segunda-feira, 19 de julho de 2021

Atos 22.1-2

Atos 22.1-2 - Homens, irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós. (E, quando ouviram falar-lhes em língua hebraica, maior silêncio guardaram). E disse.
HOMENS, IRMÃOS. Esta forma de se dirigir aos ouvintes hebreus era peculiar aos mais ilustres dos judeus, por isso que Paulo desta forma se identificava com os seus espectadores, ao ponto de cativar a atenção de todos. Os judeus se consideravam irmãos, não porque tinha suas origens em Adão e Eva, mas porque eles tinham sua raiz principal em termos de descendência, em Abraão, Isaque e Jacó. Já os cristãos se consideram como irmãos uns dos outros, porque se diz que somos filhos de Deus. E PAIS. Chamar um israelita de pai era na realidade se dirigir a ele com o maior respeito possível, porque assim dizia que tal pessoa era a continuidade de seus mais ilustres antepassados Abraão, Isaque e Jacó. Estas três personagens, de acordo com o pensamento do povo hebreu, quem deram origem a uma nação inteira chamada de Israel. Desta forma se dirigindo aos judeus, Paulo agora contava com o respeito deles. OUVI AGORA A MINHA DEFESA. Parece-nos, que o apóstolo dos gentios não estava tão preocupado em fazer sua defesa perante o tribuno, e, portanto, perante as autoridades romanas, o quanto ele desejava se justificar diante dos seus irmãos judeus. O mais precioso para Paulo neste momento era justamente poder contar com a atenção dos seus conterrâneos para de forma clara mostrar o evangelho de Jesus. PERANTE VÓS. Não que em outras oportunidades, quando ainda no mundo gentílico Paulo não tivesse pregado para os judeus, pelo contrário, aonde chegava, em uma nova cidade, onde não havia igreja, a primeira coisa que ele fazia era procurar aos judeus, seus irmãos. Mas, esta oportunidade era especial para o apóstolo, porque ele tinha a chance de ouro para pregar nas ruas de Jerusalém e para os judeus seguidores do tradicional judaísmo, eles que estavam participando da festa de Pentecostes. E QUANDO OUVIRAM FALAR-LHES. O Espírito Santo estava agindo poderosamente na vida de todos os presentes para que a mensagem do evangelho chegasse aos ouvidos e ao coração de muitos dos judeus. Verdade é que os judeus tinham seus corações duros para não crerem nos elementos da nova aliança de Deus com a humanidade, mas a realidade e que estavam todos sedentos para ouvirem a palavra do Deus de Israel. EM LÍNGUA HEBRAICA. Neste momento, em praticamente todo o país de Israel, a língua mais falada era o aramaico, idioma este que surgiu depois que Israel voltou dos cativeiros assírio e babilônico. Todavia, os judeus também conheciam muito bem o hebraico, porque suas Escrituras mais antigas eram escritas nesta língua tão importante para o povo judeu. Podemos afirmar que esta foi uma estratégia de Paulo. MAIOR SILÊNCIA GUARDARAM, E DISSE. Não foi por um acaso que o apóstolo quis falar no idioma hebraico para o povo judeu, porém agindo desta maneira ele tinha maior chance de cativar a atenção dos seus ouvintes. A estratégia de Paulo deu certo e ele conseguiu seu objetivo em que o silêncio passou a reinar e com isso Paulo teve a oportunidade feliz de falar com liberdade o evangelho para os seus conterrâneos. A partir de agora, Paulo faz um resumo de sua conversão até que foi para os gentios.

