domingo, 12 de fevereiro de 2017

Gálatas 3:22

Gálatas 3:22 - Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.
MAS A ESCRITURA. Geralmente os escritores usam a palavra Escrituras no plural se reportando a todas as literaturas religiosas do povo judeu. Alguns comentaristas bíblicos chegam a dizer que, o uso da palavra Escritura no singular é porque havia a intenção do apóstolo dos gentios, em destacar a lei específica de Moisés, que os judeus tinham tanto respeito e consideração que separavam os escritos de Moises dos demais, principalmente os judeus ortodoxos, como sendo vinda de Deus, e das mãos de Moisés.

ENCERROU TUDO. Essa é uma expressão que tipifica a lei como uma masmorra em que alguém ficava preso sem ter nenhum tipo de liberdade, ao ponto de não ter direito nem de ver a luz do sou, porque era um cárcere bem profundo, nas partes mais baixa de uma prisão pública. Aqueles que se submetiam as exigências da legislação de Moisés, principalmente quem era circuncidado, porque assumia compromisso de fidelidade, se sentiam presos aos mandamentos e estatutos da lei, para o resto de suas vidas.

DEBAIXO DO PECADO. Este era o julgo a que eram submetidos os que viviam sob a lei de Moisés, isso porque, em tudo os seguidores do judaísmo viam pecado, e desta forma, se transformavam em escravos e não livres. A opressão era o que prevalecia, e o medo era dominante, porque as regras eram rígidas, e se alguém quebrasse qualquer um dos mandamentos da lei, já era esperando o castigo e a repreensão como recompensa.

PARA QUE A PROMESSA. Como Deus é misericordioso, compassivo e benevolente, lembrou-se da promessa feita ao patriarca Abraão de por meio do seu descendente, o Cristo, abençoar todas as nações do mundo, os gentios. No entendimento de Paulo, a promessa feita a Abraão não se cumpriu nos seus descendentes, Isaque, Jacó e os filhos de Israel como nação, mas vindo o Messias de Deus, a promessa se cumpria na Igreja.

PELA FÉ. Abraão tomou posse da promessa de Deus, por isso que está escrito: E creu Abraão e isso lhe foi imputado como justiça. Da mesma forma é que os remidos de Cristo tomam posse da promessa de Deus, crendo em Cristo Jesus, como sendo o descendente de Abraão sobre o qual todas as nações do mundo são abençoadas. Nesta nova aliança de Deus com a igreja de Cristo, os salvos entram simplesmente com a sua fé em Cristo.

EM JESUS CRISTO. Uma das frases mais conhecidas em termos de soteriologia é aquela que diz: Crer no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua casa. E outra vez: Para que todo aquele que nele crer, não pereça mais tenha vida eterna. Quem quiser tomar posse da promessa de Deus, tem que crer no poderoso nome de Cristo Jesus e na sua obra perfeita de redenção. Em Jesus Cristo, Deus estava reconciliando o mundo consigo mesmo.

FOSSE DADA AOS CRENTES. Pela fé é que os discípulos de Cristo tomam posse das promessas de Deus. Desde os tempos da igreja primitiva que os servos de Cristo e todos aqueles que se convertiam ao cristianismo eram chamados de crentes, e isso, muito mais nos dias de hoje. Crentes, porque acreditam que Jesus Cristo é o Messias de Deus, que se manifestou como sendo o Emanuel, Deus entre os homens para salvar os homens.

Gálatas 3:20-21

Gálatas 3:20-21 - Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um. Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.
ORA, O MEDIANEIRO. O medianeiro é alguém que se interpõe entre duas ou mais partes para facilitar a negociação de um acordo ou aliança, que também serve de intercessor ou interlocutor. No caso da dispensação da lei, os filhos de Israel tiveram Moisés, e no caso de Moisés e Deus, o escritor diz no texto anterior que tiveram os anjos. Mas no que diz respeito à nova dispensação da graça de Deus com a humanidade, só teve um Mediador que é Cristo Jesus, o Emanuel, que era Deus entre os homens e pelos homens.

