terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Tiago 3:18

Tiago 3:18 - Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.
ORA. Tiago, como líder principal da igreja de Jerusalém, ele tinha um papel preponderante, no equilíbrio e no estabelecimento da paz entre a nova comunidade cristã e os judaizantes, zelosos da legislação mosaica. E no exercício deste papel fundamental é que ele busca aconselhar a paz entre os dois grupos, que estavam em plenos conflitos por interesses religiosos. O autor busca estabelecer o bom censo e a tolerância entre os seguidores do judaísmo e os gentios convertidos ao cristianismo.

O FRUTO. O escritor esperava resultados melhores na convivência entre judeus e cristãos a partir de então, até porque grandes prejuízos já haviam acontecidos entre ambos os lados, principalmente com o levante dos judeus contra o fundador da nova religião. Paulo diz que; os judeus, como ramos de uma plana natural foram cortados, por conta da dureza de seus coraçãos, em rejeitarem o seu Cristo, e em lugar deles foram enxertados novos ramos, representando a igreja composta pelos gentios.

DA JUSTIÇA. Era natural que os judeus neste tempo, e dai em diante, sofressem as consequências pelos seus próprios atos de injustiças praticados contra o seu Messias, e com isso, é que, agora estavam sendo postos de lados. E isso para que a justiça de Deus se completasse na nova comunidade eleita, a igreja dos remidos de Cristo. Deus não estava sendo injusto com os judeus, mas estava sendo benevolente com todos aqueles, quer judeus ou gentios, que aceitavam a obra perfeita realizada por Cristo.

SEMEIA-SE. Se os judaizantes pretendiam continuar defendendo sua religião, que assim o fizessem, mas dentro de uma normalidade, que não prejudicassem o desenvolvimento do cristianismo, nem em Israel, nem na Palestina nem do mundo. Por outro lado, se os convertidos ao cristianismo desejassem semear as boas novas do evangelho, cumprindo assim o ide imperativo de Cristo, deveriam assim fazer, mas sem guardarem ódio, nem rancor, nem vingança contra os seguidores da lei, os judeus.

NA PAZ. O autor conclama seus compatriotas judeus a se desarmarem de suas guerras contra os cristãos, até porque todos adoravam a um mesmo Deus. Neste tempo, os judaizantes haviam abandonado a paz, pelos levantes e perseguições aos que confessassem o nome de Cristo, como sendo o Messias de Deus. Já os cristãos, boa parte deles, chegavam mesmo a provocarem aos opositores do evangelho, como que para deliberarem sobre a própria morte, como se quisessem morrer como mártir.

PARA OS QUE. Para o escritor, tanto judeus como cristãos, deveriam contribuir para que a harmonia prevalecesse no mundo. Os judeus já haviam atraído para si mesmo a rejeição, quando não receberam o seu próprio Messias, e a igreja tinha uma missão importante de dar continuidade à evangelização de todo o mundo. De forma que, cada um exercesse seu papel, mas dentro da paz e da harmonia e não da guerra.

EXERCITAM A PAZ. Os seguidores do cristianismo tinham um papel preponderante na nova dispensação, porque era a igreja quem tinha consigo a missão de semear a reconciliação efetuada por Cristo, entre Deus e os homens. Com isso, os cristãos não deveriam aceitar as provocações de ninguém, mas sim buscar a paz com todos.

Tiago 3:17

Tiago 3:17 - Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.
MAS A SABEDORIA. Para os seres humanos naturais, a sabedoria é o acumulo de conhecimentos, misturando-se a isso as muitas experiências de vida que um homem pode adquirir durante a sua passagem aqui na terra. Por isso que as pessoas chamam de inteligentes, aqueles que mais buscam estudarem e exercerem tais conhecimentos na procura por experiência de vida. No entanto, a verdadeira sabedoria é um dom que vem de Deus para a vida daqueles que o servem, de todo coração, alma e espírito.

QUE VEM DO ALTO É. Quando se diz que a verdadeira sabedoria vem do alto é porque ela não se adquire nas universidades, faculdades, nem nas ciências humanas, nem nas experiências de vida. Mas sim, é que ela vem descendo do trono de Deus, mediante a presença do Espírito Santo de Deus na vida de uma pessoa. Deus é a fonte primária desta verdadeira sabedoria, portanto, quem desejar adquirir o conhecimento dos mistérios dos céus, tem que buscar o reino de Deus em primeiro lugar.

