segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Atos 26.5

Atos 26.5 - Sabendo de mim desde o princípio (se o quiserem testificar), que, conforme a mais severa seita da nossa religião, vivi fariseu.
SABENDO DE MIM. A vida de Paulo era uma carta aberta, em que desde a sua mais tenra idade viveu um testemunho de dar inveja a qualquer dos judeus, não envergonhando seus pais, nem transgredindo a legislação de Moisés, conforme os costumes dos hebreus de sua época. A amnésia não poderia apagar da lembrança dos conterrâneos de Paulo tudo que ele fez de correto entre os seus pares, sem jamais se desviar dos princípios fundamentais da lei de Moisés, e das boas tradições dos judeus. DESDE O PRINCÍPIO. Nascido em Tarso da Cilícia, por isso que tinha o título de cidadão romano, mais desde a mais tenra idade que veio morar na cidade de Jerusalém para estudar as tradições dos seus antepassados e os costumes e religião dos seus pais. Provavelmente, os pais de Paulo tinham boas condições financeiras e econômicas, pois chegando em Jerusalém, o jovem passou a estudar com o grande mestre Gamaliel. SE O QUESEREM TESTITICAR. O que Paulo aponta neste momento, diante de Agripa e de todos, é que bastava uma honesta investigação de sua vida pregressa na cidade de Jerusalém, durante seus primeiros anos de vida, que seria testificado de sua vida ilibada como cidadão judeu. Com isso, o apóstolo afirma para o governador Agripa é que se hoje os judeus estava contra ele era por conta de sua nova crença no Messias. QUE CONFORME A MAIS SEVERA. Depois da volta dos cativeiros assírio e babilônico, os filhos de Israel já não tinham o mesmo fervor pela legislação de Moisés, de quando do tempo em que entraram na terra de Canaã. Porém, existiam aqueles grupo dos judeus que buscavam lealdade absoluta aos parâmetros da lei de Moisés, mesmo que isso acontecesse de forma social e não de maneira verdadeira diante de Deus. SEITA. Na realidade, o judaísmo já não era o mesmo, desde que os filhos de Israel entraram na terra prometida de Canaã, e a prova da infidelidade dos judeus estava no fato deles terem que passar pelos cativeiros assírio e babilônico, pois isso aconteceu por não cumprirem a legislação de Moisés. Com isso surgiram vários ramos do judaísmo, tais como os saduceus, os herodianos, os fariseus, os essênios e outros. DA NOSSA RELIGIÃO. É claro que Paulo se reporta ao tradicional judaísmo, que por mais esfacelado que se encontrasse, mais ainda era o modo de expressão religiosa dos filhos de Israel. O judaísmo estava dividido em muitos ramos, mais se podia pelos menos identificar três galhos principais, baseados no seguimento dos três Cânones preservados das Escrituras dos hebreus, que era a lei de Moisés, o Talmude, as Escrituras dos fariseus, bíblia evangélica e as Escrituras da dispersão, bíblia católica. VIVI FARISEU. Paulo chama o farisaísmo de seita, porque para sua época, esta não era uma palavra pejorativa dentro do arcabouço do judaísmo, mais representava apenas um ramo do judaísmo mais seletivo. Os fariseus eram aqueles religiosos que mais buscavam, ainda que de maneira artificial cumprir a lei de Moisés, as tradições religiosas dos judeus e tudo aquilo que estava de conformidade com a cultura do seu povo. Paulo afirma que viveu de forma mais rígida possível às boas práticas dos judeus.

