domingo, 7 de maio de 2017

Hebreus 9:16-17

Hebreus 9:16-17 - Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?
PORQUE ONDE HÁ TESTAMENTO. Este é um tipo de documento em que muda seu conteúdo de país para país, mas que em linhas gerais tem um mesmo propósito, que é um contrato em que nele o testador faz antecipadamente a partilha de seus bens com quem acha que deve ser seus herdeiros. Neste testamento contem as promessas do testador para todos aqueles que hão de serem seus beneficiários diretos ou indiretos. Como também neste documento tem condições a serem atendidas pelos herdeiros.

É NECESSÁRIO QUE INTERVENHA. E uma das condições contidas neste documento, chamado testamento é justamente o tempo de espera que terão que ser submetidos os possíveis herdeiros dos bens do testador. Apesar de ser uma garantia para os beneficiados com o testamento deixado por alguém, porem, ainda não é o termo de posse, até porque só tem validade tal documento, depois que o testador falecer.

A MORTE DO TESTADOR. O autor, mesmo que indiretamente, sinaliza para mais uma fraqueza do Velho Testamento, em que não ouve a morte do testamento da antiga aliança em garantia da validação do testamento, no caso Moisés. Mas, no caso do Novo Testamento, ouve a morte do testador, em que todas as promessas serão cumpridas e as cláusulas do contrato terão seu fiel cumprimento na vida dos herdeiros, os remidos.

PORQUE UM TESTAMENTO TEM FORÇA. No caso da velha aliança, quem morria pelo ato de expiação pelos herdeiros, não eram os sumos sacerdotes da linhagem de Arão, mais sim o cordeiro. Portanto, o testamento, que representava a lei de Moisés foi perdendo credibilidade até ser abolida com a vinda do verdadeiro testador. Agora, já o evangelho de Cristo tem plena força de cumprimento, porque ele é o amém de Cristo.

ONDE HOUVER MORTE. O Messias se manifestou, deixou um legado chamado Novo Testamento, como sendo o documento de garantia de que todos os herdeiros das riquezas de Deus tomem posse das heranças eternas. O que o autor está expondo para seus leitores é uma alegoria em que os hebreus convertidos ao cristianismo entendiam perfeitamente tal comparação entre o Velho Testamento e o Novo Testamento.

OU TERÁ ELE ALGUM VALOR. A lei de Moisés, de princípio com sua instituição por Moisés, e até certo ponto, por algum tempo depois da entrada na terra de Canaã, até teve sua validade garantida pelos filhos de Israel. Mas já no tempo dos profetas, os herdeiros das promessas da legislação mosaica, já não valorizavam a legislação de Moisés como se devia. E com a vinda do testador do Novo Testamento ela foi abolida.

ENQUANTO O TESTADOR VIVE? Durante a vida de Cristo sobre a terra, houve o que se chama de momento de transição, em que o testador estava vivo e elaborando um Novo Testamento, contendo maiores e melhores promessas para os seus herdeiros. Entende-se com isso que, enquanto o testador estava vivo, os hebreus em sua grande maioria não tomaram posse das heranças, eis o foto da rejeição, mas com a morte do testador sim.

sábado, 6 de maio de 2017

Hebreus 9:15

Hebreus 9:15 - E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.
E POR ISSO É MEDIADOR. No antigo pacto, ou velha dispensação da lei, os hebreus consideravam Moisés como um dos mediadores daquele tratado entre Deus e os descendentes de Abraão. Já no novo pacto, ou nova dispensação da graça de Deus pela fé em Cristo, também tem um Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo Homem. Moisés deixou sua legislação que determinava as condições da velha aliança, enquanto que com Cristo não foi diferente, ele deixou o Novo Testamento para sua igreja remida.

DE UM NOVO TESTAMENTO. Existem vários conceitos sobre este “Novo Testamento” em que, aqueles que têm o Espírito do Senhor podem discernir muito bem. Alguns acham que se trata do evangelho das boas novas de Cristo Jesus para a sua igreja e para a humanidade. Já outros defendem que se refere a todo o conteúdo do Novo Testamento que Cristo deixou para a sua igreja, com a mensagem da nova dispensação da graça.

PARA QUE INTERVINDO A MORTE. Em se tratando de testamento, realmente haveria a necessidade da morte do testador para que os herdeiros tomassem posse das heranças prometidas no conteúdo do testamento. No caso de Cristo, ele veio como sendo o Messias prometido, deixou para a sua igreja um testamento, em que com sua morte expiatória, os herdeiros possam tomar posse das heranças eternas, que ele prometeu.

