terça-feira, 17 de agosto de 2021

Atos 27.35-36

Atos 27.35-36 - E, havendo dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus na presença de todos; e, partindo-o, começou a comer. E, tendo já todos bom ânimo, puseram-se também a comer.
E, HAVENDO DISTO ISTO. As palavras de Paulo, neste momento de aflição, teriam efeitos fortes para todos aqueles que se encontravam no fundo do posso, sem esperança e sem rumo na vida. Quem deveria, na verdade citar aquela frese utilizada por Paulo seria o piloto do navio, ou os responsáveis pela embarcação, porém, todos eles também estavam como que debilitados diante de tudo que estava acontecendo, no entanto, Deus se utilizava de um prisioneiro para encorajar aqueles homens. TOMANDO O PÃO. Percebendo Paulo que somente suas palavras não eram o suficiente para levantar o bom ânimo dos seus ouvintes, estrategicamente, ele se utiliza do exemplo, em que ele próprio começa a ter uma atitude positiva. Neste momento, os olhos de todos estavam fixos em Paulo, porque ele era o único naquela embarcação que mostrava uma palavra de esperança, de encorajamento e de vida. DEU GRAÇAS A DEUS. Essa atitude do apóstolo Paulo seguia os bons costumes e as boas tradições dos filhos de Israel, em sempre dar graças a Deus antes e depois de fazerem suas refeições principais. Mas também esta tradição era seguida pelos cristãos primitivos, coisa boa que até os dias de hoje são praticadas pelos servos de Cristo. Com isto, Paulo reconhecia que somente a Deus é que devemos agradecer por tudo. NA PRESENÇA DE TODOS. Paulo não se envergonhava de ser um servo de Deus e de Cristo, estivesse onde fosse e na presença de quem quer que fosse. Mesmo sabendo que naquele momento haviam pessoas que não acreditavam nas coisas de Deus, por incredulidade, como também tinha autoridades romanas, mesmo assim, o apóstolo honrava a Deus por meio de suas ações positivas, como representante de Cristo Jesus. E, PARTIDO-O, COMEÇOU A COMER. É notório que diante de todos os tripulantes desta embarcação, Paulo assume o papel de liderança, até porque os responsáveis pelo navio estavam sem ação diante da difícil situação. Com seu exemplo prático, o apóstolo mostrava para todos que nem tudo estava perdido, e que todos precisavam se fortalecer para continuarem lutando pela vida, pois, ainda havia uma esperança. E, TENDO JÁ TODOS BOM ÂNIMO. Deus honrou ao seu servo diante de todos os passageiros deste navio, quando suas palavras foram confirmadas com os próprios acontecimentos. Como todos já estavam convencidos que Paulo era um mensageiro de Deus, então, receberam sua palavra e criaram coragem para tomarem ânimo, mesmo vendo e sentindo na própria pele, que as coisas não eram nada fáceis ainda agora. PUSERAM-SE TAMBÉM A COMER. Podemos tirar boas lições com este exemplo dado por Paulo, em que, quando assumimos o papel de líder, precisamos dar o exemplo positivo para que os liderados sigam o nosso bom exemplo. As palavras e a atitude de Paulo gerou boa disposição em todos, no sentido de reativarem suas esperanças de que Deus, como governante de todas as coisas, ainda tinha uma saída para aquela situação tão difícil. Paulo deve ter ficado muito contente por ver a ação de sua palavra.

