terça-feira, 27 de julho de 2021

Atos 23.27

Atos 23.27 - Esse homem foi preso pelos judeus; e, estando já a ponto de ser morto por eles, sobrevim eu com a soldadesca, e o livrei, informado de que era romano.
ESTE HOMEM. O escritor está fazendo a transliteração da carta enviada pelo tribuno ao seu superior, o Governador de Cesaréia, que também era o procurador romano em toda a Judeia. Não sabemos em que idioma o tribuno escreveu sua correspondência, mas se foi no grego, é possível que Lucas tivesse conhecimento e se não conhecesse, Paulo tinha pleno conhecimento e poderia fazer a tradução para Lucas. Este homem era o apóstolo dos gentios, um grande missionário transcultural do reino de Cristo. FOI PRESO PELOS JUDEUS. O tribuno se refere ao que está escrito em Atos 21:27 - E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele. A partir deste momento, os judeus mais radicais estavam espancando a Paulo como se fosse um criminoso, apesar de ele ainda está dentro do templo de Jerusalém, mas os judeus eram violentos e cruéis. E ESTANDO A PONTO DE SER MORTO. Como os opositores de Paulo não podiam mata-lo dentro do templo, porque era um lugar sagrado para os judeus, e que neste lugar não se podia derramar sangue humano, o levaram para fora do templo. Atos 21:30 - E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de povo; e, pegando Paulo, o arrastaram para fora do templo, e logo as portas se fecharam. Agora, fora do templo, o ódio religioso era o suficiente para que os judeus radicais matassem a Paulo. POR ELES. Não era de hoje que os judeus vinham destilando ódio contra o apóstolo dos gentios, pois, por onde Paulo passava em suas viagens missionárias, em cada cidade, ele tinha que enfrentar a fúria dos seus compatriotas judeus. Temos o caso do próprio fundador do Cristianismo, Jesus de Nazaré, que foi perseguido, preso e morto pelos judeus, como também os apóstolos e muitos dos seguidores de Cristo também. SOBREVIM EU COM A SOLDADESCA. A notícia do grande alvoroço percorreu velozmente a cidade de Jerusalém, chegando rapidamente ao conhecimento do comandante do exercito romano. Atos 21:31 - E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava toda em confusão. O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir a Paulo. A chegada do exercito foi no momento ideal. E O LIVREI. Na realidade, este livramento ao qual se refere o tribuno se deu com a prisão de Paulo, conforme está registrado em Atos 21:33 - Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu e o mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito. A partir deste momento, os judeus não poderiam mais fazer nenhum mal a Paulo, porque ele passou a ter a tutela do Estado romano, por meio do tribuno. INFORMADO QUE ERA ROMANO. Somente mais tarde é que isto veio a acontecer. Atos 22:25-27 - E, quando o estavam atando com correias, disse Paulo ao centurião que ali estava: É-vos lícito açoitar um romano, sem ser condenado? E, ouvindo isto, o centurião foi, e anunciou ao tribuno, dizendo: Vê o que vais fazer, porque este homem é romano. E, vindo o tribuno, disse-lhe: Dize-me, és tu romano? E ele disse: Sim.

