quarta-feira, 24 de maio de 2017

Hebreus 10:27-28

Hebreus 10:27-28 – Mas, uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas.
MAIS, UMA CERTA EXPECTAÇÃO. Por isso que todos aqueles que faziam parte do judaísmo viviam sob pressão, pelo dever de terem que cumprir toda a legislação de Moisés. Porque se agissem de forma relapsa poderiam transgredir um dos seus mandamentos e o que restava era a penalidade sem misericórdia. Observamos então que, os seguidores do judaísmo eram forçados a viver na servidão da lei, e não pelo prazer de fazer parte das coisas do reino de Deus. Por isso, que não deu certo, o pacto.

HORRÍVEL DE JUÍZO. Sem falar que, existiam os juízes da lei, que de princípio eram os sacerdotes e levitas, que ficaram com a responsabilidade de ensinar a legislação de Moisés para todo o povo. Mas que com o passar do tempo, e quando esta carta foi escrita, existia a sinédrio, que se transformou em um tribunal de julgamento por crimes religiosos e outros. Sempre tinha alguém com o dedo apontando para a vida dos outros.

E ARDOR DE FOGO. Essa é uma expressão neotestamentária que fala sobre a condenação de alguém que desprezou os conselhos de Deus, foi julgado pela justiça divina, e condenado conforme as suas obras erradas. Também era crença comum, ainda no tempo da lei, que aqueles que transgredissem os mandamentos da lei de Moisés, não iriam para o seio de Abraão, mas sim para o hades, lugar de sofrimento nas chamas eternas.

QUE HÁ DE DEVORAR OS ADVERSÁRIOS. Para os judeus, dos tempos em que esta carta foi escrita, os que desobedecessem à legislação de Moisés, só lhe restavam à destruição e a ruína, o que representava ser lançado no hades. Uma vez que, os transgressores da lei eram tachados de adversários de Deus. Os judeus consideravam os gentios inimigos de Deus, porque eram povos que estavam separados de Israel e sem Deus no mundo.

QUEBRANDO ALGUÉM A LEI DE MOISÉS. Quebrar a lei era a mesma coisa que transgredir os seus mandamentos, e a coisa era tão rígida, que tanto fazia quebrar um grande e importante mandamento da lei, do que o menor deles. A lei de Moisés não era composta apenas de deveres religiosos, mas ela era uma legislação completa que organizava o povo de Israel como nação. Por isso que havia mandamentos, estatutos, juízos e etc.

MORRE SEM MISERICÓRDIA. A lei de Moisés, em muitos dos seus juízos estabelecia a pena de morte, porque era dente por dente e olho por olho. De fato existiam transgressões em que os sacerdotes e o sumo sacerdote intervinha por meio de sacrifício sangrento de animais para remissão dos pecados. Mas certamente o autor se refere aqueles casos em que já era previsto, conforme a lei de Moisés, o castigo de morte.

SÓ PELA PALAVRA DE DUAS OU TRÊS TESTEMUNHAS. Na época da lei de Moisés, existiam os pecados por ignorância, que eram praticados por aqueles que não conheciam a lei, que até certo ponto eram tidos por inocentes. E existiam os pecados voluntários, sobre estes não havia sacrifício pelo pecado, mas sim a morte. E por fim existiam os pecados ocultos, que precisavam de testemunhas para a execução da penalidade.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Hebreus 10:26

Hebreus 10:26 - Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados.
PORQUE, SE PECARMOS. O autor não está acusando os seus leitores de pecados, até porque o “se” é condicional, além do mais, ele próprio se coloca dentre aqueles que estavam com a possibilidade de cair no erro. No tempo da Lei, se alguém cometesse um Pecado por ignorância, havia sacrifício pelo pecado. Mas se um homem praticasse pecado voluntário, não havia sacrifício pelo seu pecado, mas seria extirpado da congregação. Há uma necessidade de se ter muito cuidado com a prática do pecado voluntário.

VOLUNTARIAMENTE. O escritor certamente está se reportando ao que diz em Números 15: 30-31 - Mas a pessoa que fizer alguma coisa voluntariamente, quer seja dos naturais quer dos estrangeiros, injuria ao Senhor; tal pessoa será extirpada do meio do seu povo. Pois desprezou a palavra do Senhor, e anulou o seu mandamento; totalmente será extirpada aquela pessoa, a sua iniquidade será sobre ela. Este é o pecado voluntário.

