domingo, 18 de julho de 2021

Atos 21:35-36

Atos 21:35-36 - E sucedeu que, chegando às escadas, os soldados tiveram de lhe pegar por causa da violência da multidão. Porque a multidão do povo o seguia, clamando: Mata-o!
E SUCEDEU QUE. Houve a deliberação sábia por parte do tribuno para que tirasse a Paulo do local hostil em que ele se encontrava, porque os seus opositores e os mais exaltados desejavam mesmo era tirar-lhe a vida. Agora, os soldados tinham a responsabilidade de cumprir a ordem do tribuno, conduzindo com segurança o preso, que nem sabiam quem era, nem porque estava nesta situação de perigo. Portanto, começaram a caminhar em direção da fortaleza, onde havia a prisão real ou cela. CHEGANDO A ESCADARIA. A torre de Antônia, ou fortaleza, ou ainda quartel general do exercido romano em Jerusalém ficava em um local bastante alto, contendo ainda quatro torres, com uma delas mais altas que as demais, onde possivelmente ficava o tribuno, tendo a oportunidade de ver todo o templo, bem como grande parte da cidade de Jerusalém. Para chegar à fortaleza tinha que subir por vários degraus. OS SOLDADOS TIVERAM DE LHE PEGAR. O escritor faz a descrição dos detalhes destas narrativas, em confirmação de que ele mesmo presenciou os fatos ocorridos com Paulo e seus algozes inimigos. Não temos como saber se o tribuno deu uma ordem ou não para que os soldados tomassem a Paulo e o carregasse nos braços. O que podemos conjecturar é que se percebeu a gravidade do momento e que se precisava apressar os passos, com o objetivo de evitar algo mais grave da multidão enfurecida. POR CAUSA DA VIOLÊNCIA. Os judeus da Ásia eram muitos e também conseguiram reunir muito mais dos cidadãos comuns que unânimes queria o lixamento do apóstolo Paulo. Agora, não era somente Paulo que estava em perigo, mais os próprios soldados romanos corriam risco, dada a violência que se tornava pujante contra eles. Quando uma multidão perde a razão e o bom senso, algo muito devastador pode acontecer. DA MULTIDÃO. Esta multidão era composta pelos muitos judeus da Ásia que reconheceram a Paulo no templo de Jerusalém, eles que estavam acusando ao apóstolo de pregar contra a lei de Moisés, contra o próprio templo e que Paulo estava profanando o templo, introduzindo nele os gentios ou gregos. Mais, esta multidão também era composta por aqueles que nem sabiam do que estava acontecendo. PORQUE A MULTIDÃO DO POVO O SEGUIA. Os judeus de um modo geral estavam com os nervos à flor da pele, porque não suportavam mais o julgo do domínio romano, sem falar na opressora carga tributária que tinha que pagar para Roma. Qualquer coisa era motivo para os judeus criarem um motim, desejando que coisas piores acontecessem, por isso que seguiam aos soldados que conduziam Paulo à fortaleza. CLAMANDO: MATA-O. Com certeza, a grande parte dos que estavam gritando não sabiam nem um pouco do que estava acontecendo. O fato é que os judeus da Ásia Menor instigavam a multidão que o prisioneiro deveria morrer. Paulo já havia passado por vários momentos como este, porque seu ministério sempre foi acompanhado por perseguições e aflições, mas o Paulo sabia que não era o fim, por conta das profecias.