Atos 23.24-26

Atos 23.24-26 - E aparelhai cavalgaduras, para que, pondo nelas a Paulo, o levem salvo ao presidente Félix. E escreveu uma carta, que continha isto. Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde.
E APARELHAI CAVALGADORAS. Não se sabe quantos cavalos foram devidamente equipados para estar a serviço de Paulo, porem, podemos imaginar que alguns, pois não somente o próprio Paulo se utilizaria de um deles, mais também seus pertences teriam que ser levados, até porque não se saberia quanto tempo Paulo ficaria preso em Cesaréia, até que o presidente Félix o levasse a ser julgado. Também se pensa em alguns acompanhantes de Paulo o acompanhariam como suas testemunhas de defesa. PARA QUE, PONDO NELAS A PAULO. Cláudio Lísias passou a ter um cuidado todo especial para com a pessoa de Paulo, principalmente depois que descobriu que ele era um cidadão romano. Mas, há que pense que o tribuno não estava satisfeito com os judeus, por algum motivo que desconhecemos, e que se sentiu satisfeito em favorecer a Paulo, e desfavorecer aos mais radicais seguidores do tradicional judaísmo. O LEVEM SALVO. O pensamento de Cláudio Lísias se antecipava ao que poderia acontecer logo no dia seguinte, de quando os judeus descobrissem que Paulo não estava mais na fortaleza, e que seus planos malignos não seriam mais concretizados. O tribuno já previa que os inimigos de Paulo tomariam providências, no sentido de irem ao encontro da comitiva, para de alguma forma tentarem tirar a vida do preso, Paulo. AO PRESIDENTE FÉLIX. Cesaréia era uma cidade muito importante da Judeia, porque era um dos portos marítimos de elevada estima pelos romanos, um tanto quanto, mais do que a cidade de Jerusalém. No caso de Cesaréia, Marcos Antônio Félix era governador daquela cidade, mais era o procurar de toda a Judeia, isso com o apoio e o aval do império político de Roma. Neste caso, o tribuno o chama de presidente, como uma forma de elevar mais ainda o procurador que representava Roma na Judeia. E ESCREVEU UMA CARTA. O tribuno não pode acompanhar a comitiva que levaria o preso Paulo até a cidade de Cesaréia, até porque Cláudio Lísias precisa ficar na cidade de Jerusalém para por em ordem as coisas, caso houvesse algum tipo de revanche por parte dos judeus. Nesta carta, o tribuno exponha ao procurador romano Félix os motivos porque estava enviando com os centuriões o cidadão romano, Paulo de Tarso. QUE CONTINHA ISTO. CLÁUDIO LÍSIAS. Na cidade de Jerusalém, o tribuno era uma autoridade importante de representação do império político de Roma, ocupando o cargo elevado de comandante do exército. Assim sendo, esta correspondência enviada pelo tribuno seguia os protocolos das comunicações de autoridade para autoridade do império político de Roma, o que era um cerimonial corriqueiro entre eles, os romanos. A FÉLIX, POTENTÍSSIMO PRESIDENTE, SAÚDE. Há quem pense que Cláudio Lísias estava como tribuno do império romano na cidade de Jerusalém por indicação de Félix, haja vista que o governador de Cesaréia também era o procurador romano em toda a Judeia. O elogio que o tribuno faz ao seu superior era comum naquela época, em respeito ao cargo ocupado pela pessoa na hierarquia das autoridades romanas.

Atos 23.23

Atos 23.23 - E, chamando dois centuriões, lhes disse: Aprontai para as três horas da noite duzentos soldados, e setenta de cavalaria, e duzentos arqueiros para irem até Cesaréia.
E, CHAMANDO DOIS CENTURIÕES. Ao tomar conhecimento da conspiração dos judeus contra Paulo, por meio do jovem, sobrinho do apóstolo, imediatamente o tribuno resolveu tomar uma atitude positiva, no sentido de livrar a Paulo das mãos dos opositores do apóstolo. Não sabemos quantos centuriões haviam ali na fortaleza que estava sob o comando do tribuno, mais temos conhecimento que para cada cem soldados das tropas romanas, haviam então, um centurial que ordenavam os soldados. LHES DISSE: APARTAI. O tribuno fala a respeito dos preparativos de uma tropa grande de soldados romanos para cumprimento de mais uma missão. Percebe-se que o tribuno era um homem poderoso, que tinha carta branca para tomar decisões monocráticas no tocante as suas atividades. Pela ordem do tribuno, se percebe que havia preocupação de sua parte, que alguma coisa diferente pudesse acontecer. PARA TRÊS HORAS DA NOITE. Esta citação feita pelo escritor do livro de Atos fala das horas computadas pelos romanos e não pelos judeus, com isso, o escritor fala de nove horas da noite ou vinte uma horas, como entendemos nos dias de hoje. Os romanos começavam a contagem das horas do dia a partir de meia noite, já os judeus tinham o costume de começarem as horas a partir do por do sol, e do nascer do sol também. DUZENTOS SOLDADOS. Este número era bastante representativo, porque segundo alguns chegam a declarar, haviam na fortaleza de Antônia em torno de seiscentos a setecentos soldados, assim sendo, em torno de um terço dos soldados daquele quartel foi utilizado para levar o preso Paulo até a cidade de Cesaréia. Este número de soldados que acompanhariam a Paulo nos ensina que o tribuno tinha pleno conhecimento dos perigos que Paulo estava passando, e da proteção lhe oferecida. E SETENTA DE CAVALARIA. Provavelmente, dos duzentos soldados romanos, setenta deles seriam da cavalaria, e não que o tribuno estivesse ordenando que duzentos e setenta soldados fossem preparados para a missão até a cidade de Cesaréia. A cavalaria era uma parte do exército romano que servia para proteger os soldados que por terra cumpriam missões importantes, por isso que foram quase um terço deles. E DUZENTOS ARQUEIROS. Com isso, fica subtendido que todos os soldados da comitiva além de serem uma parte da cavalaria, todos os soldados eram treinados no uso do arco. Os arqueiros eram soldados que se utilizavam do escudo e da lança, porque eles tanto se defendiam dos seus inimigos, como também atacavam aos seus opositores. Esta ordem por parte do tribuno nos faz compreender que a comitiva de soldados romanos com seus respectivos centuriões estava preparados para a batalha. PARA IREM ATÉ CESARÉIA. Esta não é a Cesaréia de Filipe, mais sim a Cesaréia que fica localizada costa mediterrânea de Israel, uma cidade que se tornou na capital civil e militar da Judeia, onde residiam os governadores e procuradores romanos. O tribuno entendeu que o julgamento de Paulo não poderia acontecer com ele e o sinédrio.

