quarta-feira, 26 de abril de 2017

Hebreus 8:8

Hebreus 8:8 - Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança.
PORQUE, REPREENDENDO-OS DIZ. Este tratado é a explicação de muitas passagens das literaturas dos judeus, em que o autor busca dar sua interpretação das profecias messiânicas e dos textos que apontavam para as coisas próprias da nova aliança de Deus com a igreja de Cristo. O fato do escritor declarar que esta citação do profeta Jeremias é uma repreensão da parte de Deus contra os filhos de Israel, é porque já naquela época, a velha dispensação já não estava mais servindo como no seu princípio para o povo.

EIS QUE VIRÃO DIAS. Esta é uma citação livre do que está escrito em Jeremias 31:31 - Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Como os leitores originais desta carta eram os hebreus, o uso pelo escritor de textos dos escritos dos judeus adquiria credibilidade, principalmente quando tais citações faziam parte do Cânon aceito como Escrituras do povo de Deus.

DIZ O SENHOR. Na verdade esta era uma passagem de Deus, mas que foi revelada e profetizada pelo profeta Jeremias, por isso que era palavra crida como sendo falada pelo próprio Deus, que usou o seu profeta, para advertir os filhos de Israel sobre um novo tempo. E se foi Deus quem falou, tá falado, e ninguém pode revogar, até porque Deus não é o homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa.

EM QUE COM A CASA DE ISRAEL. Essa expressão diz respeito as dez trino do norte. Até o reino de Salomão só havia um monarca que governava em todo o Israel como nação. Mas com a morte de Salomão, seu filho Roboão assumiu o reino e começou a oprimir ao povo com cargas tributárias pesadas. Com isso, as dez tribos do Norte se rebelaram e constituíram a Jeroboão como rei sobre à casa de Israel, tendo como capital Samaria.

E COM A CASA DE JUDÁ. Já esta frase se refere às duas tribos do sul, que continuou tendo como rei a Roboão e que tinha como capital Jerusalém. Também chamado de reino de Judá, foi mais fiel ao Senhor do que o reino do Norte, e Deus havia feito promessa a Davi de continuar abençoando sua casa e seu reino por meio dos seus descendentes. Além dos mais, a promessa de Deus quanto ao Messias estava de pé, em que o Cristo de Deus seria também Filho de Davi (2 Samuel 1:12-17) e (Mateus 1:1) e outras referências.

ESTABELECEREI. Por conta desta palavra profetizada pelo Senhor é que existem inúmeras outras referências bíblicas que já apontavam para o trabalhar de Deus em prometer e cumprir tudo que já estava previsto sobre o Messias e sobre o novo tempo da dispensação da graça. Além de que, neste texto, o escritor junta mais uma prova de que tudo estava acontecendo de conformidade com o programa de realizações de Deus.

UMA NOVA ALIANÇA. É a mesma coisa que novo pacto ou nova dispensação da graça de Deus. Esta nova aliança foi estabelecida por Deus e implantada pelo Messias de Deus que veio para por em pratica os planos e propósitos do Criador de todas as coisas. Assim como Moisés foi um dos mediadores da antiga dispensação da lei, Cristo é o único Mediador desta nova aliança da graça de Deus. A nova aliança foi promessa de Deus.

Hebreus 8:7

Hebreus 8:7 - Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.
PORQUE. Quando se fala em alianças está se falando sobre os pactos que foram estabelecidos entre Deus e os homens, sempre com o objetivo de abençoar os filhos dos homens. Entre os principais pactos dos quais falam as Escrituras podemos citar sobre: O pacto edênico, adâmico, noaico, abraâmico, mosaico, davídico e o novo pacto. Por meio de tais alianças o Deus Criador faz promessas condicionais e também incondicionais. Mas sempre com o objetivo de estabelecer comunhão e comunicação com suas criaturas.

SE AQUELA. No caso de “aquela” se refere à aliança mosaica, que teve como ponto forte o estabelecimento da legislação de Moisés, com regras rígidas para que os descendentes de Abraão fossem abençoados na terra que manava leite e mel, Canaã. Esta aliança era condicional, porque mesmo Deus querendo abençoar o seu povo, mas dependia da obediência dos seguidores do judaísmo as determinações da lei de Moisés.

PRIMEIRA. Quando se fala sobre a “primeira” não está se reportando a aliança edênica, que condicionava a vida do homem ao seu estado de inocência, como contrário teria como resultado a morte física e espiritual, não somente do casal, Adão e Eva, mas de toda a humanidade. Essa primeira aliança sobre a qual o autor se refere diz respeito mesmo à aliança mosaica, feita com os judeus, mas que se tornou obsoleta, tempos depois, porque os filhos de Israel não tiveram condições de cumprirem com a sua parte no pacto.

