terça-feira, 16 de maio de 2017

Hebreus 10:3-4

Hebreus 10:3-4 - Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados. Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.
NESSES SACRIFÍCIOS. O autor esta se reportando aos sacrifícios sangrentos de animais que os sumos sacerdotes tinham que praticar para executar os serviços concernentes ao dia da expiação, em que um bezerro era sacrificado, e com seu sangue ele entrava no santo dos santos para fazer expiação pelos seus próprios pecados e de seus familiares, bem como um cordeiro também era sacrificado para que o sumo sacerdote oferecesse seu sangue no propiciatório, esse sim, pelos pecados dos filhos de Israel e pela nação.

POREM, CADA ANO. Quando se fala uma vez no ano, se refere ao dia da expiação, mas isso não quer dizer que neste dia o sumo sacerdote só entrava uma vez no santo dos santos. Segundo as tradições judaicas, pelo menos quatro vezes neste dia o sumo sacerdote adentrava no santo dos santos para realizar os seus serviços naquele lugar, isso com relação ao tabernáculo, porque no templo feito por Herodes tudo mudou.

SE FAZ COMEMORAÇÃO DOS PECADOS. A finalidade das celebrações concernente ao dia da expiação, que se comemorava no dia dez do sétimo mês, conforme o calendário judaico, era justamente para se comemorar o dia de expiação ou dia de perdão da parte de Deus aos pecados do seu povo. Quanto mais o povo hebreu pecava contra Deus e a sua lei, mais se fazia necessário o ritual deste dia, para aliviar a consciência do povo.

PORQUE É IMPOSSÍVEL QUE. No entanto, chegou-se à um tempo em que, os sacrifícios não mais aliviava o peso da consciência dos hebreus, porque os seus pecados mais e mais se multiplicavam. Quando não mais o tabernáculo estava de pé, e as celebrações começaram a ser realizadas no templo de Jerusalém, as coisas foram mais e mais piorando, e os cativeiros foram provas cabais de que o povo estava longe de Deus.

O SANGUE. Quando se fala de sangue está se falando da própria vida, porque desde tempos antigos que se acreditava que a vida estava no sangue. No tocante ao envolvimento de sangue em rituais de religiosidade, os pagãos sempre se utilizaram de sangue de animais e até de gente em suas celebrações. No judaísmo não foi diferente, e até certo ponto, as cerimônias envolvendo o tabernáculo se assemelhava aos outros povos, com o uso de sacrifícios sangrentos e matanças de animais em holocaustos.

DOS TOUROS E DOS BODES. O escritor se refere aos serviços concernentes ao dia da expiação, em que um bezerro era sacrificado, e com seu sangue o sumo sacerdote entrava no santo dos santos para fazer expiação pelos seus próprios pecados e de seus familiares, bem como um cordeiro também era sacrificado para que ele oferecesse seu sangue no propiciatório, esse sim, pelos pecados dos filhos de Israel e pela nação.

TIRE OS PECADOS. É impossível que o sangue de touros e de bodes tire os pecados do povo, é isso que o nosso escritor aos Hebreus tem a dizer aos seus leitores. Eis a razão porque Deus enviou seu Filho, o Messias, que é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, para que com o sacrifício de si mesmo, executando a expiação e a propiciação fizesse o resgate da humanidade com o seu preciosa sangue, que ele deu pala sua igreja.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Hebreus 10:2

Hebreus 10:2 - Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado.
DOUTRA MANEIRA. Os sacrifícios de animais, as ofertas de manjares, os rituais, as celebrações, os objetos sagrados, os próprios ministrantes, os serviços por eles realizados e o próprio tabernáculo, não resolviam o problema do pecado do povo. Até porque tudo isso era apenas sombra das realidades futuras, em que apontavam para Cristo e sua expiação, que resultou na redenção da humanidade, bem como nos efeitos de sua propiciação, em que por meio dela, Deus estava reconciliando consigo todas as coisas.

TERIAM DEIXADO DE OFERECER. Para nós, os gentios convertidos do paganismo ao cristianismo, todos estes assuntos que o autor persiste em explicar em seus detalhes, parece um tanto sem sentido. Mas para o próprio escritor, que certamente era um seguidor do judaísmo que se converteu ao cristianismo, tinha uma importância fundamental, bem como para seus leitores que eram hebreus, e que agora eram cristãos.

PORQUE, PURIFICADOS. Se a consciência dos participantes dos rituais de purificação se sentisse melhor, com o alívio de seus pensamentos e não sentissem mais peso em suas consciências, certamente teriam cessado de oferecer os mesmos sacrifícios. Porque uma vez purificados, não sentiriam mais remorso dos seus pecados praticados, como que precisando de contínuas repetições dos mesmos sacrifícios ano após ano no tabernáculo.