domingo, 18 de julho de 2021

Atos 21:40

Atos 21:40 - E, havendo-lho permitido, Paulo, pondo-se em pé nas escadas, fez sinal com a mão ao povo; e, feito grande silêncio, falou-lhes em língua hebraica, dizendo.
E, HAVENDO-LHO PERMITIDO. Quando Paulo pediu permissão ao tribuno para falar ao povo judeus é porque ele tinha plena consciência e conhecimento que se encontrava sob custódia da autoridade romana, e com isso, não podia desfrutar de nenhum direito. No entanto, a partir do momento em que o tribuno sabia quem era Paulo, e isso foi dito no versículo anterior, agora, o tribuno tinha receio de que Paulo, por direito, poderia nos tribunais o acusar de negar seus direitos como cidadão romano. PAULO. Verdade é que o apóstolo dos gentios não teve a oportunidade de falar tudo a seu respeito para o tribuno, mas pelo menos duas informações foram suficiente para que ele ganhasse o respeito da autoridade romana. Neste momento de seu ministério, como apóstolo dos gentios, Paulo era um homem muito conhecido em muitas partes do mundo, e um dos líderes do cristianismo mais respeitado pelos cristãos gentílicos. PONDO-SE DE PÉ NAS ESCADAS. Somente quem vive para Deus e com Deus tem uma disposição desta, de depois de ser quase lixado publicamente, ainda se por de pé e enfrentar uma multidão enfurecida. Certamente, o apóstolo se posicionou em um degrau mais alto para que pudesse ser visto por todos, bem como para que sua voz pudesse chegar ao maior número possível de ouvintes. Não há dúvida que Paulo, neste momento, concentrou suas últimas forças para se por de pé e pregar para os judeus. FEZ SINAL COM A MÃO. Este gesto era feito pelos líderes do judaísmo, quando desejavam falar para os filhos de Israel, bem como este era um sinal dado pelas autoridades romanas quando desejavam fazer alguma comunicação para a população. Apesar de se encontrar em uma situação de vulnerabilidade, mas Paulo não perdeu sua dignidade, em agir com grandeza, até mesmo diante dos seus muitos opositores. AO POVO. Como Paulo estava fora do templo de Jerusalém, ou seja, em plena rua, podemos afirmar com certeza que a multidão que estava presente neste momento era composta na sua grande maioria de judeus, mais também haviam os prosélitos do judaísmo, que nos tempos festivos frequentavam a cidade de Jerusalém, mesmo sem participarem das celebrações que eram realizadas dentro do templo com os hebreus. E FEITO GRANDE SILÊNCIO. Podemos declarar com segurança que Deus estava no controle dos fatos, e que neste momento, o Espírito de Deus entrou em ação, no sentido de acalmar os mais exaltados, ao ponto de se calarem todos. Percebe-se que muitos dos que estavam presentes, nem sabiam do que estava acontecendo, e por isso, desejavam saber das razões porque aquele homem estava sendo tão hostilizado. FALOU-LHES EM LÍNGUA HEBRAICA, DIZENDO. Assim como o tribuno pensava que Paulo fosse o egípcio, que fez grande movimento contra os judeus e os romanos, do mesmo modo, muitos da multidão também poderiam imaginar que Paulo fosse mesmo o egípcio. O fato de Paulo começar a falar em sua língua original, como judeu que era, isso deve ter provocado um grande impacto para seus ouvintes. Este era um momento impar para o apóstolo Paulo, pois ele tinha a chance de pregar o evangelho.