Atos 27.34

Atos 27.34 - Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós.
PORTANTO, EXORTO-VOS. Neste texto, a exortação feita por Paulo não deve ser compreendida como uma repreensão, como em nosso idioma parece ser, mais sim, de uma palavra ou mensagem de incentivo da parte do homem de Deus. Na realidade, os tripulantes do navio já não encontravam mais nenhum tipo de motivação para continuarem lutando pela vida, pois já se encontravam completamente vencidos pela tempestade, pela fome e pelo desgaste da situação que a tantos dias vinham lidando. A QUE COMAIS. A recomendação de Paulo deveria ser compreendida como uma palavra de esperança, onde já não havia mais o que se esperar, senão a morte de todos os tripulantes. O que estava para acontecer era algo imprevisível, humanamente falando, pois o navio seria destroçado, por estar ancorado, quando não devia, por isso que os marinheiros queriam fugir, ou as pessoas não tinha como chegar a terra firme. ALGUMA COISA. Os mais importantes personagens do navio, como o piloto, o mestre e o centurião romano estavam vencidos, no entanto, só restava dar ouvidos a quem na verdade tinha uma mensagem de luz, que era o apóstolo Paulo. A esta altura dos acontecimentos pode-se dizer que Paulo tinha autoridade suficiente para ser ouvido e para que sua palavra tivesse aceitação por todos, isso diante do que havia acontecido antes, quando ainda estavam em um lugar tranquilo e calmo, que era Bons Portos. POIS É PARA A VOSSA DAÚDE. Se Paulo não tivesse adquirido autoridade para falar tais palavras, esta mensagem serviria de mangação, pois, de que adianta saúde, se a vida, que é mais importante, já não tinha mais esperança? Todavia, podemos assegurar que a palavra de Paulo deu ânimo para os debilitados, uma vez que, quem estava compreendendo seu recado podia renascer para a vida, com força e coragem. PORQUE NENHUM CABELO. Neste momento de expectativa, o apostolo Paulo se utilizava de um provérbio popular que produzia mais clareza em sua mensagem, pois, os responsáveis pelo navio sabiam perfeitamente do que ele estava falando. Esta parábola era utilizada pelos pilotos de grandes embarcações como mensagem de segurança para os tripulantes, como se eles dissessem que estavam todos salvos. CAÍRA DA CABEÇA. Além do mais, Deus tinha falado para Paulo que nenhum dos que estavam com ele haveria de morrer, conforme lemos em Atos 27:22 - Mas agora vos admoesto a que tenhais bom ânimo, porque não se perderá a vida de nenhum de vós, mas somente o navio. A expressão utilizada pelo homem de Deus era a garantia de que Deus não iria permitir que houvesse a morte de nenhum dos passageiros do navio. DE QUALQUER DE VÓS. No caso do próprio Paulo, ele estava tranquilo, uma vez que, Deus tinha lhe prometido que ele teria que comparecer perante o imperador romano, que neste momento era Nero. Mas, o homem de Deus tinha que consolar os demais tripulantes da embarcação que tomassem coragem para continuar lutando pela vida, e para isso, tinham que se alimentar para ficar forte e ter que nadar até alcançar terra firme. Esta palavra deve ter chegado como bálsamo nos ouvidos de todos os ouvintes.

Atos 27.33

Atos 27.33 - E, entretanto que o dia vinha, Paulo exortava a todos a que comessem alguma coisa, dizendo: É já hoje o décimo quarto dia que esperais, e permaneceis sem comer, não havendo provado nada.
E, ENTRETANTO QUE O DIA VINHA. Aquela noite foi muito difícil para todos, em que suas vidas estiveram bem próximas de se esvaírem, por conta da tempestade e do próprio navio que já estava quase que indo a pique. Porém, depois de uma noite escura e tenebrosa, tem sempre um dia que desponta com novas possibilidades, apesar do momento ser o mais sombrio que se possa imaginar, pois a coisa era difícil. PAULO EXORTAVA A TODOS. Um pouco antes, o apóstolo se dirigia ao centurião, pois, este era responsável pela sua segurança, bem como dos demais presos que estavam sendo conduzidos à cidade de Roma. Agora, Paulo se dirige a todos os tripulantes do navio, lhes incentivando a que se fortalecessem porque nem tudo estava perdido. Na realidade, quando a vida está em jogo, as demais coisas não importam tanto assim. A QUE COMESSEM ALGUMA COISA. A carga em si, já havia sido lançada ao mar, com o objetivo de esvaziar a embarcação para que suportasse mais ficar intacta, assim sendo, quase todo alimento foi perdido. Mas, os marinheiros não seriam loucos o suficiente para jogar fora todo o alimento, sem que sobrasse alguma coisa para pelo menos alimentar os tripulantes do navio. Com esta recomendação, Paulo fazia raiar uma luz de esperança, fazendo lembrar que Deus havia falado que ninguém morreria. DIZENDO: É JÁ HOJE O DÉCIMOM QUARTO DIA. Provavelmente estavam todos debilitados de fome e fraqueza, principalmente os marinheiros, que continuavam lutando para que o navio não naufragasse. Se tivessem tomado o conselho de Paulo, quando ainda estavam em Bons Portos, tudo isso teria sido evitado, sem que houvesse prejuízos financeiros, nem tanto sofrimento para todos os que estavam a bordo. QUE ESPERAIS. Esperavam o que? Certamente que aquela tempestade se acalmasse, ou que fossem dar em alguma ilha para que pudessem escapar do navio, que a cada dia mais se desgastava pelos ventos e pelas fortes ondas que se chocavam contra suas taboas. Não há dúvida que esta esperança já desvanecia, pois não tinham mais esperança de saírem desta situação com vida, uma vez que, todos eles foram vencidos. E PERMANECEIS SEM COMER. É difícil de prever o porquê todos os tripulantes não estavam se alimentando durante tantos dias, talvez porque de alguma forma todos estivessem se esforçando conjuntamente para salvar o navio da destruição. Todavia, Paulo alerta que todos precisavam se fortalecer para que pudessem nadar até a encosta da ilha, pois, fracos como estavam não tinham condições de vencer as águas. NÃO HAVENDO PROVADO NADA. O que Paulo estava fazendo era o uso de uma hipérbole arredondada para descrever uma situação anormal do ser humano. Em uma viagem normal, geralmente haviam as refeições coletivas preparadas pelos marinheiros e servida a todos os tripulantes, o que não vinha acontecendo, desde que teve início a tempestade. Mas não fica descartada a possibilidade de que alguns viessem comendo alguma coisa, vez por outra, para suportar tantos dias sem comer.

