quinta-feira, 16 de março de 2017

Hebreus 3:11-12

Hebreus 3:11-12 - Assim jurei na minha ira, que não entrarão no meu repouso. Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.
ASSIM JUREI. Esse juramento da parte de Deus revela sua sentença sobre aqueles que se rebelaram com os seus planos, e com isso veio às consequências sobre os que estavam tentando ao Senhor e sobre aqueles que o estava provocando a ira. Mas, aprendemos dentro das Sagradas Escrituras, que os castigos aplicados por Deus, seja na vida dos seus servos ou na vida dos incrédulos, são sempre julgamentos justos, em que o homem colhe justamente aquilo que ele plantou, conforme (Gálatas 6:7).

NA MINHA IRA. A mesma bíblia que diz que Deus é amor, bondade e misericórdia, é a mesma palavra que revela que o Senhor é um fogo consumidor, e que horrenda coisa é cair nas mãos de Deus. As Sagradas Escrituras nos faz ver que Deus fica irado contra o seu povo, e isso pode ser visto no caso da provocação no deserto de Horebe, em Massá e Meribá, como também nos cativeiros de Israel, imagina contra os incrédulos.

QUE NÃO ENTRARÃO NO MEU REPOUSO. Neste caso das colocações feitas pelo escritor sobre os filhos de Israel, o “repouso” referido por Deus, diz respeito à entrada dos israelitas na terra de Canaã, conforme as promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó. No tocante aos dias em que esta carta foi escrita, já dentro do período da nova dispensação, diz respeito a entrada nas mansões celestiais, perdendo assim a salvação e a vida eterna.

VEDE IRMÃOS, QUE NÃO HAJA EM VÓS UM CORAÇÃO MAU. Outra vez, o autor se refere ao coração dos seus leitores como representando a alma e o espírito do ser humano, o seu ser essencial ou espiritual. O fato do escritor, chamar seus leitores de irmãos, isso nos passa a ideia de que, os destinatários desta carta seriam hebreus, ou judeus, que antes pertenciam ao judaísmo, mas que se converteram a religião de Cristo, o cristianismo.

E INFIEL. No caso dos filhos de Israel, a infidelidade deles estava associada à rebelião contra Moisés e contra Deus principalmente, isso porque, o Senhor os tirou do Egito com mão forte, realizando grandes maravilhas aos seus olhos, com a promessa de os introduzirem na terra prometida. No caso dos leitores em foco, ter um coração mau e infiel, era justamente se apartar ou se desviar do Messias de Deus, Jesus de Nazaré.

PARA SE APARTAR. Na eternidade passada, lúcifer se rebelou contra o Criador, levando consigo uma grande parte dos anjos de Deus, que se transformaram em demônios por conta da apostasia. Os filhos de Israel em várias ocasiões também se rebelaram contra o Senhor levando consigo o castigo merecido. Com os destinatários desta carta não seria diferente, se agissem com sentimento de rebelião e apostasia contra o Criador.

DO DEUS VIVO. Quando se fala sobre o “Deus vivo” esta o diferenciado das falsas divindades, que são os ídolos mortos das gentes, em forma de imagens de esculturas, que não tem vida, nem sabem de nada, porque são objetos inanimados. O Deus vivo possui uma essência de vida totalmente diferente das criaturas, porque ele tem vida própria, que não depende de ninguém, nem de nada para viver, porque a vida está nele mesmo.

Hebreus 3:10

Hebreus 3:10 - Por isso me indignei contra esta geração, E disse: Estes sempre erram em seu coração, E não conheceram os meus caminhos.
POR ISSO. O que aconteceu em Meribá e Massá foi muito ruim para os filhos de Israel, porque eles tiveram muitos prejuízos, por terem provocado ao Senhor, com suas rebeliões e o sentimento de apostasia. Rejeitar o novo plano de Deus, que ele estava implantando com a nova dispensação da graça, era de fato incorrer no mesmo erro, o que o escritor não desejava. Há quem diga que os leitores originais desta carta, estavam regredindo, no sentido de deixarem o cristianismo e voltarem ao tempo da lei.

ME INDIGNEI. Deus é amor, bondade e misericórdia, mas ele também chega a tomar certas atitudes, no sentido de não se deixar escarnecer, nem pelo seu povo, nem muito menos pelos incrédulos. Na bíblia está escrito que, Deus é um fogo consumidor e que horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo. Por amor aos seus servos, muitas vezes Deus corrige os que são seus, para o próprio bem daqueles que invocam o seu nome.

