quarta-feira, 3 de maio de 2017

Hebreus 9:8

Hebreus 9:8 - Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo.
DANDO NISTO A ENTENDER. A partir de então, o autor começa a acender luzes em direção a nova dispensação da graça, envolvendo o Sumo Sacerdote Jesus Cristo, como Mediador desta nova aliança da graça de Deus. Em todos os elementos do tabernáculo, bem como em muitos dos objetos de culto da antiga aliança, já apontavam para o novo tempo, em que a operação do Espírito de Deus na vida das pessoas era mais importante do que o ritualismo e o cerimonialismo do judaísmo e da legislação de Moisés.

O ESPÍRITO SANTO. Verdade é que estamos na dispensação, onde o Espírito Santo é o agente direto de Cristo, agora, quando ele está preparando a igreja remida para o grande dia do arrebatamento. Todavia, o Espírito do Senhor sempre esteve em ação para fazer com que os filhos de Israel compreendessem os planos superiores de Deus. No entanto, no tempo da velha dispensação, as pessoas não entendiam estas revelações.

QUE AINDA O CAMINHO. O escritor está falando do caminho de acesso a Deus com seus vários obstáculos. Fala-se em um ambiente fora do tabernáculo em que havia os altares dos holocaustos, depois vinha o primeiro véu, onde depois do qual estava o lugar santo, em que os sacerdotes ofereciam as ofertas de manjares. Mas depois deste havia ainda um outro véu, que separava o lugar santo do santo dos santos, no interior.

DO SANTUÁRIO. Este santuário fala sobre o primeiro compartimento, onde serviam os sacerdotes da tribo de Levi, com seus objetos e cerimônias até chegar ao segundo, onde estava à presença mesma de Deus. Entre os objetos que havia dentro do santuário, podemos citar: O candelabro, a mesa, onde ficavam os pães da proposição e a bacia onde os sacerdotes lavavam as mãos e os pés, e o próprio sumo sacerdote se purificava.

NÃO ESTAVA DESCOBERTO. Existia um grande elaborado de cerimônias e rituais executados pelos sacerdotes e pelo próprio sumo sacerdote, até que somente o principal líder religioso tivesse acesso a presença de Deus, no santo dos santos ou lugar santíssimo. Sem contar que os sacerdotes comuns não podiam entrar no santo dos santos, mas somente o sumo sacerdotes no dia da expiação para oferecer sacrifícios pelo povo.

ENQUANTO SE CONSERVAVA EM PÉ. O autor não está se referindo ao fato de quando das peregrinações do povo pelo deserto, sobre o momento em que o tabernáculo era desmontado. Mas ele se refere ao primeiro tabernáculo que esteve no deserto, entrou com os filhos de Israel na terra de Canaã, e que se manteve de pé até o tempo de Davi. Mas que já no tempo de Salomão e até os anos setenta d.C foi substituído pelos templos.

O PRIMEIRO TABERNÁCULO. Este primeiro tabernáculo foi deveras muito importante para a nação de Israel, porque enquanto ele estava de pé mantinha o povo unido na fé monoteísta dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Este primeiro tabernáculo também assumiu papel preponderante no que diz respeito à fidelidade do povo a legislação de Moisés, porque todas as cerimônias em torno deste monumento focava o povo em Deus.

Hebreus 9:7

Hebreus 9:7 - Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo.
MAS, NO SEGUNDO. O autor se refere ao segundo compartimento da tenda da congregação ou tabernáculo, também chamado de santo dos santos ou ainda lugar santíssimo do tabernáculo, que ficava após a segunda cortina ou véu. Neste local ficava a arca da aliança, onde também continha o vaso com o maná e a vara de Arão que floresceu no deserto, o propiciatório, o incensário de ouro e os dois querubins. Este era um lugar especial, porque nele, conforme a crença dos hebreus, Deus se manifestava.

SÓ O SUMO SACERDOTE. Este era de princípio Arão que foi constituído para no santo dos santos representando o povo de Israel. No primeiro ambiente da tenda podiam entrar os filhos de Levi, que também representava o povo de Israel, para oferecer as ofertas de manjares em gratidão pelos benefícios recebidos da parte do Senhor. Mas os sacrifícios pela expiação dos pecados do povo, somente o sumo sacerdote oferecia.

UMA VEZ NO ANO. Quando se fala uma vez no ano, se refere ao dia da expiação, mas isso não quer dizer que neste dia o sumo sacerdote só entrava uma vez no santo dos santos, segundo as tradições judaicas, pelo menos quatro vezes neste dia o sumo sacerdote adentrava no santo dos santos para realizar os seus serviços naquele lugar, isso com relação ao tabernáculo, porque no templo feito por Herodes, muita coisa mudou.