Atos 21:39

Atos 21:39 - Mas Paulo lhe disse: Na verdade que sou um homem judeu, cidadão de Tarso, cidade não pouco célebre na Cilícia; rogo-te, porém, que me permitas falar ao povo.
MAS PAULO LHE DISSE. Antes mesmo que o tribuno entrasse com Paulo na fortaleza, ele começou o seu interrogatório, porque interessava a ele, que a resposta de Paulo correspondesse a sua pergunta anterior, em que o tribuno lhe perguntou se ele era o egípcio. Estabelecido este diálogo entre as duas partes, agora Paulo tinha a chance de esclarecer quem realmente ele era. O fato é que o apóstolo ficou muito tempo fora de Jerusalém, razão porque o tribuno não o conhecia, por isso o confundiu com outro. NA VERDADE QUE SOU. A resposta de Paulo corresponde a uma decepção para o tribuno, uma vez que, este homem esperava ter encontrado um fugitivo muito importante da Palestina. Se Paulo fosse o tal de egípcio citado pelo tribuno, isso significava que esta autoridade ganharia honraria dos seus superiores, uma vez que, este egípcio representava um grande perigo para os judeus, como também para Roma. UM HOMEM JUDEU. Para decepção do tribuno, e para espanto seu, o prisioneiro afirma que não era do Egito, mas que fazia parte do mesmo povo ao qual o tribuno respeitava e servia por meio do exercito romano. Neste momento da história do povo de Israel, os romanos guardavam boas relações com os judeus, e até certo ponto, os romanos faziam de tudo para não terem problemas com o povo de Israel, os judeus. CIDADÃO DE TARSO. Ao declarar suas origens ao tribuno, Paulo já começava a pedir respeito àquela autoridade, declarando que ele não era qualquer um, mais que era de fato uma pessoa importante e que merecia respeito. Os historiadores afirmam que os cidadãos de Tarso na Cilícia tinham todos cidadania romana, o que deve ter ocasionado espanto para o tribuno, uma vez que ele estava prendendo alguém que gozava de privilégios avançados e que não poderia ser preso por qualquer motivo. CIDADE NÃO POUCO CÉLEBRE NA CILÍCIA. Com estas declarações feitas por Paulo o tribuno deve ter ficado chocado, pois sabia da importância que tinha a cidade de Tarso na grande região da Cilícia. A cidade de Tarso tinha uma importância comercial bem como cultural tão avançada que era chamada de cidade independente, título este dado pelas autoridades romanas somente a cidades de relevância muito pujante. ROGO-TE, POREM, QUE ME PERMITAS. Quando Paulo afirma ser um cidadão judeu e acima de tudo um cidadão de Tarso na Cilícia ele se pôs a posição que lhe era devida por direito, e isso lhe pôs em um bom patamar perante o tribuno. Porém, com humildade o servo de Deus roga ao tribuno algo que lhe era muito importante para ele naquele momento. Mais uma vez Paulo reconhece que estava diante de um tribuno. FALAR AO POVO. Resolvido em parte o impasse com a autoridade romano de que ele, Paulo não era o egípcio, agora, o apóstolo tentaria resolver um problema de engano perante a sociedade dos judeus. Na verdade, o apóstolo desejava mesmo era pregar para os seus conterrâneos, coisa que ele sempre gostou de fazer, no sentido de ganhar os judeus para Cristo Jesus, o que ele nunca deixou de fazer por onde passou.