UMA VEZ. A repetição dos mesmos sacrifícios todos os anos, no dia da propiciação, pelos sumos sacerdotes já sinalizava de que, os participantes destes rituais e celebrações não estavam libertos da culpa dos seus pecados. Diferente do que acontece com os remidos de Cristo, que são conscientes de que, o sacrifício perfeito de Cristo, como ato de expiação é suficiente para alcançarmos o perdão de Deus e o acesso a ele com confiança.

OS MINISTRANTES. Os historiadores nos contam de que houve tempo em Israel que a ofertas de manjares e o sacrifício de animais eram tantos, que os sacerdotes e principalmente o sumo sacerdote não davam conta de suas atividades. E isso foi assim, porque o povo se sentia tão culpado, e o peso na consciência era tão grande, que os hebreus lutavam para se livrarem de seus remorsos. O livro de lamentações representa muito bem este tempo de angustia do povo judeu, por conta dos seus muitos pecados.

NUNCA MAIS. Na realidade os sacrifícios de animais pelo derramamento de muito sangue eram apenas rituais religiosos, que em determinado momento não chegavam como cheiro suave diante das narinas de Deus. Se os rituais resolvessem o problema do pecado do povo, nunca mais seria necessário se repetir os mesos sacrifícios, isso porque, o povo estaria com suas mentes aliviadas de qualquer culpa, e não sentiriam mais remorso.

TERIAM CONSCIÊNCIA DE PECADOS. Desde o começo, quando Adão e Eva pecaram contra o Senhor, que o pecado passou a ser um espinho no calcanhar dos seres humanos. Porque quando o homem peca contra o seu Criador, sua consciência é prontamente afetada. Assim sendo, o ser humano sente o desejo de aliviar o peso de sua consciência, o que os sacrifícios de animais impostos pela legislação de Moisés não pode resolver.

sábado, 13 de maio de 2017

Hebreus 10:1

Hebreus 10:1 - Porque tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam.
PORQUE TENDO A LEI. É claro que o autor se refere à lei de Moisés, que fora dada pelo Senhor e escrita pelo grande legislador Moisés para os filhos de Israel. Deus prometeu ao patriarca Abraão que de seus descendentes faria uma grande nação, no momento certo os introduzindo em uma terra que manava leite e mel, Canaã. Assim fez o Senhor, e para que Israel fosse uma nação independente, precisava de leis boas para que o povo convivesse em sociedade. A lei de Moisés não era só religiosa, mas ela era cível também.

A SOMBRA DOS BENS FUTUROS. Prevendo Deus coisas melhores e bênçãos maiores para o seu povo, ele enviou a lei de Moisés que serviu de aio, aos verdadeiros herdeiros das promessas do Deus eterno, a igreja de Cristo. Entende-se com isso que, a lei não representava o plano total de Deus para os filhos dos homens, mas que ela apenas era uma sombra das realidades melhores, e do que o Criador planejava para a humanidade.

E NÃO A IMAGEM EXATA DAS COISAS. As Escrituras falam sobre a lei, já dentro das páginas do Novo Testamento, como algo que representa apenas uma sombra daquilo que vinha a ser real, o evangelho, como também chama apenas de imagem da realidade. E ainda como algo que se tornou velho e que logo haveria de passar, coisa obsoleta que não mais tinha validade, isso porque o evangelho suplantou a legislação de Moisés.

NUNCA, PELOS MESMOS SACRIFÍCIOS. De forma que, as celebrações feitas pelos filhos de Israel, os serviços prestados pelos sacerdotes e pelos próprios sumos sacerdotes, os holocaustos e sacrifícios de animais, as ofertas de manjares, o dia da expiação e o próprio tabernáculo não representavam a verdade última sobre os projetos de Deus para o homem. Tudo isso eram apenas representações simbólicas do que haveria de vir depois.

QUE CONTINUAMENTE SE OFERECEM CADA ANO. Neste ponto, o escritor se reporta ao dia da expiação que era celebrado no dia dez do sétimo mês, do calendário dos judeus. Este dia era importante para o povo judeu, porque nem mesmo a rigidez da legislação de Moisés tinha aperfeiçoado os filhos de Israel para que não pecasse. E por conta dos muitos erros e transgressões dos judeus, havia a necessidade da expiação pelo pecado.