Atos 21:34

Atos 21:34 - E na multidão uns clamavam de uma maneira, outros de outra; mas, como nada podia saber ao certo, por causa do alvoroço, mandou conduzi-lo para a fortaleza.
E NA MULTIDÃO. De acordo com o versículo anterior, Paulo não teve a oportunidade de se explicar ao tribuno quem ele era, nem porque tudo aquilo estava acontecendo, isto porque a multidão estava completamente agitada e todos gritavam ao mesmo tempo. Este era um momento em que a calma era uma atitude a ser tomada, tanto por Paulo, como também pelo tribuno, seus centuriões e os soldados romanos, uma vez que, se a multidão partisse para cima dos soldados, algo muito pior iria acontecer. UNS CLAMAVAM DE UMA MANEIRA. A confusão estava arquitetada, com os opositores de Paulo gritando para que este fosse morto, sem compaixão e misericórdia. Os judeus, seguidores do mais radical judaísmo eram cruéis contra aqueles que supostamente transgredissem as tradições do seu povo, e quando alguém era acusado de profanar o recinto do templo, então, eles ficavam enfurecidos. OUTROS DE OUTRA. Por outro lado, existiam aqueles que desejavam que justiça fosse feita, e neste sentido, queriam que o preso fosse levado pelo tribuno e julgado conforme as leis estabelecidas pelas autoridades. Este lado positivo em favor de Paulo lhe fornecia a oportunidade de declarar quem efetivamente ele era, e ao mesmo tempo tentar se justificar perante o tribuno, o por quê tudo aquilo estava acontecendo. Assim sendo, podemos perceber que a multidão estava dividida. MAS COMO NADA PODIA SABE AO CERTO. O próprio tribuno também ficou confuso neste momento, porque de um lado os judeus da Ásia acusavam a Paulo de profanar o templo de Jerusalém. Mas do outro lado, boa parte da multidão, por não saber o que estava realmente acontecendo, queria apenas que Paulo fosse preso para responder pelo seu erro. Neste momento, o tribuno tinha que tomar a atitude mais correta. POR CAUSA DO ALVOROÇO. Esta não era uma ocasião para se resolver este problema, porque o povo dividido não tinha como fazer um interrogatório nem a Paulo, nem aos seus opositores, nem muito menos ouvir a multidão que gritavam, uns de um jeito e outros de outra maneira. Tomar uma decisão neste momento em meio ao tumulto, certamente era um risco para o tribuno, bem como para Paulo que estava dominado. MANDOU CONDUZÍ-LO. Prontamente, o tribuno toma a atitude mais coerente, que foi justamente tirar a Paulo deste ambiente hostil. Se o tribuno não agisse desta forma, ele poderia praticar uma injustiça contra alguém que de fato era inocente. Podemos afirmar com certeza que nesta ação do tribuno prevalecia o poder de Deus, no sentido de salvar a Paulo de um lixamento público, com a ira dos seus opositores e inimigos. A FORTALEZA. Esta fortaleza era também chamada de quartel do exército romano na cidade de Jerusalém, onde ficavam as principais autoridades do império, tanto os que residiam em Jerusalém, como aqueles que a serviço dos imperadores visitavam a cidade santa de Jerusalém. Há quem diga que este quartel era maior que o próprio terreno do templo de Jerusalém, composto de quatro torres, com a principal maior.

Atos 21:33

Atos 21:33 - Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu e o mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito.
ENTÃO, APROXIMANDO-SE. É bem provável que se o tumulto continuasse, o tribuno não teria se aproximado de Paulo, nem muito menos daqueles que o estavam espancando, mais certamente, aquela autoridade teria dado uma ordem, mesmo de longe, para que os soldados romanos prendessem a Paulo, como também aos outros que estavam promovendo aquela baderna toda. Percebendo então o tribuno que sua presença causou respeito por parte dos opositores de Paulo, então ele aproximou-se. O TRIBUNO. No caso do país de Israel, esta era uma das mais altas autoridades da parte do império romano, ele que fazia cumprir as determinações de Roma, que os imperadores ordenavam. O tribuno também cumpria, em determinadas ocasiões o papel de um juiz civil, quando as causas envolviam motins ou rebelião contra as leis ou as autoridades romanas. Essa figura também era considerada como um comandante. O PRENDEU. Na realidade, o apóstolo Paulo já era um prisioneiro dos seus opositores, porque ele estava completamente dominado fisicamente por aqueles que o arrastavam pelas ruas de Jerusalém. Mas neste caso a que se reporta o escrito do livro de Atos, agora, o apóstolo estava preso pela autoridade legítima, que representava o Estado, que não era o Estado de Israel, mais sim, o Estado romano, que exercia o domínio sobre aquele país, bem como sobre toda a sua população e sociedade. E O MANDOU ATAR. Esta atitude por parte do tribuno nos fala da imobilização do preso, bem como o controle do estava sobre a vida do cidadão. Nos dias de hoje, as autoridades dão ordem de prisão em cumprimento a um mandato judicial ou quando em casos de flagrante delito, mas naquela época, as coisas eram um tanto diferente. A partir deste momento, o apóstolo dos gentios estava sob custódia do Estado romano. COM DUAS CADEIAS. Nos dias atuais, estas cadeias se chamam de algemas, que são utilizadas em alguns casos, em que o preso pode representar um risco para os policiais ou que ele mesmo possa atentar contra se mesmo ou contra outros. Neste caso, Paulo ficou sistematicamente preso a dois soldados romanos, não sendo mais permitido que ninguém o atacasse, como também o preso não tinha como fugir ou escapar jamais. E PERGUNTOU-LHE QUEM ERA. Não há dúvida que o tribuno percebeu que Paulo não era qualquer um, mas que ele poderia representar alguém de elevada importância, ao ponto de promover tamanha confusão. Esta pergunta feita pelo tribuno a Paulo teve uma relevante importância, porque dava ao apóstolo dos gentios a oportunidade de explicar quem ele era, e ter o devido tratamento de uma alta autoridade romana. E O QUE TINHA FEITO. Esta outra indagação feita também pelo tribuno a Paulo teve muita importância, uma fez que, o tribuno precisava entender o motivo de todo aquele movimento contra ao apóstolo. O tribuno tinha consciência que não era por um acaso que tudo isto estivesse acontecendo, e que tendo conhecimento dos fatos reais, ele poderia ajudar a Paulo ou por outro lado cumprir aquilo que determinava as leis romanas. Por outro lado, esta pergunta dava a Paulo o direito de se defender.

