sábado, 8 de abril de 2017

Hebreus 7:1

Hebreus 7:1 - Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou.
PORQUE ESTE MELQUISEDEQUE. Este homem era alguém muito importante naquela mesma região, e a prova disto é que ele era rei de Salém. E um aspecto mais importante ainda sobre este personagem é que além de ser o governante do seu povo, ele também era um sacerdote do Deus Altíssimo, o que o diferencia dos demais reis que havia em sua época. Como governante, o seu próprio nome lhe atribui duas grandes e importantes qualidades que eram elas; rei de justiça, e depois, rei que promove a verdadeira paz.

QUE ERA REI DE SALÉM. Melquisedeque era um monarca digno, muito respeitado pelos cidadãos que o conheciam é tanto que se tornou rei de Salém. Há de fato muitas opiniões quanto a este lugar citado pelo nosso autor, mas que certamente tanto o escritor quanto os seus leitores eram bem familiarizado com o que aqui está escrito. Dentro das conjecturas feitas pelos comentaristas, Salém pode ser Jerusalém ou Sião.

SACERDOTE. Identificar Melquisedeque como sacerdote do Deus altíssimo é algo efetivamente admirável, porque nesta mesma época e a história dos reis mais antigos identificam os monarcas como sacerdotes das falsas divindades ou de se mesmos, porque muitos dos reis mais antigos que praticavam o politeísmo pagão se consideravam deuses ou o próprio povo que era seus vassalos os considerava como deus, que era idolatria.

DO DEUS ALTÍSSIMO. Certamente, quando alguém falava no nome de Melquisedeque, o associava ao Deus Altíssimo, e isso demostra o quanto este homem tinha a dignidade de exaltar o nome do Deus Todo-poderoso. Deus Altíssimo é uma expressão que nos ensina sobre que o Deus único e verdadeiro está acima de todos e de tudo, como também o identifica como o Criador de todas as coisas pela sua majestade, poder e domínio.

E QUE SAIU AO ENCONTRO DE ABRAÃO. Abraão ao tomar conhecimento de que seu sobrinho Ló havia sido capturado pelos reis Anrafel, rei de Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goim. O patriarca tomou seus trezentos e dezoito servos e foi resgatar seu sobrinho Ló, e assim o fez. De volta da batalha, tinha que passar pelos termos do rei Melquisedeque, que servia ao mesmo Deus de Abraão.

QUANDO REGRESSAVA DA MATANÇA DOS REIS. Abraão realmente fez um estrago muito grande contra seus inimigos, porque matou os reis que tinham capturado seu sobrinho Ló, como também os seus respectivos soldados. A notícia se espalhou rapidamente, ao ponto de Melquisedeque ficar assombrado e foi ao encontro de Abraão com sinalização de paz, que era própria do seu nome e do seu governo. Este foi um grande encontro.

E O ABENÇOOU. O fato de Melquisedeque ter abençoado ao patriarca Abraão tem um efeito poderoso na mensagem deste livro, porque era de propósito do escritor demonstrar para seus leitores a grandeza do sacerdócio de Cristo, que era segundo a ordem de Melquisedeque. A ordem era o maior abençoar o menor, então Melquisedeque era maior que Abraão, que Levi, que Arão, e que todos os sacerdotes de Israel.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Hebreus 6:20

Hebreus 6:20 - Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.
ONDE. De que lugar está falando o autor? Do santo dos santos. O pensamento do escritor está focado no templo de Jerusalém que era dividido em quatro partes distintas, que são elas: O pátio dos gentios, o pátio das mulheres, o lugar santo dos hebreus e o santo dos santos, onde o sumo sacerdote entrava uma vez por ano para interceder perante Deus em favor do povo. Na nova dispensação este lugar é o trono da graça em que Cristo está assentado à destra de Deus, como Sumo Sacerdote e intercede pelos seus remidos.