PODEM APERFEIÇOAR. A própria lei de Moisés foi dada aos filhos de Israel com o objetivo de corrigir as imperfeições dos hebreus, o que não ocorreu. Portanto, a expiação surgiu com o intuito de purificar o povo, que se encontrava manchado, por causa dos seus muitos pecados. Não demorou muito, até que o próprio tabernáculo desaparecesse da face da terra, sendo substituído pelos templos, totalmente diferentes do tabernáculo.

OS QUE A ELES SE CHEGAM. Quanto mais o tempo avançava, mais o povo se tornava cheio de falhas, sendo levado pela desobediência, a legislação de Moisés, isso porque, os muitos sacrifícios não aperfeiçoava o povo. Os sacerdotes da tribo de Levi viviam de forma frenética oferecendo sacrifícios e não se aperfeiçoavam quanto à lei. Os próprios sumos sacerdotes iam de mal a pior. Ninguém conseguia a santificação pelos rituais.

Hebreus 9:28

Hebreus 9:28 - Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.
ASSIM TAMBÉM CRISTO. Os eruditos do Velho Testamento demonstram muitas passagens bíblicas das literaturas dos hebreus com a epifania de Cristo, mas não como homem. Porque a humanização do Messias de Deus se deu uma única vez, na pessoa bendita de Jesus de Nazaré, quando ele assumiu a natureza humana. Filipenses 2:7 - Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. Nisto se cumpre aquela palavra que diz: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós.

OFERECENDO-SE UMA VEZ. Ainda sobre a expiação, os sumos sacerdotes da antiga aliança sempre a cada ano repetiam o sacrifício de um cordeiro para fazer expiação pelos pecados dos filhos de Israel. À perfeita expiação do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, foi tão completa e bem aceita diante de Deus, como ato de propiciação, que só precisou ser feita uma única vez, isso foi o suficiente para fazer a reconciliação.

PARA TIRAR OS PECADOS DE MUITOS. Por isso que o Cristo de Deus é chamado de Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Enquanto a expiação realizada pelos sumos sacerdotes da antiga aliança cobria o pecado do povo, o sacrifício de Cristo aboliu os efeitos do pecado na vida dos seus remidos. Conforme o próprio texto afirma, a redenção de Cristo alcançou a muitos, e não a todos, se bem que, se pode aplicar a todos.

APARECERÁ SEGUNDA VEZ. Esta referência é direta a segunda vinda de Cristo para arrebatar a sua igreja, que ele comprou com seu sacrifício de amor. A volta de Cristo para buscar os seus remidos é a grande esperança da igreja amada do Senhor Jesus. Os cristãos primitivos não imaginavam que haveria este hiato de tempo, entre a ascensão do Senhor Jesus e a sua gloriosa volta para levar os seus escolhidos de todos os povos. Estamos vendo se cumprir os sinais que antecedem a volta eminente do Filho de Deus.

SEM PECADO. Não que, na primeira vinda do Cristo Salvador, ele tivesse pecado, o evangelho declara que ele não pecou, não errou nem falhou. Mas na primeira vinda, ele tomou sobre si mesmo os nossos pecados (Isaías 53:5) e por conta disto ele teve que pagar um alto preço de redenção. Porem, em sua vinda para arrebatar seus remidos, ele não mais terá que sofrer os efeitos da expiação e propiciação, que já fora realizadas.

AOS QUE O ESPERAM. A igreja do primeiro século esperava o retorno de Jesus, o Salvador, ainda em seus dias, bem como a igreja de todos os tempos também e principalmente à igreja remida destes últimos dias. Esperar a Cristo é estar preparado para o grande dia do encontro com o Mestre, ele que como Sumo Sacerdote, hoje está à destra de Deus intercedendo pelos seus remidos. Esta esperança nunca há de morrer.

PARA A SALVAÇÃO. A salvação dos remidos de Cristo começou quando o Cristo de Deus realizou a redenção da sua igreja. Da parte humana tem seu primeiro passo, quando o homem exerce sua fé no nome de Cristo, e em um verdadeiro arrependimento entrega sua alma aos cuidados do Senhor Jesus. Esta salvação vai ter seu grande salto de qualidade quando da volta de Cristo, para que os remidos tomem posse da vida eterna.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Hebreus 9:27

Hebreus 9:27 - E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo.
E COMO. Este é um texto bastante utilizado pelos evangelistas nas pregações para aquelas pessoas que ainda não receberam a Cristo como Senhor e Salvador, bem como para evangelizar aquelas outras pessoas que defendem a viagem da alma por várias vidas na terra, por meio da reencarnação. Além do mais, esta também é uma mensagem reveladora sobre o destino eterno de todos os moradores da terra, em que mostra algo importante sobre o destino futuro da alma, que conforme as Escrituras é imortal.