CONTRA ESTA GERAÇÃO. O escritor pode estar se referindo a geração daqueles que naquele momento estavam tentando ao Senhor e lhe provocando a ira, em Horebe, na tentação no deserto. Ou o autor pode estar se reportando aqueles que em sua geração estavam agindo semelhantemente aos filhos de Israel que o provocaram em Meribá e Massá. Deus se indignou contra o seu povo, porque eles o provocaram demasiadamente.

E DISSE: ESTES SEMPRE ERRAM. As Sagradas Escrituras dizem que os filhos de Israel eram obstinados ao erro, mesmo o Senhor os tendo libertado da escravidão no Egito, eles não reconheceram a bondade do seu Deus, e por isso de forma sistemática buscavam se rebelar contra Moisés e o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Paulo escrevendo aos Romanos, ele afirma que, todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus Romanos 3:23). Desde a queda que a raça humana foi afetada com o vírus do pecado e da desobediência.

EM SEUS CORAÇÕES. Essa frase está expressando sobre o homem total ou essencial. A alma do ser humana ou o seu ser interior. A síndrome do pecado afetou diretamente o ser mais profundo do homem, ao ponto do sentimento de rebelião o dominar. Quando o Messias prometido veio ao planeta terra, o Israel de Deus estava completamente em apostasia da fé judaica, ao ponto dos judeus não enxergarem que ali esta o seu Cristo.

E NÃO CONHECERAM. Encontramos base no evangelho de Cristo para declarar que a cegueira espiritual havia tomado conta dos filhos de Israel, ao ponto de não entenderem que Deus só queria o melhor para eles, e isso, no tempo da lei, e muito mais agora, já dentro do tempo da dispensação da graça, pela fé genuína em Cristo Jesus. O embotamento da mente, da sabedoria e do entendimento era o que prevalecia.

O MEU CAMINHO. A prova de que o povo de Israel não entendeu o caminho de Deus fica demonstrado na história subsequente daquela nação, quando eles sempre se desviaram dos caminhos do Senhor, pelo caminho da desobediência. Por esta razão é que, passaram pelo cativeiro babilônico, assírio, e no tempo em que Cristo se manifestou estavam sob o domínio dos romanos, o que era vergonhoso para eles, como sendo o povo de Deus.

Hebreus 3:9

Hebreus 3:9 - Onde vossos pais me tentaram, me provaram, E viram por quarenta anos as minhas obras.
ONDE. Podemos citar os seguintes lugares onde aconteceu este evento sobre o qual se refere o autor: Horebe, Meribá e Massá, conforme Êxodo 17:6-7 - Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel. E chamou aquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós, ou não? Todos eles no deserto do Sinai.

VOSSOS PAIS. Estes são os filhos de Israel, que saíram com Moisés do Egito e que estavam a caminho da terra prometida. Êxodo 17:2-3 - Então contendeu o povo com Moisés, e disse: Dá-nos água para beber. E Moisés lhes disse: Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor? Tendo pois ali o povo sede de água, o povo murmurou contra Moisés, e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nos matares de sede, a nós e aos nossos filhos, e ao nosso gado? Enquanto Israel desobedeceu, a igreja obedece a Cristo.

ME TENTARAM. Êxodo 17:2 - Então contendeu o povo com Moisés, e disse: Dá-nos água para beber. E Moisés lhes disse: Por que contendeis comigo? Por que tentais ao Senhor? Ainda quando no Egito, Deus fez maravilhas extraordinárias diante dos olhos de todo o povo. Realizou muitos prodígios para provar, não somente a Faraó, mas também ao seu povo que estava os tirando da casa da servidão com mão forme. Mas o povo não creu.

ME PROVOCARAM. Êxodo 17:7 - E chamou aquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós, ou não? Será que Deus precisava provar que estava no meio do seu povo? Quantas e quantas provas o Senhor já tinha dado de que ele estava tirando o seu povo do Egito para cumprir suas promessas feitas aos patriarcas, Abraão, Isaque e a Jacó.

E VIRAM. Este fato que aconteceu no deserto de Refidim, mais precisamente em Horebe, com os filhos de Israel, tentando ao Senhor que, em ato contínuo de misericórdia os estava tirando da casa da servidão, e provocaram a ira do Senhor. Por isso que Deus mudou a rota da viagem para que ficassem rodeando no deserto. E o próprio Moisés foi prejudicado, por conta das provocações dos filhos de Israel, ele não entrou em Canaã.

POR QUARENTA ANOS. Com todos os embaraços que pudesse surgir desde o Egito até a terra de Canaã, os comentaristas afirmam que, o máximo de tempo que os filhos de Israel poderiam gastar na viagem seria mais ou menos quatro nos. No entanto, por causa da tentação de Massá e da provocação de Meribá, o Senhor determinou ou permitiu que eles passagem quarenta anos perambulando naquelas terras desertas.

