sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Atos 27.3

Atos 27.3 - E chegamos no dia seguinte a Sidom, e Júlio, tratando Paulo humanamente, lhe permitiu ir ver os amigos, para que cuidassem dele.
CHEGANDO NO DIA SEGUINTE. Era passado já o primeiro dia de viagem rumo a cidade de Roma, onde Paulo devia passar o resto de seus dias pregando a palavra de Deus na capital do império político de Roma. O trajeto entre Cesaréia e Sidom era de mais ou menos cento e trinta quilômetros, pois em outra estação do ano poderia levar mais de um dia, porem, nesta época do ano, com os ventos calmos foi possível fazer esta travessia em um dia, o que adiantava a viagem que não seria nada fácil para frente. A SIDOM. Jesus falou sobre Tiro e Sidom em Mateus 11:21-22 - Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós. Sidom era uma cidade marítima, com uma importância comercia muito relevante na região. E JÚLIO. Este era um nome muito comum entre as autoridades do alto escalão do império político de Roma em dedicação a Júlio César. Júlio era o centurial ou capitão da matinha de Roma, responsável em conduzir a Paulo e aos demais presos do Estado romano até a capital do império. Pelo que se ver neste versículo do livro, ele era um homem educado, bondoso e que tratou a Paulo de maneira cordial e gentil. TRATANDO PAULO. Júlio conhecia bem a Ásia Menor, e certamente tinha conhecimento de que o apóstolo dos gentios era muito querido em toda aquela região. Se os judeus, bem como os procuradores romanos não deram o devido valor a Paulo, mais este centurião, como também Lísias em Jerusalém, pelo menos trataram a Paulo com respeito e consideração, pois ele merecia muito mais do que isso, por ser um homem de Deus e uma importante liderança da igreja de Cristo no mundo. HUMANAMENTE. Este tratamento cortês da parte de Júlio para com Paulo fugia da regra comum, em que praticamente todos os presos eram tratados de forma desumana pelas autoridades romanas. Há quem diga que o procurador romano Festo tenha dado ordens ao centurião Júlio para que conduzisse o preso Paulo de forma diferenciada. No fundo, sabemos que Deus concedeu graça de Júlio para com Paulo. LHE PERMITIU VER OS AMIGOS. Dentro deste texto, podemos afirmar que estes amigos de Paulo eram os cristãos daquela cidade, que faziam parte da igreja de Cristo em Sidom. Na realidade, a comunidade cristã é uma grande família em qualquer lugar do mundo, pois nos consideramos irmãos uns dos outros e pelo amor de Cristo temos comunhão fraternal com todos, era assim com Paulo e com todos os irmãos em Cristo. PARA QUE CUIDASSEM DELE. Paulo já estava preso ha algum tempo e precisava do apoio dos seus amigos de ministério e da própria igreja de Deus. Sem puder trabalhar com suas próprias mãos, como sempre fez para manter seu ministério, agora, era mais que justo que os irmãos em Cristo prestassem a devida assistência ao servo de Deus. Certamente, neste momento, os irmãos de Sidom cuidaram em providenciar as roupas e os alimentos não só de Paulo, mas de sua equipe de amigos que lhe acompanhavam.

