quinta-feira, 13 de abril de 2017

Hebreus 7:15-16

Hebreus 7:15-16 - E muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar outro sacerdote. Que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível.
E MUITO MAIS MANIFESTO É AINDA. Já era conhecido de todo o Israel, que um dia Deus levantaria um Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, e os leitores desta carta, como hebreus que eram sabiam desta verdade, e quantos deles, antes mesmo da vinda do Messias não esperavam este Sumo Sacerdote? Todos tinham conhecimento que nenhum dos sacerdotes da linhagem de Levi tiveram condições de ser este sacerdote.

SE À SEMELHANÇA DE MELQUISEDEQUE. Porque que o Cristo seria semelhante ao sacerdócio de Melquisedeque? Porque ele, além de ser Sacerdote, também seria rei, como foi o caso de Melquisedeque. Além de ser Sacerdote, teria que também pertencer à tribo de Judá, porque o Cristo também tinha que ser da descendência de Davi. Além do mais deveria ser um sacerdote justo, e o evangelho diz que Cristo é Justiça nossa. Sacerdote de Paz, Já antes de vir a terra, ele já era chamado de Príncipe da paz.

SE LEVANTAR OUTRO SACERDOTE. A implantação da nova dispensação da graça de Deus e fé em Cristo previa a mudança da lei e do sacerdócio. Quando o Salmista, usado pelo Espírito de Deus, falou que o Messias seria Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque, ao mesmo tempo ele estava anunciado a mudança do sacerdote, que não seria do modo tradicional, da casa de Levi, mas seria um Rei Sacerdote de Deus.

QUE NÃO FOI FEITO SEGUNDO A LEI. Esta lei, se refere à legislação de Moisés, que determinava que, o sacerdócio deveria ser constituído da tribo de Levi, e que o sumo sacerdote da linhagem de Arão. O sacerdócio de Cristo entrou na contra mão do que já era uma tradição e uma lei em Israel, porque não seguiu os padrões tradicionais dos hebreus, mas foi em comprimento as profecias messiânicas que já estavam previstas.

DO MANDAMENTO CARNAL. Sobre esta frase, podemos dizer pelo menos duas coisas. A primeira é que, o mandamento carnal, diz respeito à lei que determinava que os sacerdotes deveriam ser da família biológica de Levi. E a segunda, é que por interpretação, a dispensação da lei era baseada em promessas para esta vida presente, com duração temporária, terrena, atendendo aos interesses das coisas deste mundo.

MAS SEGUNDO A VIRTUDE. Agora, o outro Sacerdote que se levantou segundo a ordem de Melquisedeque, assim o foi pelo poder de Deus, porque virtude, neste texto, significa poder. Quando Deus prometeu que levantaria o seu Cristo como Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, ele também disponibilizou seu poder para que a profecia se cumprisse, conforme os seus desígnios e de acordo com a sua vontade.

DA VIDA INCORRUPTÍVEL. Sacerdote eternamente. Como que os filhos de Levi poderiam cumprir este requisito, se todos eles morreram e não reviveram? Agora, o Cristo de Deus, esse sim, se encaixou perfeitamente neste requisito, “eternamente”, porque ele ressuscitou de entre os mortos, foi visto pelos seus, passou quarenta dias com os seus apóstolos e discípulos, subiu ao céu, se assentou a destra de Deus como Sumo Sacerdote.

Hebreus 7:14

Hebreus 7:14 - Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio.
VISTO SER MANIFESTO. Todos os argumentos apresentados pelo autor nesta carta levam a objetivos importantes, que são para apresentar a superioridade do Senhor Jesus Cristo e a perfeição de sua obra em prol de sua igreja remida. De forma que, os hebreus principalmente, conheciam bem a história de Jesus de Nazaré, até porque tudo se deu bem ali em Israel, e é bem provável que muitos desses leitores tivessem vivenciado os fatos acontecidos diante dos seus próprios olhos, porque eles eram também judeus.

QUE NOSSO SENHOR. O autor mais uma vez se inclui em sua mensagem, como alguém que tinha relações fortes de fé com o Senhor Jesus Cristo. Essa expressão “nosso Senhor” era usada por aqueles que haviam aceitado a Cristo não somente como Salvador, mas também como Senhor, e isso implica, em renunciar a própria vontade para ser discípulo do grande Mestre, Cristo Jesus. Esta frase nos fala do senhorio de Cristo.