DEPOIS DE TERMOS RECEBIDO. Mais uma vez o autor se inclui em seu texto e nos faz entender que a advertência passa a ser para seus próprios dias. O Senhor Jesus havia pregado a palavra de Deus, expondo de maneira exaustiva o plano da salvação para os hebreus, por meio da mensagem do evangelho das boas novas. Partindo Jesus para se assentar a destra de Deus, deixou seus apóstolos que também pregavam a verdade.

O CONHECIMENTO. Desta forma, ninguém em Israel era inocente em dizer que não conhecia as verdades de Deus sobre a nova dispensação da graça, e como Deus estava agindo neste novo tempo. Até mesmo os seguidores de Cristo do mais simples ao mais importante pregavam o evangelho das boas novas, falando a respeito da vontade de Deus, das profecias sobre o Messias de Deus e tudo que envolvia a nova dispensação.

DA VERDADE. Esta verdade a que se refere o autor, diz respeito às boas novas da salvação que primeiro chegou em Israel, a começar pelos profetas messiânicas, passando por João Batista, pelo Senhor Jesus, como o maior e melhor Mestre de todos os tempos, bem como pelos apóstolos que continuaram exercendo suas atividades em Israel e na Palestina, sempre falando do evangelho e da nova dispensação da graça de Deus.

JÁ NÃO RESTA MAIS SACRIFÍCIO. Em si tratando da velha dispensação, efetivamente para aqueles pecados que as pessoas praticavam de forma voluntária e deliberada, nem mesmo os sacerdotes podiam fazer alguma coisa para ajudar a tais pessoas. Já no caso daqueles que viviam conforma a nova dispensação, se faz necessário ter muito cuidado para de novo alguém não querer crucificar o Filho de Deus, o que não pode ser possível.

PELOS PECADOS. Hebreus 10:4,6,8 - Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). Portanto, era indispensável o esforço de cada um dos leitores desta carta, como também de cada um de nós que vivemos nestes últimos dias, no sentido de evitarmos as práticas de coisas que desagradam a Deus.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Hebreus 10:25

Hebreus 10:25 - Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
NÃO DEIXANDO. O propósito desta mensagem era para que os hebreus que serviam a Cristo se unissem no mesmo propósito, objetivos e finalidades, para justamente buscarem o reino de Cristo em primeiro lugar as coisas que são de cima. Por conta das perseguições impostas pelos judeus e o império romano contra a igreja de Cristo, muitos estavam deixando o caminho do evangelho e voltando aos costumes do judaísmo. Outros estavam apostatando da fé, porque eram enganados pelos judaizantes daquela época.

A NOSSA CONGREGAÇÃO. Não que neste tempo houvesse templos dedicados ao cristianismo, até porque o império romano não permitia, e isso só foi possível depois de 313 d.C. Mas os seguidores de Cristo se reunião de casa em casa. Não deixar a congregação, neste caso, era não se desviar dos caminhos do Senhor, mas permanecer firme nas promessas e propostas do evangelho glorioso de nosso Senhor Jesus Cristo.

COMO É COSTUME DE ALGUNS. Muitas pessoas estavam se agregando ao novo Israel de Deus, chamado igreja de Cristo. Os apóstolos e discípulos do reino de Cristo se esforçavam cada dia para cumprirem o “ide imperativo” do Senhor Jesus, e com isso, acrescentava cada dia o número dos que se convertiam ao cristianismo. Mas por outro lado, a instabilidade era muito grande daqueles que entrava e saiam do evangelho.

ANTES, ADMOESTANDO-NOS. Certamente, esta foi uma mensagem dirigida aos líderes da igreja primitiva, que faziam parte das igrejas em Israel e na Palestina. Aqueles que estão à frente dos trabalhos nas igrejas precisam se desenvolver e se aprimorarem cada vez mais para sustentar os mais fracos e inconstantes na fé, pelas doutrinas cristãs, baseadas nas Sagradas Escrituras. Admoestar é ensinar a palavra de Deus.

UNS AOS OUTROS. Ninguém é tão sábio o suficiente que não precise de orientações positivas sobre as coisas de Deus. O ensino das Sagradas Escrituras é um caminho de ida e de volta, em que os mestres além de revelarem os conhecimentos bíblicos, eles também devem estar abertos a receberem instruções dos outros. A profundidade dos conhecimentos revelados da palavra de Deus depende da edificação mútua.

E TANTO MAIS, QUANTO VEDES. Os escritores do Novo Testamento, bem como os líderes da igreja primitiva não tinham noção do hiato de tempo que haveria entre a ascensão do Senhor Jesus para se assentar a destra de Deus, e o seu retorno para arrebatar a sua igreja remida, que ele comprou com seu precioso sague expiador. Portanto, a igreja primitiva vivia na expectativa de a qualquer momento sair da terra.