Atos 27.2

Atos 27.2 - E, embarcando nós em um navio adramitino, partimos navegando pelos lugares da costa da Ásia, estando conosco Aristarco, macedônio, de Tessalônica.
E, EMBARCAMOS NÓS. Mais uma missão a ser cumprida, em viagem rumo ao destino que Deus tinha preparado para o seu servo. É perfeitamente admissível dizermos que a esta altura dos acontecimentos na vida de Paulo ele se sentia satisfeito por já ter feito um grande trabalho de missão em várias partes do mundo, com isso, essa era uma viagem sem volta para suas origens. Mais uma vez Lucas se inclui em sua narrativa para declarar que fazia parte da comitiva que viajava com Paulo para Roma. EM UM NAVIO ADRAMITINO. Saindo de Cesaréia rumo a capital do império político de Roma era a primeira parada, na cidade de Adramítio, que ficava bem próximo à cidade de Lebos. Há quem diga que depois da cidade de Adramítio os tripulantes tenham tomado um outro navio, razão porque o escritor fala de um navio Adramitino, possivelmente este navio fazia apenas o pequeno trajeto até Cesaréia na Palestina. PARTIMOS NAVEGANDO. A viagem de Paulo da Palestina até a Itália tinha que ser atravessando o Mar Mediterrâneo, pois o destino desta viagem ficava na outra costa deste mar. As grandes viagens, naquela região e por aquele tempo eram feitas justamente navegando, pois não havia carros, trens ou aviões como temos nos dias de Hoje. Assim como Paulo chegou navegando, estava saído pelo mesmo meio. PELOS LUGARES DA COSTA DA ÁSIA. Esta é a Ásia Menor, de onde Paulo tinha vindo para Jerusalém antes de ser preso. Neste lugar, o apóstolo dos gentios fez grandes campanhas evangelísticas para ganhar vidas para o reino de Cristo. Certamente, Paulo deve ter lembrado de cada momento em que, em cada cidade pela qual passava, seus intensos trabalhos em evangelizar e pregar o evangelho das boas novas de Cristo. ESTANDO CONOSCO ARISTARCO. Podemos ver em outras referências este Aristarco sendo citado, como em Atos 19:29 - E encheu-se de confusão toda a cidade e, unânimes, correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedônios, companheiros de Paulo na viagem. Como Também (Atos 20:4) É possível que Este amigo de Paulo vinha lhe acompanhando deste Jerusalém, indo até a cidade de Roma. MACEDÔNIO. Lucas fala a respeito da origem de Aristarco, ele que era da grande região da Macedônia. Na macedônia foi onde o apóstolo dos gentios teve uma grande penetração com o evangelho da graça de Cristo, que teve a continuidade da evangelização por meio das atividades da igreja de Tessalônica, e Paulo destaca este feito dos irmãos, elogiando suas atividades em prol do evangelho do reino de Cristo. Os discípulos de Cristo, mais filhos na fé de Paulo aprenderam com ele a evangelizar. DE TESSALÔNICA. Esta era a cidade natal de Aristarco, amigo de Paulo e seu companheiro de ministério e de viagens. Em suas cartas a comunidade cristã de Tessalônica Paulo faz rasgados elogios aos seus filhos na fé, porque eles assumiram um compromisso de levar o evangelho de Cristo para toda a grande região da Macedônia, e assim, cumpriram esta missão com muito êxito. Há quem diga que Aristarco foi ganho por Paulo para Cristo e que desde então era seu auxiliar direto e grande amigo.