JESUS. Geralmente, os escritores do Novo Testamente usam títulos mais completos quando se refere ao Filho de Deus, tais como: Jesus Cristo, nosso Senhor Jesus Cristo e etc, no entanto, o escritor aos Hebreus costuma escrever apenas o nome próprio do Filho de Deus para destacar a sua humanidade. O nome Jesus é uma transliteração do nome de Josué, e conforme o evangelista (Mateus 1:21), quer dizer: Aquele que veio para salvar.

NOSSO PRECURSOR. Temos nas páginas do Novo Testamento a figura importante de João Batista como precursor do Senhor Jesus. Precursor é aquele que vai adiante preparar o caminho do titular. No caso de Cristo como nosso precursor é que ele entrou primeiro do que nós no lugar santo dos santos, na presença mesmo de Deus para nos preparar o caminho de acesso, por isso que ele é o pioneiro do nosso acesso direto a Deus.

ENTROU POR NÓS. A figura do sumo sacerdote da velha dispensação certamente esta na mente do autor, e ele entrava no santo dos santos uma vez por ano em lugar dos pecadores para interceder perante Deus por eles. Como Jesus é o Sumo Sacerdote da nova aliança da graça de Deus, ele entrou primeiro na presença de Deus, por isso que o evangelho nos ensina que ele está assentado à destra do trono de Deus. Cristo abriu-nos o caminho de acesso ao trono da graça porque ele é o único Mediador diante de Deus.

FEITO ETERNAMENTE. Aarão foi constituído por Deus o primeiro de muitos sumos sacerdotes diante de Deus pelo povo de Israel. Depois dele, inumeráveis outros sumos sacerdotes foram levantados para ministrar em favor do povo. Porem, na nova dispensação tudo isso mudou, porque Jesus foi feito por Deus Sumo Sacerdote para todo o sempre, isso que dizer que este seu ofício de Mediador nunca há de sessar.

SUMO SACERDOTE. A tribo de Levi foi escolhida no tempo da velha dispensação para dela serem nomeados os sumos sacerdotes e os sacerdotes, porque além do sumo sacerdote, existiam muitos outros sacerdotes. Em se tratando da nova dispensação, os remidos de Cristo são os sacerdotes, e Jesus é o Sumo Sacerdote. Quando se diz que Jesus foi feito Sumo Sacerdote, é que ele não foi constituído pelos homens, mas foi Deus quem o fez.

SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE. O escritor mais uma vez cita o Salmos 110:4 - Jurou o Senhor, e não se arrependerá: tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Por que, segundo a ordem de Melquisedeque? Porque Melquisedeque não fazia parte da tribo de Levi, assim como Jesus também não era da tribo de Levi, mas sim da tribo de Judá. Havia esta profecia messiânica a respeito do Messias de Deus.

Hebreus 6:19

Hebreus 6:19 - A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu.
A QUAL TEMOS. A verdade de que, Deus cumprirá as suas promessas, e isso ele deu provas ao patriarca Abraão, quando disse que lhe abençoaria, o que de fato aconteceu. E de que multiplicaria a sua semente ou descendência como as estrelas e como a areia. Todo aquele que vive pela fé em Cristo retêm em sua alma a esperança proposta de que, assim como Deus cumpriu sua promessa de introduzir os filhos de Israel em Canaã, assim por fim, também nos introduzirá na Nova Jerusalém, sendo fiel a sua promessa.

COMO ANCORA. O autor lança mão de mais uma metáfora para revelar a segurança daquele que tem como foco, sua vida voltada para as promessas de Deus. Geralmente a âncora é usada nas grandes embarcações como algo que oferece segurança e firmeza. A esperança proposta por Deus, em Cristo para o novo Israel, serve de segurança de que tudo que Deus tem proposto para a igreja de Cristo ele é fiel e justo para assim cumprir.