AS MINHAS OBRAS. Estas obras de Deus sobre as quais o escritor se reporta, dizem respeito aos feitos do Senhor em dar as provisões ao seu povo, os livramentos dos diversos inimigos e perigos. Mas, tudo isso era necessário para que apreendessem o caminho da obediência. O deserto foi à escola de Deus para os filhos de Israel, a fim de não mais tentarem, nem contenderem com o seu Deus, ele que cuida dos seus filhos.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Hebreus 3:7-8

Hebreus 3:7-8 - Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz. Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto.
PORTANTO, COMO DIZ. Esta é uma citação livre do (Salmos 95:7-11) em que o autor se utiliza de uma passagem do Velho Testamento para demonstrar aos hebreus que a nova dispensação da graça de Deus estava prevista nas Sagradas Escrituras dos judeus. Essa é uma maneira dos escritores do Novo Testamento defenderem suas teses, no tocante as novas ideias implantadas no evangelho, porque todas as Escrituras já consagradas pelos hebreus tinham peso, no que concerne a credibilidade nos seus escritos sagrados.

O ESPÍRITO SANTO. É oportuna a colocação do escritor em mencionar o Espírito Santo de Deus como elo de ligação entre as escrituras dos hebreus e o evangelho de Cristo, também era uma forma de dar autenticidade aos que estava sendo exposto. Isso porque, o Espírito de Deus estava agindo no tempo da legislação de Moisés, e muito mais no tempo em que esta carta foi escrita, para por em prática a palavra escrita de Deus.

SE OUVIRDES HOJE. Cristo Jesus exerceu plenamente o seu ministério de pregação em Israel, mostrando pelas Sagradas Escrituras, que ele era de fato e na realidade o Messias prometido por Deus, conforme as profecias messiânicas. Bem como as verdades que Deus estava, por meio do Emanuel, implantando a nova dispensação da graça, em substituição a dispensação da lei. Os hebreus ouviram diretamente o Filho de Deus.

A SUA VOZ. A lei de Moisés, os Salmos, os profetas messiânicos, João Batista, o próprio Cristo de Deus, e agora os profetas de uma nova geração, todos procuraram revelar os planos de Deus por meio do seu Messias. A voz de João Batista e de Cristo ressoaram em todo o Israel, despontando em ecos de avisos aos hebreus de que o Messias estava no meio deles por meio do Emanuel. Cristo foi o porta voz de Deus entre os homens.

NÃO ENDUREÇAIS OS VOSSOS CORAÇÕES. No deserto, o povo de Israel não quis dar ouvidos a voz de Deus que ecoou por meio do Espírito Santo, em que Deus usando seu servo Moisés, lhes advertia sobre a obediência aos estatutos do Senhor. Da mesma forma, neste mesmo tempo, o mesmo Deus de Israel se fazia ouvir pelo seu Santo Espírito, que se utilizou do seu próprio Filho, que também era profeta (Hebreus 1:1-2). Foi por causa da dureza do coração daquela gente, que os judeus rejeitaram a Cristo.

COMO NA PROVOCAÇÃO. Essa é uma frase que se refere ao que aconteceu em Meribá e Massá, quando os filhos de Israel provocaram a Deus em rebelião as determinações do Senhor, por meio de Moisés. Esse mesmo sentimento foi amplamente verificado por aqueles que acompanharam o ministério de Cristo, dos hebreus contra o Senhor Jesus. Assim sendo, o escritor alerta para os prejuízos que houve, e que podiam se repetir.

Hebreus 3:6

Hebreus 3:6 - Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim.
MAS CRISTO. Do começo ao fim desta carta, o autor coloca a Cristo Jesus em destaque, até porque esta é a intenção mesmo deste tratado ou missiva. Cristo veio para os hebreus, porem o seu povo o rejeitou. Mas, nem por isso, Cristo desistiu dos seus compatriotas, é tanto que, muitos se converteram ao cristianismo, a prova disto é que os seus apóstolos eram hebreus, e os seus primeiros discípulos também. Paulo que teve uma importância muito grande no mundo gentílico, também era hebreu de hebreu.

COMO FILHO. No texto anterior, o escritor tinha destacado a fidelidade de Moisés para com todo o Israel bem como para com Deus, mas como servo. Agora, ele nos faz ver que Cristo é superior a Moisés, porque ele é Filho, mas Filho de Quem? Filho de Deus, o Criador de todas as coisas. O Novo Testamento está recheado de referências falando sobre que Cristo é efetivamente Filho de Deus. Aliás, ele é o Filho unigênito de Deus em essência, porque não foi gerado por um homem, mas pelo Espírito Santo de Deus.