PRIMEIRAMENTE PURA, DEPOIS PACÍFICA. Ela é pura porque vem carregada da verdade e da transparência, até porque se ela vem de Deus, não poderia ser diferente, o Senhor é santo e ama a santidade, de forma que, tudo que procede dele também é a mais pura luz. Depois, a sabedoria que vem de Deus, mediante o Espírito do Senhor é pacífica, ela proporciona paz entre todos os homens, principalmente aqueles que dizem que amam a Deus, que são os judeus e os cristãos também.

MODERADA, TRATÁVEL. Ao que tudo indica, o autor percebe que tudo estava acontecendo muito rápido, e os líderes tanto do judaísmo quanto do cristianismo estavam tomando suas decisões muito apressadamente, quando na verdade era um momento de cautela e moderação. Tudo devia ser tratado de forma sábia e inteligente, no sentido de esperar os planos de Deus. De fato era um novo tempo, e a história se confirmou, mas que tudo acontecesse dentro do cronograma de Deus.

CHEIA DE MISERICÓRDIA E DE BONS FRUTOS. O ódio não ajudava em nada, nem para os judeus que resistiam à implantação de uma nova dispensação, nem tão pouco para os cristãos, que estavam aprendendo com a lei de Cristo, que se fundamentava no amor ao próximo. Por isso que todos precisavam agir com misericórdia, bondade e compreensão, demonstrando por meio dos bons frutos, que o amor vence a intolerância, e que uma boa convivência, mesmo em lados opostos, pode ser possível.

SEM PARCIALIDADE. A prática da misericórdia e de boas ações não pode ter acepção de pessoas, até porque, este mesmo escritor usou boa parte do seu escrito para combater a prática da acepção de pessoa, dentro das comunidades religiosas, bem como em textos anteriores, escreveu sobre o faccionismo, como algo diabólico.

E SEM HIPOCRISIA. Quando se diz que a sabedoria que vem do alto é “pura” é porque ela não tem lugar para a falsidade. É bem provável que o escritor percebia comportamentos dúbios nos grupos religiosos, que disputavam a primazia na época.

Tiago 3:15-16

Tiago 3:15-16 - Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa.
ESSA NÃO É A SABEDORIA. O autor continua com suas críticas contra aqueles que alimentavam o ódio contra os judeus, até porque ele era um judeu, e além do mais ele estava escrevendo para os judeus da dispersão. A defesa do escritor era para que não houvesse um racha entre os judeus convertidos ao cristianismo e os gentios que agora faziam parte da igreja de Cristo. Na leitura do escritor, não haviam duas igrejas, mas sim, uma só, compostas de judeus e gentios convertidos pelo evangelho de Cristo.

QUE VEM DO ALTO. O sentimento de facção que norteava alguns dos que faziam parte do judaísmo e do cristianismo, não estava de acordo com a sabedoria que vem de Deus, porque sua origem vem de outas fontes, sobre as quais o autor expõe logo em seguida. Para o apóstolo, dividir a igreja em dois seguimentos do cristianismo, não representava a vontade de Deus, mais sim dos homens, que defendiam seus próprios interesses e não os interesses do reino dos céus, nem do coração do Pai.

MAS É TERRENA, ANIMAL. Durante o ministério do Senhor Jesus, os judeus alimentaram o ódio contra o Messias de Deus e, portanto, contra o reino de Deus, porque não aceitaram Jesus de Nazaré como sendo o Emanuel de Deus. Se agora, os líderes do cristianismo fossem revidar contra os judeus estavam agindo, não com a sabedoria que vem do alto, mas sim, com a sabedoria humana, seguindo simplesmente a intuição e os sentimentos do homem terreno e com a irracionalidade.

E DIABÓLICA. No entendimento de Tiago, essa guerra religiosa que havia entre os seguidores do judaísmo e do cristianismo, não era de Deus, mas sim humana, por questões de interesses de grupos dominantes, era também irracional, porque não levava a nada de positivo, senão de negativo, e por fim era influenciada pelo diabo. Para o autor, o racha só podia ter uma origem maléfica, porque naquela época as pessoas viviam se digladiando umas contra as outras, por questões religiosas.

PORQUE ONDE HÁ INVEJA. Por um lado, os seguidores da legislação mosaica se vangloriavam de pertencerem à antiga aliança de Deus com Abraão, Isaque e Jacó, e com isso se achavam as pessoas melhores do mundo, desprezando os demais povos. Por outro lado, os que se convertiam ao cristianismo, menosprezavam os judeus porque se diziam fazer parte do novo Israel de Deus, e que a nova dispensação era superior à antiga. E isso inflamava o sentimento de inveja entre os dois grupos.

E ESPÍRITO FACCIOSO. A falta da sabedoria que vem do alto, e a prevalência das atitudes meramente humanas, irracionais e diabólicas, não contribuíam em nada para unirem judeus e cristãos, pelo contrário os dividia cada vez mais, por meio de facções.