PARA REMISSÃO DAS TRANSGRESSÕES. Como a morte do testador, no caso de Cristo, envolvia muito mais do que promessas de heranças terrenas, sua morte teve valor incalculável de remissão dos pecados daqueles que foram beneficiários pelo seu testamento. Isso porque a morte do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo foi uma obra perfeita de propiciação e de expiação dos pecados dos seus remidos.

QUE HAVIA DEBAIXO DO PRIMEIRO TESTAMENTO. O autor discute tema de elevado conceito diante dos seus leitores, quando aponta em direção ao tempo da antiga dispensação e dá a entender que a morte de Cristo pode beneficiar até mesmo aqueles que viveram antes de sua morte redentora. A expiação realizada pelos sacerdotes da antiga aliança era apenas simbólica, de algo real, que a morte de Cristo fez de fato.

OS CHAMADOS RECEBAM. Estes chamados são aqueles que correspondem ao apelo do evangelho, aceitando a Cristo como Senhor e Salvador, no exercício da fé e por meio de um verdadeiro arrependimento. Esta chamada tem paralelo com a predestinação bíblica, com a eleição e nomeação de Cristo para que os remidos façam parte da família de Deus, filiação esta que tem tudo a ver com a salvação e vida eterna dos escolhidos de Cristo.

A PROMESSA DA HERANÇA ETERNA. No caso do “testamento” envolve um testador e os herdeiros das heranças do testador. No Novo Testamento, nós encontramos as maiores e melhores promessas da nova dispensação. A antiga dispensação continha promessas para esta vida presente. Como a nova aliança esta baseada em melhores promessas, então as heranças são para esta vida presente, mas principalmente para a vida eterna.

Hebreus 9:14

Hebreus 9:14 - Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
QUANTO MAIS. Neste caso, os hebreus eram supersticiosos, porque acreditavam que o sangue de um bezerro podia purificar o sumo sacerdote da antiga aliança com todos os seus familiares. Acreditavam ainda que o sangue de um cordeiro tinha o efeito de santificar todos os pecados de uma nação inteira. E têm mais, eles acreditavam que a cinza de uma novilha vermelha espargida com água sobre alguém que estava imundo, o purificava quanto a justificação da carne. Se eles acreditavam nestas coisas.

O SANGUE DE CRISTO. Quanto mais o sangue de Cristo, que é puro, santo e inocente. O Filho de Deus deu o seu sangue puro pelos pecados do povo, porque ele deu a sua vida para nos resgatar dos nossos pecados. A morte de Cristo foi na verdade, a morte do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Na morte de Cristo estava envolvida a propiciação pelos pecados da humanidade e também a expiação pela sua igreja remida.

QUE PELO ESPÍRITO ETERNO. A palavra Espírito esta posta no texto com letra inicial maiúscula, e dentro das Sagradas Escrituras, quando assim é, nos fala a respeito do Espírito Santo de Deus, que é o mesmo Espírito de Cristo também. Com isso, o autor nos fala sobre o Messias prometido nas Sagradas Escrituras, também nos fala sobre o Emanuel, que era para a época, Deus conosco, e não somente do Profeta Jesus de Nazaré.

SE OFERECEU A SI MESMO IMACULADO A DEUS. O Espírito de Cristo já clamava no tempo dos profetas, quando Deus pergunta: Quem há de ir por nós? E o Filho responde: Eis-me aqui, envia-me a mim (Isaías 6:8). O seu sacrifício em prol de sua igreja foi um ato voluntário, isso porque ele não merecia passar por tudo que teve que atravessar. Cristo foi crucificado, por causa dos nossos pecados (Isaías 53:5), ele não tinha pecado.

PURIFICARÁ AS VOSSAS CONSCIÊNCIAS. Somente o preço pago de redenção realizada pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, tem o poder de purificar o mais vil pecador, quanto a sua consciência de culpa, dos seus muitos pecados. Quando entregamos nossa alma aos cuidados de Cristo, é porque acreditamos efetivamente que a expiação feita pelo Filho de Deus é suficiente para nos tornar filhos verdadeiros do Pai.

DAS OBRAS MORTAS. Estas obras mortas nos falam dos pecados da ignorância, das iniquidades praticadas antes de ter um encontro pessoal com o Cristo de Deus, das desobediências feitas contra o evangelho libertador do amado Salvador. Por isso que se diz que, na nova aliança, o homem entra com sua fé e um verdadeiro arrependimento das suas obras mortas, e Deus entra com sua graça, olhando para o sacrifício de Cristo.

