quinta-feira, 4 de maio de 2017

Hebreus 9:11

Hebreus 9:11 - Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos de homens, isto é, não desta criação.
MAS VINDO. No texto anterior o autor faz uma introdução sobre o momento de transição entre a velha dispensação e a implantação por Jesus da nova dispensação da graça, o que ele chama de reforma. Agora, o escritor entra direto no assunto principal deste tema, que foi justamente a vinda do Messias de Deus, o Emanuel, Deus entre os homens, para mudar tudo. Este mudar tudo causou um impacto radical na vida religiosa dos hebreus, é tanto que muitos não aceitaram tal mudança e por isso rejeitaram a Cristo.

CRISTO. Geralmente o autor desta carta utiliza mais, somente o nome de Jesus, em vez de Jesus Cristo ou nosso Senhor Jesus Cristo, que é o título mais completo do nome do Filho de Deus. Porem, se percebe que foi de propósito do escritor usar neste ponto o sobrenome “Cristo” porque este adjetivo referente ao Messias de Deus, diz respeito ao ungido de Deus e o enviado de Deus Pai. Cristo fala da missão redentora do Messias.

O SUMO SACERDOTE. Os sumos sacerdotes constituídos conforme a legislação de Moisés, e de conformidade com a velha dispensação da lei, deveria ser da linhagem de Arão. No entanto, as profecias que falavam do sacerdócio de Cristo anunciavam que o Cristo de Deus, seria Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Assim sendo, Cristo foi constituído Sumo Sacerdote, não da linhagem de Arão nem de Levi.

DOS BENS FUTUROS. Os sacerdotes ou os sumos sacerdotes constituídos pelos filhos de Israel para ministrarem as coisas do tabernáculo ou dos templos de Jerusalém, todos eles ministravam sobre as coisas desta terra. Porem, o Cristo de Deus veio e foi feito Sumo Sacerdote por Deus para ministrar sobre as coisas futuras, ou seja, sobre as coisas eternas, que não hão de passar, porque sua aliança é superior ao pacto da lei de Moisés.

POR UM MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO. O tabernáculo ou tenda da congregação dos filhos de Israel não era algo eterno. Este mesmo santuário que foi construído por Moisés, estava sujeito ao desgaste do tempo, é tanto que só durou até o tempo de Davi. Mas o tabernáculo celestial sobre o qual Cristo ministra é maior, e superior e também é perfeito, porque é o próprio trono da graça de Deus onde Cristo está assentado a mão direita da majestade celestial, como Sumo Sacerdote eterno.

NÃO FEITO POR MÃOS DE HOMENS. O tabernáculo terreno, que fazia parte do culto de adoração dos filhos de Israel, onde ministravam os sacerdotes da tribo de Levi, e onde também faziam seus serviços os sumos sacerdotes da linha de Arão foi feito por mãos de homens, fracos, impuros e pecadores. Mas o céu dos céus, onde é o trono da majestade celestial, não foi feito pelas mãos dos homens, porque é a própria habitação de Deus.

ISTO É, NÃO DESTA GERAÇÃO. Tanto o tabernáculo administrado pelos sacerdotes da tribo de Levi era deste mundo, quanto os templos que foram construídos em Jerusalém também eram desta geração dos filhos dos homens. O lugar da habitação de Deus, onde Cristo é sumo Sacerdote é tão precioso que faz parte de uma outra dimensão da existência das coisas. Pertence à vida eterna, e as heranças eternas dos remidos de Cristo.

Hebreus 9:10

Hebreus 9:10 - Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da reforma.
CONSISTINDO SOMENTE. O autor quer dizer que as cerimônias realizadas no tabernáculo, com todos os objetos que nele haviam, os rituais, as ofertas e os sacrifícios, que agora, estavam se dando no templo construído por Herodes, não tinha valor espiritual. Até porque depois da implantação da nova dispensação da graça, a própria lei que instituía todos esses elementos e rituais, já não tinha mais seus efeitos como dantes, uma vez que, o evangelho suplantou a legislação de Moisés, porque o sacerdócio de Cristo é superior.

EM COMIDAS. O escritor fala das questões que envolviam os rituais no tempo em que esta carta foi escrita, em que as celebrações eram regadas com muitas comidas, em que os participantes se embrenhavam na comilança e na glutonaria. Por outro lado, existiam aqueles que pendiam para o asceticismo com rígidas restrições alimentar, seguindo uma lista interminável de alimentos proibidos. Nada disto tinha mais valor neste tempo.