NÃO SEM SANGUE. Primeiro o sacerdote fazia sacrifício de um novilho por si mesmo e por sua família, tendo já passados sete dias de purificação. Depois ele também fazia sacrifício de um cordeiro pelos pecados do povo, além do cordeiro que era enviado para o deserto, simbolizado de que aquele animal levaria sobre si os pecados do povo. O sangue dos sacrifícios era aspergido sobre o propiciatório em um ritual de purificação, em que o cerimonialismo tinha mais valor do que os próprios sacrifícios em si mesmo.

QUE OFERECIA POR SI MESMO. Além de oferecer por si mesmo o sacrifício de um novilho, o sumo sacerdote também oferecia por todos os seus familiares e descendentes, todos aqueles que faziam parte da linhagem de Arão que foi o primeiro sumo sacerdote do tabernáculo. Neste ponto, o autor pretende apontar a fragilidade dos sumos sacerdotes aarônicos, quando eles ofereciam sacrifícios por si mesmos.

E PELA CULPA. O sacrifício do cordeiro era justamente pelos pecados dos outros, como ato de expiação pelos pecados de Israel. Neste mesmo ato do sacrifício propiciatório, o sumo sacerdote se postava como mediador entre Deus e o povo para interceder em favor dos pecadores, por isso que foi constituído o ofício sumo sacerdotal. Com o passar do tempo, a lei não ajudou ao povo em termos de santificação por causa da desobediência.

DO POVO. No início, enquanto Moisés estava com os filhos de Israel, como também depois da conquista de Canaã, por pouco tempo o povo de Israel se manteve fiel às ordenanças da legislação de Moisés. Mas, depois da divisão do reino de Israel em reino do norte e reino do sul, o povo começou a desprezar a lei de Moisés, até que culminou nos cativeiros babilônico e assírio, e por fim no domínio de Roma sobre os judeus.

terça-feira, 2 de maio de 2017

Hebreus 9:6

Hebreus 9:6 - Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços.
ORA, ESTANDO ESTAS COISAS. Estas coisas a que se refere o autor dizem respeito ao tabernáculo, com dois compartimentos, o externo e o interno. O externo que era o lugar santo onde ministravam os sacerdotes da tribo de Levi, e o interno era o lugar santo dos santos, onde só quem podia entrar era o sumo sacerdote da linhagem de Arão, uma vez por ano, para servir na presença de Deus no dia da expiação, para perdão dos pecados.

ASSIM PREPARADAS. Quais eram estas coisas que já estavam preparadas para a ministração? O próprios tabernáculo, onde dentro dele havia: O candelabro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário. Mas depois do segundo véu estava o santuário que se chama o santo dos santos. Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança. E sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório, representando a proteção.

A TODO TEMPO. Neste ponto, o escritor fala do primeiro compartimento, onde ministravam os sacerdotes da tribo de Levi, que eram em grande número, é tanto que, os serviços foram divididos em turnos. Este santuário ficava depois do primeiro véu, onde também estavam o candelabro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o lugar santo dos sacerdotes. Neste local não cessavam as atividades dos sacerdotes.

ENTRAVAM OS SACERDOTES. Neste santuário não paravam as celebrações dos sacerdotes diante da tenda da congregação, a não ser quando o tabernáculo era desmontado para ser transportado de um lugar para outro no deserto. Já nos templos de Jerusalém, além deste lugar santo, onde ministravam os sacerdotes, foram acrescentados mais dois átrios, em que o primeiro era dos gentios e o segundo das mulheres.

NO PRIMEIRO. A grande tenda era uma só, o que se chama de tabernáculo, porem, os compartimentos eram divididos por cortinas ou véus, no caso da tenda da congregação dos filhos de Israel no deserto. O autor fala do primeiro compartimento para diferenciar do segundo que era justamente o lugar santo dos santos, onde somente o sumo sacerdote da linhagem de Arão podia entrar para ministrar perante a face de Deus.

TABERNÁCULO. Esta é uma palavra que pode ter vários significados tais como casa de adoração, tenda dos sacrifícios, cabana de culto a Deus, local da divina moradia de Deus com os filhos de Israel, e ainda tenda da congregação. Este era um santuário portátil em que os filhos de Israel transportavam os objetos considerados sagrados dos judeus. O tabernáculo também era um lugar de culto e adoração ao Deus que libertou o seu povo.