AÍ HÁ PERTURBAÇÃO E TODA A OBRA PERVERSA. O cristianismo nasceu, cresceu e se desenvolveu em um ambiente de muita pressão. Os cristãos anunciavam uma nova religião fundada por Cristo, enquanto que, os judeus tentavam manter o judaísmo de pé a qualquer preço, mesmo que para tanto, perseguissem e matassem pessoas.

Tiago 3:14

Tiago 3:14 - Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.
MAS. O escritor Tiago, juntamente com a maioria dos apóstolos de Jerusalém, concentraram suas atividades em Israel até os anos setenta, quando o imperador romano Tito mandou incendiar a cidade de Jerusalém expressando o seu ódio contra os judeus e os cristãos. Já o apóstolo Pedro, ficou meio que dividido entre a igreja mãe de Jerusalém o as igrejas gentílicas. No entanto, o apóstolo Paulo, que foi classificado e reconhecido como o apóstolo dos gentios, trabalhou mais nos campos missionários transculturais.

SE TENDES AMARGA INVEJA. No tempo em que essa epístola foi escrita havia efetivamente verdadeiros embates entre os vários grupos religiosos da época, em que os judaizantes lutavam para deter o crescimento do cristianismo. E dentro do próprio cristianismo haviam as várias correntes teológicas que se confrontavam entre si, pelos pontos de vistas dos seus líderes. Tiago defendia a ortodoxia, Paulo defendia uma teologia mais liberal, e Pedro, ora estava de um lado, ora do outro.

E SENTIMENTO FACCIOSO. De forma que, por conta dos pontos de vistas conflitantes, sentimentos facciosos estavam sendo pulverizados no seio das comunidades religiosas. Pelo contexto da epístola de Tiago se percebe que este escritor buscava conciliar os elementos comuns entre o judaísmo e o cristianismo. Já Paulo desassociava uma religião da outra, pregando que a velha dispensação era coisa do passado, e que uma nova dispensação da graça estava em vigor, tendo sido implantada por Cristo Jesus.

EM VOSSOS CORAÇÕES. Há quem diga que o escritor Tiago desabafa neste ponto, em criticar aqueles que pregavam total desapego as tradições do judaísmo, por defenderem que a antiga aliança de Deus com os judeus era coisa do passado. De fato, a legislação mosaica não mais precisava ser guardada pela igreja de Cristo, mas, nem por isso ela deixou de existir para os judeus, que não se converteram ao cristianismo. Até os dias de hoje, existem aqueles que vivem de acordo com a lei de Moisés.

NÃO VOS GLORIEIS. Na época da antiga dispensação da lei, os judeus se vangloriavam de serem a única nação do mundo em que mantinha aliança de fidelidade com o Deus Criador, e isso era fato, com exceção de alguns prosélitos gentios que se convertiam ao judaísmo. Na nova dispensação da graça, implantada por Cristo eram os cristãos ou a igreja de Cristo quem tinha agora, este privilégio. Porem, para o autor, não era motivo de se gloriar, em detrimento dos demais, principalmente contra os judeus.

NEM MINTAIS. Como se sabe, Tiago era o líder da igreja cristã em Jerusalém, e como tal, ele seguia mais uma linha de pensamento mais ortodoxa do cristianismo, não se sabe ao certo se para manter a paz com os judaizantes ou por convicção pessoal. O certo é que, ele não aceitava que os cristãos atacassem as tradições religiosas do judaísmo.

CONTRA A VERDADE. Para o autor desta epístola, a verdade é que o cristianismo é filho do judaísmo, a nova dispensação depende da antiga, o Novo Testamento é a continuidade do Velho Testamento e que ambas as religiões estão ligadas uma a outra. E negar estas verdades é ir contra as realidades das santas Escrituras do ponto de vista de Tiago.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Tiago 3:13

Tiago 3:13 - Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de sabedoria.
QUEM DENTRE VÓS É SÁBIO. O apóstolo começa uma nova seção mostrando aos seus leitores de que é falta de sabedoria, quem age de forma desbocada em palavras vãs e torpes, mas que a verdadeira sabedoria vem do alto, descendo do Pai das luzes, ele que é a própria sabedoria em essência. O escritor não fala sobre nomes, mas aponta sobre quem dentre os seus leitores eram os verdadeiros sábios, e podemos fazer uma leitura do pensamento do apóstolo de que o sábio é aquele que fala o que é certo.