Atos 27.31-32

Atos 27.31-32 - Disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não ficarem no navio, não podereis salvar-vos. Então os soldados cortaram os cabos do batel, e o deixaram cair.
DISSE PAULO. Lucas não nos revela como, mas o plano do mal dos marinheiros chegou ao conhecimento de Paulo, e logo de imediato o apóstolo entra em ação para desfazer o conluio dos responsáveis pelo navio. Há quem diga que Deus quem revelou ao apóstolo dos gentios o que os marinheiros estavam planejando contra os tripulantes da embarcação. Este plano era muito ruim, pois sem os marinheiros os homens comuns não tinham como chegar à terra firme, pois não tinha tal experiência. AO CENTURIÃO E AOS SOLDADOS. Antes de saírem de Bons Portos, Paulo havia falado com o centurião que não deveriam seguir viagem, porque se assim procedessem, o perigo era inevitável, porém, o centurião não deu crédito. No entanto, agora, com mais razão, ele tinha que acreditar, porque era uma questão de vida ou morte. Neste caso específico, o centurião e os soldados eram responsáveis pelos presos romanos. SE ESTES NÃO FICAREM NO NAVIO. Paulo destaca a importância e a necessidade dos marinheiros no navio para que socorressem, principalmente, aqueles que não sabiam nadar. Fica então claro que nestes casos, a experiência humana é muito relevante, pois, não se sabe ao certo a distância que a embarcação se encontrava da costa da ilha, assim sendo, para muitos, sem a ajuda dos marinheiros seria fatal sair do navio. NÃO PODEREIS SALVAR-VOS. Com isso, o apóstolo declarava para o centurião e os soldados, bem como para o restante dos tripulantes, que pela experiência dos marinheiros eles sairiam com vida, sem que ninguém viesse a sucumbir nas águas do mar. O centurião romano tinha autoridade o suficiente para deter os marinheiros de fugirem da embarcação, o que prontamente ele determinou, por meio de uma ação. ENTÃO OS SOLDADOS. Não há dúvida que os soldados obedeceram às ordens do centurial Júlio, ele que comandava a tropa, sendo responsável em levar Paulo e os demais presos até a cidade de Roma. Não sabemos quantos soldados havia com o centurião romano, mas certamente era um bom número, o suficiente para manter os presos seguros, sem que ninguém tentasse fugir da viagem, mas fosse direto a Roma. CORTARAM OS CABOS DO BATEL. Essa ação positiva dos soldados, por ordem do centurião teve como resultado a salvação de vidas, conforme Deus havia falado para Paulo, e que sua mensagem tinha que ter cumprimento, porque foi dada por Deus. Se não fosse assim, o centurião, mais uma vez, teria ignorado a palavra de Paulo e os marinheiros teriam fugido, deixando para traz a tragédia de muitos mortos no mar. E O DEIXARAM CAIR. Não sabemos se o bote caiu nas águas do mar, ou se caiu dentro do navio, o que é mais provável. O que podemos perceber é que esta ordem do centurião foi suficiente, pela ação dos seus soldados para que os marinheiros não fugissem, levando consigo o salva vidas. Aprendemos com este exemplo que Deus trabalha em harmonia com as ações dos seres humanos. Seus planos se cumprem em cooperação com as obras de suas criaturas, sem destruir as vontades das pessoas.