Atos 27.1

Atos 27.1 - E, como se determinou que havíamos de navegar pela Itália, entregaram Paulo, e alguns outros presos, a um centurião por nome Júlio, da coorte augusta.
E, COMO SE DETERMINOU. Não temos como calcular quantos dias se passaram deste o último momento em que Paulo esteve com Festo, Agripa, Berenice e os depois cidadãos mais importantes de Cesaréia, em que Paulo pregou para todos o evangelho de Cristo. Mas, certamente este foi o tempo suficiente para que Festo montasse a peça acusatória de Paulo, a fim de que quando ele chegasse em Roma, na presença de Nero, o imperador tivesse conhecimento desde processo emblemático envolvendo o preso. QUE HAVÍAMOS DE NAVEGAR. Desta vez, novamente o escritor Lucas volta a se incluir na sua narrativa, porque provavelmente ele iria acompanhar o apóstolo dos gentios em sua viagem de Cesaréia até a capital do império, Roma. Como eles estavam na Palestina, para que se chegasse a Roma tinha que atravessar o Mar Mediterrâneo e esta rota teria que ser feito de navio e durante alguns dias ou até mesmo semanas. PELA ITÁLIA. A Itália era neste momento um dos países mais importante, porque nela estava justamente a mais relevante metrópole chamada Roma. Portanto, era neste país que se encontrava a sede do poder dominante daquela época, onde ficava a sede do império romano. Com o passar do tempo, Roma se tornou tão importante que se auto denominou de Estado independente, mesmo encravado dentro do país da Itália. ENTREGARA PAULO. A partir de então, passava a ter cumprimento o apelo feito por Paulo para que ele fosse julgado em Roma, como cidadão romano, pois desta forma, o apóstolo se sentia mais seguro de que justiça poderia ser feita em seu favor. Dentro da ação dos poderosos líderes do judaísmo na Palestina, Paulo tinha receio de que os procuradores romanos recebessem propina e com isso praticassem injustiça contra ele. No caso de Festo, querendo agradar aos judeus, ele poderia se desviar da justiça. E ALGUNS OUTROS PRESOS. Certamente estes presos também eram cidadãos romanos que, assim como Paulo apelara para César e por isso estavam sendo enviados para Roma. Mas também existiam aqueles casos em que autoridades importantes de Roma cometiam crimes contra as leis romanas e teriam que ser enviado igualmente para a capital do império para serem julgados pelo imperador, que agora era Nero. A UM CENTURIÃO POR NOME JÚLIO. Este era um nome comum entre os romanos em dedicação ao imperador Júlio César. O centurial era uma autoridade do exército romano que comandava uma tropa de cem soldados romanos. Há que diga que na costa do Mar Mediterrâneo havia em torno de três mil soldados romanos a serviço das altas autoridades do império, e, portanto, haviam em torno de trinta centuriões. DA COORTE AUGUSTA. Esta coorte também era chamada de coorte imperial. Dos três mil soldados que guardavam a costa do Mar Mediterrâneo, em torno de mil homens estavam a serviço diretamente do imperador Nero. Haviam outras coortes que levavam outros nomes, como a coorte chamada italiana e etc. Sempre que o imperador tinha que viajar pelo Mar Mediterrâneo, esta coorte imperial tinha que fazer a segurança do imperador, bem como de toda a sua equipe de subordinados.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Atos 26.32