E ENTENDIDO. Uma pessoa pode acumular enorme quantidade de conhecimentos e ter na vida muitas experiências por já ter passado por muitas situações, mas isso não quer dizer que essa pessoa tenha o verdadeiro entendimento das coisas. Faz-se necessário juntar a sabedoria e o bom entendimento para agir corretamente por meio das ações, pensamentos e palavras. O entendido é aquele que pensa e medita no que vai falar, e não aquele que só vai pensar depois de falar, isso é falta de entendimento.

MOSTRE. Verdade é que existem muitas pessoas esforçada em estudar, pesquisar sobre as coisas mais significantes e até certo ponto acumular muito conhecimento e experiência, porem, quando se trata de transmitir seus conhecimentos adquiridos, usa isso de forma erra, para tirar proveito próprio, e não para o bem do seu próximo. Como si diz: falar bem e de forma correta é o dom, e somente aquele que tem o Espírito de Deus e que fala pela sabedoria que vem do alto é que acerta no seu falar.

PELO SEU BOM TRATO. Não adiante ter um bom discurso, e na prática demonstrar o contrário do que se diz, porque simplesmente conhecimento sem fazer o que se diz. Os pregadores que fazem seus discursos carregados de frases emocionais precisam descer do púlpito e por meio de suas ações demonstrarem que ama de verdade os seus ouvintes. Simplesmente a eloquência em demonstração de sabedoria humana ou científica, não significa nada, se estas palavras não puderem ser postas em prática.

SUAS OBRAS. Mais uma vez em sua carta, o autor traz a toma a questão polêmica das obras da lei, pondo um contra ponto entre a antiga dispensação e na nova, inaugurada pelo evangelho da graça de Deus. Os judeus acusavam os cristãos de serem mais teóricos do que práticos, enquanto que os cristãos rechaçavam os judaizantes de que eles precisavam abandonar as obras da lei e seguir a fé. Como Tiago era um mediador entre uns e outros, ele precisava reconciliar uma e outra coisa.

EM MANSIDÃO. Para o escritor, o mais importante mesmo era uma boa convivência entre os seguidores do judaísmo e do cristianismo, e para tanto, ambas as partes precisavam se comportar com mansidão, a fim de não se destruírem uns aos outros. O cristianismo é de fato a religião da reconciliação e não da retaliação ou da guerra.

DE SABEDORIA. O bom censo e a boa convivência se estabelecem pela mansidão de sabedoria. Os seguidores do judaísmo precisavam compreender que o cristianismo já fazia parte das promessas de Deus antes mesmo do Messias aparecer. E ao mesmo tempo, os cristãos precisavam igualmente entender que a lei sérvio de aio.

Tiago 3:12

Tiago 3:12 - Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira produzir figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.
MEUS IRMÃOS. Desde os tempos mais remotos da humanidade que os seres humanos se consideram irmãos, por crerem que encontram um tronco comum na arvore genealógica da raça humana em Adão e Eva. Já os judeus se consideravam irmãos uns dos outros, porque eles se diziam serem filhos dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, e até certo ponto se orgulhavam disto. No que concerne aos cristãos, todos se consideram irmãos uns dos outros, em Cristo Jesus, nosso irmão mais velho.

PODE TAMBÉM A FIGUEIRA. Esta era uma arvore comum no Oriente Médio, de onde se atribui a sua origem, das figueiras se colhe o figo para se comer, apesar de existirem também figueiras bravas, que não são recomendáveis para os seres humanos comerem dos seus frutos, porque são tóxicos, mas apenas os animais podem se alimentarem dos seus frutos. Esta é a primeira arvore citada na bíblia, em que suas folhas foram utilizadas por Adão para se cobrir, ao perceber que estava nu.

PRODUZIR AZEITONA. É bem provável que o autor esteja falando de caráter, de personalidade e de estilo de vida das pessoas, em que o dia a dia de quem serve a Deus não tem lugar para dupla personalidade, e que as pessoas não devem falar uma coisa e viver doutra maneira. A azeitona é o fruto da oliveira e não da figueira. Como pode alguém dizer que é uma pessoa do bem e suas palavras o denunciar como alguém que vive a mentir, enganar e só vive a denegrir a vida do seu próximo?

OU A VIDEIRA PRODUZIR FIGOS? A videira logicamente produz uvas, que por sua fez produz vinhos, por isso que é chamada de videira. Já o figo é produzido pela figueira, que é uma planta que se tem em larga escala no Oriente Médio, e, portanto, bem conhecida dos leitores. Usando a interpretação alegórica, podemos dizer que, a maioria dos que fazem seus discursos e que pregam, estão indo contra o curso normal da natureza, porque o certo seria falar somente a verdade e tudo aquilo que é bom.