NÃO É DE UM SÓ. O autor usa uma metáfora para explicar o caso da antiga e da nova aliança de Deus com os homens. No caso da lei, não houve apenas um medianeiro mais no caso, tiveram dois, entre Deus e o povo, o primeiro foram os anjos e depois Moisés, que para o escritor era sinal de fragilidade. Quando na aliança de Deus com a igreja, somente um, que foi o Príncipe e Filho de Deus, Jesus Cristo, conforme (1 Timóteo 2:5).

MAS DEUS É UM. Agora, quanto à aliança com o patriarca Abraão, mediante o seu descendente ou com o seu povo Israel por meio da lei, e ainda a nova aliança da graça divina, em todos estes casos uma das partes envolvida era o mesmo Deus, ele que é único e verdadeiro. O que Paulo esta explicando é que o mesmo Deus que fez promessas a Abraão, como também fez aliança com Israel, é o mesmo que enviou o Messias.

LOGO, A LEI É CONTRA AS PROMESSAS DE DEUS? Paulo quer saber dos seus opositores, que eram judaizantes e provavelmente também os cristãos legalistas de Jerusalém, se a lei, que veio muitos anos depois, teve o intuito de anular as promessas feitas a Abraão? Deus em sua fidelidade não iria estabelecer uma aliança com o objetivo de desfazer uma outra, que a muitos anos atrás, havia firmado com o patriarca da nação de Israel, Abraão.

DE NENHUMA SORTE. A lei não teve o efeito de desfazer as promessas feitas anteriormente com o patriarca Abraão. A lei foi dada por Moisés ao povo de Israel para cumprir seu propósito de mostrar aquela nação que as promessas são mais importantes do que um código de lei, escrito para exigir seu cumprimento, coisa que não foi possível. De sorte que, as promessas feitas a Abraão sempre estiveram de pé, mesmo com a lei.

PORQUE, SE FOSSE DADA UMA LEI QUE PUDESSE VIVIFICAR. Os estudiosos da legislação de Moisés sabem que, a contrapartida da lei de Moisés era para esta vida presente, com propostas de bênçãos materiais. Não se verifica dentro do escopo da legislação de Moisés promessas referente à vida eterna ou salvação, como se tem na nova dispensação da graça de Deus. Vivificar, neste caso, é viver para a vida eterna ou salvação eterna.

A JUSTIÇA, NA VERDADE, TERIA SIDO DA LEI. Se na lei de Moisés tivesse as mesmas promessas para esta vida, mas principalmente para a vida futura, após a morte física, como estão propostas na nova dispensação da graça. Então, não seria necessário um novo pacto, que foi firmado por Deus com a humanidade, por meio de Jesus Cristo, ele que como único Mediador entre Deus e os homens, implantou a dispensação da graça.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Gálatas 3:19

Gálatas 3:19 - Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.
LOGO, PARA QUE É A LEI? Os judaizantes supervalorizavam a legislação de Moisés e a defendiam como único meio de se fazer a vontade de Deus e ganhar as suas bênçãos. Já os cristãos legalistas pregavam o evangelho, mas também afirmavam de que, mesmo alguém tendo se convertido ao cristianismo, precisava guardar a lei de Moisés. Paulo continua suas explicações e traz essa pergunta importante dentro deste debate, para que serve a lei de Moisés? Por que ela foi instituída para os filhos de Israel?

FOI ORDENADA POR CAUSA DAS TRANSGRESSÕES. Quando o escritor coloca a palavra “ordenada” parece ser de propósito, porque a lei tinha que ser cumprida por todos os seguidores do judaísmo em todas as suas exigências. A lei foi ordenada para mostrar aos filhos de Israel o quanto o ser humano é tendencioso ao erro mesmo. A prova disto é que, o povo judeu não teve condições de guardar fielmente as exigências da lei de Moisés.