PROCEDEU. Este verbo nos ensina das origens familiar de Jesus de Nazaré, bem como de quem ele era descendente, quanto a sua genealogia. Os judeus eram pragmáticos em guardarem listas enormes em seus arquivos, retrocedendo no tempo, até onde podiam para provarem suas origens, principalmente quando em suas arvores genealógicas haviam personagens importantes como os patriarcas das doze tribos de Israel.

DE JUDÁ. Esse era o quarto filho do patriarca Jacó com Lia, juntamente com Ruben, Simeão, Levi, Issacar Zebulun e Diná. Essa tribo dos filhos de Israel se tornou a mais importante, porque dela surgiram vários reis que governaram o país inteiro como nação. Dentre os reis que vieram desta tribo podemos destacar Davi, que recebeu de Deus a promessa de que o Messias seria chamado de seu Filho, e assim o foi, (Mateus 1:1).

E CONCERNENTE A ESTA TRIBO. Nas bênçãos proferidas por Jacó e por Moisés sobre esta tribo não há menção de que dela surgiria sacerdotes, nem muito menos sumo sacerdotes. Jacó lhe prometeu que seus irmãos lhe prestariam homenagem, e que o cetro não se arredaria de sua mão, e o legislador não se apartaria de seus pés. Já Moisés disse de Judá Deuteronômio 33:7 - Ouve, ó Senhor, a voz de Judá, e introduze-o no seu povo; e tu lhe sejas em ajuda contra os seus inimigos. Reis sim, sacerdotes não.

NUNCA MOISÉS. Moisés foi um grande escritor e legislador do povo judeu, é tanto que se atribuem a ele os cinco primeiros grandes livros da bíblia, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Além de proferir grandes e eloquentes discursos para os filhos de Israel em suas peregrinações pelo deserto, mas em nenhum momento ele falou sobre que da tribo de Judá sairia ou se levantaria uma linhagem sacerdotal.

FALOU DE SACERDÓCIO. Este ofício foi designado exclusivamente para os descendentes de Levi, que era o terceiro filho de Jacó com Lia. Enquanto que os sumos sacerdotes seriam designados a partir de Arão seu irmão. Mas, da tribo de Judá, Moisés não designou que fosse levantado sacerdotes, apesar de que Davi, por um momento, se pôs a sacrificar em lugar de sacerdote, mas não que a legislação de Moisés determinasse isso.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Hebreus 7:12-13

Hebreus 7:12-13 Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei. Porque aquele de quem estas coisas se dizem pertence à outra tribo, da qual ninguém serviu ao altar.
PORQUE, MUDANDO-SE O SACERDÓCIO. Não se fala em sacerdote antes de Melquisedeque, e depois de Melquisedeque, veio então os sacerdotes da casa e família de Levi, e com isso houve mudanças dos costumes, com a implantação de muitas leis relacionadas ao sacerdócio. Com a implantação da nova dispensação, da mesma maneira ouve profundas mudanças neste ofício, porque conforme a promessa de Deus, Jesus foi constituído Sumo Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.

NECESSARIAMENTE SE FAZ TAMBÉM MUDANÇA. A vida e o ministério de Cristo foi um ensaio do que viria a ser depois da sua ressurreição e ascensão para se assentar a destra do trono da graça, que é o Santo dos Santos. Assim sendo, aconteceram profundas mudanças nas ordens das coisas, em que o sistema de sacrifícios repetitivos foram substituídos, por um único e suficiente sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus.

DA LEI. O ofício sacerdotal na época da velha dispensação da lei, era tão importante para os filhos de Israel, que o grande legislador Moisés escreveu um grande livro chamado Levítico com os direitos e deveres dos sacerdotes. Já no tempo da nova dispensação, a lei que rege as regras do sacerdócio de Jesus é justamente o evangelho da graça de Deus. No evangelho de Cristo encontramos as diretrizes deste ofício sumo sacerdotal de Cristo.

PORQUE AQUELE. É correto dizer que, o autor está se referindo ao Senhor Jesus, ele que foi feito Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Já durante a sua vida e ministério aqui na terra, o Cristo de Deus cumpria os requisitos profetizados nas Sagradas Escrituras, de que ele seria efetivamente este Sumo Sacerdote. Muito mais, depois de sua ressurreição e ascensão, porque seu sacerdócio não tem mais interrupção.

DE QUEM ESTAS COISAS SE DIZEM. Os sacerdotes levíticos, até mesmos os mais importantes e influentes, tinham seus ofícios interrompidos quando morriam, sendo necessário serem substituídos por outro. O sacerdócio de Cristo é superior, porque ele está assentado a destra do trono da graça, junto ao Pai, e de contínuo intercede pelos seus servos que cometem algum tipo de falha, pecado ou transgressão.