AOS HOMENS. Neste particular, a revelação de Deus é bem clara no tocante a sua história, sua vida e seu destino. O homem ou o ser humano, porque quando se fala sobre o homem, neste caso, está se falando também da mulher, porque é uma citação genérica. O ser humano é uma criação especial de Deus, e a prova disto é que o Senhor fez o homem, conforme a sua imagem, e isso nos ensina que Deus tem negócio com o homem, por isso que, ele intervém na vida dos homens, sempre para o seu bem e sua felicidade.

ESTÁ ORDENADO. Sendo o homem uma criação especial da parte de Deus, o Criador também tem determinado tudo em sua vida. Foi o Senhor quem criou o homem sobre a terra, e é o Todo-poderoso quem permite o nascimento de cada um, o dia do seu nascimento, tudo que acontece com cada ser humano é acompanhado pelos olhos do Criador, quando o homem permite, o Senhor dirige seus passos e ordena o seu destino.

MORREREM. Conforme o que nos ensina as Santas Escrituras, o homem foi criado para não morrer, porem, a morte dos seres humanos é uma consequência da desobediência às ordens do Criador. No entanto, após a queda, ainda no Jardim do Éden, ficou ordenado o homem morrer, e isso diz respeito à morte física ou orgânica, essa é a morte do corpo, separação corpo e alma, porque a alma nunca morre eternamente, porque ela é imortal.

UMA VEZ. Neste caso, não há lugar para a reencarnação, quem nasce no planeta terra, tem que partir desta dimensão da existência para a outra, portanto, não pode mais retornar a nascer e morrer outra vez. E isso não é uma ideia religiosa de quem prega a verdade, conforme o que está ordenado e determinado por Deus, morreu, não retorna mais, segue então o seu destino eterno da alma, seja para a vida ou para a condenação.

VINDO DEPOIS DISTO. Existe uma certa discussão neste ponto por alguns teólogos, quanto ao tempo, porque alguns defendem de que, logo após a morte do ser humano, segue-se já o julgamento. Mas outros defendem que, quando alguém parte desta existência terrena por meio da morte física, sua alma terá que aguardar um longo tempo, até que seja determinado o seu destino final, com a condenação ou a vida eterna.

O JUÍZO. Neste texto, a palavra “juízo” fala sobre o julgamento das obras dos filhos dos homens, que determinará o seu destino eterno. A partir do momento em que se dá a morte física, já começa este julgamento, porque os salvos irão para o paraíso, aguardar a volta de Cristo. Enquanto que, os ímpios ou incrédulos, conforme a bíblia, irão para o hades, lugar de sofrimentos, aguardar o dia do juízo final, onde serão condenados.

Hebreus 9:26

Hebreus 9:26 - De outra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
DE OUTRA MANEIRA, NECESSÁRIO LHE FORA PADECER. Se a expiação de Cristo seguisse o mesmo modo pelo qual era feito pelos sumos sacerdotes da antiga aliança, em que todos os anos, no dia da expiação, se oferecia sacrifícios para remissão dos pecados. Se o sacrifício de Cristo fosse seguir estas recomendações da lei, então ele teria vindo muitas vezes ao mundo, para ser morto em um ato de propiciação. Mas Deus não quis assim, antes ele determinou que Cristo padecesse uma única vez para tirar o pecado do mundo.

MUITAS VEZES DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO. Na verdade, que já no Jardim do Éden quando da queda da raça humana por meio de Adão e Eva, o Criador prometeu a redenção (Gênesis 3:15). E esta redenção não teve cumprimento com os atos de expiação realizados no tabernáculo, quando os sumos sacerdotes entravam para interceder pelo povo. Mas em Cristo sim, porque ele pagou o preço do resgate pela humanidade.

MAS AGORA. Este agora, se refere à entrada do Messias de Deus no mundo, há mais de dois mil anos atrás, para idealizar a verdadeira redenção da humanidade. Muitos comentaristas bíblicos, bem como grande parte dos teólogos defendem que, a morte expiatória de Cristo teve efeitos positivos até para aqueles que viveram nos tempos mais remotos da humanidade. Este agora, também aponta para a nova dispensação da graça.

NA CONSUMAÇÃO DOS SÉCULOS. Os escritores dos tempos da igreja primitiva não enxergavam o hiato de tempo que haveria entre a primeira vinda de Cristo, como homem, e a sua segunda vinda para o arrebatamento da igreja. Além do mais, eles achavam que já estavam nos fins dos dias, o que neste ponto, o escritor chama de consumação dos séculos. A igreja de hoje também acredita que estamos neste tempo.

