quarta-feira, 15 de março de 2017

Hebreus 3:6

Hebreus 3:6 - Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
MAS CRISTO. Do começo ao fim desta carta, o autor coloca a Cristo Jesus em destaque, até porque esta é a intenção mesmo deste tratado ou missiva. Cristo veio para os hebreus, porem o seu povo o rejeitou. Mas, nem por isso, Cristo desistiu dos seus compatriotas, é tanto que, muitos se converteram ao cristianismo, a prova disto é que os seus apóstolos eram hebreus, e os seus primeiros discípulos também. Paulo que teve uma importância muito grande no mundo gentílico, também era hebreu de hebreu.

COMO FILHO. No texto anterior, o escritor tinha destacado a fidelidade de Moisés para com todo o Israel bem como para com Deus, mas como servo. Agora, ele nos faz ver que Cristo é superior a Moisés, porque ele é Filho, mas Filho de Quem? Filho de Deus, o Criador de todas as coisas. O Novo Testamento está recheado de referências falando sobre que Cristo é efetivamente Filho de Deus. Aliás, ele é o Filho unigênito de Deus em essência, porque não foi gerado por um homem, mas pelo Espírito Santo de Deus.

SOBRE A SUA PRÓPRIA CASA. No versículo três, o escritor afirma que Cristo foi quem edificou a sua própria casa. E isso nos fala sobre que o Filho de Deus se despojou de seus privilégios, porque sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus e se fez homem (Filipenses 2:8), para pelo seu sacrifício expiatório realizar a construção de sua igreja, que ele remiu pelo ato de propiciação, produzindo a paz pela reconciliação.

A QUAL CASA SOMOS NÓS. A casa de Moisés, sobre a qual se refere o escritor no texto anterior, diz respeito na realidade a casa de Israel como povo de Deus, enquanto que, a casa relacionada a Cristo é a sua igreja remida, que ele comprou com seu sacrifício de amor. E esta casa somos nós, cada um daqueles que aceitaram a Cristo Jesus como Senhor e Salvador, e que amam a Deus acima de qualquer coisa e ao próximo também.

SE TÃO SOMENTE CONSERVARMOS FIRMES. Jesus falou: Mas, aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo (Mateus 24:13). Por isso que Paulo ensinou: Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus, em Cristo Jesus. Baseado nesta frase, é que muitos comentaristas defendem que, esta carta foi escrita aos cristãos convertidos do judaísmo para o cristianismo, sem descartar o fato de os judeus serem o alvo também.

A CONFIANÇA E A GLÓRIA. Confiança de que a obra perfeita de redenção realizada por Cristo é suficiente para que sejamos justificados perante Deus, uma fez que a propiciação do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, teve como resultado a reconciliação, o que produziu a paz. Essa glória a que se refere o autor, diz respeito à presença do Espírito de Deus sobre a nossa vida, ele que é a luz que ilumina o nosso caminho sempre.

DA ESPERANÇA ATÉ O FIM. O evangelho nos ensina que somos salvo em esperança, e isso nos faz olhar para o futuro e com plena fé ter a certeza que Cristo nos levará para si mesmo (João 14:2-3). O segredo não está em simplesmente levantar a mão aceitando a Cristo como Salvador, mas sim, em tê-lo aceito como Senhor, porque quem aceita a Cristo como Senhor, não faz mais a sua própria vontade, mas a vontade soberana de Deus.

Hebreus 3:4-5

Hebreus 3:4-5 - Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus. E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar.
PORQUE TODA A CASA É EDIFICADA POR ALGUÉM. Continua o escritor na sua metáfora ilustrativa, usando uma linguagem da construção civil, que certamente era bem conhecida e compreensível pelos seus leitores. No caso de Moisés, ele teve um papel importante para a comunidade de Israel, dentro do plano de Deus. No entanto, já na nova dispensação da graça, alguém foi constituído muito mais importante do que Moisés, e este alguém é Cristo Jesus, ele que é o edificador de sua igreja remida, que ele comprou.