PERTENCE À OUTRA TRIBO. Não se admitia que nenhum sacerdote que era constituído pelos filhos de Israel ser de outra tribo, senão da tribo de Levi, porque isto estava garantido pela legislação de Moisés. No caso de Cristo, conforme a lei de Moisés, jamais os hebreus aceitariam de que ele fosse sacerdote, muito mais Sumo Sacerdote, até porque ele pertencia à tribo de Judá, de onde nunca ninguém foi feito sacerdote.

DA QUAL NINGUÉM SERVIU AO ALTAR. Da tribo de Judá, era uma tradição se reconhecer que, dela surgiram muitos reis e monarcas importantes, disto se tira o cumprimento de uma profecia messiânica de que o Messias seria rei da descendência de Davi, o que se tornou verdade. Porem, nunca como sacerdote reconhecido pela lei de Moisés. Isso era algo que os hebreus não aceitariam, porque era contra a legislação de Moisés.

Hebreus 7:11

Hebreus 7:11 - De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?
DE SORTE QUE, SE A PERFEIÇÃO. A verdade é que, nem a lei de Moisés e nem o sacerdócio de Arão tinham como objetivo a perfeição do povo de Israel, pelo contrário, as exigências da legislação de Moisés mostrou aos hebreus o quanto o ser humano é falho, fraco e pecador. Agora, a nova dispensação da graça, tem demonstrado sua eficácia na perfeição dos remidos, a partir do sacrifício expiatório do Cristo de Deus.

FOSSE PELO SACERDÓCIO LEVÍTICO. É claro que o sacerdócio levítico teve o seu inegável papel de por um determinado tempo orientar o povo de Israel sobre os serviços que se devia prestar a Deus, por meio do tabernáculo e depois nos templos de Jerusalém. Porque tudo isso era uma tipologia do que de fato Deus estava preparando para a sua igreja, por meio do Sumo Sacerdote Eterno, segundo a ordem de Melquisedeque, Jesus.

PORQUE SOB ELE O POVO RECEBEU A LEI. Enquanto Moisés estava vivo, antes da entrada do povo na terra de Canaã, porque nem o próprio Moisés entrou na terra prometida, era o próprio Moises quem ensinava a lei aos hebreus, até porque o próprio Moises era também da tribo de Levi. Mas depois de Moisés, Arão e seus descendentes ficaram responsáveis pela aplicação das ordenanças, mandamentos e juízos da lei.

QUE NECESSIDADE HAVIA LOGO DE OUTRO. Se a lei de Moisés e o sacerdócio levítico fossem completos e eternos, não haveria a necessidade de um novo pacto e um novo sacerdócio. Este outro Sacerdote, se refere a Cristo Jesus nosso Senhor, ele que antes mesmo de se manifestar ao povo hebreu, já era esperado como Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Este outro Sacerdote veio para o bem de todos.

SACERDOTE SE LEVANTASSE. Por conta da profecia messiânica do salmista, de que Deus levantaria um Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque (Salmos 110:4), muitos se levantaram se dizendo sacerdotes segundo esta ordem, que não faziam parte da ordem de Arão como os Macabeus. No entanto, nenhum deles cumpria o requisito eternamente, porque morriam. Jesus morreu, mas ressuscitou para nunca mais morrer.

SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE. Por que, segundo a ordem de Melquisedeque? Por que este sacerdote do Deus altíssimo não pertencia à tribo de Leve, nem se tem como provar que Levi também pertenceu a esta genealogia de Melquisedeque. Em Israel, só podia ser sacerdote se pertencesse à tribo de Levi. Jesus jamais se encaixaria na categoria de sacerdote, a não ser segundo a ordem de Melquisedeque. Jesus na verdade era da tribo de Judá e não da tribo de Levi.

E NÃO FOSSE CHAMADO SEGUNDO A ORDEM DE ARÃO. Os próprios sacerdotes e sumos sacerdotes da ordem de Arão viviam de olho para que não se levantasse ninguém como líder religioso em Israel, se não pertencesse à tribo de Levi, o terceiro filho de Jacó com Lia. Por isso que, Jesus foi tão perseguido pelos líderes religiosos dos judeus de sua época.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Hebreus 7:10

Hebreus 7:10 – Porque ele ainda estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque lhe saiu ao encontro.
PORQUE ELE. O autor se reporta a Levi, que era filho de Jacó ou Israel, de quem era pertencente à tribo de Levi, de onde veio Aarão, como primeiro sacerdote ou sumo sacerdote do povo hebreu. Levi era o terceiro filho de Jacó com Lia, e este nome tem dois significados, o próprio que quer dizer “unir” que segundo os rabinos expressava o desejo de Lia de se unir ou juntar com Abrão. E o segundo que foi adquirido significa “sacerdote”, de onde surgiu o ofício sacerdotal a partir de Aarão e os seus descendentes.

