domingo, 15 de agosto de 2021

Atos 27.25-26

Atos 27.25-26 - Portanto, ó senhores, tende bom ânimo; porque creio em Deus, que há de acontecer assim como a mim me foi dito. É, contudo, necessário irmos dar numa ilha.
PORTANTO, Ó SENHORES. Como da outra vez em que Paulo fez sua advertência, agora, novamente ele se dirige aos responsáveis pela embarcação, como o piloto, o mestre do navio, como também ao centurião romano, que era o responsável pela condução dos presos até a cidade de Roma. Estas eram pessoas que poderiam tomar decisões no que concerne a embarcação, os demais eram apenas tripulantes e presos que estavam sob o comando deles, sem que pudessem fazer nada de resolução. TENDE BOM ÂNIMO. No caso de Paulo, foi o próprio anjo de Deus quem lhe transmitiu esta mensagem de autoestima, no sentido de levantar a cabeça, e reestabelecer a esperança de vida. Depois de ser encorajado por Deus, Paulo repassa essa mesma mensagem para os que estavam presentes naquele momento, mostrando que nem tudo estava perdido, mas que o seu Deus estaria preservando todas aquelas vidas. PORQUE CREIO EM DEUS. Antes de receber a visita do anjo de Deus, não sabemos como estava a fé do apóstolo dos gentios, possivelmente abalada, diante de tudo que estava acontecendo, principalmente no tocante a sobrevivência daquela situação. Todavia, agora, o coração de Paulo foi turbinado de fé na mensagem que havia recebido da parte do Senhor, e isso fez com que ele falasse com toda autoridade. QUE HÁ DE ACONTECER. A fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus. Com a mensagem do anjo de Deus Paulo previa o que iria acontecer a partir deste momento. O que é a fé? Hebreus 11:1 - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem. A nossa fé firme e forte nas providências de Deus faz com que coisas sobrenaturais aconteçam conforme cremos. ASSIM COMO A MIM FOI DITO. O que foi dito para o homem de Deus? Atos 27:24 - Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo. Quanto à embarcação, e os cereais que havia nela, o prejuízo na era visível, porém, quanto às pessoas que estavam presentes no navio, suas vidas seriam todas preservadas, isso pela providência e promessa de Deus. É, CONTUDO, NECESSÁRIO. Não temos como saber se Paulo estava solicitando alguma diligência por parte dos responsáveis pelo navio, ou se ele estava profetizando que logo, mais, a embarcação iria se dirigir para junto de uma ilha. A primeira opção é mais difícil, até porque os marinheiros não tinham muito o que fazer, sem contar que o piloto não tinha noção de onde estavam nem para onde iam, não tinha bússola. IRMOS DAR NUMA ILHA. Há quem diga que Paulo conhecia aquela região por já ter feito muitas viagens, mas isso é muito improvável. O que ele estava falando era fruto da revelação de Deus, o que é previsível para que vive pela fé no trabalhar de Deus. Essa ilha a qual fala o apóstolo dos gentios era a ilha de Malta que não estava muito distante, e que serviria de escape para os marinheiros, bem como para todos os tripulantes da embarcação. A notícia foi a melhor possível, pois nascia a esperança.