Atos 26.32 - E Agripa disse a Festo: Bem podia soltar-se este homem, se não houvera apelado para César.
E AGRIPA. Foi justamente o rei Agripa quem tinha solicitado a Festo que lhe apresentasse o preso Paulo, porque o rei desejava muito ouvir a palavra de Paulo. Atos 25:22 - Então Agripa disse a Festo: Bem quisera eu também ouvir esse homem. E ele disse: Amanhã o ouvirás. Se Agripa de fato desejava ouvir Paulo apelando por seus favores se enganou, porque o rei teve mesmo foi que ouvir o evangelho de Cristo, porque Paulo sabia que era a vontade de Deus que ele pregasse sua palavra. DISSE A FESTO. Já o governador Festo não estava nem um pouco interessado em que Paulo se detivesse em seu discurso de defesa, nem tão pouco tinha vontade de ouvir o evangelho pregado por Paulo. O que Festo desejava mesmo era colher a opinião de Agripa sobre o caso de Paulo, para que pudesse formar sua peça de acusação contra Paulo e enviar tal processo juntamente com o preso, a fim de se apresentar em Roma. BEM PODIA SOLTAR-SE. Podemos conjecturar que Agripa foi tocado com a pregação de Paulo, até porque ele tinha conhecimento das alegações expostas pelo apóstolo dos gentios, uma vez que, como judeus que era sabia de tudo que estava escrito na lei de Moisés e nos profetas a respeito do Messias de Deus, Jesus de Nazaré, a quem Paulo pregava. Agripa tinha percebido que não havia nem pecado nem crime em Paulo. ESTE HOMEM. Era perceptível que este não era um homem comum, mas havia nele algo especial, que era a presença de Cristo em sua vida. Por ser chamado por Cristo para ser um pregador do seu evangelho, era notório que as palavras do apóstolo dos gentios tinha autoridade, porque o Espírito de Deus falava por seu intermédio. Além do mais este homem era uma importante liderança da igreja de Cristo no mundo. SE NÃO HOUVERA. A decisão de Paulo não foi por motivo torpe, mais, desde os primeiros momentos que ele percebeu que as circunstâncias lhe eram desfavoráveis, por isso, não encontrava outra alternativa, senão apelar para César. Há quem diga que, a esta altura dos acontecimentos, Paulo desejava mesmo chegar até a capital do império político de Roma para pregar o evangelho naquele lugar e exercer um ministério ali, e quem sabe, pregar as boas novas do evangelho de Cristo a Nero. APELADO. O que Paulo fez esta registrado em Atos 25:11 - Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César. Por providência divina, Paulo nascera em Tarso da Cilícia e com isso era cidadão romano, e por ser cidadão romano tinha o direito garantido de ser julgado em Roma por Nero. PARA CÉSAR. Esta era uma expressão utilizada para representar o imperador de Roma, que neste caso era Nero, um dos mais cruéis dos imperadores de Roma contra o cristianismo. Depois de Augusto César, os demais imperadores romanos adotavam este Título para representar o poder de Roma. Depois de feito o apelo para César, os procuradores romanos não podiam mais condenar os presos do Estudo, mais tinha a obrigação de remeter o cidadão romano até a capital do império para ser julgado lá.

Atos 26.30-31

Atos 26.30-31 - E, dizendo ele isto, levantou-se o rei, o presidente, e Berenice, e os que com eles estavam assentados. E, apartando-se dali falavam uns com os outros, dizendo: Este homem nada fez digno de morte ou de prisões.
E DIZENDO ELE ISTO, LEVANTOU-SE. Acreditamos piamente que Paulo se dava por satisfeito em cumprir mais uma missão de pregar o evangelho de Deus para pessoas importantes da sociedade, porque estava reunida neste momento, a elite social da cidade de Cesaréia, bem como dois governadores e uma princesa, que era Berenice. Mas, já era o momento de terminar a reunião, uma vez que, Paulo com clareza já havia falado aquilo que desejava expressar como testemunha do evangelho de Cristo. O REI, O PRESIDENTE, E BERENICE. O rei, se refere a Agripa, ele que já estava a muito tempo no cargo de governador, e por isso que havia ganhado do imperador de Roma este título de rei, e porque tinha acesso direto ao imperador Nero. O presidente, diz respeito ao procurador romano, que também era governador da Judeia, Festo. Já Berenice era irmã de Agripa, mais que também era sua mulher, cometendo incesto. E OS QUE COM ELES ESTAVA ASSENTADOS. Não temos como saber quantas pessoas estavam reunidas no tribunal juntamente com Festo, Agripa e Berenice, todavia, podemos conjecturar que neste lugar estavam presentes as pessoas mais importantes de Cesaréia, bem como os funcionários de Festo, como também seus auxiliares do próprio tribunal, o que nos faz pensar que havia dezenas ou centenas de pessoas. E APARTANDO-SE DALI. Agripa já tinha material o suficiente para dar sua opinião sobre este caso de Paulo, por isso não tinha nem a necessidade de fazer um interrogatório ao preso. Festo, já sabia de tudo que estava envolvido neste caso emblemático, mais precisando da orientação de Agripa, certamente queria ouvir do rei suas sugestões, com o objetivo de elaborar o processo de Paulo e enviar ao imperador. FALAVAM UNS COM OS OUTROS. O escritor não deixa claro se esta conversa entre as personagens mais importantes desta reunião tinham saído do tribunal ou se estava em uma outra sala conversando entre si, sobre o resultado final desta audiência. Não que este julgamento servisse para absolver ou condenar o preso Paulo, porém, o que se resolvesse seria necessário para se montar a peça processual a ser enviado a Roma. DIZENDO; ESTE HOMEM NÃO FEZ NADA. Provavelmente, estas palavras não foram colocadas no processo que seria enviado juntamente com o preso Paulo, ao imperador romano, que no caso era Nero, mais ficaram registradas neste livro, como testemunho da injustiça que estavam praticando contra um homem inocente. Este exemplo de Paulo se replicou na história do cristianismo com muitos seguidores de Cristo Jesus. DIGNO DE MORTE OU DE PRISÕES. A conclusão que os juízes chegaram foi que os judeus estavam querendo tirar a vida de Paulo, não porque ele houvesse transgredido os mandamentos da lei de Moisés, nem as tradições dos judeus, mas por pura inveja e ódio descabido. Como também, não havia nenhum crime da parte de Paulo, quanto as leis romanas, para que ele permanecesse preso. Com tudo isto, aprendemos que por ser um discípulo de Cristo e pregar a verdade passamos por inúmeras injustiças.