CUMPRINDO OS SERVIÇOS. Neste caso, o escritor fala do exercício do sacerdócio dos levitas, tanto dos sacerdotes quanto dos cantores que participavam dos cultos de adoração ao Deus de Israel. Estes serviços envolviam os próprios louvores entoados a Deus, bem como as ofertas de manjares em gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. E por fim, os sacrifícios de animais, que eram feitos para se alcançar à benevolência divina.

Hebreus 9:5

Hebreus 9:5 - E sobre a arca os querubins da glória, que faziam sombra no propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.
E SOBRE A ARCA. A arca da aliança representava o trono e a majestade de Deus. Esta peça do santo dos santos media 1,4m de largura, com a mesma medida de altura, mas o seu cumprimento era de 2,4m. Era chamada arca da aliança, porque representava a lei de Moisés, onde nela ficavam as duas tabuas com os dez mandamentos em que o Senhor entregou a Moisés como suas ordenanças para os filhos de Israel. Em cima da arca havia uma tampa, também chamada de propiciatório que media 2,4m por 1,4m de largura.

OS QUERUBINS. Estes querubins eram representações simbólicas dos seres elevados que estão na presença de Deus e diante da majestade celestial. Quando Adão e Eva pecaram contra o Senhor, foram expulsos do Jardim do Éden e foram postos querubins para proteger o Jardim do Senhor. No caso do tabernáculo, eram figuras de animais poderosos que também representavam a proteção de Deus sobre o santo dos santos.

DA GLÓRIA. Também eram representações de anjos poderosos da parte de Deus, que quando o sumo sacerdote entrasse naquele recinto sagrado sentisse a glória de Deus encher aquele lugar. Estas figuras de animais fortes e poderosos também falavam da majestade de Deus, bem como do seu poder sobre todas as coisas e ainda do seu governo sobre tudo e sobre todos. E tudo isso já apontava para o domínio de Cristo Jesus.

QUE FAZIAM SOMBRA. Estas imagens simbólicas dos dois querubins eram feitas de ouro puro político que brilhava de maneira intensa naquele lugar. Os dois tinham suas asas por cima do propiciatório em direção umas das outras, formando um arco por cima da tampa da arca. Essa simbologia ensinava sobre a proteção de Deus tanto sobre a arca, que representava a legislação de Moisés, quanto dos sacrifícios oferecidos no propiciatório.

AO PROPICIATÓRIO. Esse propiciatório era a tampa que ficava por cima da arca da aliança, com 2,4m de cumprimento por 1,4m de largura, sem, no entanto, ser especificada a sua espessura, toda recoberta de ouro. Era sobre o propiciatório que era aspergido o sangue do animal sacrificado, como símbolo do perdão dos pecados. A propiciação feita por Cristo foi o único sacrifício perfeito que não precisou ser repetido.

DAS QUAIS COISAS. O autor estava apenas dando alguns detalhes sobre estes objetos do tabernáculo, que serviriam de sobra das coisas que já estavam preparadas por Deus, quanto a nova dispensação, tendo Cristo como sumo sacerdote de uma melhor e superior aliança. Como também estes elementos da antiga aliança eram bem conhecidos pelos leitores desta carta, até porque eram seguidores do judaísmo convertidos ao cristianismo.

NÃO FALAREMOS AGORA PARTICULARMENTE. Neste ponto, o escritor não quis dar suas explicações alegóricas sobre o significado de cada um dos elementos que compunham o tabernáculo, como tem feito muitos dos interpretes cristãos nestes últimos dias. O que o autor estava expondo era algo que fazia parte do primeiro tabernáculo, que no caso do templo de Herodes já não existiam mais. Porem, em Cristo teve seu cumprimento final. Quem estuda as tipologias do velho pacto sabe que tudo isso, apontava para Cristo.

Hebreus 9:3-4

Hebreus 9:3-4 - Mas depois do segundo véu estava o tabernáculo que se chama o santo dos santos. Que tinha o incensário de ouro, e a arca da aliança, coberta de ouro toda em redor; em que estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas da aliança.

MAS DEPOIS DO SEGUNDO VÉU ESTAVA O TABERNÁCULO. Todo o equipamento portátil na verdade se chamava tenda da congregação, ou também o tabernáculo de Deus com os filhos de Israel. Porem, o tabernáculo propriamente dito de Deus, ficava depois da segunda cortina ou véu, que era efetivamente o lugar santo dos santos. Entre o primeiro e segundo véu ficava justamente o lugar santo, onde os sacerdotes da tribo de Levi faziam seus serviços, mas depois do segundo véu, somente os sumos sacerdotes entravam.