ATÉ QUE VIESSE A POSTERIDADE. Paulo aponta que, a lei de Moisés tinha data de validade e que chegando esta data, se venceu. Essa posteridade é o descendente de Abraão, sobre quem a promessa devia se cumprir, e esta posteridade é Jesus Cristo. A vinda de Cristo proporcionou um novo tempo para a humanidade, porque se cumpria nele a promessa feita a Abraão, que nele todas as nações do mundo seriam abençoadas.

A QUEM A PROMESSA. Os filhos de Israel não tinham olhos nem visão para enxergar de que a promessa de Deus ao patriarca Abraão era para o tempo do Messias, mas eles só compreendiam de que, Isaque, Jacó e os seus descendentes eram os herdeiros das promessas feitas ao mais ilustre dos patriarcas, Abraão. No entanto, Paulo mostra neste particular que a promessa tinha sido direcionada ao descendente ilustre, Jesus Cristo.

TINHA SIDO FEITA. Para o apóstolo dos gentios, os judaizantes tinham feito uma interpretação errada da aliança feita entre Deus e Abraão, quando pensavam de que a promessa tinha sido feita para os descendentes de Abraão e não ao Messias. Por isso que os judeus não aceitaram de que Jesus de Nazaré seria este descendente de Abraão, porque não acreditaram que Jesus era o Messias prometido por Deus.

E FOI POSTA PELOS ANJOS. O autor volta a falar sobre a lei, ao destacar mais um ponto fraco da legislação de Moisés. Era cresça comum entre os judeus que a lei de Moisés havia sido mediada entre Deus e Moisés por meio de anjos. E com isso se perguntava: Por que Deus não tratou diretamente com o seu povo na entrega da lei? Mas, com relação à nova dispensação, Deus se utilizou do seu próprio Filho como mediador da nova aliança.

NA MÃO DE UM MEDIANEIRO. Este medianeiro a quem se reporta o escritor, diz respeito ao grande legislador dos judeus, Moisés. Quer dizer, entre Deus e o povo, havia dois medianeiros, os anjos e depois Moisés. Já a nova aliança, só existe um Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, ele que é o Filho de Deus e também o Emanuel, ou seja, Deus entre os homens. Para Paulo, a nova aliança estava validada por Deus em Cristo.

Gálatas 3:18

Gálatas 3:18 - Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão.
PORQUE, SE A HERANÇA. Esta herança, diz respeito à posse de alguma coisa, que no caso em foco, diz respeito ao cumprimento da aliança feita a Abraão por Deus, que se cumpriu na igreja de Cristo, composta de todas as nações do mundo, e não nos descendentes físicos do patriarca. No caso da lei de Moisés, a posse da herança era terrena e material, porque as promessas eram para esta vida terrena. Mas no caso das promessas espirituais feitas a Abraão são eternas, o que resulta na salvação para a igreja remida de Cristo.

PROVÉM DA LEI. Em se tratando dos homens, quando em uma aliança ou acordo, se espera uma só palavra das partes, até porque duplicidade significa quebra de contrato ou acordo. Muito mais com Deus, ele prometeu a Abraão abençoar todas as nações do mundo por meio do seu descendente, que é Cristo. Desta forma, a posse da promessa não poderia se dar pela lei, até porque a promessa feita a Abraão foi antes da lei, quatrocentos e trinta anos antes de vir à lei, conforme o escritor deixa explícito.

JÁ NÃO PROVÉM DA PROMESSA. Se a posse do que Deus havia acordado com Abraão fosse pela lei, já não seria pela promessa feita ao patriarca Abraão, ou uma coisa ou outra, ou prevalece á lei ou a promessa, não poderia ser pelas duas, até porque são alianças deferentes e opostas uma da outra. Certamente Paulo estava se defendendo dos cristãos legalistas que defendiam a conversão ao cristianismo sem deixar de cumprir a lei.