FORA IRREPREENSÍVEL. Se aquela primeira aliança de Deus com os filhos de Israel fosse irrepreensível, tudo teria dado certo, os descendentes de Abraão teria sido fieis a legislação de Moisés do começo ao fim. Os judeus não teriam sofrido os cativeiros que tiveram de passar e que no momento estavam sob o domínio dos romanos. Mas, como havia falhas na aliança mosaica, porque envolvia seres humanos, não deu certo.

NUNCA. Esta palavra põe um limite entre a primeira e a segunda, entre a velha dispensação da lei e a nova dispensação da graça de Deus, pela fé em Cristo Jesus, ele que é o Mediador entre Deus e os homens. Se a dispensação da lei tivesse dado certo, não precisava de uma nova dispensação, mas como ela falhou quanto ao lado humano do pacto, e não da parte de Deus, então o Criador entra em ação por meio da nova aliança.

SE TERIA BUSCADO LUGAR. Por que a dispensação da graça deu certo e é baseada em melhores promessas? Porque ela foi feita entre Deus e o seu Filho Jesus Cristo, em benefício da humanidade. De ambas as partes a fidelidade é perfeita, porque Deus fez tal aliança sustentada em seu juramento fiel, e da parte de Cristo, ele já deu todas as provas de sua fidelidade quando cumpriu com sucesso absoluto sua missão redentora.

PARA A SEGUNDA. Esta segunda é a nova aliança da graça de Deus, em que o homem apenas entra com a sua fé em Cristo Jesus como sendo o redentor da humanidade. Como Deus já sabia da falibilidade da dispensação da lei, provendo melhores coisas para suas criaturas, já vinha profetizando sobre a vinda do Mediador da nova aliança, O seu Messias prometido, como também já projetava a implantação da nova dispensação da graça.

sábado, 22 de abril de 2017

Hebreus 8:6

Hebreus 8:6 - Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.
MAS AGORA ALCANÇOU ELE. “Ele” quem? Jesus! que é o nosso Sumo Sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque. “Mas agora”, pode ser que o autor esteja falando do tempo da nova dispensação, que o Messias de Deus veio e implantou ou pode também ser que o escritor esteja se referindo ao novo tempo em que Cristo entrou definitivamente na presença de Deus para ser o nosso intercessor. Cristo alcançou este ofício tão importante porque ele si deu a si mesmo em expiação pela sua igreja.

MINISTÉRIO. Desde que os filhos de Israel saíram do Egito, por meio de Moisés, e que foi constituído o ofício sacerdotal para administrar as coisas de Deus, concernente ao tabernáculo, que o sacerdócio passou a ser um ministério. Da mesma forma, de quando o Cristo de Deus se manifestou no planeta terra, que ele deu demonstração de que era na realidade Rei, Profeta e Sacerdote, que Deus o constituiu como ministro da nova aliança.

TANTO MAIS EXCELENTE. Os sacerdotes levíticos e principalmente os sumos sacerdotes que eram da linhagem de Aarão tiveram importâncias fundamentais no campo religioso para os hebreus, porque ministravam as bênçãos de Deus ao povo. O autor está clareando a visão dos seus leitores que, o ministério de Cristo é mais excelente do que todos os sacerdotes que se levantaram sobre Israel, porque seu sacerdócio é eterno.

QUANTO É MEDIADOR. O sacerdote e principalmente o sumo sacerdote, também chamado ministro de Deus era considerado pelos hebreus como mediador entre Deus e os filhos de Israel. Cristo muito mais, porque ele veio como sendo o “único Mediador” entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem” (2 Timóteo 2:5). E neste ponto, o autor também fala da superioridade de Cristo ao próprio Moises, ele que foi um dos mediadores entre Deus e o antigo pacto de Deus com Israel, Cristo é superior a Moisés.

DE UMA MELHOR ALIANÇA. A bíblia registra várias alianças de Deus com os filhos dos homens, porem, é certo conjecturar que, o pensamento do escritor se posiciona sobre a aliança de Deus com Israel, por meio da lei de Moisés. Para então declarar que, a nova aliança de Deus por meio de Cristo com sua igreja remida é melhor que o pacto de Moisés. É tanto que, os hebreus, leitores desta melhor aliança foram alcançados por ela.