Atos 21:38

Atos 21:38 - Não és tu porventura aquele egípcio que antes destes dias fez uma sedição e levou ao deserto quatro mil salteadores?
NÃO ÉS TU PORVENTURA. A pergunta do tribuno demostra que ele havia guardado a Paulo, não porque o conhecesse, nem porque desejava livrá-lo dos seus opositores, mas por traz desta prisão haviam outros interesses. Quando o tribuno se encontrou com Paulo, em meio ao tumulto, ele havia feita a seguinte pergunta, quem és tu e o que fizestes? Todavia, o tumulto da multidão e a gritaria geral, não deu oportunidade para que o comandante obtivesse sua resposta do grande apóstolo Paulo. AQUELE EGÍPCIO. Nem o Novo Testamento, nem também as literaturas históricas dos hebreus falam sobre o nome deste sedutor, que não muito tempo atrás promoveu um grande movimento de revolta contra os judeus e contra os romanos também. Se o tribuno estivesse acertando no prisioneiro citado por ele, certamente estaria se dando bem, uma vez que, este egípcio ao qual ele se reporta era muito procurado por todos. QUE ANTES. Neste mesmo tempo, em toda a Palestina e até onde dominava o império político de Roma, as pessoas se encontravam desgarradas, pobres e sem esperança. Com este estado de miséria, acreditavam em qualquer um que aparecesse com uma proposta de libertação do julgo de Roma e das altas cargas tributárias de suas autoridades. Este egípcio apareceu no deserto, pregando que as nações deviam se rebelar contra os seus dominadores, por meio de guerras civis e revoltas populares. DESTES DIAS. Não fazia muito tempo em que o fato relatado pelo tribuno havia acontecido em Israel e em outras partes da Palestina, que foi justamente no governo de Cláudio, aproximadamente três anos passados. No caso dos judeus, este egípcio juntamente com seus seguidores, mataram muitos dos filhos de Israel, porque eles se infiltravam no meio do povo, nos eventos religiosos e com adagas assassinavam os hebreus. Porem, o grupo foi disperso, e o líder, o egípcio conseguiu escapar com vida. FEZ UMA SEDIÇÃO. Esta expressão feita pelo tribuno fala a respeito da forma em como o egípcio convenceu uma grande quantidade de palestinos em torno de sua causa, que era uma campanha contra os judeus, bem como contra os romanos. Em meio as crises da humanidade sempre apareceram os salvadores da pátria com suas teorias revolucionarias, que o povo termina acreditando, pois, não ver outra solução. E LEVOU AO DESERTO. Isso não só aconteceu com este egípcio, mais muitos outros fizeram o mesmo durante a dominação do império romano. Nas cidades não tinha como formar estas gangues, porque os exércitos romanos não permitiam, por isso que, estes bandos geralmente eram formados em regiões desertas. Com o isolamento do bando, o egípcio teve a oportunidade de fazer sua lavagem cerebral em todos. QUATRO MIL SALTEADORES? Não temos como saber como se chegou a este número de quatro mil homens, quando os historiadores falam de que eram muito mais do que isto. Quais eram as atividades destes homens que estavam sendo dominados pelo egípcio? Quando o texto diz que eram salteadores, é que eles passaram a invadir propriedades e comerciantes para sobreviverem no deserto, isolados do mundo todo.

Atos 21:37

Atos 21:37 - E, quando iam a introduzir Paulo na fortaleza, disse Paulo ao tribuno: É-me permitido dizer-te alguma coisa? E ele disse: Sabes o grego?
E, QUANDO IAM INTRODUZIR. Agora, Paulo já não corria o mesmo risco de antes, enquanto estava nas mãos dos seus opositores, até porque, os soldados romanos já estavam prestes a introduzi-lo na fortaleza de Antônia. Mas, não temos como saber se o apóstolo se sentia mais seguro ou não, até porque, as autoridades romanas eram cruéis com aqueles que se faziam motivos de motins na cidade de Jerusalém. É provável que o apóstolo tivesse receio do que lhe poderia acontecer na fortaleza. PAULO. A vida do apóstolo dos gentios não tinha nada sido fácil até este momento, desde o dia em que decidiu fazer a obra de Deus e como missionário a disposição do reino de Cristo levar as boas novas do evangelho de Cristo as nações. Porem, dias mais complicados ainda lhe esperavam, e para isso, ele já havia sido aviso do Deus, que sua chegada na cidade de Jerusalém seria motivo para que fosse perseguido e preso. NA FORTALEZA. Não era qualquer um que seria levado para dentro desta fortaleza na cidade de Jerusalém, uma vez que, haviam as prisões públicas, em que os presos comuns eram colocados. No entanto, aqueles presos diretamente pelo tribuno ou pelos centuriões, e que tinham importância política ou religiosa de grande repercussão, esses sim, eram levados para esta fortaleza, a fim de ser feito um severo interrogatório, e pela intensa investigação se descobrir porque era um preso político. DISSE PAULO AO TRIBUNO. Há quem diga que Paulo tenha ficado com receio de entrar dentro da fortaleza, sem antes, dar uma justificativa perante os seus conterrâneos judeus, até porque ele não sabia o que lhe poderia acontecer depois de cruzar os portões da fortaleza. O apóstolo só queria uma chance de se explicar perante o povo judeu porque exercia seu ministério pregando as boas novas de Cristo Jesus. É-ME PERMITIDO. Paulo sabia que estava sob custódia do Estado romano, e como tal, ele devia total e absoluta submissão à autoridade do império que o havia dado ordem de prisão. Além do mais, o apóstolo tinha pleno conhecimento das leis dos judeus, bem como das leis romanas, haja vista que ele era um homem de muita experiência, sabendo entrar e sair em qualquer lugar e de qualquer situação, até as mais difíceis. DIZER-TE ALGUMA COISA? Um pouco antes, o tribuno tinha feito duas perguntas a Paulo, porém, por causa do alvoroço da multidão e da gritaria, não foi possível que o tribuno obtivesse as respostas de Paulo. Atos 21:33 - Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu e o mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito. Agora, que as coisas já estavam controladas, então, era o apóstolo quem desejava perguntar alguma coisa para o tribuno, ele que o conduzia à fortaleza. E ELE DISSE: SABES O GREGO? Esta pergunta foi feita pelo tribuno para Paulo, se ele conhecia o grego. Na realidade, mesmo antes de se converter ao cristianismo, Paulo era uma autoridade importante dos judeus, e como tal, ele precisava conhecer os principais idiomas daquela época, e principalmente o grego, que era a língua oficial do império político de Roma. E como missionário transcultural precisava saber o grego.

