, com Jesus não foi diferente, ele ofereceu a Deus como oferta e sacrifício o que ele tinha de mais precioso, que era a sua própria vida. A morte do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo envolveu a obra perfeita de expiação para realizar o resgate da sua igreja remida. Bem como a propiciação que efetuou a reconciliação com Deus.

Hebreus 8:2

Hebreus 8:2 - Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
MINISTRO. Para o povo judeu, os sacerdotes eram ministros de Deus, isso porque eles ministravam as bênçãos de Deus para todo o Israel. E nisto se aprende com o primeiro sacerdote do qual fala a bíblia, que foi Melquisedeque, que nos primórdios da história de Israel por meio de Abraão, se encontrou com o patriarca e o abençoou. Vindo, pois, a nova dispensação da graça, o ministério sacerdotal de Cristo foi destacado com poder.

DO SANTUÁRIO. Na época da antiga aliança, o santuário, de início também era chamado de Santo dos Santos, que era o local onde somente o sumo sacerdote entrava, uma vez no ano para interceder pelo povo perante o Deus de Israel. Já no tempo do Messias de Deus, este santuário é a própria habitação de Deus, o que o evangelho chama de trono da Majestade celestial. Cristo como ministro da nova aliança, ele está no Santuário de Deus, o mais próximo possível do Deus Todo-poderoso, a sua direita, em lugar de destaque.

E DO VERDADEIRO. Não que o Tabernáculo feito pelos filhos de Israel fosse falso, é tanto que as suas medidas e feituras foram ordenadas pelo Senhor, mas que o escritor aponta em direção de sua transitoriedade. Enquanto que, a morada de Deus, que o autor chama de santuário, é eterna, e nunca jamais, há de passar, bem como o ministério sumo sacerdotal de Cristo, que foi eternamente constituído por Deus para todo o sempre.

TABERNÁCULO, O QUAL. O Tabernáculo terreno dos filhos de Israel era também chamado de tenda da congregação, onde em volta do qual os filhos de Israel se reunião, o que também era chamado de congregação, para adorar ao Senhor Deus de Israel. Mas o Tabernáculo sobre o qual fala o autor nesta frase é a própria morada de Deus, onde habita a Majestade celestial, na luz inaquisecível, em que Cristo está assentado a sua destra. Como ministro do novo pacto entre Deus e a igreja. Jesus é Sumo Sacerdote.

O SENHOR. Geralmente a palavra Senhor dentro das páginas do Novo Testamento é mais direcionada a pessoa bendita de Cristo Jesus, até para destacar o seu senhorio, que já era profetizado antes mesmo de sua vinda, como sendo o Messias de Deus (Daniel 7:14). Bem como ele era esperado como sendo o Filho de Davi, que reinaria eternamente sobre o Israel de Deus. Paulo escreve de como Cristo Jesus se tornou Senhor (Filipenses 2:9-11).

FUNDOU. Quando Deus falou com Moisés a respeito da construção do tabernáculo terreno, o próprio Moisés designou e escolheu dentre os filhos de Israel quem iria trabalhar na construção daquele lugar, que tinha muita importância para o povo de Deus. No entanto, no tabernáculo celestial foi o próprio Deus Criador de todas as coisas quem cuidou em fazer a sua morada eterna. Cristo é o ministro do Tabernáculo de Deus.

E NÃO O HOMEM. Podemos dizer que Moisés mandou construir o Tabernáculo no deserto, o que servia de congregação para os filhos de Israel, Salomão e outros foram encarregados de construírem os templos de Jerusalém, que também eram chamados de Tabernáculo de Deus com o seu povo Israel. Todavia, o Tabernáculo celestial não teve a interferência de nenhum ser humano, porque foi Deus quem Criou o céu dos céus.

Hebreus 8:1

Hebreus 8:1 - Ora, a suma do que temos dito é que temos um Sumo Sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade.
ORA, A SUMA DO QUE TEMOS DITO. Alguns comentaristas chegam a pensar que o escritor seja um dos apóstolos, que até os anos setenta, quando Jerusalém foi destruída, pregava a palavra do evangelho, pelo fato de estar “dito” e não escrito. Mas é mais honesto se pensar que o autor desta carta se refere ao conteúdo mesmo desta missiva, ou o conteúdo do capítulo sete, que trata do mesmo tema deste texto, que é justamente a questão da superioridade do sacerdócio de Cristo, comparado com o aarônico.

É QUE TEMOS. Inclusive é bom notar que o autor se inclui dentre aqueles seus leitores, como fazendo parte do mesmo povo, e porque não dizer da igreja cristã composta de hebreus convertidos do judaísmo para o cristianismo. Agora, porem, não como fazendo parte do sistema sacerdotal levítico, conforme a lei, mas sim, de um novo e melhor sacerdócio, conforme a nova dispensação da graça de Deus, o sacerdócio de Cristo Jesus.