Atos 26.4

Atos 26.4 - Quanto à minha vida, desde a mocidade, como decorreu desde o princípio entre os da minha nação, em Jerusalém, todos os judeus a conhecem.
QUANTO A MINHA VIDA. Começa então o apóstolo falando do seu testemunho de vida que era de dar inveja a qualquer um judeu, pois, Paulo foi preparado por seus pais para ser um homem importante de sua nação. Nada do que se envergonhar, pelo contrário, ele sempre buscou viver uma vida digna, respeitando os bons costumes e as tradições do seu povo, uma vez que, tinha como objetivo de vida galgar lugar de proeminência diante dos filhos de Israel, como bom seguidor do tradicional judaísmo. DESDE A MOCIDADE. Nascido em Tarso da Cilícia, por isso que tinha o título de cidadão romano, mais desde a mais tenra idade que veio morar na cidade de Jerusalém para estudar as tradições dos seus antepassados e os costumes e religião dos seus pais. Provavelmente, os pais de Paulo tinham boas condições financeiras, pois chegando em Jerusalém, o jovem passou a estudar com o grande mestre Gamaliel. COMO DECORREU DESDE O PRINCÍPIO. De acordo com o que temos neste texto, não temos como saber se os pais de Paulo também vieram morar juntamente com ele em Israel, ou se Paulo, logo nos seus primeiros anos de vida veio morar com algum parente na cidade de Jerusalém. Mas fica bem claro que, chegando à idade de estudar, o jovem Paulo de Tarso, desde o princípio de sua jornada ficou em Jerusalém. ENTRE OS DA MINNA NAÇÃO. Com isso, aprendemos que os pais de Paulo eram pessoas que tinham uma grande paixão pelo judaísmo, e a prova disto é que incentivou a sua criança a se dedicar completamente aos estudos das Escrituras dos hebreus. Os judeus na sua grande maioria eram pessoas patriotas que amavam o seu país, e por conta disto, até mesmo os judeus da dispersão faziam de tudo para que os seus filhos voltassem para o seu país a fim de se dedicarem a cultura do seu povo. EM JERUSALÉM. A repatriação dos judeus da dispersão era um desejo de quase todos os filhos de Israel, pois desde a deportação para a Assíria e para Babilônia, que os judeus traziam consigo o sonho de voltar para seu país. Uns voltavam para a Galileia, outros voltavam para a Judeia, mais o maior sonho era de fato morar na cidade de Jerusalém, e os pais de Paulo, com grande esforço lhe concederam este feito. TODOS OS JUDUES. O incentivo dos pais de Paulo foi fundamental para que ele chegasse aonde chegou entre os judeus, todavia, com o passar do tempo, o jovem começou a se destacar entre os de sua idade. Paulo era o tipo de jovem que buscava com todo empenho alcançar seus objetivo, demostrando para seus pais que todo o empenho deles valia a pena, pois o jovem cada dia mais dava prazer aos seus pais. CONHECEM. Na época a que se reporta Paulo era comum galgar altas posições entre os filhos de Israel pela compra de tais posições, principalmente quando se tinha dinheiro. Mas no caso de Paulo de Tarso, seus pais não precisavam investir no jovem, neste sentido, pois Paulo por meio da meritocracia avançava cada vez mais em se destacar diante dos judeus. Deus estava agindo na vida de Paulo para que mais tarde ele se tornasse um dos mais expoente dos líderes da igreja cristã do primeiro século.