QUE SE VAI APROXIMANDO AQUELE DIA. Ainda hoje, ecoa aquela mensagem que diz: Mais um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará (Hebreus 10:37). Este dia a que se refere autor, diz respeito ao dia da volta de Cristo para buscar os seus remidos. O segundo advento de Cristo se dará em duas etapas, em que na primeira ele virá para a sua igreja, e a segunda ele voltará para socorrer o Israel de Deus.

Hebreus 10:23-24

Hebreus 10:23-24 - Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu. E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.
RETENHAMOS FIRMES A CONFISSÃO. Os hebreus, leitores desta carta, conforme pensamos, já eram pessoas que seguiam ao Mestre. Portanto, só precisavam se manterem firmes no propósito de confiarem na obra redentora do Filho de Deus para tomarem posse da vida eterna. Verdade é que, em Israel não era nada fácil confessar o nome de Cristo como Senhor e Salvador. Isso porque, os judaizantes perseguiam de forma implacável os discípulos de Cristo. Era um tempo de prova de fé para os remidos.

DA NOSSA ESPERANÇA. Depois dos cativeiros que os judeus tiveram que passar, e agora sob o domínio dos romanos, os seguidores do judaísmo perderam completamente a esperança. Com os seguidores do cristianismo era diferente, porque eles depositavam sua esperança, não em um governo humano, mas sim, no descendente de Davi, Cristo Jesus, Rei dos reis e Senhor dos senhores, ele que também é Sacerdote diante de Deus.

PORQUE FIEL É. Esta frase tanto pode se referir a Cristo, porque ele é chamado de Fiel Sumo Sacerdote, como também a Deus, que fez muitas, grandes e melhores promessas no tocante a Cristo, como Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque, Rei da descendência de Davi e profeta verdadeiro como foi Moisés. Todas quantas promessas foram feitas em Cristo Jesus, o Criador de todas as coisas estava pronto para executar.

O QUE PROMETEU. A vinda do Messias de Deus, Jesus de Nazaré foi justamente o cumprimento de muitas das promessas feitas por Deus, conforme as profecias messiânicas. Já na queda da raça humana, no Jardim do Éden, o Senhor prometeu a redenção da humanidade por meio do Messias (Gênesis 3:15). E o fato apresentado pelo autor, de Jesus como Sumo Sacerdote, também foi uma promessa feita (Salmos 110:4).

E CONSIDEREMO-NOS UNS AOS OUTROS. Até então, o escritor vinha levantando a cabeça dos seus leitores na direção vertical, lhes estimulando a olhar para cima, onde Jesus está assentado à destra da majestade celestial. Agora, ele também chama a atenção dos mesmos para que olhem na direção horizontal, no sentido de ver que o tempo era difícil e que todos precisavam dar as mãos em considerar uns aos outros.

PARA NOS ESTIMULARMOS AO AMOR. Os judeus, desde que o Messias havia entrado na terra, só tinham demonstrado hostilidade com o Filho de Deus. Partindo Jesus para junto do Pai, agora eles concentravam toda a ira sobre os seguidores do Mestre. Mas os hebreus, seguidores de Cristo, deveriam ser diferentes, porque o próprio Cristo deixou sua legislação com dois pilares, onde o primeiro é amar a Deus acima de qualquer coisa, e o segundo é amar ao próximo como a si mesmo, esta é a lei de Cristo Jesus.

E AS BOAS OBRAS. Os hebreus, desde que voltaram dos cativeiros, que eram muito pobres, e dependiam da ajuda de uns para com os outros para sobreviverem. Assim sendo, aqueles que tinham melhores condições financeiras precisavam se aplicar as boas obras, não como meio de salvação, mas como a prática do amor fraternal.

Hebreus 10:22

Hebreus 10:22 - Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa.
CHEGUEMO-NOS. Na antiga dispensação alguém dizia para os sacerdotes: Chega-te a Deus por mim, e intercede por minha causa e pede perdão por mim, pelos meus pecados. Agora, é totalmente diferente, porque temos acesso direto a Deus em qualquer lugar e em qualquer momento, isso porque Cristo nos abriu os céus e temos o privilégio de chegar como bem-aventurados perante a presença do nosso Deus e Pai.

COM VERDADEIRO CORAÇÃO. Antes, bastavam os rituais de purificação do próprio tabernáculo ou templo, dos objetos de culto, como os altares, o incensário e o propiciatório, e principalmente dos sacerdotes. Agora, é o nosso coração o altar que deve está purificado, porque o Senhor vem e habita nele pelo seu santo Espírito. Não tem preço o que Cristo fez por todos os seus remidos. Por isso que, ele é digno de toda honra, de toda glória, de todo louvor, porque a ele pertence o domínio o poder e a majestade.