Atos 21:35-36

Atos 21:35-36 - E sucedeu que, chegando às escadas, os soldados tiveram de lhe pegar por causa da violência da multidão. Porque a multidão do povo o seguia, clamando: Mata-o!
E SUCEDEU QUE. Houve a deliberação sábia por parte do tribuno para que tirasse a Paulo do local hostil em que ele se encontrava, porque os seus opositores e os mais exaltados desejavam mesmo era tirar-lhe a vida. Agora, os soldados tinham a responsabilidade de cumprir a ordem do tribuno, conduzindo com segurança o preso, que nem sabiam quem era, nem porque estava nesta situação de perigo. Portanto, começaram a caminhar em direção da fortaleza, onde havia a prisão real ou cela. CHEGANDO A ESCADARIA. A torre de Antônia, ou fortaleza, ou ainda quartel general do exercido romano em Jerusalém ficava em um local bastante alto, contendo ainda quatro torres, com uma delas mais altas que as demais, onde possivelmente ficava o tribuno, tendo a oportunidade de ver todo o templo, bem como grande parte da cidade de Jerusalém. Para chegar à fortaleza tinha que subir por vários degraus. OS SOLDADOS TIVERAM DE LHE PEGAR. O escritor faz a descrição dos detalhes destas narrativas, em confirmação de que ele mesmo presenciou os fatos ocorridos com Paulo e seus algozes inimigos. Não temos como saber se o tribuno deu uma ordem ou não para que os soldados tomassem a Paulo e o carregasse nos braços. O que podemos conjecturar é que se percebeu a gravidade do momento e que se precisava apressar os passos, com o objetivo de evitar algo mais grave da multidão enfurecida. POR CAUSA DA VIOLÊNCIA. Os judeus da Ásia eram muitos e também conseguiram reunir muito mais dos cidadãos comuns que unânimes queria o lixamento do apóstolo Paulo. Agora, não era somente Paulo que estava em perigo, mais os próprios soldados romanos corriam risco, dada a violência que se tornava pujante contra eles. Quando uma multidão perde a razão e o bom senso, algo muito devastador pode acontecer. DA MULTIDÃO. Esta multidão era composta pelos muitos judeus da Ásia que reconheceram a Paulo no templo de Jerusalém, eles que estavam acusando ao apóstolo de pregar contra a lei de Moisés, contra o próprio templo e que Paulo estava profanando o templo, introduzindo nele os gentios ou gregos. Mais, esta multidão também era composta por aqueles que nem sabiam do que estava acontecendo. PORQUE A MULTIDÃO DO POVO O SEGUIA. Os judeus de um modo geral estavam com os nervos à flor da pele, porque não suportavam mais o julgo do domínio romano, sem falar na opressora carga tributária que tinha que pagar para Roma. Qualquer coisa era motivo para os judeus criarem um motim, desejando que coisas piores acontecessem, por isso que seguiam aos soldados que conduziam Paulo à fortaleza. CLAMANDO: MATA-O. Com certeza, a grande parte dos que estavam gritando não sabiam nem um pouco do que estava acontecendo. O fato é que os judeus da Ásia Menor instigavam a multidão que o prisioneiro deveria morrer. Paulo já havia passado por vários momentos como este, porque seu ministério sempre foi acompanhado por perseguições e aflições, mas o Paulo sabia que não era o fim, por conta das profecias.

