terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Gálatas 5:2-3

Gálatas 5:2-3 - Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. E de novo protesto a todo o homem, que se deixa circuncidar, que está obrigado a guardar toda a lei.
EIS QUE EU, PAULO. Esse trecho desta carta reforça a tese de que efetivamente foi o apóstolo Paulo quem escreveu esta missiva aos Gálatas e expõe seu “eu” enfático, juntamente com seu nome próprio Paulo, para que não houvesse dúvida da autoria. Ao mesmo tempo, o escritor ao se interpor com eu nome, estava demostrando sua autoridade apostólica, coisa que reforçava o peso deste documento, até porque neste momento do seu ministério, Paulo era por demais respeitado pela igreja de Cristo Jesus.

VOS DIGO QUE, SE VOS DEIXARDES CIRCUNCIDAR. Quem seria indicado candidato a ser circuncidado? Somente aqueles que pudessem provar que eram descendentes dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Como também os prosélitos do judaísmo, ou seja, aqueles que mesmo sendo estrangeiro, mas queriam ser seguidores da legislação de Moisés. No caso dos leitores de Paulo, eles eram gentios convertidos ao cristianismo.

CRISTO DE NADA VOS APROVEITARÁ. Se porventura alguém se convertesse ao judaísmo, e não ao cristianismo, por se deixar ser circuncidado, então, essa pessoa não precisava de Cristo nem da obra perfeita de redenção realizada pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Jesus Cristo. Para Paulo, quem optasse pelo judaísmo, estava confessando que não precisava de Jesus Cristo e, portanto, não era cristão.

E DE NOVO PROTESTO A TODO O HOMEM. Depois que Paulo esteve em Jerusalém, conforme capítulo dois desta carta, e deu testemunho do quanto Deus estava abençoando as igrejas do mundo gentílico, despertou os cristãos legalistas a invadirem os campos missionários conquistados por ele. E diante das ameaças que chegavam às igrejas supervisionadas por Paulo, o apóstolo dos gentios protesta a ação dos cristãos legalistas.

QUE SE DEIXA CIRCUNCIDAR. Na realidade, os cristãos legalistas de Jerusalém tinham aceito apenas uma pequena reforma do judaísmo, implantada por Cristo, mas que não deixaram nenhum dos preceitos da legislação de Moisés. Além do mais, agora, estavam invadindo as igrejas fundadas por Paulo e seus companheiros de ministério, no mundo gentílico, tentando impor que os gentios fossem obrigados a seguir o judaísmo.

QUE ESTÁ OBRIGADO. Paulo não ver como conciliar o judaísmo com o cristianismo, ou uma coisa ou outra, quem se deixasse ser circuncidado, estava apostatando da graça e abraçando a lei. Porque era regra do judaísmo, quem se tornasse prosélito do judaísmo era obrigado a guardar todos os mandamentos da legislação de Moisés. Se os judeus de origem não tiveram condições de guardarem toda a lei, imagine os gentios.

A GUARDAR TODA A LEI. Depois da conquista de Canaã pelo povo de Israel, não demorou muito para que o povo se desviasse da lei mosaica. Os cativeiros babilônico, Assírio e agora o domínio romano foram consequências da desobediência de Israel a aliança deles com Deus. Para Paulo, a lei fracassou no tocante aos filhos de Israel, e como daria certo para os gentios? Para os gentios, a única solução seria a graça de Deus em Cristo Jesus.

Gálatas 5:1

Gálatas 5:1 - Estais, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.
ESTAIS, POIS, FIRMES. Nos capítulos três e quatro desta carta, o apóstolo se sente decepcionado com o estrago com que os judaizantes e os cristãos legalistas estavam provocando nas igrejas da Galácia, porque o escritor nos deixa transparecer que os seus leitores estavam realmente desviados da simplicidade do evangelho. Mas agora, o apóstolo dos gentios transmite uma palavra de avivamento em que aconselha seus filhos e filhas na fé a que se firmassem em Cristo, porque a graça de Deus ainda estava de pé.