Atos 23.22

Atos 23.22 – Então, o tribuno despediu o jovem, mandando-lhe que a ninguém dissesse que lhe havia contado aquilo.
ENTÃO, O TRIBUNO. Deus estava realmente influenciando o coração deste homem para que ele viesse a favorecer ao apóstolo Paulo, e podemos dizer que ele estava sendo um instrumento do Senhor para livra a Paulo dos seus opositores. Na bíblia nós encontramos muitos casos em que o Senhor se utilizou de pessoas diversas para executar os seus planos, isso porque todos são criaturas de Deus e o Criador se utiliza de sua criação para cumprir seus propósitos, ainda que o mundo não entenda disto. DESPEDIU. A receptividade do tribuno para com o sobrinho de Paulo foi a melhor possível, deu toda atenção ao jovem, sabia que ele tinha coisas importantes para lhe contar, porque se Paulo quem o enviou é porque algo de relevante estava acontecendo. Mas, já que o jovem cumpriu o seu papel como mensageiro de Paulo, agora era o momento de voltar para suas atividades e aguardar o resultado dos fatos. O JOVEM. Termina por aqui a participação deste jovem, que teve uma influência muito grande no livramento de Paulo dos seus adversários, os conspiradores. O pouco que se diz sobre este jovem é o suficiente para sabermos que Paulo tinha família na cidade de Jerusalém, e que seu circulo familiar não estava restrito na cidade de Tarso, onde ele diz ter nascido, e certamente convivido por muito tempo, quando ainda jovem. MANDOU-LHE. Antes de sair da presença do tribuno, o jovem recebeu dele um conselho que foi muito precioso no que diz respeito ao que tinha transcorrido na conversa do jovem com aquela alta autoridade romana. O verbo utilizado pelo escritor não fala de uma ordem do tribuno para o jovem, mais que ele achava melhor que a conversa entre os dois não fosse repassada para outras pessoas, porque no fundo no fundo, o tribuno já estava em seu coração com o propósito de ajudar a Paulo. QUE A NINGUÉM. Certamente, este “ninguém” tira fora a pessoa de Paulo, ele que era o mais beneficiado com as ações positivas do tribuno em seu favor. O que o tribuno desejava mesmo era se resguardar de que os judeus soubessem que ele estava agindo favoravelmente em benefício do preso Paulo. Se este encontro chegasse aos ouvidos dos membros do sinédrio, as coisas poderia se complicar para ele, da parte dos judeus. DISSESSE QUE LHE HAVIA. O bem estava vencendo o mal, e aquilo que Deus já havia determinado para a vida de Paulo tinha que se cumprir, o tribuno estava apenas seguindo o curso normal das ordenanças do Todo-poderoso em realizar a sua vontade. Se aquela conversa entre o jovem e o tribuno se espalhasse, o plano de Deus não deixaria de se realizar, mais certamente tomaria outros rumos imprevistos. CONTADO AQUILO. O tribuno se refere ao que Lucas registrou em Atos 23:20-21 - E disse ele: Os judeus se concertaram rogar-te que amanhã leves Paulo ao conselho, como que tendo de inquirir dele mais alguma coisa ao certo. Mas tu não os creias; porque mais de quarenta homens de entre eles lhe andam armando ciladas; os quais se obrigaram, sob pena de maldição, a não comer nem beber até que o tenham morto; e já estão apercebidos, esperando de ti promessa. Esse era o segredo dos dois.