MAS O QUE EDIFICOU TODAS AS COISAS. O autor vem demostrando quem de fato manda no mundo e quem é que tem a planilha de execução na mão. Moisés, foi constituído por Deus para tirar o seu povo do Egito, por meio do seu anjo, passou as suas ordenanças para Moisés e Moisés para o povo. O mesmo Deus constituiu a seu Filho Jesus Cristo, que é superior a Moisés, para construir a sua casa que é a sua igreja amada.

É DEUS. O escritor tenta explicar para seus leitores de que acima de Moisés, tem o cabeça federal que manda em tudo, e que criou todas as coisas, que é o Deus Criador. Ele que levantou Moisés para ser o líder de Israel, mas que depois da vinda do Messias, o mesmo Deus foi que enviou o Cristo, que também era o ungido de Deus Pai para ser o Mediador da nova aliança. Os hebreus tinham que aceitarem essa nova realidade religiosa.

E NA VERDADE, MOISÉS FOI FIEL EM TODA A SUA CASA. Nem Cristo se levantou contra Moisés, nem muito menos o nosso escritor desta carta com seus argumentos. É tanto que, neste ponto, o escritor reconhece a importância de Moisés no que diz respeito a sua fidelidade no plano de Deus para a edificação do povo de Deus, Israel. Ele cumpriu fielmente tudo aquele que o Criador de todas as coisas colocou diante de sua vida.

COMO SERVO. Todavia, neste particular, o autor revela a função real de Moisés, que era ser servo de Deus, e certamente também do povo de Israel. E servo neste caso, não tem vontade própria, não faz tudo àquilo que quer, mas se submete ao seu Senhor. O ofício de Moisés como servo era diferente de Cristo, como Filho. O escritor quer abrir o entendimento dos hebreus para que compreendam que Cristo é superior a Moisés.

PARA TESTEMUNHO DAS COISAS. Como servo que era, o legislador e grande líder de Israel, teve sua reconhecida missão de ajudar aos filhos de Israel para que fossem libertos da escravidão do Egito. Durante a peregrinação no deserto, ensinou os estatutos de Deus aos descendentes de Abrão, Isaque e Jacó. E serviu de testemunho para o povo de Deus de como alguém poderia fazer as coisas para o reino de Deus, executando sua vontade.

QUE SE HAVIAM DE ANUNCIAR. Os escritos de Moisés, já anunciavam as coisas que haveriam de acontecer, vaticinando as coisas futuras, com relação à nova dispensação da graça de Deus e principalmente no que diz respeito a Cristo. Ele escreveu que nos fins dos tempos, Deus levantaria um profeta como ele, e que todo o povo deveria dar atenção as palavras deste tal profeta, conforme nós encontramos em (Deuteronômio 18:15,18).

Hebreus 3:3

Hebreus 3:3 - Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
PORQUE ELE. O autor esta se referindo a Cristo Jesus, ele que é superior aos anjos, bem como aos sacerdotes da antiga dispensação, como também é superior ao próprio Moisés, que foi a maior liderança religiosa dos Hebreus. Em algumas versões bíblicas em vez de “ele” vem escrito o nome “Jesus” e isso ao que tudo indica era o que estava posto no original desta carta, pondo em destaque a pessoa bendita de Jesus de Nazaré, que para muitos dos hebreus foi apenas mais um dos profetas de Israel, e não o Messias de Deus.

É TIDO POR DIGNO. A vida e o ministério de Jesus nos conta a mais bela história de quem viveu dignamente na presença de Deus, se destacando com atos humanitários em prol dos seres humanos, nunca visto antes e nem depois de sua passagem pelo planeta terra. Jesus deixou sua marca como alguém que efetivamente executou a vontade de Deus, por isso que o Pai o encheu de dignidade, ao ponto de ter partido desta terra e o seu exemplo de vida não se perder nos elos do tempo, nem cair no poço da amnésia ou esquecimento.