SOBRE A SUA PRÓPRIA CASA. No versículo três, o escritor afirma que Cristo foi quem edificou a sua própria casa. E isso nos fala sobre que o Filho de Deus se despojou de seus privilégios, porque sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus e se fez homem (Filipenses 2:8), para pelo seu sacrifício expiatório realizar a construção de sua igreja, que ele remiu pelo ato de propiciação, produzindo a paz pela reconciliação.

A QUAL CASA SOMOS NÓS. A casa de Moisés, sobre a qual se refere o escritor no texto anterior, diz respeito na realidade a casa de Israel como povo de Deus, enquanto que, a casa relacionada a Cristo é a sua igreja remida, que ele comprou com seu sacrifício de amor. E esta casa somos nós, cada um daqueles que aceitaram a Cristo Jesus como Senhor e Salvador, e que amam a Deus acima de qualquer coisa e ao próximo também.

SE TÃO SOMENTE CONSERVARMOS FIRMES. Jesus falou: Mas, aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo (Mateus 24:13). Por isso que Paulo ensinou: Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus, em Cristo Jesus. Baseado nesta frase, é que muitos comentaristas defendem que, esta carta foi escrita aos cristãos convertidos do judaísmo para o cristianismo, sem descartar o fato de os judeus serem o alvo também.

A CONFIANÇA E A GLÓRIA. Confiança de que a obra perfeita de redenção realizada por Cristo é suficiente para que sejamos justificados perante Deus, uma fez que a propiciação do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, teve como resultado a reconciliação, o que produziu a paz. Essa glória a que se refere o autor, diz respeito à presença do Espírito de Deus sobre a nossa vida, ele que é a luz que ilumina o nosso caminho sempre.

DA ESPERANÇA ATÉ O FIM. O evangelho nos ensina que somos salvo em esperança, e isso nos faz olhar para o futuro e com plena fé ter a certeza que Cristo nos levará para si mesmo (João 14:2-3). O segredo não está em simplesmente levantar a mão aceitando a Cristo como Salvador, mas sim, em tê-lo aceito como Senhor, porque quem aceita a Cristo como Senhor, não faz mais a sua própria vontade, mas a vontade soberana de Deus.

Hebreus 3:4-5

Hebreus 3:4-5 - Porque toda a casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus. E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar.
PORQUE TODA A CASA É EDIFICADA POR ALGUÉM. Continua o escritor na sua metáfora ilustrativa, usando uma linguagem da construção civil, que certamente era bem conhecida e compreensível pelos seus leitores. No caso de Moisés, ele teve um papel importante para a comunidade de Israel, dentro do plano de Deus. No entanto, já na nova dispensação da graça, alguém foi constituído muito mais importante do que Moisés, e este alguém é Cristo Jesus, ele que é o edificador de sua igreja remida, que ele comprou.

MAS O QUE EDIFICOU TODAS AS COISAS. O autor vem demostrando quem de fato manda no mundo e quem é que tem a planilha de execução na mão. Moisés, foi constituído por Deus para tirar o seu povo do Egito, por meio do seu anjo, passou as suas ordenanças para Moisés e Moisés para o povo. O mesmo Deus constituiu a seu Filho Jesus Cristo, que é superior a Moisés, para construir a sua casa que é a sua igreja amada.

É DEUS. O escritor tenta explicar para seus leitores de que acima de Moisés, tem o cabeça federal que manda em tudo, e que criou todas as coisas, que é o Deus Criador. Ele que levantou Moisés para ser o líder de Israel, mas que depois da vinda do Messias, o mesmo Deus foi que enviou o Cristo, que também era o ungido de Deus Pai para ser o Mediador da nova aliança. Os hebreus tinham que aceitarem essa nova realidade religiosa.

E NA VERDADE, MOISÉS FOI FIEL EM TODA A SUA CASA. Nem Cristo se levantou contra Moisés, nem muito menos o nosso escritor desta carta com seus argumentos. É tanto que, neste ponto, o escritor reconhece a importância de Moisés no que diz respeito a sua fidelidade no plano de Deus para a edificação do povo de Deus, Israel. Ele cumpriu fielmente tudo aquele que o Criador de todas as coisas colocou diante de sua vida.