Atos 27.24

Atos 27.24 - Dizendo: Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.
DIZENDO: PAULO. Quando Saulo de Tarso se converteu para o reino de Cristo, lhe foi prometido por Deus que falaria diretamente com ele, e que por muitas vezes o Senhor Jesus ainda iria se apresentar a ele. A forma como Deus trata com cada um é diferente com todos, e neste caso do apóstolo Paulo, Deus tinha uma grande chamada em sua vida, por isso que ele realizou uma grande obra para Cristo. O anjo, ou mensageiro de Deus falou diretamente com o servo de Cristo o chamando pelo seu próprio nome. NÃO TEMAS. A esta altura dos acontecimentos, em que Lucas diz que todos havia perdido a esperança de sobreviver, provavelmente, havia também no coração de Paulo alguma forma de tristeza, ou quem sabe desalento, ao ponto de temer a própria morte. Todavia, esta mensagem deve ter lhe animado a alma, pois, agora, veio a lembrança as palavras que ele chegaria na capital do império romano, Roma. IMPORTA QUE SEJAS APRESENTADO. A mensagem transmitida, primeiro para o apóstolo dos gentios, era de vida e de esperança, pois, a palavra de Deus tinha que se cumprir, aquela mesma mensagem que ele teria que comparecer em Roma. Parte das profecias já tinha se cumprido, em que ele iria pregar para reis, no caso os governadores romanos, no entanto, a mensagem era para além, ele pregar para o imperador romano, que neste caso era Nero, um dos mais severos dos últimos dias. A CÉSAR. A palavra do Senhor é fiel e verdadeira, assim como foi dito para o homem de Deus, esta palavra tinha que se cumprir, conforme Atos 23:11 - E na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo; porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma. Deus não é o homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa. E EIS QUE DEUS. Nada acontece por um acaso, mais tudo tem a determinação ou a permissão do Criador de todas as coisas. O Senhor estava no comando, e tudo que já havia acontecido era a permissão do Deus de Israel, mostrando aos responsáveis pelo navio que quem manda é ele, mas também uma prova para a fé de Paulo, a fim de confirmar que sua vida estava na mão daquele que na verdade e na realidade é a vida. TE DEU TODOS. Por causa de um justo, Deus preserva a vida de muitas outras pessoas. Como Paulo, bem como seu amigo Lucas, e quem sabe outros com Paulo estavam no mesmo barco, então, a misericórdia do Senhor seria estendida a todos. Por causa de Noé, Deus por meio da arca preservou toda a sua família. Por causa de Abraão e por causa do seu sobrinho Ló, o Senhor preservou parte de sua família, menos sua mulher. QUANTO NAVEGAM CONTIGO. Um pouco mais a frente, tomamos conhecimento que eram ao todo duzentos e setenta e seis pessoas que estavam juntamente com Paulo naquela embarcação. No tocante ao navio, nada poderia ser feito, porém, quanto as pessoas que estavam com Paulo, Deus iria criar uma situação em que ninguém perderia a sua vida. As coisas materiais eram as menos importantes neste momento, o mais valioso era a vida de cada um, que agora estavam todos em pé de igualdade.

Atos 27.22-23

Atos 27.22-23 - Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo.
MAS AGORA VOS ADMOESTO A QUE TANHAIS BOM ÂNIMO. Em meio ao caos, aparece um raio de esperança, em que uma mensagem positiva trazia um alento a quem não mais tinha força para sobreviver. Aprendemos com Paulo nesta narrativa que em vez de se ficar com raiva de quem desconsidera a nossa palavra, devemos ser compreensível com quem não compreendem as coisas espirituais. E em vez de se vingar, quando tivermos a oportunidade transmitir uma mensagem de encorajamento. PORQUE NÃO SE PERDERÁ A VIDA DE NENHUM DE VÓS. Na primeira advertência, Paulo fala sobre a possibilidade de se perder vidas humanas se os responsáveis pelo navio seguissem em viagem. Atos 27:10 - Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas. Agora, que estava mais difícil, vem uma palavra de vida. MAS SOMENTE O NAVIO. Até o momento os prejuízos estavam centrados nos cereais e nos móveis da embarcação que foram lançados ao mar, mais que a partir de então, Paulo avisa que o próprio navio seria destruído pela tempestade, o que foi confirmado, pois para saírem da ilha de Malta tiveram que tomar um outro navio, assim sendo, podemos conjecturar que este navio alexandrino foi consumido pelas grandes ondas. PORQUE ESTA MESMA NOITE O ANJO DE DEUS. O evangelho nos revela que os anjos de Deus estão a serviço de quem serve ao Senhor, Hebreus 1:14 - Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? Os anjos de Deus são mensageiros celestiais que o Criador envia para se comunicar com aqueles que precisam de uma mensagem dinda de Deus. DE QUEM EU SOU. Desde que veio a este mundo, que Paulo era um escolhido de Deus, Gálatas 1:15 - Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça. Com isso, o apóstolo dos gentios afirma que não era dono de si mesmo, nem pertencia a este mundo, mais era propriedade de Deus, por isso que não fazia a sua própria vontade, mas a vontade do seu Deus. E A QUEM SIRVO. Desde o momento em que teve o seu encontro pessoal com Cristo Jesus, que Paulo deixou de servir aos homens e passou a ser servo de Deus. A partir do dia que Cristo o chamou para seu reino e luz, que Paulo se dedicava dia e noite ao serviço do reino de Cristo, fazendo suas campanhas missionárias e pregando o evangelho das boas novas de Deus. Paulo foi um homem que serviu fielmente a Deus. ESTEVE COMIGO. Não temos como saber de que forma o anjo de Deus se apresentou para Paulo, se isso aconteceu de forma que ele estava acordado ou se foi por meio de um sonho, ou ainda por meio de uma visão espiritual, mas a verdade é que este fato se deu nesta mesma noite. A presença do anjo do Senhor vinha acompanhada de uma mensagem de esperança e de vida, não somente para o apóstolo Paulo, mas também para todos que estavam no navio, estes que já estavam em total desespero.