DE TANTO MAIOR GLÓRIA. O Deus Criador de todas as coisas revestiu gloriosamente o seu Filho Jesus de tamanha glória, ao ponto de nenhum outro ofuscar o seu esplendor, nem mesmo os mais conceituados profetas da história religiosa de Israel, nem ainda o maior líder do povo hebreu, chamado Moisés. Esta glória derramada sobre o Cristo de Deus pôde ser vista em seu poder demonstrado e em sua plenitude para fazer milagres.

DO QUE MOISÉS. Os argumentos do nosso escritor aos Hebreus foram muito fortes e certamente deve ter provocado polêmicas quanto aos seus leitores, porque na mente de um hebreu, tentar diminuir a personagem renomada do grande Moisés era uma afronta a própria realidade daquele povo. No entanto, o autor está de fato, apenas expressando uma importante verdade, sobre que Jesus era superior a Moisés em tudo.

QUANTO MAIOR HONRA. O autor volta a sua metáfora espiritual da “casa” que representa o povo de Deus, o que no tempo da velha dispensação era chamada de congregação de Israel. Quem é que deve ser mais honrado, a casa, ou quem edificou a casa? É claro que o construtor deve ser honrado mais do que a casa, porque se não fosse aquele que edificou a casa ela não existiria. Cristo é o que edifica a casa de Deus.

DO QUE A CASA TEM AQUELE. “Aquele” nos fala sobre Cristo Jesus, ele que é o edificador da casa chamada povo de Deus, seja Israel, ou a Igreja remida do Cristo vivo. Há então uma mensagem, ainda que subliminar neste texto, sobre a divindade de Cristo, quando o coloca no lugar de Criador, coisa que o escritor, no momento, não podia colocar explicitamente, porque os seus leitores, por serem monoteístas não iriam aceitar.

QUE A EDIFICOU. Os teólogos messiânicos, aqueles que buscam identificar o Cristo preexistente, em ação no tempo da velha dispensação, defendem de que Jesus, antes mesmo do seu nascimento já estava agindo na história de Israel. Muito mais no tempo da nova dispensação, que ele mesmo implantou, na edificação de sua igreja, como casa de Deus e morada do Espírito Santo. Cristo é honrado por meio de sua igreja remida.

terça-feira, 14 de março de 2017

Hebreus 3:2

Hebreus 3:2 - Sendo fiel ao que o constituiu, como também o foi Moisés em toda a casa de Deus.
SENDO. O autor fala a respeito de Cristo e a forma com que ele se comportou como Sumo Sacerdote que era entre o povo e o Deus de amor, bondade e misericórdia. As atividades de Jesus Cristo durante a sua vida e ministério aqui na terra foi na realidade uma demonstração eficaz de como pode ser alguém Mediador entre Deus e os homens, isso porque ele levou sobre si as cargas dos mais necessitados, ao mesmo tempo em que praticava todos os dias, atos de bondade e compaixão para com todos.

FIEL. Juntando-se todas as profecias messiânicas já vaticinadas a respeito do Messias de Deus, aprendemos que, a vida e ministério do Senhor Jesus foi absolutamente demarcada por tudo àquilo que a seu respeito já estava escrito. E chegando na terra, não fugiu de suas responsabilidades para com a palavra de Deus, porque em tudo buscou ser fiel aquele que o enviou, como sendo o Messias e Emanuel. O Senhor Jesus Cristo é um espelho nítido e transparente para quem deseja efetivamente fazer a vontade de Deus.

AO QUE. Desde os começos de todas as coisas na terra, que o Criador governa de forma organizada, e em se tratando dos seus planos para os seres humanos, ainda mais, basta ver dentro das Sagradas Escrituras como o Deus eterno age em favor do seu povo. No que diz respeito a tudo que estava determinado sobre o seu Cristo, todos os eventos transcorreram dentro do seu cronograma de realizações, já preestabelecido por ele.