E BEBIDAS. Os judeus, quando não eram de mais eram de menos. E ao que tudo indica, neste mesmo tempo em que esta carta foi escrita, já dentro da nova dispensação da graça, antes do templo de Jerusalém ser destruído, que os próprios sacerdotes estavam regando suas celebrações com muita bebida. Porem os mais ortodoxos, não tocavam nem no vinho que era comum sua ingestão, de forma medicamentosa pelos Hebreus.

E VÁRIAS ABLUÇÕES. Esta é uma frase que recai sobre a crítica do autor aos intermináveis rituais celebrados e praticados pelos sacerdotes no lugar santo, bem como pelo cerimonialismo artificial feito pelo próprio sumo sacerdote em suas celebrações. Neste sentido se aplicavam rituais de purificação de todos os objetos da cerimônia, como as mãos, os pés, todo o corpo do sacerdote, suas vestes, o lugar, e etc.

E JUSTIFICAÇÕES DA CARNE. Um pouco antes, o autor falava sobre que estes rituais não tinham mais efeitos na consciência dos participantes, porque um novo tempo, o tempo da reforma já havia chegado. Agora, o escritor sinaliza que estes rituais não passavam de justificação da carne. Isso porque, nada disto tinha mais valor em termos espirituais, uma vez que simplesmente cumpriam papeis religiosos, mas não santificavam a ninguém.

IMPOSTA ATÉ O TEMPO. Tudo o que se estava praticando nas celebrações do templo em Jerusalém, eram apenas cumprindo tabela impostas pela legislação de Moisés, porque os valores espirituais em tais celebrações já havia passado. A lei de Moisés com suas intermináveis proibições não estava mais servindo de meio para santificar os seus seguidores e cumpridores de suas regras, porque uma nova ordem de coisas estava em vigor, com a implantação da nova dispensação da graça de Deus e fé em Cristo Jesus.

DA REFORMA. Este tempo da reforma pode ser compreendido como sendo a vinda do Messias de Deus, que se manifestou para implantar a nova dispensação da graça. Realmente a vinda do Cristo de Deus mudou a forma de relacionamento entre Deus e os homens. A lei de Moisés deixou de ser o parâmetro de comunhão de Deus com os homens, sendo estabelecido o evangelho como regra de fé e prática cristã.

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Hebreus 9:9

Hebreus 9:9 - Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço.
QUE É UMA ALEGORIA. As alegorias podem também ser chamadas de parábolas, como também tem o sentido de ilustrações. Nos evangelhos os escritores usam mais a palavra parábola porque são histórias que tem como foco muitos ensinamentos. Mas no caso das alegorias eram mais usadas, e é o caso do nosso escritor, para dar detalhes de uma história já conhecida dos seus leitores, dando detalhes dos fatos narrados. Nos dias de hoje, os pregadores fazem mais o uso de ilustrações para ensinarem algumas verdades.

PARA O TEMPO PRESENTE. Certamente o autor se reporta a nova dispensação da graça que teve início com a manifestação do Messias de Deus, Jesus Cristo, e que despontava como sendo este tempo presente, como o fim da antiga dispensação da lei. Este tempo estava funcionando como um momento de reformas para os hebreus em que os próprios leitores desta carta já não seguiam mais o judaísmo, porque optaram pelo cristianismo.

EM QUE SE OFERECE. Quando se fala sobre um tempo de transição entre o judaísmo e o cristianismo, é porque mesmo o Messias tendo implantado a nova dispensação da graça, mediante o evangelho das boas novas, porem, o judaísmo ainda duraria alguns anos. No entanto, com a destruição do templo de Jerusalém, no ano setenta de nossa era cristã, a partir de então, há um grande declínio da antiga religião dos judeus. Enquanto isso, o cristianismo estava em pleno crescimento e desenvolvimento no mundo gentílico.

DONS E SACRIFÍCIOS QUE. Mas, ao que tudo indica, quando esta carta foi escrita, o templo de Jerusalém continuava de pé, com seu sistema complexo de serviços exercidos pelos sacerdotes. Os dons oferecidos eram em forma de gratidão a Deus pelos benefícios recebidos da parte do Senhor, enquanto que, os sacrifícios tinham mais conotações de expiação pelos pecados praticados contra o próximo e principalmente contra Deus.

QUANTO A CONSCIÊNCIA. Depois da manifestação do Cristo de Deus, que implantou a nova dispensação da graça, tudo mudou. É tanto que os dons oferecidos e os sacrifícios de expiação pelos pecados do povo, realizados no templo de Jerusalém, não mais tinham efeitos positivos na consciência das pessoas. Isso porque, a expiação efetuada por Cristo em prol da humanidade era quem gerava esperança de perdão na mente das pessoas.