domingo, 15 de agosto de 2021

Atos 27.30

Atos 27.30 - Procurando, porém, os marinheiros fugir do navio, e tendo já deitado o batel ao mar, como que querendo lançar as âncoras pela proa.
PROCURANDO, POREM. Tendo, pois, a certeza de que o navio não estava muito distante de alguma terra firme, aqueles que deveriam se manter na embarcação para garantir a segurança da tripulação, eles mesmos faziam todo tipo de diligência para eles próprios escaparem do naufrágio previsto do navio. A experiência destes cuidadores da embarcação não valia de nada neste momento, uma vez que, a força da natureza era mais forte do que qualquer conhecimento dos responsáveis pelo navio. OS MARINHEIROS. De acordo com a narrativa de Lucas, haviam o mestre do navio, o piloto, e os marinheiros, que eram responsáveis pela embarcação. Neste caso, os marinheiros eram os auxiliares do piloto que cuidavam da manutenção do navio, bem como do manejo dos equipamentos da embarcação, além é claro da preservação do navio em viagem, ou quando estava em algum porto ancorado nele. FUGIR DO NAVIO. Os marinheiros eram experientes, moravam praticamente dentro das grandes embarcações e sabiam quando o perigo era eminente, neste caso em foco, perceberam que o navio já estava se afundando, como não queriam perder a vida, então tentavam fugir para alguma ilha que estava por perto. No entanto, eles não deveriam fugir, pois eram também responsáveis pelo salvamento dos tripulantes. E TENDO JÁ DEITADO O BATEL. Ha dias passados, os marinheiros havia levantado o bote, antes que este fosse destruído ao se chocar com algum rochedo, mais agora, eles tornavam a descer o bote para que fosse utilizado para a fuga nele. Esse bote era muito importante como salva vidas da embarcação, bem como para a locomoção de passageiros quando o navio ancorava em um lugar distante da terra firme dos portos. AO MAR. Neste caso, os marinheiros sabiam que estava distante da ilha, mais que usando o bote eles podiam escapar com vida, mesmo que para tanto, sacrificassem os demais tripulantes do navio. A esta altura, o navio já estava ancorado pela popa, com quatro âncoras lançadas, e com isso, já não mais podia ir adiante para mais perto da ilha, por isso que o bote era importante para que pudessem alcançar terra firme. COMO QUE QUERENDO LANÇAR AS ÂNCORAS. Essa façanha egoísta dos marinheiros estava eivada de falsidade, pois, tentavam fazer uma manobra técnica na ancoragem do navio, mas no fundo dos seus corações havia mesmo era o engano, no sentido de tentarem escapar do naufrágio, nem que para isso, deixassem que o restante dos tripulantes morressem, isto porque, o bote era o meio pelo qual os demais se salvariam. Esta manobra estava sendo feita de maneira sutil, sem os outros verem. PELA PROA. Já haviam lançados âncoras pela popa do navio, agora, faziam de conta que também fossem lançar âncoras pela proa, o que era uma manobra mais arriscada, com isso davam a entender que precisavam usar o bote, quando na realidade a finalidade era outra, tentar fugir para ilha, sem, no entanto, ter compaixão em salvar os demais tripulantes. Há quem diga que o mestre e o piloto do navio estavam em conluio com os marinheiros, querendo também fugir do naufrágio da embarcação.

Atos 27.28-29

Atos 27.28-29 - E, lançando o prumo, acharam vinte braças; e, passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças. E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia.
E, LANÇANDO O PRUMO, ALCANÇARAM VINTE BRAÇAS. Este prumo também era chamado de sonda, que servia para fazer uma sondagem da profundidade das águas que estavam abaixo do navio. A título de hoje existem equipamentos modernos que fazem automaticamente estas medições, mas na época em que se deu este caso com Paulo estas medições eram manuais. De acordo com os cálculos dos gregos, os marinheiro encontraram naquela localidade aproximadamente trinta e seis metros. E, PASSANDO UM POUCO MAIS ADIANTE. Ainda era muito profundo para que os marinheiros tomassem as devidas providências, no sentido de lançarem as âncoras, na tentativa de segurar o navio. Por isso, que foram de acordo em deixar que a embarcação fosse levada pelo vento um pouco mais a frete, o que aconteceu naturalmente, uma vez que ainda era muito forte a força dos ventos e das ondas. TORNARAM A LANÇAR O PRUMO. No momento era o que se podia fazer, pois, depois da palavra que Paulo havia falado só restava que o navio fosse efetivamente dar em alguma ilha. Tendo já percorrido uma certa distancia, que Lucas não menciona neste texto, acharam então os marinheiros que deveria repetir a ação em mais uma vez lançar o prumo e sondar se havia ou não diminuído a profundidade das águas. ACHARAM QUINZE BRAÇAS. Agora, realmente havia diminuído um pouco mais a profundidade das águas, chegando a mais ou menos vinte e sete metros, até que a sonda chegasse a tocar em terra. Mesmo assim, ainda era bastante fundo, o que poderia não surtir efeito as âncoras, mais, de qualquer modo era mais seguro tentar do que correr o risco de a qualquer momento acontecer algo mais imprevisível e ruim. E TEMENDO IR DAR EM ALGUM ROCHEGO. Tudo indica que o navio ainda estava a salvo, com sua estrutura inteira, apesar de com certeza já está entrando água pelas suas rachaduras, onde as taboas eram ligadas uma as outras. Com a estrutura da embarcação já comprometida, se viesse a se chocar em uma grande rocha, então, era fatal e todos corriam o risco de suas vidas, pois não avistavam ainda uma porção seca. LANÇARAM DA POPA QUATRO ÂNCORA. A popa era o oposto da proa, que neste caso, a prova estava indo na direção da terra, e com isso, não poderia ser lançada dela as âncoras, mais tinha que ser realmente da popa, porque ao se fixar no solo, o navio não se movesse de direção. Geralmente, uma ou duas âncoras eram necessárias para sustentar o navio, mas neste caso, parece que lançaram todas as âncoras do navio. DESEJANDO QUE VIESSE O DIA. Certamente, ninguém havia dormido nada naquela noite, pois o cheiro de morte rondava o navio. E todos estavam certos de que, a qualquer momento o navio poderia naufragar. A escuridão era intensa, os ventos batiam forte na embarcação, a chuva era torrencial, e o pânico e o medo era o que prevalecia no coração de todos. Não havia nada mais a ser feito, senão esperar surgir à claridade de um novo dia para então saber onde estavam e o que fazer a partir dali.