Atos 21:34

Atos 21:34 - E na multidão uns clamavam de uma maneira, outros de outra; mas, como nada podia saber ao certo, por causa do alvoroço, mandou conduzi-lo para a fortaleza.
E NA MULTIDÃO. De acordo com o versículo anterior, Paulo não teve a oportunidade de se explicar ao tribuno quem ele era, nem porque tudo aquilo estava acontecendo, isto porque a multidão estava completamente agitada e todos gritavam ao mesmo tempo. Este era um momento em que a calma era uma atitude a ser tomada, tanto por Paulo, como também pelo tribuno, seus centuriões e os soldados romanos, uma vez que, se a multidão partisse para cima dos soldados, algo muito pior iria acontecer. UNS CLAMAVAM DE UMA MANEIRA. A confusão estava arquitetada, com os opositores de Paulo gritando para que este fosse morto, sem compaixão e misericórdia. Os judeus, seguidores do mais radical judaísmo eram cruéis contra aqueles que supostamente transgredissem as tradições do seu povo, e quando alguém era acusado de profanar o recinto do templo, então, eles ficavam enfurecidos. OUTROS DE OUTRA. Por outro lado, existiam aqueles que desejavam que justiça fosse feita, e neste sentido, queriam que o preso fosse levado pelo tribuno e julgado conforme as leis estabelecidas pelas autoridades. Este lado positivo em favor de Paulo lhe fornecia a oportunidade de declarar quem efetivamente ele era, e ao mesmo tempo tentar se justificar perante o tribuno, o por quê tudo aquilo estava acontecendo. Assim sendo, podemos perceber que a multidão estava dividida. MAS COMO NADA PODIA SABE AO CERTO. O próprio tribuno também ficou confuso neste momento, porque de um lado os judeus da Ásia acusavam a Paulo de profanar o templo de Jerusalém. Mas do outro lado, boa parte da multidão, por não saber o que estava realmente acontecendo, queria apenas que Paulo fosse preso para responder pelo seu erro. Neste momento, o tribuno tinha que tomar a atitude mais correta. POR CAUSA DO ALVOROÇO. Esta não era uma ocasião para se resolver este problema, porque o povo dividido não tinha como fazer um interrogatório nem a Paulo, nem aos seus opositores, nem muito menos ouvir a multidão que gritavam, uns de um jeito e outros de outra maneira. Tomar uma decisão neste momento em meio ao tumulto, certamente era um risco para o tribuno, bem como para Paulo que estava dominado. MANDOU CONDUZÍ-LO. Prontamente, o tribuno toma a atitude mais coerente, que foi justamente tirar a Paulo deste ambiente hostil. Se o tribuno não agisse desta forma, ele poderia praticar uma injustiça contra alguém que de fato era inocente. Podemos afirmar com certeza que nesta ação do tribuno prevalecia o poder de Deus, no sentido de salvar a Paulo de um lixamento público, com a ira dos seus opositores e inimigos. A FORTALEZA. Esta fortaleza era também chamada de quartel do exército romano na cidade de Jerusalém, onde ficavam as principais autoridades do império, tanto os que residiam em Jerusalém, como aqueles que a serviço dos imperadores visitavam a cidade santa de Jerusalém. Há quem diga que este quartel era maior que o próprio terreno do templo de Jerusalém, composto de quatro torres, com a principal maior.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...