Atos 27.21

Atos 27.21 - E, havendo já muito que não se comia, então Paulo, pondo-se em pé no meio deles, disse: Fora, na verdade, razoável, ó senhores, ter-me ouvido a mim e não partir de Creta, e assim evitariam este incômodo e esta perda.
E, HAVENDO JÁ MUITO QUE NÃO SE COMIA. Temos então a pergunta que não quer calar: Porque não haviam comido ha tantos dias? É difícil de se pensar que todo o alimento que havia no navio tinha sido jogada nas águas do mar. Podemos então pensar que por conta da chuva que caia de maneira constante, não era possível que se acendesse nenhum fogo para cozinhar. E por fim, há quem diga que em meio ao desespero, com o navio sendo chacoalhado, todos estavam enjoados e sem apetite. ENTÃO PAULO, PONDO-SE EM PÉ NO MEIO DELES, DISSE. O escritor Lucas se detém a narrativa dos últimos acontecimentos e por um momento não cita nada a respeito do que estava fazendo o apóstolo Paulo. No entanto, de repente, o personagem central desta história reaparece, pondo se de pé no meio dos tripulantes do navio para mais uma vez transmitir sua palavra, que agora, poderia ganhar mais atenção do que antes. FORA, NA VERDADE, RAZOÁVEL, Ó SENHORES. Com todo direito que lhe era devido, Paulo se dirige aos líderes daquela embarcação chamando-lhes a atenção para o que tinha a dizer. Ao chamar a atenção dos senhores, certamente Paulo se dirige diretamente ao piloto do navio, o seu mestre, bem como ao centurião romano que era responsável por ele e pelos demais presos, que haviam sido enviados a Roma. TER-ME OUVIDO A MIM. O que havia dito Paulo aos responsáveis pelo navio: Atos 27:10 - Dizendo-lhes: Senhores, vejo que a navegação há de ser incômoda, e com muito dano, não só para o navio e carga, mas também para as nossas vidas. Quando o apóstolo falou estas palavras ele estava se dirigindo aos responsáveis pela embarcação, porque havia recebido a visão da parte de Deus sobre o que sucederia. E NÃO PARTIR DE CRETA. Na realidade, quando Paulo advertiu aos senhores do navio estavam em Bons Portos, conforme vemos em Atos 27:8-9 - E, costeando-a dificilmente, chegamos a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual estava a cidade de Laséia. E, passado muito tempo, e sendo já perigosa a navegação, pois, também o jejum já tinha passado, Paulo os admoestava. Creta era a grande ilha. E ASSIM EVITARIA ESTE INCÔMODO. Na mensagem de advertência transmitida por Paulo, ainda em Bons Portos, ele havia falado exatamente sobre este incômodo que os tripulantes da embarcação teriam de passar, se partissem daquele lugar. Esse incômodo fala do sofrimento que as pessoas estavam enfrentando ha tantos dias, sem se alimentarem, muito trabalho para os marinheiros e muita preocupação para todos. E ESTA PERDA. Este era de fato um grande navio cargueiro, que estava lotado de cereais vindos do Egito, provavelmente trigo, para abastecer a capital do império romano, Roma. Agora, estava vazio, porque toda a carga havia sido jogada no mar, uma vez que, o mais importante neste momento era salvar as vidas e não coisas materiais. Sem falar que todos os móveis do próprio navio também já haviam jogado fora, ficando apenas os tripulantes, eles também que corriam o risco da própria vida.