MAS DEUS. A validação da aliança baseada na promessa, que era para todas as nações do mundo, por meio do descendente, que era Cristo, e não Isaque, não foi feita por um homem fraco, que para defender seus interesses, hoje diz uma coisa e amanhã já diz outra. Mas, a promessa feita ao patriarca Abraão foi feita pelo Deus único e verdadeiro Criador de todas as coisas, aquele que não mente, e conforme as Escrituras, não muda.

PELA PROMESSA. A aliança feita por Deus a Abraão não se cumpriu na lei de Moisés, ou na antiga dispensação da lei, mas ela teve o seu fiel cumprimento baseada na promessa, que estava se cumprindo na nova dispensação da graça, com o exercício da fé em Cristo Jesus, que foi destacado pelo apóstolo dos gentios, como o descendente de Abraão sobre quem a promessa havia sido feita, e não em um código de lei, que não deu certo.

A DEU GRATUITAMENTE. Essa é uma expressão que representa a graça de Deus sobre o patriarca Abraão, o que na nova dispensação se traduz por aliança da graça. A promessa foi feita a Abraão sem que ele tivesse que cumprir nenhuma exigência feita por uma lei. Quando se diz que Deus deu a promessa a Abraão gratuitamente, isso quer dizer que foi por graça, ou um favor não merecido, porque graça significa justamente isso.

A ABRAÃO. Este patriarca era chamado pelo povo de Israel como o pai de toda aquela nação, enquanto que o apóstolo dos gentios a classifica de pai de todos os que creem. A aliança feita entre Deus e Abraão, baseada na promessa é uma tipologia do que havia de acontecer com a aliança de Deus com a igreja de Cristo, em que o Mediador desta aliança é o descendente de Abraão, o Messias de Deus, o Emanuel que é o Cristo de Deus.

Gálatas 3:17

Gálatas 3:17 - Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.
MAS DIGO ISTO: QUE TENDO SIDO A ALIANÇA. Anteriormente o autor usa a expressão: Como homem falo. Agora, ele afirma: Mas digo isto. Denotando sua opinião pessoal sobre esse assunto, e que sua defesa conta com o respaldo das Sagradas Escrituras dos judeus. Esta aliança sobre a qual se reporta o escritor, diz respeito à aliança de Deus com o patriarca Abraão, em que o Senhor faz promessa, não a descendência biológica de Abraão, mas sim, a espiritual, que para Paulo teve o seu cumprimento em Cristo Jesus.

ANTERIORMENTE CONFIRMADA. O apóstolo dos gentios, em combate ao legalismo da lei que estava invadindo as igrejas por ele fundadas, e em defesa do evangelho da graça de Deus e da fé em Cristo, ele fala da validação da aliança de Deus com Abraão baseada em promessas de abençoar os gentios por meio de Cristo. E destaca o fato de que a aliança de Deus com Abraão, que se cumpriu em Cristo, o Messias, foi primeiro do que a lei.

POR DEUS. A lei era conhecida pelos filhos de Israel, como sendo a lei de Moisés, um homem. Porem, a aliança de Deus com Abraão que se cumpriu em Cristo e na nova dispensação da graça para todas as nações do mundo, os gentios, foi confirmada pelo próprio Deus. Esta aliança referida pelo escritor foi para o descendente que é cristo, e as promessas, foram feitas em que todas as nações seriam abençoadas por meio de Cristo.

EM CRISTO. Como que a aliança seria confirmada por Deus em Cristo? Paulo esta explicando de que, a aliança de Deus com Abraão em que destaca o “descendente” e não os descendentes, os israelitas, era uma profecia messiânica que teve seu fiel cumprimento na pessoa bendita de Cristo Jesus. É tanto que, a lei não conseguiu ser uma bênção para os judeus, mas a nova aliança em Cristo era uma bênção para os gentios.

A LEI QUE VEIO QUATROCENTOS E TRINTA ANOS DEPOIS. Esta lei sobre a qual se refere o escritor diz respeito à legislação de Moisés. Sobre os quatrocentos e trinta anos citados pelo autor, não se sabe que tipo de cronologia foi usada pelo escritor e há vários pontos de vista quanto a isto. Não vamos entrar nos detalhes, mas apenas destacar de que, a lei de Moisés veio muitos anos depois que a aliança em Cristo já estava confirmada.