PARA SERVIRDES AO DEUS VIVO. O sangue de Cristo nos resgatou e nos comprou para si mesmo dos nossos pecados, e isso, pela propiciação que produziu a reconciliação e a paz com Deus. Quando um ser humano nasce de novo e é regenerado pelo poder do evangelho, se torna filho de Deus. E assim sendo, se torna apto a servir, amar e seguir ao Deus de amor, bondade e misericórdia. Quem é resgatado por Cristo serve ao Deus vivo.

Hebreus 9:13

Hebreus 9:13 - Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne.
PORQUE, SE O SANGUE. Quando se fala de sangue está se falando da própria vida, porque desde tempos antigos que se acreditava que a vida estava no sangue. No tocante ao envolvimento de sangue em rituais de religiosidade, os pagãos sempre se utilizaram de sangue de animais e até de gente em suas celebrações. No judaísmo não foi diferente, e até certo ponto, as cerimônias envolvendo o sacrifício de animais eram parecidos.

DE TOUROS. Ainda com o pensamento voltado para o lugar santíssimo do tabernáculo, o escritor imagina a cena do sumo sacerdote com o sangue de um bezerro ou novilho em suas mãos a derramar sobre o propiciatório, em que ele rogava a Deus perdão pelos pecados dos seus próprios familiares, e principalmente pelos seus próprios pecados em ato de purificação, assim como faria com o sangue do bode pelo perdão do povo.

E BODES. Certamente o pensamento do autor está neste momento, em que escreve este texto, sobre o tabernáculo chamado santo dos santos, em que o sumo sacerdote entrava no dia da expiação para oferecer sacrifício pelos pecados do povo, em que um bode ou cordeiro era sacrificado em holocausto e o seu sangue era aspergido sobre o ambiente do propiciatório, em que o sumo sacerdote suplicava a Deus o perdão pelo povo de Israel.

E A CINZA DE UMA NOVILHA. Esta era uma novilha vermelha, sem defeito, em que sobre a qual ainda não tenha subido nenhum julgo. Números 19:2,5 - Este é o estatuto da lei, que o Senhor ordenou, dizendo: Dize aos filhos de Israel que te tragam uma novilha ruiva, que não tenha defeito, e sobre a qual não tenha sido posto jugo. Então queimará a novilha perante os seus olhos; o seu couro, e a sua carne, e o seu sangue, com o seu esterco, se queimará. Este era na realidade um ritual de purificação dos impuros.

ESPARGIDA SOBRE OS IMUNDOS. Este era um ritual de purificação daquelas pessoas que tinham de alguma maneira tocando em alguém que tinha morrido. O texto nos dá a entender que a cinza era misturada a água da separação para expiação, conforme Números 19:9 - E um homem limpo ajuntará a cinza da novilha, e a porá fora do arraial, num lugar limpo, e ficará ela guardada para a congregação dos filhos de Israel, para a água da separação; expiação é. Porque de fato era a água com a cinza que era espargida.

OS SANTIFICA. Esta é uma expressão já do tempo da nova dispensação, que no tempo da velha dispensação tinha o mesmo sentido de purificação. O evento de dava com uma novilha vermelha ou ruiva sendo queimada por inteira, juntamente com pau de cedro, e hissopo, e carmesim, que eram lançados no meio do fogo que queimava a novilha. Pegava-se a cinza e misturava com água, com a qual o homem imundo era espargido.

QUANTO A PURIFICAÇÃO DA CARNE. Ninguém que tivesse tocado em um morto podia participar da celebração da tenda da congregação, sem este ritual de purificação. O autor fala deste fato para então terminar dizendo que, este ritual era algo que não passava de um evento de purificação da carne. Mas que não levava ninguém a ser santificado, na expressão e nos termos como é visto e descrito já no tempo da nova dispensação.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Hebreus 9:12

Hebreus 9:12 - Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
NEM POR SANGUE. Quando se fala de sangue está se falando da própria vida, porque desde tempos antigos que se acreditava que a vida estava no sangue. No tocante ao envolvimento de sangue em rituais de religiosidade, os pagãos sempre se utilizaram de sangue de animais e até de gente em seus rituais macabros. No judaísmo não foi diferente, e até certo ponto, as cerimônias envolvendo o tabernáculo era parecidas aos outros povos, com o uso de sacrifícios sangrentos e matanças de animais em holocaustos.

DE BODES. Certamente, o pensamento do autor está neste momento, em que escreve este texto, sobre o tabernáculo chamado santo dos santos, em que o sumo sacerdote entrava no dia da expiação para oferecer sacrifício pelos pecados do povo, em que um bode era sacrificado em holocausto e o seu sangue era aspergido sobre o propiciatório no santo dos santos, em que o sumo sacerdote suplicava a Deus pelo perdão do povo.