DA ALMA. Na grande maioria das vezes, em que as Escrituras falam sobre a Alma, está se referindo ao ser essencial do homem. A alma é a sede das vontades e das emoções dos seres humanos, por isso que ela tem uma importância fundamental entre o que é material e espiritual nos seres humanos. A alma é eterna, assim como o espírito dos seres humanos. É justamente a esperança proposta que leva nossa alma aos braços do Pai.

SEGURA E FIRME. São duas palavras que descrevem as principais funções de uma âncora de um grande navio. Transmite segurança de que a embarcação não será levada pelas impetuosas ondas do mar, bem como produz a firmeza suficiente de que todos estão no porto seguro. Quem conhece a forma como o Senhor fala e cumpre o prometido, não se move de suas convicções, que os desígnios do Deus Criador vão dar tudo certo.

E QUE PENETRA. Abraão exerceu fielmente sua fé de que Deus era fiel para cumprir suas promessas feitas, e recebeu as bênçãos de Deus, mesmo que as circunstâncias aparentemente fossem desfavoráveis. Com isso, o escritor tranquiliza os seus leitores de que, o mesmo Deus nos encaminha a sua presença, cumprindo todas as propostas da nova dispensação. O texto esta nos falando de acesso direto a presença de Deus com fé.

ATÉ O INTERIOR. A esperança proposta do texto anterior nos conduz firme e seguro até a presença de Deus, o que o mesmo autor chama de trono da graça, e que durante o tempo da velha dispensação era chamado de santo dos santos. Ainda no tempo da legislação de Moisés, somente os sumos sacerdotes poderiam entrar no santo dos santos. Cristo inaugurou um novo tempo em que os salvos podem sim, entrar na presença de Deus.

DO VÉU. Quando Cristo foi crucificado em ato de propiciação pelos pecados dos seus remidos, o evangelho diz que o véu do templo de Jerusalém se rasgou de alto a baixo, em um significado de que, o acesso direto a presença de Deus estava aberto para a igreja remida de Cristo. Eis a grande importância do sacerdócio de Cristo em nosso favor, sobre o qual o escritor se reporta no texto seguinte, e isso nos fala de comunhão com Deus em Cristo Jesus, ele que por meio da expiação fez a reconciliação dos homens com o Deus.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Hebreus 6:18

Hebreus 6:18 - Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta.
PARA QUE POR DUAS COISAS IMUTÁVEIS. A primeira delas são as promessas de Deus, que ele fez a Abraão de que ele seria abençoado, abençoando te abençoarei, E que por meio do seu descendente, o Messias, Cristo Jesus, todas as nações seriam abençoadas, e isso veio a acontecer por meio da dispensação da graça de Deus. E a segunda coisa foi o juramento que Deus fez de que cumpririam suas promessas feitas ao patriarca Abraão. Abraão se tornou riquíssimo e a dispensação da graça alcanço a todas as nações.

NAS QUAIS É IMPOSSÍVEL QUE DEUS MINTA. Todas as promessas de Deus foram verdadeiras, é tanto que foram confirmadas, como também o juramento foi cumprido, porque Deus não mente. As Escrituras afirmam de que o Senhor é a verdade em essência, e isso implica em dizer que ele jamais mente, até porque seria contra se mesmo, quando sabemos que ele é a própria verdade. Esta verdade é a mais pura luz, glória e esplendor.

TENHAMOS A FIRME CONSOLAÇÃO. Baseados na fidelidade de Deus e que ele jamais se deixa macular por qualquer coisa que seja engano, é que os filhos da luz ficam firmes, tendo a certeza que, tudo aquilo que ele promete, também é fiel para cumprir. Com isso nossos corações se consolam pela firme certeza de que mais cedo ou mais tarde o Senhor entrará em ação para confirmar sua palavra que sobre nós é profetizada.