QUE SE CHAMA SANTO DOS SANTOS. Da tenda da congregação, este era um lugar especial, em que somente o sumo sacerdote podia uma vez no ano entrar, Todavia, antes ele se preparava durante sete dias, os dias da purificação, para então depois poder penetrar no lugar santíssimo. Porque este era o lugar em que Deus se manifestava.
QUE TINHA O INCENSÁRIO DE OUTRO. O ambiente do santo dos santos, conforme o modelo construído no tempo de Moisés era quadrado, medindo dezoito metros de lados. Dentro deste local havia poucos objetos e um deles era justamente o incensário de ouro. Suas dimensões eram de 0,9m de largura com a mesma medida de cumprimento, e com 1,8m de altura. Essa peça era feita de madeira e recoberta com ouro puro.

E A ARCA DA ALIANÇA, COBERTA DE OURO TODA EM REDOR. A arca da aliança representava o trono e a majestade de Deus. Esta peça do santo dos santos media 1,4m de largura, com a mesma medida de altura, mas o seu cumprimento era de 2,4m. Em cima da arca ficava uma espécie de tampa, também chamada de propiciatório que tinham as mesmas dimensões, largura e cumprimento da arca da aliança.

EM QUE ESTAVA O VASO DE OURO. Também chamada de urna de ouro, em que continha uma representação do maná e a vara de Arão que floresceu no deserto. Todos estes objetos citados pelo nosso autor são tipologias que representavam algumas verdades para o próprio tempo da lei ou mais ainda para o tempo da nova dispensação da graça. É tanto que, os cristãos fazem suas alegorias de cada peça do tabernáculo.

QUE CONTINHA O NAMÁ, A VARA DE ARÃO QUE TINHA FLORESCIDO. Essa representação do maná, que cita o escritor, falava aos filhos de Israel sobre o milagre das provisões de Deus para o seu povo. E a vara de Arão que havia florescido, ensinava aos filhos de Israel do sacerdócio de Arão e dos seus descendentes para este ofício, como também apontava para a importância desta função na vida religiosa de Israel.

E AS TÁBUAS DA ALIANÇA. Na verdade eram as tábuas de pedras, sobre as quais Deus havia escrito os dez mandamentos e entregue a Moisés, representando toda a legislação de Moisés para os filhos de Israel. Era nestas tábuas que realmente estava escrita a lei de Deus para Israel, porque conforme os críticos, o resto da lei eram os mandamentos e ordenanças sociais civis para o povo de Israel como nação independente.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Hebreus 9:1-2

Hebreus 9:1-2 - Ora, também a primeira tinha ordenanças de culto divino, e um santuário terrestre. Porque um tabernáculo estava preparado, o primeiro, em que havia o candelabro, e a mesa, e os pães da proposição; ao que se chama o santuário.
ORA, TAMBÉM A PRIMEIRA. Neste tratado aos Hebreus, o escritor desmonta por completo o sistema do judaísmo com seus mais variados elementos e práticas ritualísticas e cerimonialísticas. A “primeira” se trata da velha dispensação da lei, que era a legislação de Moisés, com suas regras e exigências em que os hebreus até começaram bem, mas não demorou muito até que o povo judeu se desviasse completamente da lei de Moisés.

TINHA ORDENANÇA DE CULTO DIVINO. O tabernáculo foi erigido justamente como um lugar central de adoração dos filhos de Israel e isso teve efetivamente seu começo ainda no deserto. Naquele tempo, as celebrações tinham seus valores quanto aos cultos que eram celebrados ao Senhor em que os judeus buscavam a presença do Senhor por meio dos sacerdotes. De forma que, o Senhor se manifestava no santo dos santos para receber as ofertas de gratidão do seu povo e dispensava suas bênçãos e seu perdão.

E UM SANTUÁRIO TERRESTRE. O fato do escritor chamar de santuário terreno, já se percebe que ele deseja imprimir na mente dos seus leitores que aquele lugar de adoração era algo transitório, passageiro e que um dia haveria de acabar. Diferente do santuário celestial que é a casa de Deus, onde o Deus Todo-poderoso habita na luz inaquisecível, feito de algo que não se deteriora com o passar do tempo, mas é eterno, para sempre.

PORQUE UM TABERNÁCULO ESTAVA PREPARADO. Este tabernáculo foi construído pelos filhos de Israel, conforme a palavra de Moisés e de acordo com o modelo que lhe foi revelado no Monte do Senhor. Era composto de duas partes, em que no primeiro ficava justamente o candelabro, a mesa dos pães da proposição, onde os sacerdotes serviam ao Senhor. Depois do segundo véu, ai sim, era o Santo dos Santos, no interior.