NA LIBERDADE. O apóstolo Paulo foi duramente acusado pelos judaizantes e pelos cristãos legalistas de pregar uma liberdade, que beirava o caminho da libertinagem. Porem, a liberdade que o apóstolo dos gentios pregava, não era com respeito ao mundanismo, mas sim, a servidão de um código de lei, que não serviu para o fim de salvação aos seus seguidores, no caso o judaísmo. A defesa de Paulo era a liberdade no Espírito de Deus para se fazer a vontade do Senhor, e isso, de acordo com o evangelho.

COM QUE CRISTO. Cristo representa o cumprimento da promessa de Deus a Abraão em que por meio do seu descendente, todas as nações do mundo seriam abençoadas ou benditas. Jesus Cristo é ao mesmo tempo a cumprimento de todas as profecias prometidas sobre a vinda do Messias de Deus, ele que era o Enviado de Deus Pai para implantar a nova dispensação da Graça, como também o Ungido de Deus e Libertador.

NOS LIBERTOU. Quando o evangelho proclama Cristo Jesus como o Redentor é porque a sua obra perfeita de expiação foi suficiente diante de Deus para por meio da propiciação, realizar a reconciliação do homem para com Deus. Cristo foi obediente à lei em nosso lugar para nos libertar justamente das amarras da legislação do Moisés, uma vez que, como gentios, não tínhamos condições de atender as exigências da lei de Moisés.

E NÃO TORNEIS. As igrejas da Galácia eram compostas de gentios convertidos ao cristianismo, portanto, desde a entrada de Israel na terra prometida, que as demais nações do mundo não faziam parte das alianças de Israel com Deus. Agora que, por meio de Cristo a porta da graça havia se abrido para os gentios, como que eles pretendiam se submeter à lei de Moises, que fora dada exclusivamente para os judeus?

A COLOCAR-VOS DEBAIXO. Na realidade, a lei de Moisés havia se tornado um fardo na vida de todos aqueles que eram seguidores do judaísmo. Nem mesmo os judeus mais ortodoxos tinham condições de atender as duras regras da legislação de Moisés. Jesus acusou os líderes religiosos dos judeus, os escribas e fariseus de colocarem sobre os ombros dos homens fardos pesados e difíceis de suportar, e ele falava sobre a lei.

DO JULGO DA SERVIDÃO. Paulo via a lei, para sua época, como um julgo, algo que tentava controlar a vida das pessoas, mas que não prometia liberdade, mas sim sofrimentos, porque ninguém tinha condições de cumprir as exigências. Em vez de melhorar a vida das pessoas com a verdadeira felicidade, a legislação de Moisés, agora servia de tropeço na vida das pessoas, porque terminava gerando escravos e não filhos.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Gálatas 4:30-31

Gálatas 4:30-31 - Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre. De maneira que, irmãos, somos filhos, não da escrava, mas da livre.
MAS QUE DIZ A ESCRITURA? Mais uma vez o escritor usa deste artifício para mostrar aos seus leitores e principalmente os seus opositores nas igrejas da Galácia que ele não estava simplesmente expondo suas ideias, que seus argumentos estavam de acordo com as Sagradas Escrituras. Essa é uma citação de livre interpretação, se utilizando da versão canônica da Septuaginta, referente à (Gênesis 21:10). Essa referência do livro dos começos nos fala justamente sobre o texto que temos a nova frente.

LANÇA FORA. Tudo começa com a própria Sara opinando que Abraão recebesse como sua concubina a criada Agar, de quem surgiu o primeiro filho de Abraão Ismael. No versículo anterior de (Gênesis 21:9) declara que Sara percebeu que Ismael estava zombando de seu Filho Isaque. Sistematicamente a legítima esposa do patriarca sentiu ciúmes e pressionou seu marido Abraão a que lançasse fora sua criada e seu filho.