Atos 21:32

Atos 21:32 - O qual, tomando logo consigo soldados e centuriões, correu para eles. E, quando viram o tribuno e os soldados, cessaram de ferir a Paulo.
O QUAL. O Dr. Lucas fala a respeito do tribuno, ele que foi avisado que estava havendo uma confusão na cidade de Jerusalém. Esta autoridade do exercito romano tinha a grande responsabilidade de guardar a cidade para que nenhum crime ou rebelião acontecesse em Jerusalém. Este tipo de autoridade era bem preparada para debelar qualquer tipo de motim, seja por motivos locais e principalmente no que diz respeito a movimentos contra o domínio dos romanos sobre todo o povo dos judeus. TOMANDO LOGO CONSIGO. Como uma alta autoridade do império político de Roma, o tribuno não trabalhava só, mas era um comandante de mais ou menos mil homens que seguiam as suas ordens. Certamente, nem todos os seus comandados estavam no quartel neste momento, porque grande parte deles ficavam nas ruas para manter a ordem na cidade de Jerusalém, mas a maioria estava sim sob a supervisão do tribuno. SOLDADOS. Os soldados romanos eram treinados para cumprirem ordens superiores e em suas ações mais radicais eram realmente muito cruéis em serviço. O tribuno percebeu que o momento era grave, por isso tomou logo a atitude de convocar os soldados para debelar o motim. Se os judeus não estivessem tão furiosos contra os romanos, bastava a presença do tribuno para cessar a confusão, mas como o povo estava agitado, então, o tribuno achou mais seguro levar consigo muitos soldados. E CENTURIÕES. Já os centuriões eram autoridades maiores do que os soldados e que estavam sob ordens do tribuno. Como a própria palavra facilita sua interpretação, centurial era uma autoridade que comandava cem soldados do exército romano. Como a palavra centurião está no plural, isso quer dizer que mais de duzentos soldados foram utilizados pelo tribuno para que debelasse aquele movimento confuso. CORREU PARA ELES. Enquanto a confusão estava dentro do templo, até certo ponto a coisa tinha controle, mas como agora a confusão já havia extrapolado para as ruas de Jerusalém, este motim tinha que ser controlado o mais rápido que possível, por isso que o tribuno e os seus comandados cuidaram em rapidamente contornar a situação. A tropa não tinha o que pensar nem planejar uma estratégia de ataque, mais o momento requeria ação e atitude imediata, antes que as coisas agravassem mais. E, QUANDO VIRAM O TRIBUNO E OS SOLDADOS. Só a presença do tribuno já causou um impacto na multidão, uma vez que, quando o tribuno aparecia é porque as providências eram mais fortes, no sentido de condenar os culpados. Nem sempre o tribuno se fazia presente com seu exercito para coagir confusões na cidade, porque geralmente ele mandava seus soldados acompanhados pelos centuriões, o que era sempre suficiente para resolver qualquer demanda e trazer a ordem e a paz na cidade. CESSARAM DE FERIR A PAULO. Não temos como saber a quantidade de pessoas que estavam em volta de Paulo, lhe arrastando pelas ruas e lhe ferindo no corpo, mas certamente a quantidade de soldados que o tribuno trouxera consigo era maior que o número de agressores de Paulo, o que promoveu temor no povo e houve certa calma.