UM SUMO SACERDOTE TAL. De acordo com a lei de Moisés, os sacerdotes comuns eram constituídos da tribo de Levi para os serviços gerais do Tabernáculo e posteriormente dos templos de Jerusalém, enquanto que o Sumo Sacerdote para interceder diante de Deus pelo povo. Cristo é Sumo Sacerdote, porque ele entrou na presença de Deus, e está assentado a destra do trono da Majestade celestial e intercede pelos seus remidos.

QUE ESTÁ ASSENTADO. Os sumos sacerdotes da linhagem de Aarão entravam no Santo dos Santos uma vez no ano, que representava a presença de Deus para interceder, primeiro por ele e depois pelos pecadores. Cristo está assentado junto ao Pai e de contínuo intercede pelos seus servos. Cristo como Filho de Deus, ele suplantou todos os privilégios que tinham os sumos sacerdotes da antiga aliança, eles que entravam rapidamente no santo dos santos, Cristo está assentado à destra de Deus para sempre.

NÓS CÉUS. No caso do sumo sacerdote da linhagem de Aarão, ele entrava somente uma vez por ano, em um lugar que era uma simbologia do que representava a presença de Deus. Já no caso de Cristo Jesus, como Sumo Sacerdote de sua igreja amada, ele entrou foi no próprio céus, onde Deus habita na luz inaquisecível. Os hebreus acreditavam em pelo menos sete níveis de céus, onde estes céus citado pelo autor é o céu dos céus.

A DESTRA. O autor usa uma figura de linguagem que era muito conhecida dos seus leitores, e como uma metáfora ele retrata uma festa em que o convidado principal , que era o líder religioso, no caso o sumo sacerdote, ficava assentado a destra do anfitrião do banquete. De forma que, o Filho de Deus como Príncipe e como Sumo Sacerdote se assentou a destra da Majestade celestial, como alguém merecedor de todas as honrarias.

DO TRONO DA MAJESTADE. João viu na revelação do livro do Apocalipse em que o Cordeiro de Deus estava no meio do trono de Deus em lugar de destaque. Nenhum dos sacerdotes ou dos sumos sacerdotes da tribo de Levi teve este privilégio de entrar nos céus para se assentar a destra do trono de Deus. A igreja de Cristo tem o privilégio de ter tal Sumo Sacerdote que comparece continuamente na presença do Pai como Mediador.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Hebreus 7:28

Hebreus 7:28 - Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.
PORQUE A LEI. Não há dúvida que o autor escreve neste ponto, sobre a lei de Moisés, e certamente sobre aquelas partes em que trata dos assuntos ligados aos sacerdotes levíticos. A lei de Moisés era um amontoado de estatutos que legislava sobre os mais diversos assuntos, tais como: Assuntos de natureza política, social, penal e religioso, até porque Israel seria a partir da entrada em Canaã uma nação independente, que deveria ter leis que pudesse organizar a vida em sociedade como o todo do povo de Israel.

CONSTITUIU SUMOS SACERDOTES. Mas, a parte da lei de Moisés que gerenciava a parte dos serviços religiosos, Moisés determinou que fossem constituídos sacerdotes para os serviços gerais e o sumo sacerdote, que seria da linhagem de seu irmão Aarão. E isso todo não era sem critérios, por isso que a lei organizava esta parte, para que os sacerdotes fizessem parte da tribo de Levi, e isso não podia ser mudado pelos homens.

A HOMENS FRACOS. Em seus argumentos, o escritor procura desmontar completamente o antigo sistema sacerdotal, como se fosse algo que chegou ao seu fim com a chegada do cumprimento de uma promessa feita por Deus para dentro do tempo da nova dispensação da graça. Os filhos de Levi que eram constituídos sacerdotes conforme a lei, bem como os sumos sacerdotes eram homens cheios de fraquezas humanas.

MAS A PALAVRA DO JURAMENTO. O escritor se reporta ao (Salmos 110:4), onde o Criador de todas as coisas, já em uma previsão de futuro para o tempo do Messias, anunciava uma nova promessa quanto a um tipo de Sumo Sacerdote ideal. O juramento era a palavra de garantia de que aquela promessa se cumpriria, porque a palavra dada por Deus era sustentada pela sua fidelidade em cumprir tudo aquilo que ele promete.