COMO SERVO. Todavia, neste particular, o autor revela a função real de Moisés, que era ser servo de Deus, e certamente também do povo de Israel. E servo neste caso, não tem vontade própria, não faz tudo àquilo que quer, mas se submete ao seu Senhor. O ofício de Moisés como servo era diferente de Cristo, como Filho. O escritor quer abrir o entendimento dos hebreus para que compreendam que Cristo é superior a Moisés.

PARA TESTEMUNHO DAS COISAS. Como servo que era, o legislador e grande líder de Israel, teve sua reconhecida missão de ajudar aos filhos de Israel para que fossem libertos da escravidão do Egito. Durante a peregrinação no deserto, ensinou os estatutos de Deus aos descendentes de Abrão, Isaque e Jacó. E serviu de testemunho para o povo de Deus de como alguém poderia fazer as coisas para o reino de Deus, executando sua vontade.

QUE SE HAVIAM DE ANUNCIAR. Os escritos de Moisés, já anunciavam as coisas que haveriam de acontecer, vaticinando as coisas futuras, com relação à nova dispensação da graça de Deus e principalmente no que diz respeito a Cristo. Ele escreveu que nos fins dos tempos, Deus levantaria um profeta como ele, e que todo o povo deveria dar atenção as palavras deste tal profeta, conforme nós encontramos em (Deuteronômio 18:15,18).

Hebreus 3:3

Hebreus 3:3 - Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
PORQUE ELE. O autor esta se referindo a Cristo Jesus, ele que é superior aos anjos, bem como aos sacerdotes da antiga dispensação, como também é superior ao próprio Moisés, que foi a maior liderança religiosa dos Hebreus. Em algumas versões bíblicas em vez de “ele” vem escrito o nome “Jesus” e isso ao que tudo indica era o que estava posto no original desta carta, pondo em destaque a pessoa bendita de Jesus de Nazaré, que para muitos dos hebreus foi apenas mais um dos profetas de Israel, e não o Messias de Deus.

É TIDO POR DIGNO. A vida e o ministério de Jesus nos conta a mais bela história de quem viveu dignamente na presença de Deus, se destacando com atos humanitários em prol dos seres humanos, nunca visto antes e nem depois de sua passagem pelo planeta terra. Jesus deixou sua marca como alguém que efetivamente executou a vontade de Deus, por isso que o Pai o encheu de dignidade, ao ponto de ter partido desta terra e o seu exemplo de vida não se perder nos elos do tempo, nem cair no poço da amnésia ou esquecimento.

DE TANTO MAIOR GLÓRIA. O Deus Criador de todas as coisas revestiu gloriosamente o seu Filho Jesus de tamanha glória, ao ponto de nenhum outro ofuscar o seu esplendor, nem mesmo os mais conceituados profetas da história religiosa de Israel, nem ainda o maior líder do povo hebreu, chamado Moisés. Esta glória derramada sobre o Cristo de Deus pôde ser vista em seu poder demonstrado e em sua plenitude para fazer milagres.

DO QUE MOISÉS. Os argumentos do nosso escritor aos Hebreus foram muito fortes e certamente deve ter provocado polêmicas quanto aos seus leitores, porque na mente de um hebreu, tentar diminuir a personagem renomada do grande Moisés era uma afronta a própria realidade daquele povo. No entanto, o autor está de fato, apenas expressando uma importante verdade, sobre que Jesus era superior a Moisés em tudo.

QUANTO MAIOR HONRA. O autor volta a sua metáfora espiritual da “casa” que representa o povo de Deus, o que no tempo da velha dispensação era chamada de congregação de Israel. Quem é que deve ser mais honrado, a casa, ou quem edificou a casa? É claro que o construtor deve ser honrado mais do que a casa, porque se não fosse aquele que edificou a casa ela não existiria. Cristo é o que edifica a casa de Deus.

DO QUE A CASA TEM AQUELE. “Aquele” nos fala sobre Cristo Jesus, ele que é o edificador da casa chamada povo de Deus, seja Israel, ou a Igreja remida do Cristo vivo. Há então uma mensagem, ainda que subliminar neste texto, sobre a divindade de Cristo, quando o coloca no lugar de Criador, coisa que o escritor, no momento, não podia colocar explicitamente, porque os seus leitores, por serem monoteístas não iriam aceitar.

QUE A EDIFICOU. Os teólogos messiânicos, aqueles que buscam identificar o Cristo preexistente, em ação no tempo da velha dispensação, defendem de que Jesus, antes mesmo do seu nascimento já estava agindo na história de Israel. Muito mais no tempo da nova dispensação, que ele mesmo implantou, na edificação de sua igreja, como casa de Deus e morada do Espírito Santo. Cristo é honrado por meio de sua igreja remida.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...