Atos 26.29

Atos 26.29 - E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.
E DISSE PAULO: PROUVERA A DEUS QUE. Com esta expressão, Paulo quis dizer a Agripa que somente um milagre da parte de Deus se tornava possível de o rei se converter para Cristo, pois o apóstolo sabia das amarrações que prendiam Agripa para que ele deixasse a vida que vivia para seguir o evangelho de Cristo. Esta é a realidade de quase todas as pessoas que se acham importantes neste mundo enganador. OU POR POUCO OU POR MUITO. Por pouco se refere à decisão imediata que o rei Agripa poderia tomar em crer na mensagem pregada por Paulo, se arrepender neste momento e passar a trilhar o caminho do reino de Cristo. Por muito, seria a possibilidade de Agripa ficar com a palavra martelando em sua mente e depois chegar a conclusão que a melhor coisa a fazer era se entregar a Cristo. Tem muitas pessoas que primeiro escutam a mensagem do evangelho para então depois se converter. NÃO SOMENTE TU. O apóstolo dos gentios em todas e suas muitas atividades se esforçava para que mais e mais vidas se rendessem aos pés de Cristo, pois desde que se convertera para o reino de Cristo que não media esforços para alcançar vidas para o Senhor Jesus, de forma que, se neste momento alguns ou muitos dos seus ouvintes crescem nas suas palavras seria uma alegria muito grande para este grande pregador. MAS TAMBÉM TODOS QUANTOS HOJE. Não sabemos quantas pessoas estavam presentes neste tribunal, mas podemos dizer que pessoas importantes da sociedade de Cesaréia estavam presentes neste momento, portanto, se houvesse uma conversão em massa de todos que estavam presentes, algo extraordinário poderia acontecer naquela cidade a partir de então, com o governo de Cristo sobre todas estas vidas. ME ESTÃO OUVINDO. Verdade é que este julgamento de Paulo não traria nenhum resultado positivo quanto a sua soltura, porém, uma coisa é certa é que o apóstolo teve a oportunidade importantíssima de pregar a palavra de Cristo. Esta era uma forma de Paulo expressar seu agradecimento, não somente pela atenção de todos, mais principalmente pela oportunidade de ter o privilégio de pregar o evangelho. SE TORNASSEM TAIS QUAL EU SOU. Paulo expressa a importância que ele dava a sua missão de ser um embaixador do reino de Deus e passa a ideia que sua posição era mais relevante quanto a todos que estavam presente neste tribunal. Neste modo de pensar é que Paulo deseja para todos, o mesmo privilégio, que ele tinha de ser um representante de Cristo e exercer a missão de pregar o evangelho das boas novas do Senhor Jesus, coisa que com muita ousadia ele fazia, sempre que tinha oportunidade. EXCETO ESTAS CADEIAS. Neste momento, Paulo desdenha de sua prisão, mostrando que na realidade estava preso de forma injusta, pois aquelas cadeias que lhe roubavam sua liberdade não tinham como se converter. Desta forma, Paulo deu a entender que nem mesmo sua pregação da verdade poderia mudar sua situação quanto a este julgamento, uma vez que ele era consciente que não seria solto agora.