QUE ESTÁ CONFIRMADA. Todas as referências das Sagradas Escrituras dos hebreus usadas pelo escritor neste tratado, bem como seus argumentos foram para comprovar que esta nova aliança e tudo que envolveu a vinda, a vida e o ministério do Senhor Jesus, havia sido confirmado por Deus e que estava de conformidade com os planos e projetos do Criador. O Messias veio e cumpriu com sucesso tudo o que dele estava escrito.

EM MELHORES PROMESSAS. O pacto de Moisés era baseado em promessas temporárias, portanto, sobre coisas voltadas para esta existência terrena, até porque no tempo em que os filhos de Israel entraram na terra de Canaã, Moisés não tinha a mesma visão que Cristo teve das coisas eternas de Deus. A nova aliança de Cristo tem promessas para esta vida, mas principalmente para a vida eterna, que é a salvação dos remidos por ele.

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Hebreus 8:5

Hebreus 8:5 - Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.
OS QUAIS SERVEM DE EXEMPLO. O autor fala sobre o tabernáculo terrestre que Moisés mandou fazer quando ainda estava no deserto, e que nele havia o santo dos santos que ficava após o véu, onde somente o sumo sacerdote podia entrar uma vez no ano para interceder pelos filhos de Israel, no dia da expiação. Coisas estas que serviram de cópia para os templos de Jerusalém. Como também escreve sobre os sacerdotes da tribo de Levi e o sumo sacerdote da linhagem de Aarão. Tudo serviu de exemplo para o futuro.

E SOMBRA DAS COISAS CELESTIAIS. As coisas apontadas com detalhes neste tratado eram tipologias que apontavam para o tempo da nova dispensação da graça de Deus por Cristo Jesus. Não que nos céus tenham os mesmos objetos que tinham no tabernáculo ou tenda da congregação dos filhos de Israel, ou uma cópia dos templos de Jerusalém feitos de materiais perecíveis, mas tudo isso são alegorias em linguagens humanas.

COMO MOISÉS. Este Moisés era um homem que tinha um conhecimento robusto em todas as ciências do Egito, onde teve o privilégio de estudar com os melhores mestres daquele país, até porque foi criado como filho de uma princesa, e que poderia se tornar um monarca naquele país. Ao mesmo tempo tinha consigo a grande responsabilidade de libertar o seu povo Israel da casa da servidão, o Egito. E recebeu de Deus a sabedoria para criar um tabernáculo, com um ressinto chamado Santo dos Santos, onde Deus visitava.

DIVINAMENTE FOI AVISADO. O autor se utiliza de uma citação do próprio Moises no livro de Êxodo 25:8-9 - E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis. O capítulo vinte e cinco a vinte e sete deste mesmo livro dá os detalhes de como seria todos os utensílios que fariam parte do tabernáculo.

ESTANDO JÁ PARA ACABAR O TABERNÁCULO. Já esta parte esta registrada em Êxodo 25:40 Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte. Quando o tabernáculo já estava quase acabado de ser construído, então o Senhor falou com Moisés estas palavras para que tudo fosse feito conforme lhe havia sido mostrado no monte. Certamente o Senhor mostrou em visão a Moisés uma figura do tabernáculo.

PORQUE FOI DITO: OLHA, FAZE TUDO CONFORME O MODELO. Este modelo foi mostrado a Moisés quando ele estava no monte, talvez por revelação ou inspiração, mas que tudo tinha que ser de acordo com o que o Senhor desejava. Os hebreus acreditavam que havia um modelo de tabernáculo no céu onde Deus habitava em sua morada celestial. E que o Senhor havia revelado e mostrado a Moisés como era toda a sua estrutura.

QUE NO MONTE SE TE MOSTROU. Os escritores do Novo Testamente se utilizavam de tudo que havia do Velho Testamento como alegorias ou tipologias para provarem de que a totalidade da nova dispensação já estava inserida nos contextos da velha dispensação. O tabernáculo tem muitos símbolos da nova dispensação da graça de Deus e de Cristo.

Hebreus 8:4

Hebreus 8:4 - Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei.
ORA, SE ELE. O autor se refere ao Senhor Jesus, ele que esteve cumprindo seu ministério entre os homens, porque a seu respeito estava escrito e profetizado de que se manifestaria na terra como sendo o Messias de Deus, o Emanuel, Deus entre os homens. Ele é o Cristo de Deus, que foi o enviado e ungido de Deus Pai para implantar uma nova aliança, não somente com Israel, mas também com todos os povos do mundo.

ESTIVESSE NA TERRA. Se ele estivesse na terra. Já não estava mais, porque foi assunto aos céus. Atos 1:9-11 - E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.