O PRIMEIRO QUE HAVIA O CANDELABRO. Neste primeiro era o lugar dos sacerdotes em que os filhos de Levi também ofereciam as ofertas e os sacrifícios. O candelabro era composto por sete lâmpadas, com suas hastes de ouro puro. Estas lâmpadas eram acessas à tardinha e só apagavam pela manhã, portanto, iluminavam o santuário durante toda a noite. Também era usado o mais puro azeite, que representava a santidade.

E A MESA, E OS PÃES DA PROPOSIÇÃO. Essa mesa era feita de madeira e recoberta com ouro puro, em que ficavam também os pães da proposição. Essa mesa ficava no lado direito do lugar santo, defronte ao candelabro, com suas lâmpadas acessas durante a noite. Os pães da proposição eram feitos da farinha mais excelente de Israel no total de doze, talvez representando as doze tribos dos filhos de Israel, e simbolizava a fartura.

AO QUE SE CHAMA O SANTUÁRIO. Conforme temos demostrado, quanto ao tabernáculo, que era diferente da construção dos templos de Jerusalém, havia dois lugares, que era o primeiro, também chamado de santo lugar ou santuário, e o segundo lugar mais ao interior do tabernáculo, chamado santo dos santos. Ainda neste lugar santo havia o altar dos holocaustos e do incenso, neste lugar serviam os sacerdotes levitas.

Hebreus 8:13

Hebreus 8:13 - Dizendo nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.
DIZENDO. Não que o autor esteja neste texto fazendo uma citação do mesmo tema abordado em Jeremias, mas ele traz as suas próprias conclusões, sobre a antiga aliança que se tornou obsoleta e deu lugar a uma nova aliança da graça mais eficaz com melhores promessas. São assuntos como estes tratados nesta carta, que o escritor tem uma grande chance de ser Paulo, se comparados aos temas abordados na carta do apóstolo aos Gálatas, combatendo o judaísmo. No entanto, continua no anonimato esta missiva.

NOVA. É a mesma coisa que, novo pacto ou nova dispensação da graça de Deus. Esta nova aliança foi estabelecida por Deus e implantada pelo seu Messias que veio para por em pratica os planos e propósitos do Criador de todas as coisas. Assim como Moisés foi um dos mediadores da antiga dispensação da lei, Cristo é o único Mediador desta nova aliança da graça de Deus. A nova aliança é a melhor de todas por conta das melhores promessas. A nova aliança fala de um novo tempo do agir de Deus por meio do Emanuel.

ALIANÇA. Aliança é um acordo feito entre duas partes, em que alguém se interpõe como mediador do tratado ou contrato. No caso da primeira aliança, Moisés foi um dos mediadores entre Deus e os filhos de Israel. Mas, na nova aliança, Deus constituiu o Messias, Jesus Cristo como único Mediador entre Deus e os homens. Por que foi necessário um novo pacto ou aliança? Porque os judeus falharam da sua parte da aliança.

ENVELHECEU. A implantação da nova dispensação da graça de Deus, pela fé em Jesus Cristo, tornou a primeira aliança ou velha dispensação sem efeito, até porque se a velha dispensação fosse melhor não se fazia necessário a implantação de uma nova. Certamente o escritor profetizava sobre a destruição de Jerusalém, que se deu depois dos anos setenta de nossa era cristã, que foi o fim do antigo sistema sacerdotal da lei.

A PRIMEIRA. Quando se fala sobre a “primeira” não está se reportando a aliança edênica, que condicionava a vida do homem ao seu estado de inocência, como contrário teria como resultado a morte física e espiritual, não somente do casal, Adão e Eva, mas de toda a humanidade. Essa primeira aliança sobre a qual o autor se refere diz respeito mesmo à aliança mosaica, feita com os judeus, mas que se tornou obsoleta tempos depois.

ORA, O QUE FOI TORNADO VELHO. O autor esta usando uma metáfora de um homem que se tornou velho e que suas condições não são mais suficiente para se ter o mesmo vigor para exercer qualquer ativismo em que se empregam esforços. Esta frase nos leva a pensar que a lei de Moisés tinha seu condicionamento ao tempo determinado pelo próprio Deus, como o homem tem seu ciclo de vida nesta existência terrena.

PERTO ESTÁ DE ACABAR. O próprio corpo do ser humano quando chega a uma determinada idade, vai progressivamente diminuindo a sua reprodução de novas células, até que os órgãos do seu corpo vão parando de funcionar. A antiga dispensação da lei já não tinha mais os mesmo efeitos na vida dos filhos de Israel. Foi caducando em sua validade para dar lugar a nova dispensação da graça de Deus, com melhores promessas.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...