NÃO PODEM APERFEIÇOAR. A lei de Moisés, bem como o sistema de ofertas e sacrifícios feitos pelos sacerdotes da antiga dispensação, se de princípio tinham a intenção de purificar e santificar o povo e principalmente os que participavam diretamente das celebrações, rituais e cerimonialismos, mas já dentro da nova dispensação não tinham efeitos algum sobre os sacerdotes nem sobre os sumos sacerdotes e nem no povo.

AQUELE QUE FAZ O SERVIÇO. No caso dos sacerdotes da tribo de Levi, eles para executarem seus serviços no lugar santo, que era o primeiro compartimento do tabernáculo, seguiam uma série de rituais de purificação, inclusive no ambiente havia uma bacia que servia para lavar as mãos e os pés. Já o sumo sacerdote passava sete dias de purificação antes do dia da expiação. Isso tudo, não servia mais, no tempo presente.

Hebreus 9:8

Hebreus 9:8 - Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo.
DANDO NISTO A ENTENDER. A partir de então, o autor começa a acender luzes em direção a nova dispensação da graça, envolvendo o Sumo Sacerdote Jesus Cristo, como Mediador desta nova aliança da graça de Deus. Em todos os elementos do tabernáculo, bem como em muitos dos objetos de culto da antiga aliança, já apontavam para o novo tempo, em que a operação do Espírito de Deus na vida das pessoas era mais importante do que o ritualismo e o cerimonialismo do judaísmo e da legislação de Moisés.

O ESPÍRITO SANTO. Verdade é que estamos na dispensação, onde o Espírito Santo é o agente direto de Cristo, agora, quando ele está preparando a igreja remida para o grande dia do arrebatamento. Todavia, o Espírito do Senhor sempre esteve em ação para fazer com que os filhos de Israel compreendessem os planos superiores de Deus. No entanto, no tempo da velha dispensação, as pessoas não entendiam estas revelações.

QUE AINDA O CAMINHO. O escritor está falando do caminho de acesso a Deus com seus vários obstáculos. Fala-se em um ambiente fora do tabernáculo em que havia os altares dos holocaustos, depois vinha o primeiro véu, onde depois do qual estava o lugar santo, em que os sacerdotes ofereciam as ofertas de manjares. Mas depois deste havia ainda um outro véu, que separava o lugar santo do santo dos santos, no interior.

DO SANTUÁRIO. Este santuário fala sobre o primeiro compartimento, onde serviam os sacerdotes da tribo de Levi, com seus objetos e cerimônias até chegar ao segundo, onde estava à presença mesma de Deus. Entre os objetos que havia dentro do santuário, podemos citar: O candelabro, a mesa, onde ficavam os pães da proposição e a bacia onde os sacerdotes lavavam as mãos e os pés, e o próprio sumo sacerdote se purificava.

NÃO ESTAVA DESCOBERTO. Existia um grande elaborado de cerimônias e rituais executados pelos sacerdotes e pelo próprio sumo sacerdote, até que somente o principal líder religioso tivesse acesso a presença de Deus, no santo dos santos ou lugar santíssimo. Sem contar que os sacerdotes comuns não podiam entrar no santo dos santos, mas somente o sumo sacerdotes no dia da expiação para oferecer sacrifícios pelo povo.

ENQUANTO SE CONSERVAVA EM PÉ. O autor não está se referindo ao fato de quando das peregrinações do povo pelo deserto, sobre o momento em que o tabernáculo era desmontado. Mas ele se refere ao primeiro tabernáculo que esteve no deserto, entrou com os filhos de Israel na terra de Canaã, e que se manteve de pé até o tempo de Davi. Mas que já no tempo de Salomão e até os anos setenta d.C foi substituído pelos templos.

O PRIMEIRO TABERNÁCULO. Este primeiro tabernáculo foi deveras muito importante para a nação de Israel, porque enquanto ele estava de pé mantinha o povo unido na fé monoteísta dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Este primeiro tabernáculo também assumiu papel preponderante no que diz respeito à fidelidade do povo a legislação de Moisés, porque todas as cerimônias em torno deste monumento focava o povo em Deus.

Hebreus 9:7

Hebreus 9:7 - Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo.
MAS, NO SEGUNDO. O autor se refere ao segundo compartimento da tenda da congregação ou tabernáculo, também chamado de santo dos santos ou ainda lugar santíssimo do tabernáculo, que ficava após a segunda cortina ou véu. Neste local ficava a arca da aliança, onde também continha o vaso com o maná e a vara de Arão que floresceu no deserto, o propiciatório, o incensário de ouro e os dois querubins. Este era um lugar especial, porque nele, conforme a crença dos hebreus, Deus se manifestava.