Atos 21:31

Atos 21:31 - E, procurando eles matá-lo, chegou ao tribuno da coorte o aviso de que Jerusalém estava toda em confusão.
E, PROCURANDO ELES. Em meio à confusão, tudo era possível acontecer, até porque eram muitos os que procuravam arrastar a Paulo, agora no meio da rua, com o objetivo de humilhá-lo perante a multidão. Neste tipo de tumulto, qualquer um dos que dele participam se tornam inimigos perigosos, porque sem saber a razão de ser das coisas, os enfurecidos opositores só chegam a pensar o pior daquele que está sendo encurralado. “Eles” neste caso, não fica especificado quem efetivamente seriam estes, mas podemos imaginar que eram os judeus da Ásia, bem como toda a multidão. MATÁ-LO. Os homens enfurecidos eram capazes de qualquer coisa, pois, o ódio incita os sentimentos mais cruéis que se possa imaginar. Portanto, em um momento como este se torna imprevisível qualquer atitude bárbara, como sentimento de destruição. Agora, o que sabemos, quanto ao apóstolo Paulo, é que este intento, neste momento dos seus opositores não poderia se concretizar, até porque haviam profecias que ele apenas seria perseguido e preso em Jerusalém. Era de fato um momento de provação para o homem de Deus, mais não o término de sua importante história de vida. CHEGOU AO TRIBUNO. Um pouco mais a frente, na narrativa de Lucas, ficamos sabendo quem era este tribuno da fortaleza, conforme Atos 23:26 - Cláudio Lísias, a Félix, potentíssimo presidente, saúde. Este homem era uma autoridade romana, a serviço do imperador, que cumpria ordens para manter o governo de Roma sobre a cidade de Jerusalém, e que juntamente com outros comandantes, mantinham o poder dos romanos sobre todo o país de Israel. Cláudio Lísia não estava muito distante deste alvoroço, uma vez que o prédio da coorte estava ligado ao templo na parte de fora. DA COORTE. Na realidade esta era a fortaleza chamada Antônia, onde ficava um dos comandos dos romanos na cidade de Jerusalém, com o indicativo de ser o mais importante, ao ponto de estar bem próximo ao templo de Jerusalém. A coorte era uma fortaleza onde ficavam em torno de mil soldados romanos, sendo comandados pelo tribuno. Este quartel, como sendo o principal de Jerusalém estava responsável em manter a cidade em plena ordem, portanto, debelando qualquer tipo de motim. O AVISO DE QUE JERUSALÉM. Neste quartel romano haviam quatro torres, através das quais os comandantes e o tribuno observava o templo de Jerusalém e também grande parte da cidade de Jerusalém. Lucas nos faz saber que a notícia da confusão que envolvia a Paulo e os seus opositores chegou à fortaleza sem que os vigias tomassem conhecimento, mais que a reação das autoridades foi imediata. A chegada desta informação na coorte foi importante, até para que Paulo não fosse linchado vivo. ESTAVA TODA EM CONFUSÃO. Jerusalém, neste momento de sua história era como barril de pólvora a ser explodido a qualquer momento, dada a agitação dos judeus contra os romanos, e a prova disto é que no ano setenta de nossa era cristã o imperador Nero mandou incendiar toda a cidade. Qualquer motivo era uma oportunidade para que os judeus formasse tumulto, querendo fazer guerra contra seus inimigos e dominadores, no caso, os romanos, que há muito lhes exploravam.