NÃO HÁ INVALIDA. De forma que, a lei não invalida a aliança que Deus tinha anteriormente confirmado com Abraão e que se cumpriria em seu “descendente” o Messias que haveria de se manifestar na plenitude dos tempos, em que por meio de Cristo, todas as nações do mundo seriam abençoadas, isso pela promessa feita a Abraão. Para as igrejas gentílicas, o que deveria prevalecer, seria a aliança da graça e não a lei.

DE FORMA A ABOLIR A PROMESSA. Que promessa? Aquela feita a Abraão que, por meio do seu “descendente” que foi o Messias, e não pelos seus descendentes, os israelitas, todas as nações do mundo seriam abençoadas ou benditas. Essa promessa não se cumpriu com os judeus, até porque eles monopolizaram o judaísmo, mas ela estava se cumprindo na igreja de Cristo, que era composta de todas as nações do mundo.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Gálatas 3:16

Gálatas 3:16 - Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.
ORA, AS PROMESSAS. Certamente o autor fala sobre as nações que seriam benditas, por meio das promessas feitas a Abraão, e que no tempo da lei, não teve o seu cumprimento, porque diziam respeito às muitas nações, que no caso da lei, somente uma nação foi beneficiada, que foi a nação de Israel. Já o cumprimento da promessa para os gentios se encaixava como fidelidade de Deus, porque em Cristo Jesus, mediante o novo pacto ou nova aliança da graça de Deus, todas as nações passaram a ser abençoadas por Deus.

FORAM FEITAS A ABRAÃO. Na época em que o patriarca vivia sobre a terra, as pessoas seguiam seus próprios caminhos, adorando e venerando os ídolos e as imagens de esculturas. Porem, Abraão foi achado justo perante os olhos de Deus, ele que adorava e servia ao Criador de todas as coisas, ele que era o Deus único e verdadeiro. Abraão achou graça aos olhos de Deus, e com isso, o Senhor lhe fez promessas de bênçãos.

E A SUA DESCENDÊNCIA. Paulo retoma o tema, quando se aproveita da gramática, em que nos escritos de Moisés, a palavra está no singular e não no plural, se estivesse no plural, seria para os descendentes biológicos de Abraão, ou seja, os israelitas. Mas como a palavra esta posta no singular, o escritor direciona para o Cristo de Deus, como sendo este descendente de Abraão. Os judaizantes não tinham como contestar tal argumento.

NÃO DIZ: E ÀS DESCENDÊNCIAS. Percebe-se que, o escritor se utiliza em sua defesa as Sagradas Escrituras dos próprios seus opositores, eles que se diziam defensores da legislação de Moisés, para refutar a tese dos seguidores do judaísmo, de que os cristãos eram obrigados a guardarem a lei de Moisés, tanto quanto os seguidores do judaísmo ou os cristãos legalistas de Jerusalém. Portanto, as promessas não eram para os israelitas.

COMO FALANDO DE MUITAS. Os judeus guardavam em seus arquivos, listas enormes de nomes, dos seus antepassados, com o objetivo de provarem de que eles faziam parte da árvore genealógica do patriarca Abraão. Só que, na tese de Paulo, o cumprimento das promessas feitas ao patriarca Abraão, era interrompida, quanto as suas posteridades, quando ele espiritualiza o texto de Gênesis e descobre que a promessa chegou a Cristo.

MAS UMA SÓ: E À TUA DESCENDÊNCIA. Como que as promessas de Deus feitas ao patriarca Abraão chegou a se cumprir em Cristo? Porque segundo Paulo e seu argumento de defesa, Deus falou ao patriarca sobre seu descendente e não sobre suas posteridades biológicas. Realmente as duas genealogias empregadas nos evangelhos de Mateus e Lucas, fazem com que Jesus chegue até ao patriarca Abraão de quem era descendente.