Atos 27.27

Atos 27.27 - E, quando chegou à décima quarta noite, sendo impelidos de um e outro lado no mar Adriático, lá pela meia-noite suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra.
E, QUANDO CHEGOU À DÉCIMA QUARTA NOITE. Quatorze dias e quatorze noites que o navio estava à deriva, sendo levado pelo vento tempestuoso e pelas ondas bravias do mar. Era realmente desesperadora aquela situação, por isso que Lucas escreveu que não havia mais esperança de vida. Atos 27:20 - E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos. Já estavam muito tempo lutando pela vida. SENDO IMPELIDOS. Quando o autor do livra fala em: Não pequena tempestade, isso nos faz pensar que a embarcação estava sendo sacudida de um lado para o outro por fortes pancadas de vento, ao ponto de pensarem que a qualquer momento o navio poderia se partir em várias partes. A tempestade funciona como redemoinho em que o vento não tem apenas uma direção, mais ele vem de todos os lados de maneira forte. DE UM E OUTRO LADO. Desta forma, nem as velas, nem os remos, e nem mesmo a estrutura do navio serviam de timoneiros, pois a embarcação estava completamente desgovernada. Nem mesmos os marinheiros estavam seguindo as orientações do piloto, que a esta altura dos acontecimentos tinha perdido o comando do navio. Somente a mão de Deus é que poderia pelo menos preservar todas aquelas vidas. NO MAR ADRIÁTICO. Essa parte do mar Mediterrâneo compreende o mar inferior, já nas proximidades da Itália, perto da Grécia, mais também a Macedônia. Próximo daquela região havia uma cidade chamada de Ádria, da qual se originava o nome daquela parte do mar Mediterrâneo. Mesmo sem direção e sem o comando do piloto do navio, mas a embarcação estava indo na direção da Itália, para onde realmente iam. LÁ PELA MEIO-NOITE. Pode-se perceber que ninguém tinha noção de tempo, isso pela intensidade das nuvens, bem como pelo volume da tempestade, por isso que Lucas fala em mais ou menos meia noite. Certamente este era um momento de intensa escuridão, tanto no mundo físico, quanto ao mundo espiritual. Porém, aprendemos que na mais densa escuridão da noite, pode surgir uma luz de esperança e vida. SUSPEITARAM OS MARINHEIROS. Neste momento, a experiência dos marinheiros fez com que eles suspeitassem que estavam próximo de alguma terra firme, tal como uma ilha ou um porto qualquer. Há quem diga que um ruído diferente começou a surgir com a pancada das ondas dando em alguma rocha, o que fez com que os marinheiros descobrissem que estavam perto de alguma ilha ou terra mais firme na costa do mar. QUE ESTAVAM PRÓXIMO DE ALGUMA TERRA. Mas também existem aqueles que chegam a afirmar que no navio tinha alguma âncora solta de propósito para que ao tocar em alguma porção de terra, mesmo que profunda no mar, os marinheiros tomassem conhecimento. Agora, começa a ter cumprimento à palavra que Paulo havia falado que importava que fosse dar em alguma ilha. Com isso, notamos que o homem de Deus ganha mais credibilidade, e fica comprovado que Deus falava por meio dele.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...