NEM TÃO POUCO SACERDOTE SERIA. De acordo com a lei de Moisés, Jesus não seria jamais sacerdote no templo de Jerusalém, quando este esteve entre os homens. Porque de acordo com a legislação de Moisés, para ser sacerdote teria que ser da descendência de Levi, e para ser sumo sacerdote teria obrigatoriamente de pertencer à linhagem ou família de Aarão, irmão de Moisés. Portanto, a lei não permitia Jesus ser sumo sacerdote.

HAVENDO AINDA. Na época em que Jesus veio, como sendo o Messias de Deus, ainda haviam sacerdotes que ministravam no templo em Jerusalém, conforme a ordem de Levi ou de Aarão, no caso do sumo sacerdote. No caso do sumo sacerdote era alguém que pertencia à descendência de Aarão, mas que teria que ser aprovado e nomeado pelas autoridades representativas do império romano em Israel, no caso Pilatos, da Judeia.

SACERDOTES. Quando Jesus exerceu seu ministério em Israel haviam dois sumos sacerdotes, Anás e Caifás. Anás era o sogro de Caifás, uma personagem de grande influência diante das autoridades romanas. Caifás era o presidente do sinédrio, que era a maior Corte política-religiosa de Israel antes da destruição de Jerusalém nos anos setenta. Ambos os dois tiveram influências decisivas na condenação de Jesus de Nazaré a morte.

QUE OFERECIA DONS. Há quem diga que, na época em que foi escrita esta carta aos Hebreus, não havia mais sacrifício sangrento como a lei determinava, mas somente ofertas de manjares, em que o povo agradecia pelos benefícios recebidos. Os críticos afirmam que foi de propósito que o autor não citou os sacrifícios, porque neste mesmo tempo, já não mais havia expiação pelos pecados do povo, conforme era ordenado na lei.

SEGUNDO A LEI. Se os críticos estão com a razão, somente uma parte das ordenanças da legislação de Moisés estava tendo o seu cumprimento, que era justamente a parte das ofertas dos dons ou ofertas de manjares. Quando se sabe pela lei de Moisés, que os sacrifícios eram importantes para remissão dos pecados, como sendo um dia do ano em que o sumo sacerdote pelo seu ofício fazia sacrifício de animais, por si e pelo povo, o que era chamado de dia da expiação pelos pecados do povo, e isso era ordenança da lei.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Hebreus 8:3

Hebreus 8:3 - Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.
PORQUE TODO O SUMO SACERDOTE. O sumo sacerdote era a figura mais importante da religião em Israel e de acordo com a lei de Moisés, só podia ser sumo sacerdote, aquele que pertencia à linhagem de Aarão, irmão de Moisés, ele que foi o primeiro sumo sacerdote dos judeus. Depois dos exílios os Macabeus assumiram este posto e já no tempo do domínio romano, quem indicava o sumo sacerdote era Roma. E vindo o tempo da nova dispensação da graça, Cristo Jesus assumiu definitivamente este ofício.

É CONSTITUÍDO. Nas culturas pagãs mais antigas, os reis também eram os sumos sacerdotes de suas religiões, e em muitos casos, esses sumos sacerdotes reis eram adorados como se fossem deuses. Em Israel, Aarão foi constituído por Moisés, de conformidade com as leis religiosas daquele país. Depois da vinda do Messias de Deus, foi o Criador dos céus e da terra, quem constituiu seu Filho Jesus como sumo sacerdote.

PARA OFERECER. De qualquer forma o ofício sumo sacerdotal era um ministério, porque envolvia várias atividades dentro da hierarquia da classe dos privilegiados da religião judaica. O sumo sacerdote era um tipo administrador de todos os demais sacerdotes levíticos bem como do Tabernáculo e posteriormente dos templos de Jerusalém. Uma das funções mais importantes do sumo sacerdote era justamente uma vez no ano entrar no Santo dos Santos para interceder perante a presença de Deus pelos pecados do povo.

DONS E SACRIFÍCIOS. Estes serviços exercidos pelos sumos sacerdotes envolviam sacrifícios sangrento e incruento. Os dons eram os manjares e as ofertas que os filhos de Israel ofereciam em gratidão a Deus pelos benefícios recebidos com a colheita dos alimentos. Já os sacrifícios de animais e aves eram oferecidos como expiação pelos pecados do povo, como era no caso do dia da expiação, que envolvia o perdão divino.