A ESCRAVA COM SEU FILHO. Essa escrava era justamente Agar, ela que era de descendência egípcia, onde na sua própria terra também era escrava, mas que conforme tradições e histórias sobre ela em Israel, havia fugido do Egito, passou algum tempo escondida no Monte Sinai, de onde surgiu seu nome. Não somente Agar devia ser lançada fora, mas também o filho de Abraão, que ele gostava muito, que era Ismael.

PORQUE DE MODO ALGUM O FILHO DA ESCRAVA HERDARÁ. Se o filho legítimo não tivesse nascido, da união entre Abraão e Sara, provavelmente o herdeiro seria o próprio Ismael, porque certamente ele seria, mesmo sendo filho da escrava o primogênito do patriarca. No entanto, Com o nascimento do verdadeiro herdeiro, Sara que de direito era a verdadeira esposa, cobrança seus direitos e de seu filho com Abraão, que era Isaque.

COM O FILHO DA LIVRE. Com a chegada do legítimo herdeiro de Abraão, Já o filho ilegítimo perdeu seus privilégios. Ao que tudo indica, antes do nascimento de Isaque, Abraão já havia se afeiçoado com Ismael, e até certo ponto, se conformava de que as promessas de Deus e suas alianças com ele poderiam se cumprir em Ismael. Todavia, houve mudanças com a chegada de Isaque, ele que era o filho da livre e não da escrava.

DE MANEIRA QUE, IRMÃOS, SOMOS FILHOS NÃO DA ESCRAVA. Esta é uma conclusão feita de modo resumido dos dois últimos capítulos desta epístola, ou seja, três e quatro. Paulo como apóstolo dos gentios, defende de forma forte de que a igreja de Cristo não é filha da escrava, em alegoria, da lei. Para o escritor, os seguidores do judaísmo ou os cristãos legalistas de Jerusalém eram filhos da escrava, que neste caso representa a lei.

MAS DA LIVRE. O próprio Paulo, que antes de se converter ao cristianismo, ele próprio experimentou este tipo de servidão. Porem, tendo um encontro com Cristo, foi liberto da servidão da legislação de Moisés. Da mesma forma que, todos aqueles que receberam a Cristo como Senhor e Salvador, também foram libertos da lei pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo Jesus e em sua perfeita obra de redenção pela sua igreja.

Gálatas 4:28-29

Gálatas 4:28-29 - Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque. Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora.
MAS NÓS, IRMÃOS. Paulo se inclui entre aqueles que, conforme as promessas de Deus, são gerados pelo Espírito de Deus, isso porque são nascidos de cima. Como também busca alimentar a esperança dos que faziam parte da igreja cristã na Galácia, mesmo percebendo de que precisavam seguir o evangelho e não o que ensinavam os judaizantes ou os cristãos legalistas. Chamar os seus leitores de irmãos, esse era um costume do apóstolo dos gentios em todas as suas epístolas como tratamento fraternal.

SOMOS FILHOS DA PROMESSA. Que promessa? Neste caso, o apóstolo se refere à promessa feita a Abraão de abençoar todas as nações do mundo por meio do descendente do patriarca, que veio a ser o Messias, na pessoa bendita de Cristo Jesus. A igreja nasceu do coração de Deus em cumprimento da sua aliança com Abraão, e isso se deu antes da promulgação da legislação de Moisés e que se cumpriu na igreja de Cristo.

COMO ISAQUE. Porque como Isaque? Porque o nascimento de Isaque se deu por meio de um milagre da parte de Deus na vida de Abraão, uma vez que, tanto Abraão quanto sua mulher não tinham mais condições de gerar um filho, principalmente Sara que era estéril e não podia gerar filhos. O cumprimento desta promessa na igreja foi também um milagre da parte de Deus, porque Israel não esperava que fosse pela graça, mas pela lei.

MAS COMO ENTÃO AQUELE QUE ERA GERADO SEGUNDO A CARNE. Paulo fala sobre Ismael que não foi gerado conforme a promessa de Deus feita a Abraão, porem, por um incidente tempestuoso da parte de Sara e de Abraão. Primeiro, porque Abraão não estava se deitando com sua legítima esposa, e, portanto, estava cometendo um adultério. Depois, o que Sara fez foi um ato de incredulidade, não confiando na promessa de Deus.