SÓ O SUMO SACERDOTE. Este era de princípio Arão que foi constituído para no santo dos santos representando o povo de Israel. No primeiro ambiente da tenda podiam entrar os filhos de Levi, que também representava o povo de Israel, para oferecer as ofertas de manjares em gratidão pelos benefícios recebidos da parte do Senhor. Mas os sacrifícios pela expiação dos pecados do povo, somente o sumo sacerdote oferecia.

UMA VEZ NO ANO. Quando se fala uma vez no ano, se refere ao dia da expiação, mas isso não quer dizer que neste dia o sumo sacerdote só entrava uma vez no santo dos santos, segundo as tradições judaicas, pelo menos quatro vezes neste dia o sumo sacerdote adentrava no santo dos santos para realizar os seus serviços naquele lugar, isso com relação ao tabernáculo, porque no templo feito por Herodes, muita coisa mudou.

NÃO SEM SANGUE. Primeiro o sacerdote fazia sacrifício de um novilho por si mesmo e por sua família, tendo já passados sete dias de purificação. Depois ele também fazia sacrifício de um cordeiro pelos pecados do povo, além do cordeiro que era enviado para o deserto, simbolizado de que aquele animal levaria sobre si os pecados do povo. O sangue dos sacrifícios era aspergido sobre o propiciatório em um ritual de purificação, em que o cerimonialismo tinha mais valor do que os próprios sacrifícios em si mesmo.

QUE OFERECIA POR SI MESMO. Além de oferecer por si mesmo o sacrifício de um novilho, o sumo sacerdote também oferecia por todos os seus familiares e descendentes, todos aqueles que faziam parte da linhagem de Arão que foi o primeiro sumo sacerdote do tabernáculo. Neste ponto, o autor pretende apontar a fragilidade dos sumos sacerdotes aarônicos, quando eles ofereciam sacrifícios por si mesmos.

E PELA CULPA. O sacrifício do cordeiro era justamente pelos pecados dos outros, como ato de expiação pelos pecados de Israel. Neste mesmo ato do sacrifício propiciatório, o sumo sacerdote se postava como mediador entre Deus e o povo para interceder em favor dos pecadores, por isso que foi constituído o ofício sumo sacerdotal. Com o passar do tempo, a lei não ajudou ao povo em termos de santificação por causa da desobediência.

DO POVO. No início, enquanto Moisés estava com os filhos de Israel, como também depois da conquista de Canaã, por pouco tempo o povo de Israel se manteve fiel às ordenanças da legislação de Moisés. Mas, depois da divisão do reino de Israel em reino do norte e reino do sul, o povo começou a desprezar a lei de Moisés, até que culminou nos cativeiros babilônico e assírio, e por fim no domínio de Roma sobre os judeus.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Hebreus 9:6

Hebreus 9:6 - Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços.
ORA, ESTANDO ESTAS COISAS. Estas coisas a que se refere o autor dizem respeito ao tabernáculo, com dois compartimentos, o externo e o interno. O externo que era o lugar santo onde ministravam os sacerdotes da tribo de Levi, e o interno era o lugar santo dos santos, onde só quem podia entrar era o sumo sacerdote da linhagem de Arão, uma vez por ano, para servir na presença de Deus no dia da expiação, para perdão dos pecados.

ASSIM PREPARADAS. Quais eram estas coisas que já estavam preparadas para a ministração? O próprios tabernáculo, onde dentro dele havia: O candelabro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário. Mas depois do segundo véu estava o santuário que se chama o santo dos santos. Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança. E sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório, representando a proteção.

A TODO TEMPO. Neste ponto, o escritor fala do primeiro compartimento, onde ministravam os sacerdotes da tribo de Levi, que eram em grande número, é tanto que, os serviços foram divididos em turnos. Este santuário ficava depois do primeiro véu, onde também estavam o candelabro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o lugar santo dos sacerdotes. Neste local não cessavam as atividades dos sacerdotes.

ENTRAVAM OS SACERDOTES. Neste santuário não paravam as celebrações dos sacerdotes diante da tenda da congregação, a não ser quando o tabernáculo era desmontado para ser transportado de um lugar para outro no deserto. Já nos templos de Jerusalém, além deste lugar santo, onde ministravam os sacerdotes, foram acrescentados mais dois átrios, em que o primeiro era dos gentios e o segundo das mulheres.