Atos 26.3

Atos 26.3 - Mormente sabendo eu que tens conhecimento de todos os costumes e questões que há entre os judeus; por isso te rogo que me ouças com paciência.
MORMENTE SABENDO EU. Esta era de fato uma oportunidade relevante para o apóstolo dos gentios, em que diante de uma plateia importante da sociedade de Cesaréia, ele usava da palavra de evangelho para pregar sobre Cristo Jesus, o Messias de Deus. Quem estava presente nesta reunião era a elite política e social dos cidadãos desta cidade, em que todos teriam a chance de conhecer o Filho de Deus por meio da pregação de Paulo. Não há dúvida que era um momento alegre para o apóstolo Paulo. QUE TENS CONHECIMENTO. É verdade que Paulo já havia ouvido falar muito sobre o governador Agripa, juntamente com sua irmã e esposa Berenice, eles que eram judeus e que haviam achado graça diante do imperador Nero para governar sobre a Galileia. Por ser Agripa judeu, e certamente do seu modo, seguia de alguma maneira, o tradicional judaísmo, por isso que o apóstolo o faz lembrar, do que ele já conhecia. DE TODOS OS COSTUMES. Fala então Paulo das tradições religiosas dos filhos de Israel, principalmente no tocante a legislação de Moisés, contando com isso, também os costumes e a cultura dos hebreus. Neste momento da história de Israel, a questão religiosa estava muito confusa, porque haviam três Cânones em evidência para todos aqueles que eram judeus, descendentes de Abraão, Isaque e o patriarca Jacó. E QUESTÕES QUE HÁ. O primeiro Cânon era as Sagradas Escrituras dos judeus ortodoxos, que eram aqueles que moravam exclusivamente na Judeia, e que seguiam apenas os cinco livros escritos por Moisés, o Talmude. O segundo grupo eram aqueles que seguiam as Escrituras adotadas pelos fariseus, que talvez fizesse parte o governador Agripa, que é a bíblia hoje dos evangélicos. E o terceiro era as Escrituras dos judeus da dispersão, o que hoje é conhecida de bíblia católica, com mais livros. ENTRE OS JUDEUS. As questões mencionadas por Paulo diante do rei Agripa apontam para os problemas que os judeus de Jerusalém criavam até mesmo com os seus irmãos da Galileia, e muitos mais com os judeus da dispersão. Paulo sempre pregou para os judeus da dispersão, que eram mais flexíveis, mais somente a sua presença em Jerusalém, já era motivo para que os judeus ortodoxos se levantassem contra ele. POR ISSO QUE TE ROGO. Paulo era consciente que o governador Agripa não tinha nenhuma obrigação em ouvir suas palavras, por isso que ele faz um apelo veemente com o objetivo de tocar na sensibilidade do rei. Ao mesmo tempo o apóstolo sabia que estas autoridades eram prepotentes e que por qualquer motivo poderia rejeitar o discurso dele, por este motivo que o pregador solicita que o rei, por favor, lhe ouvisse. QUE ME OUÇAS COM PACIÊNCIA. Logo de princípio, o apóstolo dos gentios dá a entender que seu discurso não poderia ser resumido por simples frases, mas que ele estava cheio da palavra de Deus e que precisava concluir seu raciocino no que pretendia falar. Duas coisas, pelos menos, é o que Paulo busca de favor por parte de Agripa, em que a primeira, é que o governador não saísse nem interrompesse a Paulo, e a segunda é que o apóstolo pede que o rei não se irritasse contra suas palavras.