sábado, 14 de agosto de 2021

Atos 27.19-20

Atos 27.19-20 - E ao terceiro dia nós mesmos, com as nossas próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.
E AO TERCEIRO DIA NÓS MESMOS. Lucas confirma mais uma vez que estava presente nesta situação e que como acompanhante do apóstolo Paulo fazia parte dos tripulantes desta embarcação. Depois de passados três dias sem mudanças positivas no quadro que se desenhava quanto ao tempo, agora era uma questão de sobrevivência para todos que estavam no mesmo navio e passando por esta situação. COM AS NOSSAS PRÓPRIAS MAOS. Chega o momento que a vida é vista como o bem mais precioso de um ser humano, e nestes momentos as coisas materiais deixam de ocupar o trono do coração das pessoas. Percebe-se que houve um grande mutirão em que não somente os marinheiros, que eram responsáveis pelo navio, mas todos que estavam presentes de alguma forma se engajaram para aliviar a carga da embarcação. LANÇAMOS AO MAR. Tem um ditado que diz: vão-se os anéis e ficam os dedos. Ninguém estava pensando no dia de amanhã, nem nos dias futuros, porque nada disto valeria a pena, se a vida não fosse poupada neste momento. Certamente, todos os que eram responsáveis pelo navio estavam com peso na consciência por não terem tomado o conselho de Paulo, em não partirem de bons portos, mas agora, era tarde. A ARMAÇÃO DO NAVIO. Há que pense nos mastros da embarcação juntamente com as cordas e outras armações externas do navio. Porém, é mais conveniente pensarmos nos móveis que estavam dentro da embarcação, tais como mesas, cadeiras, redes, panelas, colheres, e outros quaisquer objetos que serviam de peso para o navio. O navio era chacoalhado pelas ondas e estes móveis serviam de perigo para as pessoas. E, NÃO PARARECENDO, HAVIA JÁ MUITOS DIAS, NEM SOL NEM ESTRELAS. Agora, o escritor nos faz saber que perderam a noção do tempo e já não sabia a quantos dias estavam naquela situação de calamidade. O tempo havia fechado com nuvens, ao ponto de os tripulantes do navio não ver o sol durante o dia e nem as estrelas durante a noite, isso também fazia com que o piloto do navio ficasse meio que perdido. E CAINDO SOBRE NÓS UMA PEQUENA TEMPESTADE. Até então, o que prevalecia eram os ventos muito fortes que jogava o navio para todos os lados sem direção e nem rumo. Mas, para piorar a situação, começa a cair também chuvas torrenciais, ao ponto de Lucas chamar de tempestade. A tempestade representa aquela situação com muita chuva, ventos fortes, acima de cem quilômetros, com relâmpagos e trovões, terrível. FUGIU-NOS TODA A ESPERANÇA DE NOS SALVARMOS. Podemos imaginar as cenas dentro daquele navio, com pessoas chorando, apavoradas e com medo da morte, com gente desmaiando de terror, pois o perigo era evidente para todos. Não havia mais o que fazer, o piloto do navio, por mais experiente que fosse, estava rendido diante da catástrofe, os responsáveis pela embarcação se lamentando por não terem tomado o conselho de Paulo, e o desespero era visível nas atitudes e na face de todos.

Atos 27.17-18

Atos 27.17-18 - E, levado este para cima, usaram de todos os meios, cingindo o navio; e, temendo darem à costa na Sirte, amainadas as velas, assim foram à toa. E, andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio.
E, LEVADO ESTE PARA CIMA. Depois de muito esforço, conseguiram alçar o bote para cima, não sabemos se apenas a uma certa altura, ou se conseguiram colocar o bote para dentro do navio. Como fazendo parte importante da viagem, o bote funcionava como salva vidas em caso de o navio encalhar perto de uma ilha ou até mesmo chegar a tombar no meio das águas, pois, nestes botes cabia uma boa quantidade de pessoas. USARAM DE TODOS OS MEIOS. Além do mais, se não salvasse o bote, ele poderia ser destroçado nas rochas ou encostas da ilha que já estava próxima, a ilha de Cauda. Agora, era um momento de tentar salvar a embarcação, porque nela havia uma grande carga de alimentos e o mais importante haviam muitas vidas que poderia perecer se a embarcação de repente afundasse ou se partisse pela força dos ventos, muito fortes CINGINDO O NAVIO. Não temos como saber de que forma os auxiliares do piloto do navio conseguiram realizar estas manobras, mas o que Lucas tenta nos dizer é que colocaram uma grande quantidade de cordas em torno da embarcação para que as taboas do navio não se deslocassem uma das outras, formando fissuras e proporcionando a destruição do navio, este era um feito de prevenção e segurança. E, TEMENDO DAREM À COSTA NA SIRTE. Haviam naquela região algumas Sirtes que eram conhecidas pelos marinheiros como montes de areia movediças, que ora estavam em um lugar e em outra estação do ano se deslocavam para outra região. A Sirte é um fenômeno natural dos mares que se formam com a movimentação interna das correntes de águas dos mares, e que são perigosas para as grandes embarcações. AMAINADAS AS VELAS, ASSIM FORAM A TOA. Em uma grande tempestade é até mais perigoso se utilizar das velas porque os ventos quando muito fortes podem tombar a própria embarcação. Portanto, em momento como este é mais seguro que se recolha algumas das velas e apenas deixem poucas alçadas com o objetivo de manter o navio alinhado na direção do vento, porem, o navio vai sendo levado a toa pelas ondas. E ANDANDO NÓS AGITADOS POR UMA VEEMENTE REMPESTADE. Esta frase escrita por Lucas nos fala da difícil situação em que os tripulantes do navio tiveram que passar durante um dia e possivelmente uma noite inteira. Se tivessem dado ouvidos a palavra do apóstolo Paulo, não estariam tendo que arriscar as suas vidas, nem terem que arcar com grande prejuízo dos alimentos, que a esta altura já estavam todos molhados. NO DIA SEGUINTE ALIVIARAM O NAVIO. Com isso, os responsáveis pelo navio recomendaram que se jogasse ao mar os próprios alimentos da carga, que já estavam molhados e que não mais servia, bem como qualquer outro objeto que não fosse útil naquele momento, porque a questão agora era conseguir sobreviver. Não havia mais perspectiva de que fosse possível sair daquela situação, e todos estavam conscientes desta realidade, inclusive o comandante e o mestre desta grande embarcação.