NÓS QUE POMOS. Pelo que é escrito nestas palavras, se percebe a tranquilidade que o autor tenta repassar para seus leitores, lhes assegurando de que os hebreus que verdadeiramente se converteram ao cristianismo estão dentro do plano de Deus. Quem sabe pontos negativos de pensamentos retrógrados possam estar passando na mente dos leitores desta carta, de que eles deveriam retornar ao judaísmo. O escritor diz não, e que todos, incluindo ele, deveriam sim, seguir a proposta da graça de Deus em Cristo Jesus.

O NOSSO REFÚGIO. A dispensação da lei não deu certo, neste mesmo tempo, Israel estava sob o julgo dos romanos, depois de passar pelos cativeiros. Ou eles atentavam para a nova dispensação da graça de Deus pela fé em Cristo, ou tudo estava perdido. O correto era se atirar nos braços de Cristo, se deixar ser guiados pelo Espírito Santo e encontrar o verdadeiro refúgio nos braças do Pai, ele que enviou o seu Messias, Jesus.

EM RETER A ESPERANÇA. A palavra de ordem por traz destas mensagens era, desistir jamais, recuar nunca, se desviar seria um retrocesso fatal. Avançar sim, prosseguir sem olhar para traz, se apegar a esperança de salvação e de vida eterna, era a única opção viável, segura e com resultado positivo. A graça de Deus, mediante a fé em Cristo Jesus e em sua obra perfeita de redenção abriu o caminho de acesso a Deus e ao trono da graça.

PROPOSTAS. Os hebreus, para quem esta carta estava sendo escrita e enviada, podiam se considerar privilegiados, porque além de terem o privilégio de pertencerem à descendência dos patriarcas ilustres, Abraão, Isaque e Jacó, reconheceram de que, em Cristo, o descendente de Abraão, Deus estava cumprindo todas as suas promessas.

Hebreus 6:17

Hebreus 6:17 - Por isso, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento.
POR ISSO, QUERENDO DEUS. O autor fala em uma linguagem bem humana para representar a vontade de Deus e o seu relacionamento com os seres humanos (antropologia), até porque o homem é a coroa da criação de Deus. Isso nos fala sobre que Deus criou todas as coisas e não abandonou sua criação a própria sorte como alguns defendem (teísmo), pelo contrário, vemos no tempo do Jardim do Éden em que o Senhor vinha todos os dias se comunicar com Adão. E como Criador ele expressa suas vontades.

MOSTRAR MAIS ABUNDANTEMENTE. Este texto continua se referindo sobre o fato do pacto de Deus com Abraão, em que o Senhor Fez juramento em cumprir com sua promessa e ser fiel a sua palavra. De forma que, como o Senhor estava tratando com um ser humano cheio de dúvidas, então ele mostra quem ele é na prática, quando fez com que sua bênção caísse sobre o patriarca, mostrando que cumpriria suas promessas.

A IMUTABILIDADE. Essa é uma palavra que fala da forma fiel em como Deus faz para cumprir suas palavras e suas promessas. Por isso que as Escrituras afirmam de que Deus não é o homem para que minta, falaria ele alguma coisa e não confirmaria? Nos acordos celebrados entre os filhos dos homens, há a necessidades de juramento com fiadores. Mas quando Deus dá a sua palavra, ele não precisa de fiador, jura por si mesmo.

DO SEU CONSELHO. Essa frase nos ensina sobre os planos de Deus e os seus desígnios que são feitos de forma organizada, planejada e com finalidades e objetivos bem definidos, isso porque, tudo que o Senhor intenta fazer ele executa pelo seu grande poder. Por que, os planos de Deus são imutáveis? Porque a execução dos mesmos não depende das circunstâncias, nem do tempo. Nada é impossível para o nosso Deus, como também nada impede dele realizar os seus projetos e empreendimentos.