NO PRIMEIRO. A grande tenda era uma só, o que se chama de tabernáculo, porem, os compartimentos eram divididos por cortinas ou véus, no caso da tenda da congregação dos filhos de Israel no deserto. O autor fala do primeiro compartimento para diferenciar do segundo que era justamente o lugar santo dos santos, onde somente o sumo sacerdote da linhagem de Arão podia entrar para ministrar perante a face de Deus.

TABERNÁCULO. Esta é uma palavra que pode ter vários significados tais como casa de adoração, tenda dos sacrifícios, cabana de culto a Deus, local da divina moradia de Deus com os filhos de Israel, e ainda tenda da congregação. Este era um santuário portátil em que os filhos de Israel transportavam os objetos considerados sagrados dos judeus. O tabernáculo também era um lugar de culto e adoração ao Deus que libertou o seu povo.

CUMPRINDO OS SERVIÇOS. Neste caso, o escritor fala do exercício do sacerdócio dos levitas, tanto dos sacerdotes quanto dos cantores que participavam dos cultos de adoração ao Deus de Israel. Estes serviços envolviam os próprios louvores entoados a Deus, bem como as ofertas de manjares em gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. E por fim, os sacrifícios de animais, que eram feitos para se alcançar à benevolência divina.

Hebreus 9:5

Hebreus 9:5 - E sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.
E SOBRE A ARCA. A arca da aliança representava o trono e a majestade de Deus. Esta peça do santo dos santos media 1,4m de largura, com a mesma medida de altura, mas o seu cumprimento era de 2,4m. Era chamada arca da aliança, porque representava a lei de Moisés, onde nela ficavam as duas tabuas com os dez mandamentos em que o Senhor entregou a Moisés como suas ordenanças para os filhos de Israel. Em cima da arca havia uma tampa, também chamada de propiciatório que media 2,4m por 1,4m de largura.

OS QUERUBINS. Estes querubins eram representações simbólicas dos seres elevados que estão na presença de Deus e diante da majestade celestial. Quando Adão e Eva pecaram contra o Senhor, foram expulsos do Jardim do Éden e foram postos querubins para proteger o Jardim do Senhor. No caso do tabernáculo, eram figuras de animais poderosos que também representavam a proteção de Deus sobre o santo dos santos.

DA GLÓRIA. Também eram representações de anjos poderosos da parte de Deus, que quando o sumo sacerdote entrasse naquele recinto sagrado sentisse a glória de Deus encher aquele lugar. Estas figuras de animais fortes e poderosos também falavam da majestade de Deus, bem como do seu poder sobre todas as coisas e ainda do seu governo sobre tudo e sobre todos. E tudo isso já apontava para o domínio de Cristo Jesus.

QUE FAZIAM SOMBRA. Estas imagens simbólicas dos dois querubins eram feitas de ouro puro político que brilhava de maneira intensa naquele lugar. Os dois tinham suas asas por cima do propiciatório em direção umas das outras, formando um arco por cima da tampa da arca. Essa simbologia ensinava sobre a proteção de Deus tanto sobre a arca, que representava a legislação de Moisés, quanto dos sacrifícios oferecidos no propiciatório.

AO PROPICIATÓRIO. Esse propiciatório era a tampa que ficava por cima da arca da aliança, com 2,4m de cumprimento por 1,4m de largura, sem, no entanto, ser especificada a sua espessura, toda recoberta de ouro. Era sobre o propiciatório que era aspergido o sangue do animal sacrificado, como símbolo do perdão dos pecados. A propiciação feita por Cristo foi o único sacrifício perfeito que não precisou ser repetido.

DAS QUAIS COISAS. O autor estava apenas dando alguns detalhes sobre estes objetos do tabernáculo, que serviriam de sobra das coisas que já estavam preparadas por Deus, quanto a nova dispensação, tendo Cristo como sumo sacerdote de uma melhor e superior aliança. Como também estes elementos da antiga aliança eram bem conhecidos pelos leitores desta carta, até porque eram seguidores do judaísmo convertidos ao cristianismo.

NÃO FALAREMOS AGORA PARTICULARMENTE. Neste ponto, o escritor não quis dar suas explicações alegóricas sobre o significado de cada um dos elementos que compunham o tabernáculo, como tem feito muitos dos interpretes cristãos nestes últimos dias. O que o autor estava expondo era algo que fazia parte do primeiro tabernáculo, que no caso do templo de Herodes já não existiam mais. Porem, em Cristo teve seu cumprimento final. Quem estuda as tipologias do velho pacto sabe que tudo isso, apontava para Cristo.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...