sábado, 7 de agosto de 2021

Atos 25.12-13

Atos 25.12-13 - Então Festo, tendo falado com o conselho, respondeu: Apelaste para César? para César irás. E, passados alguns dias, o rei Agripa e Berenice vieram a Cesaréia, a saudar Festo.
ENTÃO FESTO, TENDO FALADO COM O CONSELHO. A decisão de Paulo era irrevogável, pois, depois que um cidadão fazia este apeno, de que desejava ser julgado por Roma, não cabia mais aos procuradores romanos nas províncias julgar o réu. É a mesma coisa que em nosso país, alguém apelar para as Cortes Superiores, a justiça tem o dever de assim proceder. O conselho era a equipe de auxiliares que o procurador contava para o assessorar nas atividades do tribunal de justiça de Cesaréia. RESPONDEU: APELASTES PARA CÉSAR? Percebe-se que o procurador estava se sentindo contrariado com a decisão de Paulo, uma vez que, desta forma, o apóstolo tirava das mãos de Festo sua autoridade como representante de Roma. Se havia algum tipo de acordo entre os judeus e o governador de Cesaréia, então se torna claro que Paulo desmanchou o conluio e os seus opositores saíram perdendo mais uma vez. PARA CÉSAR IRÁS. O fato do procurador ter se reunido com o conselho, isso fala das providências que o governador tinha que tomar para a condução de Paulo da cidade de Cesaréia até a capital do império, Roma. Paulo estava preso e sob a tutela do Estado, e com isso, era responsabilidade do procurador arcar com todas as despesas com a viagem de Paulo, bem como dos soldados que teriam de acompanhar o preso. E PASSADOS ALGUNS DIAS. Este tempo era necessário para que o próprio preso fizesse diligências, no sentido de organizar suas coisas, bem como comunicar a seus familiares e amigos sobre sua transferência para Roma. Já no caso da parte do procurador ele também precisava de algum tempo para designar quem deveria acompanhar a Paulo em viagem, como também preparar o processo de Paulo a Roma. O REI AGRIPA E BENENICE. Eram marido e mulher, mas também eram irmãos, ambos filhos de Herodes Agripa primeiro. Este Agripa citado neste texto era governador da Galileia e de outros distritos da Palestina, enquanto que Festo era da Judéia. Berenice era uma mulher de uma formosura sem igual, muito inteligente, mas que usava suas virtudes para a devassidão, tendo muitos maridos, inclusive o próprio irmão, Agripa. VIERAM A CESARÉIA. Era natural que os governadores romanos visitassem outras províncias, pois haviam interesses comuns entre as autoridades romanas, como os governos eram vizinhos, certamente surgiam demandas comuns em que os dois governantes precisavam resolver. Não temos como saber os motivos pelos quais Agripa e Berenice vieram discutir com o procurador romano festo, mais era natural. A SAUDAR FESTO. Como o governador Festa estava assumindo a governança em lugar de Félix, desta forma, era natural que Agripa, também governador romano e seu vizinho de província fizesse uma visita de cortesia para dar as bem-vindas ao colega. Neste caso, este ato de Saudação não era apenas uma visita comum, mas se tratava de negócios e acordos que seriam celebrados, isso em termos de cooperação e também uma aliança de apoio mutuou, no sentido de trabalharem para o interesse comum.