POR ISSO ERA NECESSÁRIO. O cerimonialismo e o ritualismo praticado pelas castas sacerdotais foram se tornando obsoletos ao ponto do próprio Deus não mais aceitar nem as ofertas nem os sacrifícios como algo agradável. Por isso que Deus fez a promessa de um novo tipo de Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, Jesus Cristo. Jesus substituiu definitivamente o antigo sistema sacerdotal para todo o sempre.

QUE ESTE TAMBÉM TIVESSE. “Este” fala sobre Jesus como Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, conforme a promessa feita por Deus em (Salmos 110:4). A vida e o ministério de Cristo aqui na terra foi uma demonstração de que, após a sua ressurreição seria constituído por Deus Sumo Sacerdote eternamente. Por isso que ele ao subir aos céus, se assentou a destra do trono da Majestade celestial e intercede por nós.

ALGUMA COISA QUE OFERECER. Como todo sumo sacerdote é constituído para oferecer alguma coisa, com Jesus não foi diferente, ele ofereceu a Deus como oferta e sacrifício o que ele tinha de mais precioso, que era a sua própria vida. A morte do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo envolveu a obra perfeita de expiação para realizar o resgate da sua igreja remida. Bem como a propiciação que efetuou a reconciliação com Deus.

Hebreus 8:2

Hebreus 8:2 - Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
MINISTRO. Para o povo judeu, os sacerdotes eram ministros de Deus, isso porque eles ministravam as bênçãos de Deus para todo o Israel. E nisto se aprende com o primeiro sacerdote do qual fala a bíblia, que foi Melquisedeque, que nos primórdios da história de Israel por meio de Abraão, se encontrou com o patriarca e o abençoou. Vindo, pois, a nova dispensação da graça, o ministério sacerdotal de Cristo foi destacado com poder.

DO SANTUÁRIO. Na época da antiga aliança, o santuário, de início também era chamado de Santo dos Santos, que era o local onde somente o sumo sacerdote entrava, uma vez no ano para interceder pelo povo perante o Deus de Israel. Já no tempo do Messias de Deus, este santuário é a própria habitação de Deus, o que o evangelho chama de trono da Majestade celestial. Cristo como ministro da nova aliança, ele está no Santuário de Deus, o mais próximo possível do Deus Todo-poderoso, a sua direita, em lugar de destaque.

E DO VERDADEIRO. Não que o Tabernáculo feito pelos filhos de Israel fosse falso, é tanto que as suas medidas e feituras foram ordenadas pelo Senhor, mas que o escritor aponta em direção de sua transitoriedade. Enquanto que, a morada de Deus, que o autor chama de santuário, é eterna, e nunca jamais, há de passar, bem como o ministério sumo sacerdotal de Cristo, que foi eternamente constituído por Deus para todo o sempre.

TABERNÁCULO, O QUAL. O Tabernáculo terreno dos filhos de Israel era também chamado de tenda da congregação, onde em volta do qual os filhos de Israel se reunião, o que também era chamado de congregação, para adorar ao Senhor Deus de Israel. Mas o Tabernáculo sobre o qual fala o autor nesta frase é a própria morada de Deus, onde habita a Majestade celestial, na luz inaquisecível, em que Cristo está assentado a sua destra. Como ministro do novo pacto entre Deus e a igreja. Jesus é Sumo Sacerdote.

O SENHOR. Geralmente a palavra Senhor dentro das páginas do Novo Testamento é mais direcionada a pessoa bendita de Cristo Jesus, até para destacar o seu senhorio, que já era profetizado antes mesmo de sua vinda, como sendo o Messias de Deus (Daniel 7:14). Bem como ele era esperado como sendo o Filho de Davi, que reinaria eternamente sobre o Israel de Deus. Paulo escreve de como Cristo Jesus se tornou Senhor (Filipenses 2:9-11).

FUNDOU. Quando Deus falou com Moisés a respeito da construção do tabernáculo terreno, o próprio Moisés designou e escolheu dentre os filhos de Israel quem iria trabalhar na construção daquele lugar, que tinha muita importância para o povo de Deus. No entanto, no tabernáculo celestial foi o próprio Deus Criador de todas as coisas quem cuidou em fazer a sua morada eterna. Cristo é o ministro do Tabernáculo de Deus.

E NÃO O HOMEM. Podemos dizer que Moisés mandou construir o Tabernáculo no deserto, o que servia de congregação para os filhos de Israel, Salomão e outros foram encarregados de construírem os templos de Jerusalém, que também eram chamados de Tabernáculo de Deus com o seu povo Israel. Todavia, o Tabernáculo celestial não teve a interferência de nenhum ser humano, porque foi Deus quem Criou o céu dos céus.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...