O CONSTITUIU. Nada aconteceu por um acaso na vida e ministério do Senhor Jesus, uma vez que, antes mesmo de sua manifestação na terra, Deus já o havia constituído como seu legítimo representante, é tanto que ele já era conhecido como o Emanuel, ou seja, Deus conosco. Jesus é Sumo Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque, para ser o Mediador da nova aliança entre Deus e os homens, constituído por Deus.

COMO TAMBÉM. Neste capítulo dois de Hebreus, o escritor faz um paralelo comparativo entre Cristo Jesus, o Mediador da nova aliança da graça de Deus com a igreja de Cristo, e o grande líder e legislador Moisés para o povo de Israel. Porem, neste comparativo, o autor demonstra pelos seus vários argumentos que Jesus Cristo é superior a Moisés, sem, no entanto, desclassificar o líder respeitado do povo de Deus, os hebreus, Moisés.

O FOI MOISÉS. Percebe-se o respeito que o escritor tinha pelo grande líder e legislador de Israel, Moisés, quando o coloca em seu devido lugar, como sendo fiel a Deus naquilo que o Senhor o havia constituído, na libertação do seu povo da terra do Egito e sua introdução na terra prometida de Canaã. Moisés teve sua importância para Israel, porem, não mais do que Cristo Jesus tem para sua igreja remida, na nova dispensação da graça de Deus.

EM TODA A CASA DE DEUS. Quando o autor fala sobre à casa de Deus, ele não está se referindo ao templo construído por Salomão mais ou menos quinhentos anos depois. Até porque Moisés não entrou na terra prometida. Mas o escritor se reporta a congregação dos filhos de Israel, quando de sua saída do Egito, suas peregrinações nos desertos e por fim, sua chegada até as margens do Rio Jordão, até onde foi Moisés acompanhou Israel.

Hebreus 3:1

Hebreus 3:1 - Por isso, irmãos santos, participantes da vocação celestial, considerai a Jesus Cristo, apóstolo e sumo sacerdote da nossa confissão.
POR ISSO, IRMÃOS SANTOS. Neste capítulo três de Hebreus, o escritor mostra aos seus leitores que Cristo é superior a Moisés, assim como no capítulo primeiro ele ensinou que Cristo é superior aos anjos e no capítulo dois Cristo é superior aos sacerdotes da antiga dispensação. Quando o autor chama seus leitores de irmãos, é porque eram hebreus, além do mais, convertidos ao cristianismo. A palavra “Santos”, não fala sobre mortos canonizados por uma instituição religiosa, mas sim de pessoas vivas, leitores desta carta.

PARTICIPANTES DA VOCAÇÃO CELESTIAL. Estes mesmos irmãos para quem esta carta estava sendo escrita e enviada eram vocacionados por Deus para servirem ao reino de Cristo, como pessoas escolhidas por Deus e chamadas para buscarem o reino dos céus. E quando se fala em vocação celestial, isso nos direciona a pensar que, os leitores desta carta eram pessoas santas que estavam buscando as coisas que são de cima.

CONSIDERAI. Este verbo utilizado pelo nosso escritor, nos ensina sobre a consideração que os seus leitores deveriam ter, no fato de que, estavam diante da grande chance de serem abençoadas por Deus em Cristo Jesus. Deus em Cristo estava lançando uma nova aliança baseada na sua graça para redenção do povo hebreu, e isso pela redenção já efetuada pelo Senhor Jesus Cristo, ele que era superior aos anjos bem como a Moisés.

A JESUS CRISTO. O artigo “a” põe em destaque uma pessoa bendita que do começo ao fim deste livro é posta acima de tudo e de todos, como sendo o cabeça federal de toda a criação. Jesus é o nome próprio do filho de Deus e o codinome Cristo nos fala a respeito da missão redentora do Messias de Deus, Jesus de Nazaré. Jesus quer dizer: Aquele que veio para salvar o seu povo dos seus pecados e Cristo nos ensina sobre o enviado de Deus para salvar, como também o ungido Rei, Profeta e Sumo Sacerdote eterno de Deus.