Atos 26.2

Atos 26.2 - Tenho-me por feliz, ó rei Agripa, de que perante ti me haja hoje de defender de todas as coisas de que sou acusado pelos judeus.
TENHO-ME POR FELIZ. Não se trata de palavras de bajulação da parte de Paulo para com o governador, pois, o apóstolo dos gentios não precisava se utilizar deste artifício, na tentativa de agradar a quem quer que seja para se dar bem. Até porque Paulo sabia que o governador Agripa não tinha a intenção de beneficiar a ele, pois, este não era o objetivo desta reunião, uma vez que, Festo estava apenas querendo colher informações ou provas contra Paulo para poder envia-lo a Roma para ser condenado. Ó REI AGRIPA. Esta forma de Paulo se dirigir ao governador era a maneira formal e correta de se dirigir a uma alta autoridade romana, já que Paulo, além de ser um homem educado, ele era um cidadão romano e sabia como se comportar diante dos seus superiores. Ao mesmo tempo, podemos dizer que a felicidade de Paulo era pelo fato que ele estava tendo a oportunidade de pregar o evangelho para um governador. DE QUE PERANTE TI. Herodes Agripa, como também era conhecido era um governante judeu que buscou com grande esforço conciliar os interesses dos filhos de Israel, com o domínio romano, sem deixar, portanto, de defender o domínio do império político de Roma sobre os judeus. Paulo como um homem justo, se sentia a vontade para reconhecer os favores de Herodes Agripa em benefício dos seus compatriotas judeus. ME HAJA HOJE. O rei Agripa era um casal muito conhecido não só na Palestina, mas também em Roma, capital do império, e a prova disto é que eles estavam visitando o governador Festo, por ter livre circulação entre todas as províncias de Roma. Assim sendo, é que Paulo demonstra o seu privilégio em comparecer perante o rei Agripa, mesmo que por circunstância não tão agradável como a que se dá neste momento. DE DEFENDER DE TODAS AS COISAS. Não que a defesa de Paulo fosse mudar o curso dos acontecimentos quanto a este momento desta pauta levantada por Festo, até porque, Paulo já tinha apelado para César, e com isso, ele teria que comparecer perante o imperador Nero em Roma. Essa defesa a que Paulo se reporta, não diz respeito a se justificar perante o governador, mais sim, mostrar porque estava preso injustamente, simplesmente por cumprir sua missão em pregar o evangelho de Cristo. DE QUE SOU ACUSADO. Quais as acusações que os opositores de Paulo apresentavam contra ele perante os romanos e por que estava preso? Atos 24:5-6 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos. O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. PELOS JUDEUS. A realidade era totalmente contrária do que os judeus acusavam a Paulo, e os motivos de tais acusações eram de que, na verdade, o apóstolo representava uma ameaça para o judaísmo, uma vez que, por meio do seu trabalho de pregação do evangelho da circuncisão, muitos judeus se convertiam do judaísmo para o cristianismo. Além de que, Paulo não estava em Jerusalém para prejudicar a ninguém, mais veio apenas cumprir um voto de fidelidade a Deus no templo sagrado.

Atos 26.1

Atos 26.1 - Depois Agripa disse a Paulo: É permitido que te defendas. Então Paulo, estendendo a mão em sua defesa, respondeu.
DEPOIS AGRIPA. Da parte de Festo, o que se diz é que ele desejava que o governador Agripa lhe ajudasse a montar a peça acusatória ou processo legal contra Paulo a ser enviado para o imperador Nero. Mas, da parte de Agripa, ele próprio quem solicitou ao seu colega governador, festo, que lhe concedesse a oportunidade de ouvir a Paulo, o que alguns chegam a afirmar que Agripa já havia ouvido falar a respeito do apostolo dos gentios, o que pode ser confirmado, pois Paulo era muito conhecido por todos. DISSE A PAULO. Este momento era esperado pelo governador Agripa, quem sabe esperando que o apóstolo lhe falasse das coisas de Deus, ou mesmo que Paulo se defendesse das acusações impostas pelos judeus. Podemos conjecturar que Agripa tinha conhecimento que Paulo era um homem poderoso em palavras, e que por ser um servo de Deus, quando pregava, era um instrumento da mensagem de Deus. É PERMITIDO. Provavelmente, Agripa já tinha as informações repassadas por Festo a respeito das acusações que os judeus lançavam contra Paulo, mas o governador fez sinal para o apóstolo que ele podia ficar a vontade para se defender os seus opositores. Com este indicativo, Paulo entende que poderia ficar a vontade para discorrer livremente sobre os assuntos que lhe eram convenientes em sua defesa. QUE TE DEFENDAS. De acordo com a exposição feita por Paulo, ele não se preocupou em desfazer as acusações feitas pelos judeus contra a sua pessoa. Porém, o apóstolo dos gentios aproveitou a boa oportunidade para pregar as boas novas do evangelho de Cristo para Festo, Agripa, Berenice e todos que se faziam presentes naquele tribunal. Paulo sabia que não havia possibilidade de que Festo ou Agripa lhe soltasse da prisão. ENTÃO PAULO. Esta era mais uma oportunidade deveras importante para que Paulo cumprisse sua missão em pregar mais uma vez o evangelho da libertação. Agora, o apóstolo estava na presença de dois governadores e tinha a chance de falar de Cristo diante de altas autoridades romanas, cumprindo assim, profecias a este respeito. Paulo tinha consciência que seria enviado para Roma, por isso que nem se preocupou em se defender-se dos seus opositores, mais aproveitou para pregar sobre o Messias. ESTENDENDO A MÃO. Este era um gesto nobre, em demonstração de que Paulo era um homem sábio e que sabia se comportar diante das mais altas autoridades do império político de Roma. Ao mesmo tempo, este era um gesto em que alguém pedia silencia e sinalizava que tinha uma mensagem muito importante a ser transmitida, e com isso, o apóstolo dá o indicativo que precisava da preciosa atenção dos ouvintes. EM SUA DEFESA, E RESPONDEU. A mensagem transmitida por Paulo não foi para contestar sobre as acusações que os judeus vinham lhe fazendo desde o primeiro momento, nem tão pouco para se justificar de que era inocente. Mas, ao ler o discurso de Paulo aprendemos que o mais importante para ele neste momento era anunciar a mensagem do reino de Cristo para todos que estava presentes. Este exemplo da parte de Paulo nos ensina que devemos dar prioridade às coisas de Cristo, nosso Salvador.