E INTEIRA CERTEZA. Os sacrifícios que eram oferecidos na antiga dispensação da lei era algo que não podia permanecer, e não durou muito, há quem diga que só foi aceito até os tempos de Davi, enquanto o tabernáculo estava de pé. Com a vinda do verdadeiro Sumo Sacerdote, Cristo Jesus, o que Deus espera é que tenhamos confiança nele de que somos seus filhos e que podemos nos aproximar com certeza de que ele nos acolhe bem.

DE FÉ. O autor não poderia deixar de fora este elemento indispensável em que nos leva ao verdadeiro acesso ao trono da graça, que é a nossa fé genuína em Cristo Jesus e na sua obra perfeita de redenção. Na nova dispensação, ou aliança da graça de Deus com a humanidade, o homem entra apenas com a sua fé verdadeira, porque esta fé em Cristo e em sua obra nos leva de volta aos braços de Deus, ele que com sua graça nos recebe.

TENDO OS CORAÇÕES PURIFICADOS. O escritor está falando do homem interior, da nossa alma, do nosso espírito e não simplesmente do nosso órgão chamado coração, quem tem a importante função de bombear o nosso sangue. Tendo as mais puras intenções, vontades e pensamentos sobre que somos aceitos por Deus. Isso porque agora não dependemos de sangue de animais, mas sim, da expiação já efetuada por Cristo. O preço da redenção já foi pago pelo Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

DA MÁ CONSCIÊNCIA. Conforme os rituais e celebrações realizadas no tabernáculo e depois nos templos de Jerusalém, os pecados das pessoas eram simplesmente cobertos, mas quando pecavam novamente as mesmas culpas eram reabertas. Mas em Cristo, isso não mais funciona assim, porque temos a convicção que o sacrifício propiciatório de Cristo foi perfeito e completo para nos livrar de qualquer peso na consciência.

E CORPO LAVADO COM ÁGUA LIMPA. Não há dúvida de que, o autor está se referindo ao batismo cristão, que é símbolo de mudança de vida, uma vez que, quem dele participa esta dizendo ou testemunhando que morreu para este mundo e revive para Cristo, por meio do novo nascimento e da regeneração espiritual. Água limpa também fala do trabalho que o Espírito Santo faz na vida de todo aquele que aceita a Cristo Jesus.

domingo, 21 de maio de 2017

Hebreus 10:20-21

Hebreus 10:20-21 - Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne. E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus.
PELO NOVO E VIVO. O antigo modo de acesso foi abolido, porque segundo o que já estava previsto nas profecias concernentes à nova dispensação da graça, se tornara ineficiente. Este “novo” deve ser causado grande impacto na vida religiosa dos hebreus, porque estavam acostumados com os antigos modos de rituais e celebrações. É vivo, porque Cristo ressuscitou, reviveu e nunca mais provará a morte para todo o sempre.

CAMINHO. Este caminho diz respeito ao acesso que Cristo abriu para que os seus remidos cheguem com confiança diante do trono da graça. O caminho antigo era cheio de obstáculos, tinha o primeiro véu, depois vinha o segundo véu, até que chegasse ao santo dos santos. Nos templos havia cinco lugares, dos gentios, das mulheres, dos homens, dos sacerdotes comuns e do sumo sacerdote, que era o santo dos santos. O caminho que Cristo nos consagrou é direto, porque também somos sacerdotes de Deus.

QUE ELE NOS CONSAGROU. O antigo caminho era purificado e não consagrado, isso porque era feito com sangue de animais. Até porque os rituais dos santuários terrestres eram apenas sombras, cópias ou símbolos das coisas mais preciosas que há nas mansões celestiais. Cristo nos consagrou o novo e vivo caminho com seu próprio sangue, e isso faz toda a diferença, porque a verdadeira expiação e propiciação foram feitas por Cristo.

PELO VÉU, ISTO É. No antigo caminho de acesso a presença de Deus que ficava no santo dos santos, havia vários véus, simbolizado as dificuldades que os participantes tinham para chegar a Deus. Estes véus, também falavam sobre os vários medianeiros que haviam entre o povo e Deus, o que separava os pecadores do Deus santo. Quando Cristo expirou no alto do Gólgota, diz o evangelho que o véu do templo se rasgou de alto a baixo.