AOS HERDEIROS. Estes herdeiros tanto podem ser os descendentes de Abraão, porque Deus cumpriu a sua promessa de que eles herdariam a terra de Canaã, e assim aconteceu. Bem como diz respeito aos herdeiros por Jesus Cristo, até porque, a todos que aceitam a Cristo como Senhor e Salvador, têm o direito de se fazerem filhos de Deus aos que creem em seu nome (João 1:11). Portanto os remidos são herdeiros de Deus.

DA PROMESSA. Os hebreus, leitores desta carta, que também eram descendentes de Abraão foram durante o tempo da velha dispensação os herdeiros das promessas de Deus. Do mesmo modo, agora, já no tempo da nova dispensação, aqueles que fazem parte da igreja de Cristo também são participantes da mesma promessa feita a Abraão, porque o evangelho diz que os remidos são filhos de Abraão pela fé, como Israel também.

SE INTERPÔS COM JURAMENTO. Deus quem se interpôs com juramento. Tal juramento pode ser dito como duas coisas, a promessa e a palavra de Deus. Deus deu a sua palavra de que abençoaria a Abraão, e assim o fez quando em vida do patriarca. E a promessa de que multiplicaria sua semente como as estrelas do céu e a areia do mar. Isso se cumpriu na descendência biológica, e está se cumprindo também na igreja, os filhos da fé.

Hebreus 6:16

Hebreus 6:16 - Porque os homens certamente juram por alguém superior a eles, e o juramento para confirmação é, para eles, o fim de toda a contenda.
PORQUE OS HOMENS. Para falar a respeito da fidelidade e da superioridade de Deus, o escritor primeiro fala a respeito de algo que os seus leitores possam compreender, porque isso que ele chama a atenção para os costumes e tradições dos mais antigos, e que continuam até os dias de hoje, de outros modus operantes. Para que os homens fechassem negócios que envolviam dívidas com pagamentos pra o futuro, eles exigiam o juramento do comprador. E isso era feito na presença de várias testemunhas.

CERTAMENTE JURAM. Esse tipo de juramento era uma palavra dada de confiança que poderia ser confirmada por quem conhecia o devedor, dando o aval de que tinha condições de cumprir o trato nas datas e nos prazos estabelecidos no acordo celebrado. Quem dava sua palavra como juramento, não podia enganar ao credor, porque terminava também prejudicando suas testemunhas, porque eram de fato seus fiadores.

POR ALGUÉM. Dependendo da cultura de cada nação, em alguns casos, estas testemunhas eram compostas por três pessoas ou mais. No caso de Israel e conforme a lei de Moisés eram constituídas de sete testemunhas, mas se as testemunhas fosse altas autoridades do estado, não precisava de tantas. Na igreja primitiva isso era resolvido por duas ou três pessoas. Estas testemunhas tinham a mesma responsabilidade do devedor.

SUPERIOR A ELE. Os fiadores que eram também tomados por testemunhas do acordo celebrado, não poderiam ser pessoas que não tinha condições financeiras, que no caso do devedor não honrar seu compromisso, os fiadores teriam a responsabilidade de pagar por ele. Por isso que, os credores não aceitavam como fiadores pessoas de menor condição financeira do que o devedor, até porque a intenção do credor era receber o seu dinheiro.

E O JURAMENTO PARA CONFIRMAÇÃO. Geralmente este juramento, em muitos casos, era um contrato por escrito, que no caso assinavam o devedor, bem como os fiadores, que for fim era confirmado por uma autoridade do estado ou do governo, o que hoje seria o reconhecimento de firma ou a autenticação em um cartório de reconhecimento público. Para que tudo fosse confirmado tinha de está de acordo com as normas vigentes.

É PARA ELES. Somente depois de confirmada todas as cláusulas contratuais, era que o negócio estava fechado, prego batido e ponta virada. Dai em diante o negócio era confirmado como feito, com cada parte assumindo suas responsabilidades contratuais celebradas. Quem vendia alguma coisa precisava ter a segurança de que iria receber a parte que o devedor ficou de pagar nos prazos e nas datas estabelecidas no acordo.