Atos 25.11

Atos 25.11 - Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César.
SE FIZ ALGUM AGRAVO. Paulo em seu testemunho de defesa já tinha demostrado que não havia cometido nenhuma transgressão contra as tradições religiosas dos judeus, nem muito menos contra as leis romanas. Mesmo assim, ele percebeu que o procurador romano estava tendencioso a lhe entregar aos judeus para que estes o condenassem a morte. Paulo tinha uma vida íntegra, sem praticar nada que desabonasse seu testemunho de vida, nem como judeu, ou cidadão romano ou cristão. OU COMETI ALGUMA COISA DIGNA DE MORTE. Como se ver, o apóstolo dos gentios não tinha medo da morte, até porque ele tinha certeza que se partisse neste momento sairia do mundo direto para o paraíso de Deus. O que Paulo solicitava para o procurador é que a autoridade romana mandasse fazer uma justa investigação e com isso, seria provado que ele não tinha feito nada digno de condenação ou morte. NÃO RECUSO MORRER. Desta forma, Paulo afirma para o governador romano que, feita a devida investigação e se na verdade fosse comprovado que ele havia cometido algum tipo de crime, que era digno de morte, ele não se recusava a morrer, o que ele desejava efetivamente era que se praticasse justiça realista ao seu caso. Quando um homem está com a razão, ele enfrenta a tudo e a todos pelas suas convicções. MAS, NADA HÁ DAS COISAS. Isso Paulo já tinha feita sua defesa diante de Félix, Atos 24:13 - Nem tampouco podem provar as coisas de que agora me acusam. Como também diante de Festo, Atos 25:8 - Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César. Todas as acusações dos judeus contra Paulo eram mentirosas e sem nenhuma comprovação. DE QUE ESTES ME ACUSAM. Quais eram tais acusações dos judeus contra Paulo? Atos 24:5-6 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos. O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. Estas acusações eram todas caluniosas, com o intuito de mata-lo. NINGUÉM ME PODE ENTREGAR A ELES. Agora, Paulo usa de autoridade, com o apoio dos direitos que lhe eram peculiar como cidadão romano, mais também como um cidadão de bem, e como representante da igreja viva do Deus Todo-poderoso. Neste ponto, Paulo confronta o procurador romano, lhe mostrando que acima dele havia a lei que lhe dava direitos e que ele podia se defender usando dos seus benefícios legais. APELO PARA CÉSAR. Este apelo só era feito em último caso, uma vez que, em muitos exemplos este apelo se transformava em prisão perpétua, até porque o imperador tinha que julgar todos os casos de todas as províncias, e com isso, demorava muitos anos. Neste caso, Paulo percebeu que havia a disposição do procurador de lhe entregar aos judeus e com isso, seria a sua morte fatal. Este direito usado por um cidadão romano anulava todas as decisões dos procuradores e ocaso iria para Roma.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Atos 25.10

Atos 25.10 - Mas Paulo disse: Estou perante o tribunal de César, onde convém que seja julgado; não fiz agravo algum aos judeus, como tu muito bem sabes.
MAS PAULO DISSE. O apóstolo tinha plena certeza que, se fosse para Jerusalém, poderia ser destruído pelos seus conterrâneos, os judeus, eles que fizeram a solicitação para que Paulo voltasse a ser julgado em Jerusalém, porque pretendiam tirar-lhe a vida no caminho de volta. Ou se não atingissem este intento maligno, mas Paulo não seria absorvido diante do sinédrio, pois os seus membros estavam obstinados a tirar-lhe de ação, uma vez que, Paulo representava uma grave ameaça. ESTOU PERANTE. Além de que, Paulo já estava apercebido que o procurador romano era, neste momento, um aliado dos judeus, seja pelo fato de querer agradar-lhes, ou pelo motivo de já ter recebido propina para favorecer os adversários de Paulo. Não há dúvida que Deus estava orientando ao seu servo para que tomasse as decisões corretas, sem ceder às pressões, nem dos judeus e nem do governador romano. O TRIBUNAL DE CÉSAR. Por providência divina, Paulo nasceu como cidadão romano, e com isto, neste momento, bem como em outras situações, isto lhe proporcionou benefícios. Esta resposta da parte de Paulo deixa bem claro para o procurador que ele, Paulo, como cidadão romano não poderia ser julgado pelo sinédrio judaico, mais sim, pelas autoridades romanas, porque este era um direito que as leis romanas lhe davam. ONDE CONVÉM QUE SEJA JULGADO. Paulo fala com autoridade na presença do procurador romano, dando a intender que se outra direção em seu julgamento fosse tomada, ele poderia por direito apelar para César e com isso, o procurador teria a obrigação de remetê-lo diretamente para Roma, onde o apóstolo seria por direito julgado. Assim sendo, isto não interessava para os judeus, nem tão pouco para Festo. Se o caso do julgamento de Paulo fosse transferido para Roma era ruim para Festo. NÃO FIZ AGRAVO NENHUM. Mais uma vez, Paulo declara sua inocência perante o governador romano, o que ele já havia feito em todas as vezes que foi submetido a interrogatório pelas autoridades romanas. O apóstolo tinha sua consciência livre de que não havia cometido nenhum transgressão contra quem quer que seja, pois, conhecia as leis dos judeus e sendo um homem de bem, não praticou nenhum crime. AOS JUDEUS. Os judeus estavam investindo contra Paulo por questões religiosas e não porque o apóstolo estivesse fazendo qualquer coisa errada. Os judeus rejeitaram o seu próprio Messias (João 1:10), não era diferente com Paulo, ele que era um legítimo representando de Cristo. Antes de se converter ao cristianismo, Paulo era um homem extremamente zeloso das tradições dos judeus e ele conhecia plenamente a lei. COMO TU MUITO BEM SABES. Esta era um reprimenda forte da parte de Paulo ao procurador romano, uma vez que Festo tinha total conhecimento da inocência do apóstolo dos gentios. O tribuno Lísias deve ter passado todas as informações ao governador romano sobre o caso envolvendo a Paulo e os judeus. Como também o procurador já havia ouvido do próprio Paulo sua defesa de que não tinha feito nada de errado contra os costumes religiosos dos judeus, nem contra as leis romanas também.