ASSIM TAMPOUCO PODE. E continua o nosso autor com suas ilustrações para fazer os seus leitores entenderem o perigo de se usar a faculdade da fala de forma errada, porque isso desagrada a Deus e pode também prejudicar a vida do seu próximo. Os judeus eram especialistas em usarem as fábulas para tentarem explicar suas ideias religiosas para os seus ouvintes. Assim como o Senhor Jesus em muitas ocasiões se utilizou da aplicação de parábolas para falar e explicar a respeito do reino de Deus.

UMA FONTE DAR. O escritor está falando sobre o que em nosso país se chama de olho d´agua, ou poço, cacimba, que por sua vez são alimentados por algum manancial, como um rio, um açude ou barragem e ainda por um reservatório de água subterrâneo. A pessoa diz aquilo que está no seu coração, que é a fonte de sua fala.

ÁGUA SALGADA E DOCE. De uma fonte jorra somente água, doce ou salgada, conforme a qualidade de seu manancial que a alimenta. Se o seu manancial for de água doce, da fonte jorra água doce, se salgado o manancial, da fonte jorra água salgada. Se alguém é de Deus deve falar a verdade, se não é de Deus fala mentiras.

Tiago 3:10-11

Tiago 3:10-11 - De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?
DE UMA MESMA BOCA. O apóstolo começa falando sobre aqueles que usam sua boca para falar das coisas de Deus e ao mesmo tempo deixam que dela também procedam mensagens negativas e que só tendem a prejudicar aos outros. É lamentável que os que se dizem ser mensageiros das doutrinas cristãs utilizem do expediente da enganação e por meio dos seus discursos embutem mensagens subliminares que só atendem aos seus interesses pessoas ou de grupos religiosos.

PROCEDE BENÇÃO. Os verdadeiros mensageiros do reino de Cristo foram chamados para abençoar as pessoas e não amaldiçoarem os homens, que foram feitos a imagem de Deus. Os pregadores das boas novas do evangelho de Deus se utilizam de sua voz para mostrar aos homens o caminho da salvação que há em Cristo Jesus, mediante a nova dispensação da graça, e para isso, sempre transmitem suas mensagens Cristocêntricas, revelando os benefícios da obra de Cristo em prol de todos os homens.

E MALDIÇÃO. Certamente o escritor se lembra do caso de Balaão e Balaque, em que Balaque rei dos moabitas mandou em busca de Balaque para que este amaldiçoasse os filhos de Israel. O profeta, até certo ponto, tomado de interesses pessoas cedeu à tentação, mas que por fim, teve que responder: Não poderás amaldiçoar este povo, porque é povo bendito (Números 22:12) e outra vez: Eis que recebi mandado de abençoar, pois Deus tem abençoado, e eu não posso revogar (Números 22:20).

MEUS IRMÃOS. O fato de o autor chamar os seus leitores de “meus irmãos”, em primeiro lugar nos fala da sua forma carinhosa com que busca tratar os destinatários desta carta, e até certo ponto, o líder da igreja de Jerusalém estava demonstrando sua humildade. Depois, ele estava escrevendo para os Judeus, que se consideravam irmãos, por pertencerem à mesma arvore genealógica dos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó. Por fim, todos os cristãos se consideravam irmãos em Cristo.

NÃO CONVÉM QUE ISSO SE FAÇA ASSIM. Há da parte do escritor uma reprovação expressa ao comportamento dúbio dos mensageiros da palavra de Deus, sejam eles os defensores do judaísmo ortodoxo, sejam eles os pregadores do evangelho das boas novas. Pelas santas Escrituras, ninguém está autorizado a ter dupla personalidade na sua forma de ensinar ou pregar a palavra de Deus. Isso não convém, é o que tenta explicar para seus leitores, o líder da igreja de Jerusalém, Tiago.

PORVENTURA DEITA ALGUMA FONTE DE UM MESMO MANANCIAL. Essa expressão era bem conhecida de todos os moradores da Palestina e de Israel, até porque aquela era uma região bastante árida com enormes áreas desérticas, onde as fontes de água tinham uma importância fundamental para sobrevivência das famílias, bem como dos animais, além de servirem para regar as plantações daqueles povos.

ÁGUA DOCE E ÁGUA SALGADA. Essas fontes ou mananciais citados pelo apóstolo, não podiam manar água doce e água salvada ao mesmo tempo. As fontes das quais ele se refere ou eram de água doce ou de água salgada, como também os mananciais que alimentavam essas fontes, sistematicamente ou forneciam água doce ou salgada. De uma mesma boca, não pode sair palavras de benção e de maldição ao mesmo tempo.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...