UMA VEZ SE MANIFESTOU. O autor fala da primeira vinda do Cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo. Não foi necessário o Cristo de Deus se manifestar várias vezes, nem ser sacrificado muitas vezes, como acontecia com a expiação realizada pelos sumos sacerdotes, no dia da expiação. Mas a obra de propiciação de Cristo foi suficiente para que feita a redenção, não mais fosse necessário se repetir os seus sofrimentos.

PARA ANIQUILAR O PECADO. Desde a queda da raça humana, que o grande problema da humanidade sempre foi o pecado com suas consequências. Cristo se manifestou uma única vez, para aniquilar o pecado e tornar nulas suas consequências. Agora, quem está em Cristo, quem vive para Cristo e com Cristo, o pecado já não tem domínio sobre ele, isso porque, Cristo baniu os efeitos condenatórios do pecado sobre a alma dos remidos.

PELO SACRIFÍCIO DE SI MESMO. Os sacerdotes faziam sacrifícios continuamente de animais e o sumo sacerdote entrava no santo dos santos com o sangue de um bezerro e de um cordeiro pelos pecados do povo. Mas o Cordeiro de Deus resolveu definitivamente o pecado da humanidade, com o sacrifício de si mesmo. Não foi com sangue de bezerros nem de bodes, mas ele deu a sua própria vida para nos redimir dos nossos pecados.

Hebreus 9:25

Hebreus 9:25 - Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio.
NEM TAMBÉM PARA A SI MESMO. Os sacerdotes da tribo de Levi viviam em ativismo religioso de contínuo para oferecer sacrifícios e ofertas de gratidão pelo povo perante o lugar santos e o sumo sacerdote da linhagem de Arão não perdia a oportunidade de no dia da expiação ter o privilégio de se apresentar no santo dos santos como representante do povo. Esse exibicionismo dos sacerdotes já era um teatro de cenas recorrentes.

SE OFERECER. No caso de Cristo foi diferente, ele já veio como sendo o Messias de Deus, com a missão de por uma única vez, fazer a obra perpétua de redenção da humanidade. Isso porque, diferente da antiga aliança, a sua propiciação foi perfeita em termo de sacrifício eficaz para produzir a reconciliação de Deus com os homens. O Cordeiro de Deus não precisa repetir seu sacrifício expiatório, porque sua obra de redenção foi completa e teve a capacidade de produzir como resultado a verdadeira paz universal.

MUITAS VEZES. Todos os anos, no dia da expiação, que era celebrado no dia dez do sétimo mês do calendário judaísmo, os sumos sacerdotes repetiam todos os anos, os mesmos sacrifícios em prol do povo, com o derramamento do sangue de um bezerro e de um cordeiro. Mas por que isso teria que ser repetido todos os anos? Porque segundo o evangelho, os rituais da antiga dispensação da lei, não tirava o pecado do povo, apenas cobria as iniquidades dos filhos de Israel, com isso entende-se que não santificava o povo.

COMO O SUMO SACERDOTE. Como o tabernáculo era dividido em dois lugares, o lugar santo e o lugar santo dos santos. No lugar santo, eram executadas as atividades dos sacerdotes comuns, que eram da tribo de Levi. Enquanto que, no lugar santíssimo ou santo dos santos, somente os sumos sacerdotes entravam para comparecer perante a presença de Deus para interceder por si mesmo, pelos seus e principalmente pelo povo.

CADA ANO. Tudo isso ocorria de conformidade com as determinações da lei de Moisés, e no caso do tabernáculo, isso se cumpriu até que ele durou sobre a terra de Israel, provavelmente até o tempo de Davi. Esse era o dia da expiação em que o sumo sacerdote se apresentava no lugar santíssimo com sangue de animais para fazer expiação pelos pecados, primeiro os dele próprios, dos seus familiares e do povo, principalmente.

ENTRA NO SANTUÁRIO. Não era qualquer um que podia entrar no santo dos santos ou no lugar santíssimo, somente os sumos sacerdotes da linhagem de Arão é que estavam autorizados a penetrarem após o segundo véu. Se amarrava uma corda na perna do sumo sacerdote, porque se seu sacrifício não fosse aceito e ele não estivesse digno de entrar neste lugar, poderia ser morto lá dentro e era puxado pela corda amarrada na perna.

COM SANGUE ALHEIO. Provavelmente o sacrifício era feito no lado externo do tabernáculo, no altar dos holocaustos, e o sacerdote já entrava com o sangue do bezerro que era oferecido em seu favor e de seus familiares. E também com o sangue do cordeiro que fora sacrificado em favor do povo. Sem falar que o segundo cordeiro era enviado para o deserto, simbolicamente levando os pecados do povo sobre si mesmo.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...