E DE BEZERROS. Ainda com o pensamento voltado para o lugar santíssimo do tabernáculo, o escritor imagina a cena do sumo sacerdote com o sangue de um bezerro ou novilho em suas mãos, a derramar sobre o propiciatório, assim como faria com o sangue do bode, em que ele rogava a Deus perdão pelos pecados dos seus próprios familiares, e principalmente pelos seus próprios pecados, em ato de purificação.

MAS POR SEU PRÓPRIO SANGUE. Com Cristo, o Sumo Sacerdote da nova aliança foi totalmente diferente, porque não foi com sacrifício sangrento de animais que ele entrou no santuário celestial, mas com o seu próprio sangue, quando deu a sua própria vida para resgatar os pecadores. A morte de Cristo na cruz do Calvário foi de fato e na verdade a propiciação pelos pecados dos seus remidos, bem como a expiação por sua igreja amada.

ENTROU UMA VEZ. Os sacerdotes faziam sacrifícios e ofereciam ofertas de contínuo sobre o lugar santo. Já os sumos sacerdotes da linhagem de Arão, entravam pelo menos quatro vezes, no santo dos santos, em um único dia por ano, que era o dia da expiação, e isso se repetia todos os anos. Mas o Sumo Sacerdote da nova aliança, Cristo Jesus, entrou uma única vez no santuário celestial e lá permanece eternamente intercedendo por nós.

NO SANTUÁRIO. O santuário terrestre dos filhos de Israel, conforme determinações de Moisés, servo de Deus ficava no interior da tenda da congregação, ou segundo o autor aos Hebreus, era o segundo tabernáculo, ou santo dos santos. Em se tratando do santuário onde Cristo entrou uma única vez, porque o seu sacrifício foi suficiente, é a morada de Deus, o céu dos céus, o trono da graça, o trona da majestade celestial, a habitação de Deus. Cristo como nosso Sumo Sacerdote está assentado à destra de Deus.

HAVENDO EFETUADO UMA ETERNA REDENÇÃO. O sacrifício da expiação e o ato da propiciação também envolvia a ação da redenção dos filhos de Israel. Os pecados dos judeus os tornavam escravos das suas iniquidades, mas a expiação os libertava. Com Cristo isso foi feito de forma perfeita, porque a redenção pela expiação e propiciação efetuadas pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, trouxe a eterna redenção.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Hebreus 9:11

Hebreus 9:11 - Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos de homens, isto é, não desta criação.
MAS VINDO. No texto anterior o autor faz uma introdução sobre o momento de transição entre a velha dispensação e a implantação por Jesus da nova dispensação da graça, o que ele chama de reforma. Agora, o escritor entra direto no assunto principal deste tema, que foi justamente a vinda do Messias de Deus, o Emanuel, Deus entre os homens, para mudar tudo. Este mudar tudo causou um impacto radical na vida religiosa dos hebreus, é tanto que muitos não aceitaram tal mudança e por isso rejeitaram a Cristo.

CRISTO. Geralmente o autor desta carta utiliza mais, somente o nome de Jesus, em vez de Jesus Cristo ou nosso Senhor Jesus Cristo, que é o título mais completo do nome do Filho de Deus. Porem, se percebe que foi de propósito do escritor usar neste ponto o sobrenome “Cristo” porque este adjetivo referente ao Messias de Deus, diz respeito ao ungido de Deus e o enviado de Deus Pai. Cristo fala da missão redentora do Messias.

O SUMO SACERDOTE. Os sumos sacerdotes constituídos conforme a legislação de Moisés, e de conformidade com a velha dispensação da lei, deveria ser da linhagem de Arão. No entanto, as profecias que falavam do sacerdócio de Cristo anunciavam que o Cristo de Deus, seria Sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. Assim sendo, Cristo foi constituído Sumo Sacerdote, não da linhagem de Arão nem de Levi.

DOS BENS FUTUROS. Os sacerdotes ou os sumos sacerdotes constituídos pelos filhos de Israel para ministrarem as coisas do tabernáculo ou dos templos de Jerusalém, todos eles ministravam sobre as coisas desta terra. Porem, o Cristo de Deus veio e foi feito Sumo Sacerdote por Deus para ministrar sobre as coisas futuras, ou seja, sobre as coisas eternas, que não hão de passar, porque sua aliança é superior ao pacto da lei de Moisés.