Atos 25.9

Atos 25.9 - Todavia Festo, querendo comprazer aos judeus, respondendo a Paulo, disse: Queres tu subir a Jerusalém, e ser lá perante mim julgado acerca destas coisas?
TODAVIA FESTO. Primeiro, o procurador romano ouviu com atenção as acusações dos líderes do judaísmo, em que eles tentavam com todo esforço possível convencer o juiz de que Paulo era um criminoso e que deveria ser condenado. Depois, Festo também escuta ao apóstolo se defender dos seus desafetos, procurando mostrar ao governador romano que ele era inocente, e que não havia transgredido as leis dos judeus, nem muito menos dos romanos. Agora, Festo precisava dar a sua resposta. QUERENDO COMPRAZER. No primeiro momento, quando o governador esteve em Jerusalém, não agiu do mesmo modo que estava se comportando agora na cidade de Cesaréia, e há quem diga que os judeus, que vieram juntamente com Festo para Cesaréia, tenham subornado o governador, ou com dinheiro ou com outras formas de convencimento. O que se ver é que o procurador tinha mudado de sua posição. AOS JUDEUS. Para o governador, neste momento, Paulo era mais um preso que não representava muita coisa, porém, os judeus que estavam presentes naquele julgamento representava a nada da sociedade judaica, o mesmo povo que a partir de agora ele passaria a governar. Aprendemos com este caso o quanto os seres humanos são interesseiros e que para atender aos seus anseios, segue seus interesses pessoais. RESPONDENDO A PAULO. Há quem diga que o procurador romano já havia combinado com os judeus sobre o resultado deste julgamento. E se assim for a verdade, a reunião foi apenas uma encenação ou um teatro que teve por objetivo prejudicar a Paulo, porque no fundo, no fundo, não prevaleceu a justiça, mas sim, o suborno de uma alta autoridade romana, com o intuito de prejudicar um homem inocente que não errou. DISSE: QUERES TU SUBIR A JERUSALÉM. A pergunta é jocosa e ao mesmo tempo maliciosa, pois o governador romano sabia que se Paulo fosse julgado em Jerusalém, o próprio procurador seria parcial, com tendência a praticar injustiça contra ele, com o objetivo de favorecer aos judeus. Percebe-se que o procurador já havia se vendido para os judeus, porque ainda em Jerusalém, os opositores de Paulo haviam solicitado que o governador trouxesse a Paulo para a cidade de Jerusalém, mais ele negou isto. E SER LÁ POR MIM JULGADO. Paulo não era qualquer um, ele era um grande líder da comunidade cristã, era um homem de Deus, e neste caso, era um cidadão romano, em que o procurador não podia entrega-lo de mão beijada aos seus adversários. Por isso que o procurador romano, ainda que de maneira dissimulada, pergunta se Paulo quer voltar para Jerusalém, para ser julgado das coisas que os judeus lhe acusavam. ACERCA DESTAS COISAS. O procurador fala a respeito das acusações dos judeus contra Paulo Atos 24:5-6 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos. O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. Eram todas acusações levianas e mentirosas.