APÓSTOLO. Esta palavra tem dentro do arcabouço do evangelho, o significado de “enviado” que tem uma forte referência com o nome “Cristo”. E que, metaforicamente tem tudo a ver com todos os títulos de Cristo antes de sua manifestação na terra, tais como Messias, Emanuel, Profeta, Rei e Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Quanto aos representantes de Cristo este foi o título dos seus apóstolos.

E SUMO SACERDOTE. Já havia profecia que vaticinava de que o Messias de Deus seria Sumo Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, conforme Salmos 110:4 - Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Esta missão do Cristo de Deus nos ensina sobre o seu ofício de Mediador entre os homens e Deus, bem como despenseiro das bênçãos celestiais para os remidos.

DA VOSSA CONFISSÃO. Na antiga dispensação, o povo fazia suas confissões ao sumo sacerdote, que por sua vez apresentava diante de Deus por meio dos sacrifícios e do cordeiro da expiação que era enviado para o deserto com os pecados do povo. Na nova dispensação Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29). A Ele e somente a ele é que devemos confessar os nossos pecados, iniquidades e transgressões.

Hebreus 2:18

Hebreus 2:18 - Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.
PORQUE NAQUILO. Não se sabe ao certo se o escritor se reporta a todas as contrariedades que o Cristo de Deus teve que enfrenar durante toda a sua vida, desde a sua infância, quando teve que sair fugido do seu país, para não ser morto pelas autoridades políticas de Israel. Passando por todas as perseguições que ele teve que experimentar, até culminar com sua prisão, julgamento injusto e morte dolorosa. Este último argumento é o mais provável, confirmam vários dos comentaristas bíblicos.

QUE ELE MESMO. Não há nada de que, os leitores desta carta estivessem passando, nem qualquer um dos seguidores de Cristo, que “ele” não tenha experimentado, quando de sua encarnação como sendo o Servo sofredor. “Ele” se refere ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o Messias de Deus, que veio como sendo o enviado de Deus Pai para realizar a redenção da humanidade, e mais especificamente de sua igreja remida.

SENDO TENTADO. Esta palavra dentro das páginas do Novo Testamento tem duas conotações, tais como: Tentação como sendo algo proveniente do diabo com os seus demônios para levar alguém a pecar contra Deus. E tentação no sentido de teste ou provação, que é provável que, neste texto, seja a intenção do autor. No caso de Cristo, ele foi provado da forma mais intensa possível, quando de suas duras provações, no sentido de que, se quisesse poderia desistir de tudo para fugir das tribulações impostas.

PADECEU. Este verbo nos fala dos efeitos práticos que o Cristo de Deus teve que suportar, no sentido de cumprir sua missão redentora para o bem de sua igreja remida. Jesus de Nazaré padeceu as mais horrendas agonias e as mais tremendas angústias para realizar a obra de redenção. O seu sacrifício expiatório incluiu as mais intensas dores possíveis que alguém poderia suportar, (Isaías 53:3) já o previa como homem de dores.

PODE. No entanto, tudo de adversidade, sofrimentos, perseguições e dores que o Cordeiro de Deus teve que passar, tinha seus objetivos bem traçados pela economia divina, no sentido de produzir resultados positivos para sua igreja remida. Cristo tem a capacidade de socorrer aos seus servos de todo e qualquer sofrimento, uma vez que ele sentiu na própria pele, os efeitos angustiantes das tribulações e aflições que passamos.

SOCORRER. Como nosso Mediador, Advogado, Intercessor e Sumo Sacerdote, o Cristo de Deus não se porta com indiferença para com os seus remidos. Ele não dorme, não tira férias e nem fica imobilizado diante de um grito de socorro dos seus seguidores. Cristo está sempre disponível em ajudar a todos aqueles que clamam por seu socorro, razão porque ele disse: Vinde a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados.