O FIM DE TODA CONTENDA. Sendo o negócio feito e confirmado pelo juramento do devedor de que cumpriria sua promessa de pagar o que havia comprado ou contratado, assinado os documentos, não tinha mais o que se discutir, bastava haver fidelidade de todas as partes que tudo dava certo. Essa metáfora feita pelo escritor foi para logo depois, nos textos seguintes introduzir assuntos mais elevados das coisas espirituais. Principalmente para falar, como já vinha falando, da fidelidade de Deus em suas palavras.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Hebreus 6:14-15

Hebreus 6:14-15 - Dizendo: Certamente, abençoando te abençoarei, e multiplicando te multiplicarei. E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa.
DIZENDO: CERTAMENTE. É provável que esta citação feita pelo autor se refira ao que está escrito em Gênesis 22:17 - Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos. Para quem esta carta estava sendo escrita? Para os hebreus, eles que conheciam muito bem as Sagradas Escrituras, portanto, este modo de apresentar seus argumentos era sabedoria do escritor.

ABENÇOANDO TE ABENÇOAREI. A vida dos homens no tempo do patriarca Abraão não era nada fácil, principalmente como ele que a partir da aliança com Deus passou a viver uma vida nômade, como peregrino em terras estranhas. A promessa de Deus foi de abençoar e quando Deus abençoa ninguém pode revogar, e por onde Abraão passava Deus fazia prosperar, porque a mão do Senhor era com ele para lhe fazer bem.

E MULTIPLICANDO TE MULTIPLICAREI. Quando Deus fez tal promessa ao patriarca Abraão, as circunstâncias eram desfavoráveis, porque sua mulher era estéril e eles eram já um casal de idosos. Aprendemos então com isso que, para Deus não há nada impossível e tudo aquilo que ele quer ou pensa em executar, ele faz para que o seu nome seja engrandecido entre os homens. Deus cumpriu a promessa na nação de Israel.

E ASSIM, ESPERANDO. Recebida a promessa de que seria abençoado e que o Senhor lhe multiplicaria sua descendência, Abraão esperou o cumprimento das promessas de Deus em seu favor e dos seus. A primeira parte de ser abençoado ele pode sentir em seu viver, porque se tornou riquíssimo, e a segunda parte, ele teve o gostinho de ver, quando do nascimento milagroso de Isaque seu filho, que se tornou em uma grande nação.

COM PACIÊNCIA. Apesar de Sara ter duvidado de que Deus poderia cumprir a promessa feita ao seu esposo Abraão, é tanto que ela deu sua escrava Agar ao seu esposo para que gerasse filho, e também riu dos mensageiros de Deus, por isso o nome Isaque, que quer dizer “riso”, mas o patriarca com paciência viu Deus lhe abençoar, e se encheu de esperança e fé quando seu filho Isaque nasceu, porque viu ao longe o quanto Deus é fiel.

ALCANÇOU. Neste caso, ele alcançou totalmente o cumprimento da primeira promessa feita no texto anterior, de que seria abençoado ricamente por Deus, quando as Escrituras dizem que Abraão se tornou um homem rico, poderoso e muito respeitado. E a segunda promessa de multiplicar os seus descendentes, ele viu isso ter o seu início quando seu filho Isaque nasceu, o resto era questão de tempo para que se cumprisse, uma vez que o principal Deus já havia feito, que foi justamente um milagre de Isaque ter nascido.

A PROMESSA. Agora, com relação a esta promessa, não se refere somente as palavras de abençoar e multiplicar, quanto a esta vida, porque o mesmo escritor fala de algo que vai além desta vida. Até porque esta promessa fala dos filhos espirituais, que são todos aqueles que são os descendentes físicos de Abraão, mas também dos descendentes espirituais que são os filhos na fé de Abraão, que são como as estrelas e a areia do mar.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...