QUE É CRISTO. Para os judaizantes ou para os cristãos legalistas de Jerusalém, a posteridade de Abraão seria em Isaque, Jacó e dai em diante. No entanto, para o apóstolo dos gentios, o descendente de Abraão em quem se cumpriram as promessas feitas ao patriarca, seria o Cristo de Deus. Não se sabe quantos dos opositores de Paulo aceitaram tais argumentos, mas certamente os gentios das igrejas da Galácia aceitaram sim.

Gálata 3:14-15

Gálata 3:14-15 - Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito. Irmãos, como homem falo; se a aliança de um homem for confirmada, ninguém a anula nem a acrescenta.
PARA QUE A BÊNÇÃO DE ABRAÃO. Essa é a citação de que todas as nações do mundo seriam benditas (abençoadas) em Abraão. Essa promessa foi feita ao patriarca, antes da promulgação da lei de Moisés. O que fazia Paulo pensar e defender ao mesmo tempo em que, as promessas de Deus para a igreja de Cristo precederam o tempo próprio da lei. Esse argumento da parte do apóstolo dos gentios era forte, porque os seus opositores, nas igrejas da Galácia, tinham muitas considerações a Abraão e aos escritos de Moisés.

CHEGASSE AOS GENTIOS. Os estudiosos e leitores amantes das Sagradas Escrituras sabem de que a aliança da lei era exclusivista, ou seja, foi feita com uma única nação do mundo de sua época, que foi Israel. E isso foi sacramentado com o pacto da circuncisão, que era feito com os descendentes de Abraão, portanto, um pacto que se tornou nacionalista com a conquista de Canaã. As demais nações se sentiam excluídas.

POR JESUS CRISTO. A promessa foi feita ao “descendente” de Abraão, que conforme o evangelho das boas novas já apontava para Cristo Jesus. Mas os judeus direcionaram para Isaque, Jacó e depois os seus descendentes, o que tornava a nação de Israel, o povo único do pacto com Deus. No entanto, o escritor defende que a promessa estava se cumprindo em Jesus Cristo, porque Cristo estava levando a bênção de salvação a todas as nações.

E PARA QUE PELA FÉ. A nova aliança de Deus com a igreja por meio de Cristo Jesus substitui os méritos humanos pela fé. Conforme a lei, para que o homem fosse abençoado por Deus, tinha que cumprir os mandamentos da legislação de Moisés, o que dependia do esforço humano. De conformidade com o evangelho das boas novas de Cristo, na nova dispensação da graça de Deus, o homem entra com a sua fé em Cristo.

NÓS RECEBAMOS A PROMESSA DO ESPÍRITO. Além dos mais, a nova aliança de Deus por meio do seu Filho Jesus inclui o cumprimento da promessa do derramamento do Espírito de Deus sobre seus servos e servas. Essa é a promessa feita por Deus (Joel 2:28-29) que foi confirmada por Cristo (João 16:7) e que teve o seu cumprimento no dia de pentecostes (Atos 2:1-4). É por meio da fé e confiança, que recebemos o Espírito de Deus.

IRMÃOS, COMO HOMEM FALO: SE A ALIANÇA DE UM HOMEM FOR CONFIRMADA. É como se Paulo dissesse: Dou a minha palavra. Por meio da igreja remida de Cristo, a aliança de Abraão estava sendo confirmada, isso porque os gentios estavam sendo abençoados com a promessa feita a Abraão, e a confirmação disto era de que a promessa do derramamento do Espírito Santo estava se confirmando na igreja de Cristo.

NINGUÉM A ANULA NEM A ACRESCENTA. Desta forma, os judaizantes nem os cristãos legalistas de Jerusalém podiam desfazer da nova aliança de Deus por meio de Cristo para sua igreja. Nem tão pouco os opositores do evangelho, pregado por Paulo, podiam acrescentar de que os cristãos tinham de guardar a lei se quisessem fazer parte do cristianismo. Ao contrário, Paulo pregava que a igreja estava liberta das exigências da lei.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...