POR UM MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO. O tabernáculo ou tenda da congregação dos filhos de Israel não era algo eterno. Este mesmo santuário que foi construído por Moisés, estava sujeito ao desgaste do tempo, é tanto que só durou até o tempo de Davi. Mas o tabernáculo celestial sobre o qual Cristo ministra é maior, e superior e também é perfeito, porque é o próprio trono da graça de Deus onde Cristo está assentado a mão direita da majestade celestial, como Sumo Sacerdote eterno.

NÃO FEITO POR MÃOS DE HOMENS. O tabernáculo terreno, que fazia parte do culto de adoração dos filhos de Israel, onde ministravam os sacerdotes da tribo de Levi, e onde também faziam seus serviços os sumos sacerdotes da linha de Arão foi feito por mãos de homens, fracos, impuros e pecadores. Mas o céu dos céus, onde é o trono da majestade celestial, não foi feito pelas mãos dos homens, porque é a própria habitação de Deus.

ISTO É, NÃO DESTA GERAÇÃO. Tanto o tabernáculo administrado pelos sacerdotes da tribo de Levi era deste mundo, quanto os templos que foram construídos em Jerusalém também eram desta geração dos filhos dos homens. O lugar da habitação de Deus, onde Cristo é sumo Sacerdote é tão precioso que faz parte de uma outra dimensão da existência das coisas. Pertence à vida eterna, e as heranças eternas dos remidos de Cristo.

Hebreus 9:10

Hebreus 9:10 - Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da reforma.
CONSISTINDO SOMENTE. O autor quer dizer que as cerimônias realizadas no tabernáculo, com todos os objetos que nele haviam, os rituais, as ofertas e os sacrifícios, que agora, estavam se dando no templo construído por Herodes, não tinha valor espiritual. Até porque depois da implantação da nova dispensação da graça, a própria lei que instituía todos esses elementos e rituais, já não tinha mais seus efeitos como dantes, uma vez que, o evangelho suplantou a legislação de Moisés, porque o sacerdócio de Cristo é superior.

EM COMIDAS. O escritor fala das questões que envolviam os rituais no tempo em que esta carta foi escrita, em que as celebrações eram regadas com muitas comidas, em que os participantes se embrenhavam na comilança e na glutonaria. Por outro lado, existiam aqueles que pendiam para o asceticismo com rígidas restrições alimentar, seguindo uma lista interminável de alimentos proibidos. Nada disto tinha mais valor neste tempo.

E BEBIDAS. Os judeus, quando não eram de mais eram de menos. E ao que tudo indica, neste mesmo tempo em que esta carta foi escrita, já dentro da nova dispensação da graça, antes do templo de Jerusalém ser destruído, que os próprios sacerdotes estavam regando suas celebrações com muita bebida. Porem os mais ortodoxos, não tocavam nem no vinho que era comum sua ingestão, de forma medicamentosa pelos Hebreus.

E VÁRIAS ABLUÇÕES. Esta é uma frase que recai sobre a crítica do autor aos intermináveis rituais celebrados e praticados pelos sacerdotes no lugar santo, bem como pelo cerimonialismo artificial feito pelo próprio sumo sacerdote em suas celebrações. Neste sentido se aplicavam rituais de purificação de todos os objetos da cerimônia, como as mãos, os pés, todo o corpo do sacerdote, suas vestes, o lugar, e etc.

E JUSTIFICAÇÕES DA CARNE. Um pouco antes, o autor falava sobre que estes rituais não tinham mais efeitos na consciência dos participantes, porque um novo tempo, o tempo da reforma já havia chegado. Agora, o escritor sinaliza que estes rituais não passavam de justificação da carne. Isso porque, nada disto tinha mais valor em termos espirituais, uma vez que simplesmente cumpriam papeis religiosos, mas não santificavam a ninguém.

IMPOSTA ATÉ O TEMPO. Tudo o que se estava praticando nas celebrações do templo em Jerusalém, eram apenas cumprindo tabela impostas pela legislação de Moisés, porque os valores espirituais em tais celebrações já havia passado. A lei de Moisés com suas intermináveis proibições não estava mais servindo de meio para santificar os seus seguidores e cumpridores de suas regras, porque uma nova ordem de coisas estava em vigor, com a implantação da nova dispensação da graça de Deus e fé em Cristo Jesus.

DA REFORMA. Este tempo da reforma pode ser compreendido como sendo a vinda do Messias de Deus, que se manifestou para implantar a nova dispensação da graça. Realmente a vinda do Cristo de Deus mudou a forma de relacionamento entre Deus e os homens. A lei de Moisés deixou de ser o parâmetro de comunhão de Deus com os homens, sendo estabelecido o evangelho como regra de fé e prática cristã.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...