Atos 25.8

Atos 25.8 - Mas ele, em sua defesa, disse: Eu não pequei em coisa alguma contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.
MAS ELE. Depois que os opositores de Paulo se desbocaram em mentiras e multiplicaram falsas acusações contra o homem de Deus, agora, era a vez do apóstolo falar a verdade, diante do procurador romano, assim como da outra vez havia se defendido perante o governador Félix. Bem sabemos que não era nada fácil para Paulo, até porque do outro lado, os seus acusadores, eram pessoas bastante influentes da sociedade judaica, que poderia funcionar como pressão perante o procurador. EM SUA DEFESA. Em nenhum momento, o apóstolo dos gentios contou com um bom advogado de defesa para lhe prestar assistência, mas com suas palavras e sabedoria que Deus havia lhe dado, Paulo procurava se defender dos seus opositores. A diferença entre ele e os seus inimigos é que eles falavam mentiras, o que terminava por fragilizar suas acusações, enquanto que Paulo falava a verdade e Deus era com ele. DISSE: EU NÃO PEQUEI. Havia de fato uma boa consciência na mente do apóstolo de que ele não tinha cometido nenhum tipo de crime, e uma vez que o procurador fizesse a devida investigação poderia constatar que Paulo era de fato inocente das acusações assacadas pelos seus adversários. Por justiça, não era nem para que Paulo estivesse passando por esta situação, haja vista que ele não havia pecado contra os inimigos. EM COISA ALGUMA. Este testemunho de Paulo nos mostra o quanto ele se esforçava para viver corretamente na presença da sociedade, consigo mesmo e principalmente diante de Deus. Os cristãos de verdade buscam com todas as suas forças viver uma vida sem ofensas em sua consciência para com ninguém. O evangelho fornece as diretrizes adequadas para que os servos de Cristo vivam um bom testemunho público. CONTRA A LEI DOS JUDEUS. Certamente o apóstolo se reporta as regras estabelecidas na legislação de Moisés, o que era regra religiosa e social para todos os filhos de Israel. Com isso, Paulo estava afirmando que não havia transgredido a lei de Moisés, apesar de que, não fazia mais parte do tradicional judaísmo, pois fazia muitos anos que era cristão, e com isso, não tinha mais obrigação de guardar as regras da lei de Moisés. NEM CONTRA O TEMPLO. Uma das acusações que os judeus faziam contra Paulo era de que ele estava introduzindo no templo de Jerusalém os gentios, conforme se pode ver em Atos 21:28 - Clamando: Homens israelitas, acudi; este é o homem que por todas as partes ensina a todos contra o povo e contra a lei, e contra este lugar; e, demais disto, introduziu também no templo os gregos, e profanou este santo lugar. Os homens que estavam com Paulo no templo não eram gentios, mais sim judeus. NEM CONTRA CÉSAR. Agora, Paulo fala diretamente para o procurador romano, Festo, ele que tinha o dever de fazer cumprir as leis estabelecidas pelas autoridades do império político de Roma. Como cidadão romano que era, Paulo também conhecia as leis romanas, e como tal, ele buscava por todos os meios não infligir também as ordenanças de Roma. Diante do procurador romano, Paulo deveria gozar de um certo privilégio, até porque como cidadão romano ele tinha direitos a exigir do governador .

Atos 25.7

Atos 25.7 - E, chegando ele, rodearam-no os judeus que haviam descido de Jerusalém, trazendo contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar.
E, CHEGANDO ELE. O escritor fala a respeito de Paulo que foi chamado pelo procurador romano para participar de um interrogatório no tribunal, tendo a presença dos seus acusadores, os líderes religiosos do judaísmo tradicional. Era mais um momento de teste na vida do apóstolo, em que ele tinha que enfrentar autoridades poderosas do judaísmo, simplesmente porque pregava o evangelho das boas novas de Cristo Jesus, sem jamais praticar o mal contra quem quer que seja em qualquer lugar. RODEARAM-NO OS JUDEUS. Esta façanha dos adversários de Paulo, certamente teve por intuito criar pânico na mente o apóstolo dos gentios, pois, sendo rodeado pelos seus inimigos, Paulo corria o risco de ser atingido fisicamente por algum deles com um golpe fatal. Porém, diante de tantas situações difíceis que Paulo já havia passado em sua trajetória de vida, esta era apenas mais uma experiência que ele venceria pela fé. QUE HAVIAM DESCIDO. Mais uma vez o escritor fala a respeito do que era comum entre os escritores bíblicos, que destacam o fato de que, sempre que alguém saia de Jerusalém para qualquer outro lugar da Palestina, se dizia que tal pessoa estava descendo de Jerusalém. Da mesma forma, quando alguém seguia de qualquer cidade ruma a cidade de Jerusalém, se dizia que tal pessoa estava subindo para Jerusalém. DE JERUSALÉM. Não temos como apontar com precisão, quem de fato desceu de Jerusalém acompanhando a comitiva do governador Festa, mas podemos supor que, dentre eles, poderia constar alguns dos judeus da Ásia, os mesmos que acusaram a Paulo dentro do templo de Jerusalém. Além do mais, estes poderiam ser os mesmos que faziam parte do sinédrio dos judeus, os mesmos que tentaram condenar a Paulo. TRAZENDO CONTRA PAULO. Podemos afirmar que os adversários de Paulo estavam armados até os dentes contra o apóstolo, porque a intenção dos seus inimigos era justamente destruir a sua vida. Da outra vez que eles estiveram diante do procurador Félix contra Paulo, da mesma forma, usando o advogado de acusação Tértulo, os judeus tentaram por meio de mentiras deslavadas acusarem-no do que ele não fez. MUITAS E GRAVES ACUSAÇÕES. Quando os judeus compareceram diante do governador romano Félix, não foi diferente Atos 24:5-6 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos. O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. QUE NÃO PODIAM PROVAR. No dia que Paulo compareceu perante o procurador Félix ele disse justamente o que está registrado neste texto, conforme Atos 24:13 - Nem tampouco podem provar as coisas de que agora me acusam. Bastava que o procurador romano consultasse ao tribuno Lísias, que este podia testemunhar a favor de Paulo que nada do que os judeus lhe acusavam era verdade. Ou ainda, se o governador mandasse fazer a devida investigação dos fatos veria que tudo era falso e mentiroso.