PERSEGUIA. Certamente o apóstolo se refere ao fato de que Ismael havia nascido primeiro do que Isaque, desta forma, mesmo que não tivesse os mesmo direito de Isaque, mas era motivos de chacota da parte do filho da escrava sobre o filho de Sara. As tradições dos judeus apontam que Ismael intentou contra a vida de Isaque, mesmo que de brincadeira, porque segundo se pressupõe, se Isaque morresse, ele seria o herdeiro.

O QUE O ERA SEGUNDO O ESPÍRITO. Porque Isaque nasceu segundo o Espírito? E vale salientar que a palavra Espírito está com a inicial maiúscula, o que se refere ao Espírito de Deus. Porque Deus quando fez a promessa a Abraão, assim o fez pelo seu Santo Espírito, como também o seu cumprimento. Não é diferente no que tange a igreja de Cristo, que tem sido herdeira das promessas segundo o Espírito de Deus tem falado e cumprido.

ASSIM É TAMBÉM AGORA. Ismael de alguma forma perseguia a Isaque, seja no campo físico ou em termos de discriminação psicológica, e isso era conhecido dos judeus todos. Paulo traz para os seus dias, quando ele mesmo era vítima dos judaizantes, e nesta região da Galácia pelos Cristãos legalistas também. Não foram poucas as perseguições impetradas pelos seguidores do judaísmo contra os seguidores do cristianismo, a igreja.

Gálatas 4:27

Gálatas 4:27 - Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; Esforça-te e clama, tu que não estás de parto; Porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido.
PORQUE ESTÁ ESCRITO. Esta é uma frase recorrente nos escritos de Paulo, também utilizada por outros escritores do Novo Testamento, quando citavam passagens do Velho Testamento ou das literaturas religiosas dos judeus. Como neste caso, o combate era contra os judaizantes ou os cristãos legalistas de Jerusalém, então o apóstolo se utiliza de uma passagem do profeta (Isaías 54:1). O fato de o escritor usar uma passagem do Velho Testamento, fecha questão, porque ninguém contestaria seus argumentos e ideias.

ALEGRA-TE, ESTÉRIL. Essa passagem bíblica citada por Paulo, fala justamente sobre o progresso da igreja durante o novo tempo do agir de Deus em prol da humanidade por meio da igreja de Cristo. Os judeus se utilizavam deste provérbio para caracterizar os gentios de infrutíferos quanto a Deus. Uma mulher estéril para os judeus era uma mulher desventurada, assim os israelitas consideravam as demais nações do mundo.

QUE NÃO DÁS À LUZ. Mas, Deus utilizando-se do profeta anima aquelas mulheres, que não davam a luz, que para os judeus eram malditas, porque o Senhor iria trabalhar em favor delas. Esta alegoria feita pelo autor fala de milagre da parte de Deus, justamente o que aconteceu com Sara, com Ana, mãe de Samuel e com a própria Maria mãe de Jesus. Neste caso, Deus iria fazer o contrário do natural, executando o sobrenatural.

ESFORÇA-TE E CLAMA. Essa frase aponta para a esperança e a fé, o que no tempo da igreja primitiva eram coisas que para a alta sociedade era motivo de chacota e zombaria. Porem, Jesus falou que, o reino de Deus era tomado por força, e isso nos ensina sobre os desafios que Cristo teve que enfrentar para formar a sua igreja, além dos apóstolos, dos líderes do cristianismo e da própria igreja remida de Cristo que enfrentou desafios.

TU QUE NÃO ESTÁS DE PARTO. A entrada dos gentios no reino de Deus foi efetivamente algo não esperado pelos judeus. Podemos pensar o quanto as pessoas que não eram descendentes de Abraão, Isaque e Jacó sofriam dos israelitas, por conta das discriminações religiosas. Porem, a igreja nasceu de onde não se esperava, com a rejeição de Cristo pelo seu povo, os judeus, Deus abriu a porta da graça para nós, os gentios.