Atos 27.15-16

Atos 27.15-16 - E, sendo o navio arrebatado, e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa. E, correndo abaixo de uma pequena ilha chamada Clauda, apenas pudemos ganhar o batel.
E, SENDO O NAVIO ARREBATADO. Essa colocação feita por Lucas nos fala sobre a perda total do controle do navio por parte do piloto, ao ponto de se deixar levar para qualquer direção que o vento tomasse. Os fenômenos da natureza são realmente assombrosos, quando estes assumem o controle da situação, porque o homem se torna insignificante diante do poder da natureza. Se os responsáveis pela embarcação tivessem tomado o conselho de Paulo não teriam chegado a esta situação triste. E NÃO PODENDO NAVEGAR CONTRA O VENTO. Em um momento deste, a experiência do piloto de navio não tinha nenhum valor, pois a força do vento faz com que a embarcação seja como algo sem governo, sem destino e sem rumo. Se a intenção era chegar a Fenice, agora estavam impossibilitados de saírem do lugar, e nem podiam voltar, pois nem as velas e nem os lemes do navio estavam funcionando. DANDO DE MÃO A TUDO. Aqueles que eram responsáveis por conduzir ao navio de tanto se esforçarem sem resultado, não tinham mais forças para manter o domínio sobre a embarcação. O piloto estava atônito sem saber o que fazer, pois a situação fugiu de seu controle. Provavelmente aquele lugar em que se encontravam era muito profundo, ao ponto das âncoras também não servirem para segurar o navio parado. NOS DEIXAMOS IR A TOA. Geralmente, os pilotos dos navios, durante uma tempestade procuravam manter a proa do navio na direção do vento para que houvesse menos impacto contra a lateral do navio, porque se isso acontecesse corria o risco da embarcação tombar com a força do vento. Neste caso descrito por Lucas fica claro que os dirigentes do navio perderam o controle ao ponto do risco ser grande. E CORRENDO ABAIXO DE UMA PEQUENA ILHA. Tem uma música popular em nosso país com uma frase que representa bem esta situação, quando diz: Deixa o vento me levar. A força gigantesca do vento foi empurrando a embarcação em direção de uma pequena ilha, não porque as velas tivessem ajudando, nem os lemes, mais porque a própria tempestade dava nesta direção, uma vez que a embarcação estava indo a toa CHAMADA CLAUDA. Não há dúvida que os tripulantes, e mais precisamente o piloto do navio devem ter ficado esperançosos ao verem esta pequena ilha, pois que ao se aproximarem dela, havia a possibilidade de se jogarem ao mar e nadarem até sua encosta na tentativa de sobreviverem. Esta pequena ilha ficava bastante distante da grande ilha de Creta, cerca de trinta e sete quilômetros, e isso nos fala do quanto o navio já havia percorrido sem direção e sendo conduzido simplesmente pelo vento. APENAS PUDEMOS GANHAR O BATEL. Clareando mais a expressão do escritor neste ponto de sua narrativa podemos dizer que os tripulantes com grande esforço conseguiram trazer de volta o bote que acompanhava o navio. Neste caso, o bote era uma pequena embarcação que ficava atrelada ao grande navio e que servia em muitos casos de salvas vidas para os passageiros, e que neste momento era muito útil.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...