QUE VEIO DEPOIS DA LEI. A lei de Moisés foi escrita pelo grande legislador de Israel a mais ou menos mil e quinhentos anos antes da vinda do Messias de Deus. Enquanto que os Salmos foram escritos mais ou menos mil anos a.C. De forma que, a promessa foi feita já dentro de uma necessidade de mudança. A realidade é que o povo obedecia mais a lei, quando no seu princípio, mas com o passar do tempo, a própria lei foi se tornando obsoleta, e a prova disto é que vieram os cativeiros, por conta da desobediência.

CONSTITUIU AO FILHO. Os sacerdotes constituídos pela legislação de Moisés eram filhos de Levi e os sumos sacerdotes filhos de Aarão por descendência. No entanto, o Cristo de Deus, como Sumo sacerdote era igualmente o Filho de Deus. Antes mesmo da sua vinda, já era prometido que o Messias era Filho de Deus por excelência. O seu nascimento milagroso foi uma prova de que Jesus era realmente o filho unigênito de Deus.

PERFEITO PARA SEMPRE. Essa colocação do escritor nos fala da perfeição do sacerdócio de Cristo, como também nos ensina sobre a impecabilidade do Filho de Deus. Os sacerdotes aarônicos eram imperfeitos, é tanto que tinham que oferecer sacrifícios por si mesmos. Enquanto que, o Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, não pecou, não falhou nem se achou engano em sua vida. Portanto, Jesus Cristo é o nosso Sumo Sacerdote ideal.

Hebreus 7:27

Hebreus 7:27 - Que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
QUE NÃO NECESSITASSE. Os sacerdotes aarônicos viviam de forma frenética em oferecer sacrifícios pelos seus próprios pecados e também pelos pecados do povo. E cada vez mais se fazia necessário, porque tantos os próprios sacerdotes quanto o povo cada vez mais se embrenhavam na pecaminosidade. Assim sendo, mais e mais sangue de animais era derramado, na tentativa de resolverem os problemas dos pecados de todo o povo.

COMO OS SUMOS SACERDOTES. Uma das funções preponderante dos sacerdotes da antiga aliança era justamente oferecer sacrifício de animais pelos pecados do próprio sacerdote e também do povo, e com isso interceder na presença de Deus pelo perdão dos pecadores. A questão da repetição e em maior quantidade dos sacrifícios já não mais era aceito como cheiro suave diante do altar dos holocaustos, até porque, isso se tornou uma rotina, porque mais e mais os sacerdotes erravam e o povo pecava contra Deus.

DE OFERECER CADA DIA SACRIFÍCIO. Não se sabe se o autor esta falando de todos os dias ou se ele se refere a cada dia da expiação, que era feito uma vez por ano. Apesar de que, as tradições do tempo em que houve o retorno dos cativeiros, eram de que, os sumos sacerdotes ofereciam todos os dias sacrifícios por si mesmo e também pelo povo. Pode ser que o autor esteja confundindo a função dos sacerdotes com os sumos sacerdotes.

PRIMEIRAMENTE POR SEUS PRÓPRIOS PECADOS. Desde quando foi instituído por Moisés o ofício sacerdotal da tribo de Levi e com a função sumo sacerdotal da linhagem de Aarão, que estava determinado que os sacerdotes teriam que todos os dias oferecer sacrifícios por si mesmo e depois pelo povo, e que no grande dia anual da expiação o sumo Sacerdote teria que oferecer sacrifício pelos seus pecados e do povo igualmente.

DEPOIS PELOS DO POVO. Feito os sacrifícios diários pelos sacerdotes por si mesmo, e no grande dia anual da expiação o sumo sacerdote do mesmo modo. Desta forma é que estariam aptos a sacrificarem pelos pecados do povo. Com o passar do tempo, o povo estava substituindo a obediência à lei, pelos sacrifícios. E por conta disto, os críticos afirmam que os judeus pecavam tanto, que havia a necessidade de sacrifícios diários.

PORQUE ISTO FEZ ELE, UMA VEZ. Vindo o Messias de Deus como sendo Sumo Sacerdote da igreja remida, não mais seria necessária a repetição dos sacrifícios, sejam eles os diários pelos sacerdotes ou o dia da expiação anual pelos sumos sacerdotes. Isso porque o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo foi sacrificado uma única fez para tirar o pecado dos seus remidos. Os sacrifícios de animais cobriam os pecados, mas Cristo aboliu.

OFERECENDO-SE A SI MESMO. O sacrifício expiatório de Cristo foi tão perfeito e bem aceito diante de Deus, que não há mais necessidade de sacrifícios repetitivos para tirar os pecados do povo. A propiciação realizada pelo Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, aplacou definitivamente a ira de Deus, resolvendo o problema dos pecados dos remidos diante da justiça divina. Pois o resultado final do sacrifício perfeito foi à reconciliação com Deus.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...