Atos 23.21

Atos 23.21 - Mas tu não os creias; porque mais de quarenta homens de entre eles lhe andam armando ciladas; os quais se obrigaram, sob pena de maldição, a não comer nem beber até que o tenham morto; e já estão apercebidos, esperando de ti promessa.
MAS TU NÃO OS CREIAS. O sobrinho de Paulo faz um apelo veemente ao tribuno para que este não caia na lábia dos líderes religiosos dos judeus, porque o plano deles era tirar a vida dos homem de Deus, sem contar que de alguma forma, também poderiam até matar alguns dos soldados do exercito romano, haja visto que, na emboscada armada contra Paulo, teriam que enfrentar a escolta que estaria locomovendo a Paulo da fortaleza de Antônia, onde ele estava, até o local do sinédrio, onde era o conselho. PORQUE MAIS DE QUARENTA HOMENS DE ENTRE ELES. Estas palavras do jovem já foram confirmadas Lucas em Atos 23:12-13 - E, quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e juraram, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. Mais de quarenta era um grande número que venceria toda a escolta. LHE ANDA ARMANDO CILADAS. Este plano está registrado em Atos 23:15 - Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como que querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar. Facilmente os membros do sinédrio convenceria ao tribuno que mais uma vez levasse o preso Paulo até ao conselho para interrogarem no julgamento. OS QUAIS SE OBRIGARAM, SOB PENA DE MALDIÇÃO. Esta era uma forma de chantagem que os conspiradores estavam se utilizando para convencer aos líderes religiosos dos judeus a irem ao tribuno para que levasse a Paulo até o sinédrio. A maldição que eles falavam era o fato que estavam dispostos a morrerem se não conseguissem seus intentos maléficos de perseguirem e matarem ao apóstolo Paulo. A NÃO COMER NEM BEBER. Tanto os judeus, como os cristãos de todos os tempos sempre praticaram o jejum com objetivos religiosos e com finalidades benéficas, conforme a vontade de Deus. Mas, neste caso, os seguidores do judaísmo estavam de maneira completamente errada, usando algo que poderia ser bom para o que era mal. Os povos pagãos é que agiam desta forma, voltados para o diabo e não para Deus. ATÉ QUE O TENHA MORTO. O ódio religioso é assassino e sanguinário na vida de todos aqueles que se deixam dominar pela raiva. As pessoas que se diziam seguidoras da lei de Deus, maquinavam em seus corações e entravam em ação para tirar a vida de um irmão de fé e de sangue também, porque Paulo também era um judeus de sangue. É notório, que todos estavam possuídos pelos demônios e usados pelo próprio diabo. E JÁ ESTÃO APERCEBIDOS, ESPERANDO DE TI PROMESSA. Usando o seu próprio raciocínio, o jovem, sobrinho de Paulo faz uma previsão do que certamente já estava ocorrendo com os conspiradores, bem como com os líderes religiosos do judaísmo, aqueles que ainda este dia, procurariam ao tribuno para que este fosse convencido a conduzir a Paulo até o sinédrio. O jovem diz que já esperavam convencer o tribuno.

domingo, 25 de julho de 2021

Atos 23.20

Atos 23.20 - E disse ele: Os judeus se concertaram rogar-te que amanhã leves Paulo ao conselho, como que tendo de inquirir dele mais alguma coisa ao certo.
E DISSE ELE. Agora, o jovem se sentia seguro para então delatar ao tribuno aquilo que ele sabia a respeito da conspiração que os líderes religiosos dos judeus estavam planejando contra Paulo, servo de Jesus Cristo. O menino já estava devidamente orientado por Paulo de como passar a informação ao comandante da fortaleza, até porque, o maior interessado era o apóstolo dos gentios, que o tribuno tomasse conhecimento do conluio que os opositores de Paulo tramavam para tirar-lhe a vida. OS JUDEUS. Ao citar os judeus, o sobrinho de Paulo não se referia somente os mais de quarenta homens que fizeram diretamente a conspiração, mas agora, estavam unidos a eles os principais dos sacerdotes, os judeus gregos que começaram ainda dentro do templo o motim contra Paulo, bem como os saduceus que foram contrariados dentro do sinédrio, quando o tribuno havia o levado ao conselho de anciãos dos judeus. SE CONCERTARAM ROGAR-TE. O jovem se refere ao que está escrito em Atos 23:15 - Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como que querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar. Tudo foi devidamente planejado, e uma vez posto em ação o plano, que para eles era perfeito, facilmente o tribuno cairia na lábia dos conspiradores. Mas como Deus estava com Paulo, o plano maléfico foi descoberto. QUE AMANHÃ LEVES PAULO. O ódio religioso dos judeus era tão grande, que eles não tinham condições de esperar um pouco mais, quem sabe uma semana, até que a poeira assentasse e as coisas lhes fossem mais favoráveis, com o objetivo de porem em prática seus planos. Se o sobrinho de Paulo não tivesse descoberto a conspiração, a forma com que as coisas estavam articuladas, facilmente o tribuno seria convencido. AO CONSELHO. Da outra vez, foi o tribuno quem levou a Paulo ao conselho, Atos 23: 30 E no dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões, e mandou vir os principais dos sacerdotes, e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles. Mas desta vez, seria parte do sinédrio que estava constrangendo o tribuno a levar Paulo à reunião do conselho. COMO QUE TENDO DE INQUIRIR DELE. Esta era a formalidade do requerimento que seria feito pelos líderes religiosos do judaísmo, com o objetivo diabólico de convencer o tribuno para que este levasse a Paulo ao sinédrio. Todavia, isso seria apenas a isca, porque de fato, antes que o tribuno chegasse ao lugar determinado, já no meio do caminho, o grupo de mais de quarenta homens assassinariam ao apóstolo Paulo. MAIS ALGUMA COISA AO CERTO. Por conta da confusão que se perpetrou na primeira vez que o tribuno levou a Paulo aos membros do sinédrio, não foi possível que os membros do conselho fizessem o divido interrogatório a Paulo, por isso que agora, tomavam este pretexto para convencer o tribuno que Paulo deveria voltar a ser julgado pelo sinédrio. Estas revelações feitas pelo jovem mudaram o rumo das coisas e os planos maléficos dos opositores de Paulo foram desmascarados no tempo certo.