AINDA ESTAVA. Histórias mais antigas e tradições dos povos orientais dão conta de que havia nos tempos bíblicos a crença de que, os descendentes de um clã, tribo ou família, já eram supostamente acumulados sobre a vida dos principais líderes do povo de mesmas origens. De forma que, o escritor dá a entender, baseado nestas crenças que já no tempo de Abraão Levi já subsistia ainda que na genética do patriarca dos hebreus.

NOS LOMBOS. Para alguns povos, essas crenças eram de que os descendentes dos homens mais importantes já existiam na cabeça ou no pensamento de tais lideres de famílias de destaques, como se as clãs fossem planejadas com antecedência. Já para outros povos, que parece ser o caso dos hebreus, estes descendentes eram carregados nos rins, o que o autor neste caso chama de lombos, o que aponta de que Levi já estava impregnado na genética do patriarca Abraão, quando se encontrou com Melquisedeque.

DE SEU PAI. Alguns pensam que o autor está se referindo a Jacó ou Israel, de quem era filho Levi, e que era o patriarca mais próximo de Levi por seu o seu pai. Mas, na realidade o autor se refere a Abraão que dentre os três patriarcas era o mais ilustres para os hebreus. Assim sendo, na alegoria feita pelo escritor, Levi já se encontrava na genética de Abraão, quando esse reconheceu que Melquisedeque era sacerdote de Deus.

QUANDO. Certamente o autor tem em mente o evento registrado em Gênesis 14:18-20 - E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra. E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo. É sobre este encontro que escreve o autor.

MELQUISEDEQUE. Este homem era alguém muito importante naquela mesma região e a prova disto é que ele era rei de Salém. E um aspecto mais importante ainda sobre este personagem é que além de ser o governante do seu povo, ele também era um sacerdote do Deus Altíssimo, o que o diferencia dos demais reis que haviam em sua época. Melquisedeque era um rei poderoso, mas também era rei de justiça e de paz.

LHE SAIU AO ENCONTRO. Todas as lideranças daquela época tinham seus espias e informantes de tudo que acontecia em toda a região. Tomando conhecimento de que Abraão tinha guerreado contra quatro reis e os havia vencido, Melquisedeque, que também era rei de paz, foi ao encontro do patriarca para estabelecer paz com ele. Tendo Abraão encontrado o rei, lhe pagou o tributo devido do dízimo conforme era seu dever.

Hebreus 7:8-9

Hebreus 7:8-9 - E aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.
E AQUI CERTAMENTE TOMAM DÍZIMO. Aqui se refere entre os hebreus ou judeus para quem esta carta estava sendo escrita, e se reporta aos filhos de Israel, que conforme a tradição e a legislação de Moisés eram obrigados a cumprir tais mandamentos. Neste próprio texto tem dois verbos que descrevem a forma de como os levitas eram beneficiados com os dízimos dos seus irmãos, que eram “tomar e receber”.

HOMENS QUE MORREM. O próprio Aarão que foi o primeiro e talvez o mais importante deles, teve o seu ministério interrompido, quando teve que passar para outro, quando de sua morte. E assim foi com todos os seus sucessores que vieram depois dele, todos tinham um limite de tempo no exercício de suas funções sacerdotais, porque todo ser humano tem o dia do seu nascimento, mas já traz consigo a certeza de sua partida.

ALI, POREM, AQUELE DE QUEM SE TESTIFICA. Não há registros nas tradições faladas ou escritas sobre as origens ou a morte de Melquisedeque, o que se tornava em um mistério para os hebreus, a vida e o destino deste homem. Haviam diversas crenças sobre a vida deste homem, rei e sacerdote, e uma delas seria a lenda de que ele não morreu, mas que havia sido arrebatado, como foi o caso de Enoque e de Elias também.

QUE VIVE. O simples fato de que não há registro da morte deste sacerdote do Deus Altíssimo, já era motivo de sobra para as muitas especulações a este respeito, porque se perguntavam: Se ele não morreu, é porque continua vivo em algum lugar, assim sendo, como ele tinha um laço de comunhão muito forte com Deus, que é o Senhor da vida, as crenças de que ele havia sido arrebatado por Deus se robusteciam muito.