domingo, 8 de agosto de 2021

Atos 25.27

Atos 25.27 - Porque me parece contra a razão enviar um preso, e não notificar contra ele as acusações.
PORQUE ME PARECE. Se havia a intenção de Festo em humilhar a Paulo perante os indivíduos mais importantes da sociedade de Cesaréia, e principalmente diante do seu visitante, o governador Agripa, neste instante, ele quem estava sendo rebaixado, uma vez que, não demonstrava capacidade de resolver o caso de um preso. Isso que Festo estava fazendo não era demonstração de grandeza, mais sim, de fragilidade de um governo que como procurador romano não tinha capacidade de praticar justiça. CONTRA RAZÃO. Contra razão era o uso da injustiça que estava praticando o governador, pois, mesmo tendo pleno conhecimento da inocência de Paulo, assim mesmo, estava lhe enviando para Roma. Portanto, tendo a convicção da inocência do preso, o procurador tinha autoridade de declará-lo inocente, se assim o quisesse, mas não, com medo de desagradar os judeus, inimigos de Paulo, preferia se livrar do preso. ENVIAR. Foi o próprio Paulo quem decidiu ser julgado em Roma, quando esteve presente com Festo, conforme Atos 25:11 - Se fiz algum agravo, ou cometi alguma coisa digna de morte, não recuso morrer; mas, se nada há das coisas de que estes me acusam, ninguém me pode entregar a eles; apelo para César. Baseado no apelo de Paulo é que Festo, tendo se reunido com seu conselho decidiu enviar a Paulo a Roma. UM PRESO. Desde que o tribuno Lísias arrebatou a Paulo das mãos dos seus opositores os judeus, que o apóstolo estava sob tutela do Estado romano, conforme fica registrado em Atos 21:33 - Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu e o mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito. Mas Paulo não era um preso comum, como qualquer judeu, mas ele era um cidadão que tinha o título romano, e isso o tornava diferenciado, por isso que fez apelo a César, que era Nero. E NÃO NOTIFICAR. O procurador romano se refere à peça processual que seria montada pelo governador e juntamente com o preso seria enviada detalhando o caso de supostos crimes cometidos pelo preso enviado. De acordo com as leis romanas, nenhum crime, como Agripa era judeu e conhecia as leis judaicas, então, Festo queria a opinião de Agripa, para quem sabe formular as acusações contra o apóstolo Paulo. CONTRA ELE. Percebe-se que, a preocupação do procurador Festo, não era com a defesa de Paulo, defesa esta já apresentada por várias vezes, que comprovava a inocência do homem de Deus. Porém, é notório que o governador desejava mesmo era encontrar crimes supostamente cometidos por Paulo, contra os judeus, para então perante o imperador Nero condenar a Paulo, o que demonstra sua imparcialidade. AS ACUSAÇÕES. Estas acusações já haviam sido apresentadas pelos judeus as autoridades romanas, tanto diante de Félix, como também perante o procurador Festo, Atos 25:7 - E, chegando ele, rodearam-no os judeus que haviam descido de Jerusalém, trazendo contra Paulo muitas e graves acusações, que não podiam provar. As acusações dos judeus não eram suficientes para que Paulo fosse condenado perante o imperador Nero, por isso que Festo buscava mais provas perante Agripa.