Atos 23.19

Atos 23.19 - E o tribuno, tomando-o pela mão, e pondo-se à parte, perguntou-lhe em particular: Que tens que me contar?
E O TRIBUNO. Agora, o que Paulo desejava estava se concretizando, em que seu sobrinho chegava diante da autoridade romana, a fim de contar sobre os planos dos conspiradores judeus, que se empenhavam para tirar-lhe a vida. Cláudio Lísias era naquele momento a pessoa certa que poderá tomar atitudes benéficas em livrar o homem de Deus das investidas maléficas dos inimigos de Paulo. O apóstolo dos gentios já havia percebido que o tribuno estava disposto a ajuda-lo de toda forma. TOMANDO-O PELA MÃO. Esta forma em que o tribuno agiu para com o jovem, sobrinho de Paulo nos faz compreender que este jovem ainda era quem sabe um adolescente, ao ponto do tribuno toma-lo pela mão. Esta atitude do tribuno também sinaliza um ato positivo em que o tribuno passava segurança para o jovem, a fim de que com confiança ele pudesse se abrir com a autoridade romana. O ambiente não era nada comum para aquele jovem, ele precisava de firmeza para falar a verdade. E PONDO-SE À PARTE. Mais uma ação do comandante da fortaleza que demonstra que o jovem não deveria ficar nervoso, porque era somente ele e o tribuno e que suas informações passavam a ser confidenciais a partir daquele momento. Não temos como saber se o tribuno levou o jovem até seu gabinete para ter esta conversa confidencial com o sobrinho de Paulo. No entanto, podemos imaginar que os dois se afastaram das demais pessoas, e em particular tiveram uma conversa olho no olho e face a face. PERGUNTOU-LHE. É bem provável que o apóstolo dos gentios tivesse, antes do jovem sair de sua presença, lhe orientado de como transmitir os fatos para o tribuno, e com isso, o menino, seguindo a orientação de Paulo, ficou em silencio esperando que a autoridade, primeiro, se dirigisse a ele, porque era assim que deveria ser. Foi quando o silencia foi quebrado, e o comandante da fortaleza dirige sua importante pergunta ao jovem. Neste tempo, os jovens eram instruídos a agirem desta forma, se comportando com prudência e esperando que os mais velhos falassem primeiro com eles. EM PARTICULAR. Isso nos faz pensar na cena em que o Dr. Lucas acaba de nos revelar entre o jovem cheio de timidez diante de uma grande autoridade, mas que estava sendo ajudado a controlar suas ansiedades para delatar toda a verdade. Não há dúvida que outras pessoas que presenciaram esta cena ficaram todas curiosas para saberem do que estava acontecendo, todos olhando de longe, mais com muita vontade de ouvirem também a conversa entre o tribuno e o jovem que estava todo tímido. QUE TENS QUE ME CONTAR. Acreditamos que esta pergunta feita pelo tribuno ao jovem não foi em voz alta e nem normal, mais sim, entre cochichos para que outras pessoas não ouvissem a resposta do sobrinho de Paulo. Percebendo que o jovem já se sentia mais seguro e tranquilo também, era a hora exata de colher as boas informações que estava no coração do jovem. Esta pergunta era de uma importância muito grande para o tribuno, mais sua resposta dada pelo jovem, era de muito maior importância para Paulo, uma vez que, o tribuno de posse da resposta entraria em ação, com o objetivo de tomar as devidas providências, livrando Paulo dos judeus.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...