PORQUE OS FILHOS DA SOLITÁRIA. Esta é uma expressão que para época representava a jovem solteira que não conseguia se casar por qualquer motivo. Não temos como provar, mas quem sabe o pensamento de Paulo se volta para a profecia de (Isaías 7:14), em que uma virgem conceberia e daria a luz um Filho. No caso da mãe de Jesus, isso se tornou uma realidade, porque por meio de Jesus, os filhos de Deus tem se multiplicado.

SÃO MAIS DO QUE OS DA QUE TEM MARIDO. Hoje a igreja de Cristo, compostas pelos filhos de Deus, não tem como se contar a quantidade de pessoas que já se agregaram ao reino de Deus, que estão a cada dia se chegando e que ainda haverão de aceitarem a Cristo como Senhor e Salvador. Os remidos em Cristo, nosso irmão mais velho, são mais do que a areia que está nas praias do mar e mais que as estrelas que brilham nos céus.

Gálatas 4:25-26

Gálatas 4:25-26 - Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós.
ORA, ESTA AGAR É SINAI. Os historiadores fala sobre esta Agar como sendo escrava duas vezes, a primeira quando ela ainda vivia em seu país de origem, de onde fugiu destino a terra de Canaã. E identificam seu nome com o Monte Sinai conforme o idioma do seu país também. E que ela teve que ficar muito tempo escondida no citado Monte Sinai, para depois tomar o rumo em direção a Canaã. Tendo chega às tendas de Abraão ficou sendo serva de Sara. Talvez seja essa a comparação que o autor faz dela com Monte Sinai.

UM MONTE DA ARÁBIA. Realmente este Monte Sinai fica nos desertos da Arábia, também conhecido pelos hebreus como Monte Horebe, já na Arábia é chamado de Jebel Musa ou Monte de Moisés. É um pico muito alto com aproximadamente 2.280 metros de altitude, sendo considerado um lugar sagrado pelo menos para três religiões, o judaísmo, o cristianismo e o Islamismo. Este foi o local onde Moisés recebeu as tábuas da lei.

QUE CORRESPONDE A JERUSALÉM. Novamente o apóstolo dos gentios retoma sua explicação alegórica ao afirmar que este Monte Sinai, representa a Jerusalém terrestre que passou a ser a capital de Israel com a conquista da terra de Canaã. Tanto o Sinai, quanto a Jerusalém terrestre tem uma ligação direta com a lei de Moisés, porque foi no Monte Sinai que ela foi entregue e era em Jerusalém que ela deveria ser guardada.

QUE AGORA EXISTE. Quando Paulo escreveu esta sua carta aos Gálatas a Jerusalém estava de pé e como um lugar de perfeita adoração, tanto para os judeus quanto para os cristãos, principalmente para os cristãos legalistas. Como também a legislação de Moisés estava sendo defendida pelos judaizantes e proclamada como válida também pelas lideranças da igreja sede ou igreja mãe de Jerusalém, chamados os legalistas.

POIS É ESCRAVA COM SEUS FILHOS. Os israelitas pode até terem sidos libertos da escravidão do Egito, mas si tornaram escravos de uma lei que não teve como os libertarem do pecado. A lei que foi entregue no Monte Sinai, e que a casta sacerdotal de Jerusalém cobrava do povo lealdade a ela, não gerou filhos livres, mais servos e escravos de um sistema impraticável. Diferente da graça de Deus que liberta a todos.

MAS A JERUSALÉM QUE É DE CIMA É LIVRE. Jesus falou a respeito desta Jerusalém que é de cima em (João 14:2-3), como sendo o lugar em que ele foi nos preparar como sendo uma morada eterna. Já o livro do (Apocalipse 21:10-27) mostra como é a Nova Jerusalém onde os salvos e remidos irão morar com Cristo Jesus. Quem vai ser cidadão da Nova Jerusalém celeste é livre, porque faz parte da nova dispensação da graça.