Atos 25.26

Atos 25.26 - Do qual não tenho coisa alguma certa que escreva ao meu senhor, e por isso perante vós o trouxe, principalmente perante ti, ó rei Agripa, para que, depois de interrogado, tenha alguma coisa que escrever.
DO QUAL. Festo fala a respeito de Paulo, um homem correto em seus procedimentos, que não prejudicava a ninguém, e que de acordo com a vontade de Deus, pregava o evangelho para quem desejasse lhe ouvir. Ele, que estava sendo perseguido de forma injusta, por seus conterrâneos, os judeus, pelo fato de que muitos seguidores do judaísmo, ao ouvirem as boas novas de Cristo, se convertiam ao cristianismo. Neste momento, nem devia está neste julgamento, pois não cometeu nenhum crime. NÃO TENHO COISA ALGUMA CERTA. O procurador não está falando a verdade, pois ele sabia muito bem que Paulo não tinha feito nada de errado. Félix tinha passado para ele todas as informações sobre a inocência de Paulo, e certamente o tribuno Lísias também deve ter conversado com o governador sobre a conspiração dos judeus para tirarem a vida do apóstolo, simplesmente porque estavam cheios de ódio religioso. QUE ESCREVA A MEU SENHOR. Por não falar a verdade, Festo mostra seu receio de desagradar ao imperador romano, ao enviar Paulo a Roma, sem uma justificativa plausível para tal feito. Diante do imperador, Paulo seria julgado, conforme as leis romanas, com isso, o rei teria de mandar fazer uma investigação séria, para saber se as acusações eram verdadeiras ou falsas, este era o grande dilema do governador. E POR ISSO PERANTE VÓS O TROUXE. Um teatro estava armado, com a presença de lideranças significante da sociedade de Cesaréia, em que a plateia desejava mesmo aplaudir os dois governadores pelas cenas apresentadas. Esta era uma forma desonesta de humilhar o preso, fazendo com que o mesmo se sentisse desprezado e não tivesse condições emocionais nem de se defender dos seus acusadores e inimigos. PRINCIPALMENTE PERANTE TI, Ó REI AGRIPA. Os governantes daquela época gostavam de fazer este tipo de teatro contra os seus prisioneiros, com o objetivo de servir de entretenimento para a sociedade local, mais principalmente para divertir seus visitantes ilustres, que neste caso era o governador Agripa e sua mulher Berenice. Há quem diga que não faltava mais nada para que Agripa se divertisse em Cesaréia. PARA QUE, DEPOIS DE INTERROGADO. Era a quarta vez que Paulo se apresentava perante as autoridades para ser interrogado sobre coisas que ele não havia praticado. Primeiro ele foi ao sinédrio judaico, depois se apresentou perante Félix, mais tarde, novamente diante de Festo e agora, mais uma vez diante de Festo e de Agripa. Apenas interrogatório e nada de investigação justa sobre as acusações falsas dos judeus. TENHA ALGUMA COISA QUE ESCREVER. Percebe-se que o procurador romano estava procurando uma falha na defesa de Paulo para que pudesse justificar seu enviou a Roma. A verdade é que, todas as informações obtidas até o momento não eram suficientes para que Paulo fosse condenado perante o imperador de Roma. Essa era uma forma de Festo pedir arrego ao seu colega Agripa, ele que tinha mais experiência com casos parecidos, ficando clara a incompetência do procurador romano, Festo.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...