E POR ASSIM DIZER, POR MEIO DE ABRAÃO. O escritor volta à comparação entre o patriarca Abraão e o sacerdote Melquisedeque, porque no final das contas, a intenção do escritor é transferir a tipologia de Melquisedeque para Jesus, ele que é Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque. Os hebreus acreditavam muito na questão da genética em que o homem já estava presente no mundo por meio dos seus antepassados.

ATÉ LEVI, QUE RECEBE DÍZIMO. Desta forma, o autor transfere de Abraão para Levi que era um dos seus descendentes, e que nasceu muitos anos depois, como se Levi estivesse ainda que indiretamente na vida de Abraão, quando este se encontrou com o rei de justiça e paz Melquisedeque e que lhe pagou o tributo ou imposto divido por passar pelo seu território, e por pertencer aos domínios daquele rei, que era sacerdote. Os levitas recebiam dízimo dos seus irmãos, porque não receberam herança em Canaã.

PAGOU DÍZIMO. O dízimo não tem nada a ver com o que se chama de dever religioso, mas fala da décima parte de alguma coisa. No caso de Abraão e Melquisedeque, o patriarca não fez um dever religioso, até porque os despojos eram preço de sangue, em que Abraão fez guerra contra vários reis, matou todo mundo e saqueou os bens deles. O que Abraão fez naquela época, se fosse hoje, ninguém aceitaria um dízimo deste tipo.

Hebreus 7:6-7

Hebreus 7:6-7 - Mas aquele, cuja genealogia não é contada entre eles, tomou dízimos de Abraão, e abençoou o que tinha as promessas. Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior.
MAS AQUELE CUJA GENEALOGIA NÃO É CONTADA. O autor esta falando a respeito de Melquisedeque, ele que era rei de justiça, que também era rei de Salém, ou seja, rei de paz, e que também era sacerdote do Deus Altíssimo, porque certamente servia e invocava somente o Deus único e verdadeiro, Criador de todas as coisas. Não havia escriba nem historiador algum que pudesse encontra qualquer registro nem dos antepassados nem dos descendentes de Melquisedeque, e isso é um mistério de Deus.

ENTRE ELES. Mas alguém poderia questionar ou pensar que Melquisedeque fosse um dos antepassados de Abraão, porem, isso não se tem como provar porque os hebreus eram cautelosos em estudarem as raízes familiares de todas as gerações. Portanto, retrocedendo até Noé, não tinha como se descobrir que os levitas tivessem como seu antepassado o sacerdote Melquisedeque, ele que viveu na época do próprio Abraão.

TOMOU DÍZIMO DE ABRAÃO. Qualquer historiador que faz relatos de histórias antigas que forem consultados, que não fizerem uma análise com a paixão da religião, seja o judaísmo ou o cristianismo, vai afirmar que este dízimo não tem nada a ver com religião, mas sim, que o pagamento feito por Abraão a Melquisedeque, foi um tributo financeiro, porque Abraão teve que passar pelo território do rei Melquisedeque, rei de justiça.

E ABENÇOOU. Ninguém tem como defender a tese de que Melquisedeque tenha abençoado a Abraão porque ele tinha lhe pagado o tributo do dízimo. Isso era uma obrigação de Abraão. Além do mais, há quem defenda de que Abraão pagou o tributo, porque quis barganhar com Melquisedeque, que se quisesse, poderia ter enfrentado a Abraão em uma guerra, já que Melquisedeque era rei, e certamente tinha exercito.

O QUE TINHA AS PROMESSAS. Os historiadores judeus afirmam que Melquisedeque abençoou a Abraão, porque ele era um rei justo, e como o patriarca lhe pagou o tributo de forma correta, como também ele era um rei de paz. Além do mais, Melquisedeque tinha conhecimento de que Abraão era um homem de Deus e que sobre ele estavam as promessas de Deus. É bem provável que as histórias sobre Abraão já circulavam.

ORA, SEM CONTRADIÇÃO ALGUMA, O MENOR. Todos os argumentos utilizados pelo autor têm fortes possibilidades de convencer aos leitores desta carta, eles que provavelmente eram seguidores do cristianismo, mas que vieram do judaísmo. Agora, este novo argumento era aceito por todos, em que o menor só poderia ser abençoado por alguém que era mais importante do que ele, isso é fato incontestável e lógico.

É ABENÇOADO PELO MAIOR. Neste caso, o maior é Melquisedeque e o menor é Abraão. Este argumento deve ter causado um impacto muito grande para os leitores desta carta, mas ele representa a verdade. Como os levitas procederam dos lombos de Abraão, pela lógica do escritor, o sacerdócio de Melquisedeque, que é uma tipologia do sacerdócio de Cristo, é mais importante do que o sacerdócio de Aarão e dos levitas.

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