A QUAL É MÃE DE TODOS NÓS. Quando o escritor se inclui no “nós” é porque ele tinha a grande esperança de um dia partir da terra e chegar como bem aventurado nas mansões celestiais. A Nova Jerusalém esta gerando fé, confiança e esperança em um infinito número de pessoas que pela graça de Deus e a fé em Jesus Cristo irão morar nesta linda cidade. Os filhos da Nova Jerusalém são os remidos de Cristo Jesus, o Salvador.

Gálatas 4:23-24

Gálatas 4:23-24 - Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa. O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.
TODAVIA, O QUE ERA DA ESCRAVA. O que Paulo estava escrevendo era bastante conhecido dos seus leitores, até porque os judaizantes, bem como os cristãos legalistas de Jerusalém andavam por todas as partes pregando sobre tudo que estava posto nos escritos de Moisés. E ele começa falando a respeito de Ismael, que era filho de Abraão com a escrava de Sara, Agar. Ismael que não era produto do legítimo casamento do patriarca, e por ser filho de uma escrava, possivelmente teria um destino diferente.

NASCEU SEGUNDO A CARNE. O escritor buscava por meio de sua alegoria, depreciar a lei comparada com a graça de Deus. Para o apóstolo dos gentios, Ismael teve um nascimento que não foi do agrado de Deus, até porque o que aconteceu com Abraão e Agar foi um adultério, apesar de que os costumes a as tradições da época permitirem tal coisa. Esse nascimento segundo a carne é segundo a vontade do homem natural (João 1:13).

MAS O QUE ERA DA LIVRE, POR PROMESSA. Neste ponto, Paulo destaca o nascimento de Isaque, que segundo o entendimento do autor foi conforme a vontade e o plano de Deus, é tanto que, o nascimento de Isaque foi por uma intervenção do Senhor. Além do mais, o nascimento de Isaque fez com que aquela promessa feita ao patriarca Abraão tivesse o seu fiel cumprimento. Isso prova que Deus é fiel em cumprir com as suas promessas.

O QUE SE ENTENDE POR ALEGORIA. Como Paulo antes de se converter ao cristianismo pertencia à escola dos fariseus, ele se utiliza deste método, agora, para defender a graça de Deus e a fé em Jesus Cristo. Alegoria é um tanto parecida com as parábolas citadas por Cristo dentro das páginas do Novo Testamento, sem, no entanto, se distinguir uma das outras. Mas, as alegorias são diferentes das tipologias do Velho Testamento.

PORQUE ESTAS SÃO AS DUAS ALIANÇAS. Quando se fala em duas alianças é que a primeira delas se refere à aliança feita entre Deus e o seu povo Israel, que teve como mediador o grande legislador de Israel, Moisés. Já a segundo aliança sobre a qual se refere o apóstolo Paulo, diz respeito a aliança da graça de Deus com todas as nações do mundo, o que fazia parte da promessa feita por Deus a Abraão para todos os povos.

UMA DO MONTE SINAI. Essa aliança do Monte Sinai é justamente a aliança em que Deus faz com os descendentes de Abraão, e não com o descendente, no singular, que teve cumprimento em Cristo. A aliança do Monte Sinai é composta pela legislação de Moisés, e foi feita exclusivamente com a nação israelita, excluindo as demais nações do mundo. Esta aliança do Monte Sinai teve como resultado a servidão do povo de Israel, os judeus.

GERANDO FILHOS PARA SERVIDÃO, QUE É AGAR. Nesta mesma epístola, o escritor explica que a lei não podia ajudar ao povo de Israel em termos de salvação, porque o seu objetivo era mostrar aos seus seguidores o quanto eram transgressores. O fato que aconteceu entre Abraão e Agar era uma alegoria do que veio a ser a lei mosaica para os descendentes de Abraão, por meio da legislação de Moises, que gerou servos e não filhos.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...