Atos 26.27-28

Atos 26.27-28 - Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês. E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!
CRÊS TU NOS PROFETAS. Esta indagação da parte de Paulo era sugestiva, até porque o próprio Paulo sabia que Agripa acreditava nas profecias contidas nas Sagradas Escrituras dos hebreus. Porém, o que talvez o apóstolo desejasse saber era se Agripa era mais ortodoxo, crendo apenas nos escritos de Moisés, como os judeus de Jerusalém, ou se ele também acreditava do mesmo modo como os judeus da Galileia e da dispersão, em todos os profetas que exerceram seus ministérios no país de Israel. Ó REI AGRIPA? A realidade é que haviam três Cânones que faziam parte das crenças dos seguidores do judaísmo, em que o primeiro deles era aquele que só fazia parte a lei de Moisés, o segundo era aquele que continha além dos livros de Moisés, também tinha os livros dos profetas contidos na bíblia evangélica, que eram as escrituras dos fariseus, e tinha também o cânon da dispersão, que hoje compõe a bíblica católica. BEM SEI QUE CRÊS. Como Agripa era rei da Galileia, Paulo, pela lógica, pressupõe que Agripa seguia as crenças do Cânon dos fariseus ou do Cânon da dispersão. É mais provável que Agripa seguisse o Cânon dos fariseus, o que hoje compõe a bíblia dos evangélicos. O mais importante era a questão das profecias dos profetas, porque elas acenavam sobre a vinda do Messias de Deus, a quem Paulo chama de Jesus de Nazaré, aquele que cumpriu todas as profecias anunciadas pela lei de Moisés e os profetas. E DISSE AGRIPA. O rei não deu a resposta que Paulo buscava colher dele, mas deu a entender que acreditava nos profetas, e com isso, automaticamente deveria crer em tudo que o apóstolo estava preando, uma vez que, o Messias que Paulo pregava era o mesmo que fora anunciado por Moises, bem como pelos profetas do povo judeus. Não há dúvida que Agripa estava tocado pelas palavras de Paulo, mesmo não aceitando. A PAULO: POR POUCO. Certamente Paulo esperava uma resposta positiva quanto ao teor direto de sua pergunta, no entanto, Agripa fugiu por uma outra vertente, apontando para uma outra resposta que seria satisfatória para o apóstolo. Há quem diga que Paulo estava convencido que o rei Agripa estava chocado com o que ele havia ouvido de sua boca, e até certo ponto, a resposta de Agripa aponta nesta direção. ME QUERES PERSUADIR. Não era uma questão de convencer a Agripa, mas era uma questão de crer nas Escrituras dos hebreus ou negar a sua fé nas crenças dos judeus sobre o Messias de Deus. Que bom seria para o rei se de fato ele se convertesse para o reino de Deus, porém, nós sabemos o quanto é difícil para um homem poderoso e influente da sociedade se tornar um discípulo de Cristo. Jesus disse que era mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico servir ao reino de Deus. A QUE ME FAÇA CRISTÃO! Se fazer cristão é a mesma coisa que se tornar um verdadeiro discípulo de Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador. Realmente, nesta parte, o rei Agripa acertou sobre o desejo de Paulo em que o rei se convertesse para Cristo e passasse a servir fielmente ao Senhor Jesus. Mas também podemos dizer que não era responsabilidade de Paulo em salvar ao rei Agripa, mas sim, pregar o evangelho.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...