PELA SUA CARNE. Ninguém mais do que o Senhor Jesus, como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, sentiu tantas dores. O profeta Isaías já havia vaticinado de que o servo sofredor seria um homem de dores (Isaías 53:3). Ele levou sobre si as nossas dores (Isaías 53:4). Quando o Filho de Deus foi crucificado na cruz do Calvário, ali estava sobre ele os efeitos dos pecados de toda a humanidade, porque era a expiação e propiciação pelos pecados do mundo. O castigo que nos traz a paz estava sobre ele (Isaías 53:5).

E TENDO UM GRANDE SACERDOTE. Cristo, pelo sacrifício de si mesmo, quando seu sangue foi derramado em nosso lugar, por conta do preço da redenção, ele conquistou para seus remidos, este caminho de acesso a Deus. Conforme o que já era previsto (Salmos 110:4) ele se assentou a destra do trono da graça como nosso Sumo Sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque, e de contínuo intercede pelos seus remidos.

SOBRE À CASA DE DEUS. Os sacerdotes terrenos do povo de Israel se apresentavam diante de um tabernáculo feito de madeira. Outros se apresentavam diante dos templos feitos de materiais perecíveis. Tanto o tabernáculo quanto os templos desapareceram. Mas o santo dos santos celestial sobre o qual Cristo está assentado a destra do trono da majestade celestial, nunca, jamais, há de desaparecer, porque é eterno, e para sempre.

Hebreus 10:19

Hebreus 10:19 - Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus.
TENDO, POIS. Dentro do mesmo assunto, mas com outras pautas, o autor começa uma nova secção dentro deste capítulo, falando também a respeito da perseverança na fé cristã, e não no conjunto de normas e rituais do judaísmo. Ter é possuir alguma coisa, que neste caso quer dizer que, os remidos do Senhor Jesus passou a tomar posse depois que o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, conquistou o acesso direto ao trono da graça de Deus, para sua igreja amada, que ele comprou com seu perfeito e completo sacrifício de amor.

IRMÃOS. Desde os começos da humanidade, que os seres humanos se consideram irmãos uns dos outros por se encontrarem na arvore genealógica de Adão e Eva. Já os judeus se consideravam irmãos uns dos outros por pertencerem aos ilustres patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Por fim, os cristãos sempre se chamaram uns aos outros de irmãos, porque todos aqueles que aceitam a Cristo como Salvador, se tornam filhos de Deus (João 1:11).

OUSADIA. Esta palavra nos ensina sobre a liberdade que os remidos de Cristo têm para chegarem com confiança na presença de Deus. No tempo da lei, os hebreus comuns, não se achavam neste direito e precisavam dos sumos sacerdotes como intermediários. Mas já no tempo da nova dispensação da graça de Deus, todos aqueles que viverem dignamente para o Senhor, tem o direito de entrar no santuário celestial, isso porque o Senhor Jesus abriu o caminho de acesso ao trono da graça e da majestade celestial.

PARA ENTRAR. No tempo da antiga dispensação, os servos de Deus ficavam impedidos de se chegarem ao tabernáculo e também dentro do recinto dos templos. O povão não tinha o direito de entrar no tabernáculo, mas somente os sacerdotes. Nos templos, havia o átrio dos gentios, das mulheres, dos sacerdotes e do sumo sacerdote. Cristo removeu os obstáculos e os seus remidos chegam diante da presença de Deus, no santuário celestial.

NO SANTUÁRIO. No caso dos santuários terrenos, que de início era o tabernáculo, e depois foram construídos três grandes templos em Jerusalém, que também eram considerados santuários de Deus. Neste texto, o autor nos fala do santuário celestial, que é na verdade o céu dos céus, a morada de Deus, o trono da graça ou o trono da majestade celestial, onde Cristo está assentado à destra de Deus intercedendo por nós.

PELO SANGUE. No caso do tabernáculo, diversos sacrifícios de animais eram feitos, com muito derramamento de sangue, para expiação dos pecados do povo. O sumo sacerdote entrava no santo dos santos com sangue de um bezerro para fazer expiação por ele e seus familiares e também com o sangue de um cordeiro para fazer expiação pelos pecados do povo. Na nova dispensação é o sangue de Cristo que tem valor expiatório.

DE JESUS. Cristo Jesus, o Messias de Deus veio como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, para por meio do seu sangue, vertido na cruz do Calvário, substituir todos os sacrifícios da antiga aliança. Além do mais, ele substituiu também o sacerdócio do antigo pacto, como sendo nosso sumo sacerdote. E por fim, ele substituiu os santuários terrenos, o tabernáculo e os templos, pelo santuário celestial.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...