AOS QUE SÃO TENTADOS. Esta é uma mensagem de esperança para todos aqueles que passam por momentos difíceis em seus dias a dias, ora sendo tentados pelo inimigo para fracassarem na fé, ora sendo provados pelo reino dos céus para se qualificarem cada vez mais para fazerem a missão determinada por Deus. Todos estão sujeitos a passarem pelas provações da vida, bem como os braços de Cristo estão sempre abertos para socorrer.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Hebreus 2:17

Hebreus 2:17 - Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.
POR ISSO CONVINHA. Tornar-se um ser humano se fazia necessário. Somente alguém que tomasse parte de tudo que o ser humano tem que passar nesta vida, podia entender os sentimentos e as angústias que o homem tem que atravessar em sua passagem por esta existência. Antes mesmo de sua manifestação na terra, como sendo o Messias de Deus, o Servo sofredor, do qual falaram os profetas já sabia do que teria de passar.

QUE EM TUDO FOSSE. Existe a vontade determinativa de Deus, que faz com que as coisas que acontecem com todos os filhos dos homens, sejam preestabelecidas pelo Criador de todas as coisas. E existe a vontade permissiva de Deus, em que Deus permite que aconteçam muitas coisas com o homem, para que lições sejam apreendidas. Cristo não viveu o acaso dos acontecimentos, o Deus Criador já havia determinado tudo que ele haveria de passar, e o próprio Jesus aceitou de bom grado sua missão como Redentor.

SEMELHANTE AOS IRMÃOS. Cristo viveu tendo que experimentar os mesmos sentimentos que os seus seguidores tem que passar, teve fome, teve sede, certamente teve algum tipo de necessidade, se alegrou, mas também se angustiou e chorou. Quando se fala, neste texto sobre irmãos, é porque Cristo é Filho unigênito de Deus e os que lhe aceitam como Senhor e Salvador, também são chamados filhos de Deus (João 1:11).

PARA SER MISERICORDIOSO. Os muitos sofrimentos, as inúmeras tribulações que o Filho de Deus teve que enfrentar, as angústias terríveis de sua alma sentiu, por ser rejeitado pelo seu próprio povo, as decepções quanto a incredulidade de sua gente. Tudo isso, fez com que gerasse no coração do Mestre mais misericórdia em sua alma pelos seus seguidores, que muitas vezes trazem nas suas almas as mesmas marcas do seu Mestre.

E FIEL SUMO SACERDOTE. Essa expressão se referindo a Cristo nos ensina sobre o seu serviço em favor dos homens perante Deus, porque no tempo da velha dispensação, a figura do sumo sacerdote era de interceder em favor do povo. Cristo muito mais, porque ele é classificado de fiel Sumo Sacerdote, e isso implica que ele cumpriu com fidelidade inigualável seu ofício de interceder em prol dos seus servos e seguidores diante de Deus.

NAQUILO QUE É DE DEUS. No tempo da legislação de Moisés, o sumo sacerdote era considerado como um medianeiro entre os homens e Deus, ora intercedendo em favor do povo, mas também ele servia de bênção entre Deus e o povo. Jesus muito mais do que os figurões da velha dispensação, porque ele próprio tinha condições de perdoar o povo, além de ser o próprio abençoador, como sendo o Emanuel, Deus entre os homens.

PARA EXPIAR OS PECADOS DO POVO. No caso de Cristo, ele é o Sumo Sacerdote, que cuidou do ato da expiação, bem como ele próprio era o Cordeiro da expiação, que fez com que a obra se tornasse completa e perfeita diante de Deus. O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo, resolveu de uma única vez o problema do pecado do povo, isso porque pela propiciação de si mesmo reconciliou definitivamente o homem com Deus.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...