Atos 25.6

Atos 25.6 - E, havendo-se demorado entre eles mais de dez dias, desceu a Cesaréia; e no dia seguinte, assentando-se no tribunal, mandou que trouxessem Paulo.
E, HAVENDO-SE DEMORADO ENTRE ELES. Não que o governador tenha ficado junto com os opositores de Paulo, o que o Dr. Lucas quer dizer é que Festo esteve em Jerusalém o tempo suficiente para tomar conhecimento das coisas que estavam se dando em toda a Judeia, uma vez que, a partir de então, por determinação do império político de Roma, ele seria responsável por administrar toda esta província em Israel. Provavelmente o procurador deve ter ficado hospedado na fortaleza de Antônia e o tribuno Lísias deve ter lhe informado com detalhes o caso envolvendo o apóstolo. MAIS DE DEZ DIAS. O fato é que o governador Félix, o governador que antecedeu a Festo, havia feito uma péssima gestão junto ao povo judeu, e assim sendo, havia a necessidade do novo governador, pelo menos tentar reverter algumas situações, no sentido de apaziguar o convívio dos filhos de Israel com as autoridades romanas. Neste primeiro momento, o governador Festo precisava conversar também com os representantes de Roma sobre a nova realidade, e como desejava ter o controle. DESCEU A CESARÉIA. Depois de averiguar a situação do povo judeu, então era hora de voltar ao posto de comando do seu governo na cidade de Cesaréia, lugar de onde tomaria as principais decisões de sua administração. Sempre que os escritores do Novo Testamento faz referência à saída de alguém de Jerusalém para qualquer outro lugar, eles falam que tal pessoa estava descendo, dada a importância da cidade de Davi. Do mesmo modo que, sempre que alguém ia para Jerusalém se diz que subiu para lá. E NO DIA SEGUINTE. Há quem diga que o governador queria resolver logo esta causa envolvendo os judeus e o preso Paulo para se livrar o mais rápido que possível deste incômodo, pois é provável que Félix tenha lhe falado do comportamento dos judeus para com o império político de Roma. Mas também podemos pensar que os judeus vieram até a cidade de Cesaréia, solicitando que o governador desse presa ao julgamento de Paulo, a fim de que, eles voltassem imediatamente para a cidade de Jerusalém, o que deve ter prevalecido, por isso que o governador logo os chamou. ASSENTANDO-SE NO TRIBUNAL. Não temos como saber se este tribunal do procurar romano ficava no pretório de Herodes, ou havia em Cesaréia um edifício específico onde funcionava tal assento do governador. Festo, além de ser governador da Judéia, ele também era o procurador romano que julgava o povo, principalmente nas demandas judicias dos filhos de Israel. Como juiz, ele tinha a responsabilidade de condenar ou absolver os judeus e essa sua função estava tendo início com Paulo. MANDOU QUE TROUSESSEM PAULO. Este era mais um momento difícil para o servo de Deus, pois, ele seria mais uma vez submetido ao julgamento, por um homem ímpio, que não se importava em praticar justiça ou não, pois era alguém que não tinha o temor de Deus. Somente a tranquilidade de uma boa consciência poderia fornecer ao apóstolo Paulo a segurança que mais uma vez Deus o livraria dos ataques malignos dos seus opositores. No fundo do seu coração Paulo tinha confiança, pois sabia que Deus tinha um cronograma de realizações para o seu futuro, que era chegar até Roma.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...