sábado, 17 de julho de 2021

Atos 21:30

Atos 21:30 - E alvoroçou-se toda a cidade, e houve grande concurso de povo; e, pegando Paulo, o arrastaram para fora do templo, e logo as portas se fecharam.
E ALVOROÇOU-SE. Os objetivos intencionados pelos opositores de Paulo estavam se concretizando, no sentido de prejudicar ao homem de Deus. Os judeus vindos da Ásia Menor desta forma se vingavam do apóstolo dos gentios, levantando um motim contra Paulo, colocando contra ele, as autoridades romanas, bem como os líderes religiosos do judaísmo. Neste momento, os inimigos de Paulo criavam um alvoroço geral na população de Jerusalém, com o intuito de colocar o povo contra o missionário. TODA A CIDADE. O movimento maléfico criado pelos judeus contra o apóstolo Paulo extrapolou o ressinto sagrado do templo para fora, chegando a todos os lugares da cidade de Jerusalém. O povo judeu estava como que inflamado com o domínio romano, por isso que, qualquer rumor era motivo para que as pessoas se aglomerassem, nos mais diversos lugares. De repente Jerusalém estava muito agitada. E HOUVE GRANDE CONCURSO DE POVO. Muitos nem sabiam por que estava acontecendo tal alvoroço, porém, procuravam de onde vinham os rumores da agitação. Descobrindo o povo que o motim procedia do templo, então, os cidadãos corriam em direção ao templo, por isso que logo as ruas ficaram tomadas de gente, mesmo sem saber o motivo real do alvoroço. Na realidade, a população queria mesmo era saber o motivo de tamanha agitação, que poderia ser política, religiosa ou social. E PEGANDO PAULO. Não foi a população que pegaram a Paulo, neste momento dentro do templo, mais sim, os judeus da Ásia, juntamente com os líderes religiosos do judaísmo. Os opositores de Paulo não procuraram lhe ouvir e descobrirem a verdade dos fatos, mais de maneira precipitada, queriam mesmo era devorar vivo o homem de Deus. Descobrimos neste evento que o ódio religioso é muito destruidor e injusto. O ARRASTARAM. Sair arrastando alguém pelo chão era uma forma de humilhação contra quem tinha que sofrer tamanha injustiça dos seus inimigos. Esta forma de hostilizar os cristãos se repetiu em inúmeros casos com os líderes do cristianismo em que os judeus ou os romanos derramavam todo seu ódio contra os servos de Cristo. A própria vida do apóstolo Paulo estava em risco, porque poderia morrer pisoteado. PARA FORA DO TEMPLO. Conforme já salientamos em comentário anterior, as autoridades do templo não permitiam que ninguém fosse morto dentro do ressinto sagrado do templo de Jerusalém, por isso que arrastaram a Paulo para fora do templo, até porque fora do templo, tudo poderia acontecer. Não temos como saber se os opositores de Paulo ficaram dentro do templo, mais tudo indica que eles saíram. E LOGO AS PORTAS SE FECHARAM. Esta ação por parte dos que se levantaram contra Paulo nos faz compreender que as autoridades do templo também estavam envolvidos na agitação que fizeram contra o apóstolo dos gentios. Provavelmente, por ordem do sacerdote ou do capitão do templo, os guardas fecharam as portas do templo para que as celebrações continuassem normalmente sendo efetuadas. Se o problema era com Paulo, agora, com ele fora do templo, tudo voltava a sua normalidade naquele lugar.

Atos 21:29

Atos 21:29 - Porque tinham visto com ele na cidade a Trófimo de Éfeso, o qual, pensavam que Paulo introduzira no templo.
PORQUE TINHAM VISTO. Houve um ledo engano por parte dos opositores de Paulo neste particular, porque os quatros homens que estavam no templo com o apóstolo não eram gregos, mais sim judeus que faziam parte da igreja de Cristo em Jerusalém. Portanto, não havia nada de errado em os cristãos participassem das celebrações dos judeus, uma vez que, neste momento, os cristãos de Jerusalém mantinha comunhão com os seguidores do judaísmo, mesmo sabendo que cada um seguia o seu caminho, em que os judaizantes seguiam a lei de Moisés, e os cristãos o evangelho de Cristo. COM ELE NA CIDADE. O correto seria os judeus da Ásia investigares sobre a verdade, e não tomarem decisão precipitada, cometendo um erro grave, que poderia levar a um lixamento de um homem de bem, ainda dentro do templo de Jerusalém. O fato de os judeus terem visto um grego com Paulo na cidade de Jerusalém, isso não quer dizer que o apóstolo fosse levar um gentio a participar da festa dentro do templo de Jerusalém, até porque Paulo conhecia as leis e os costumes dos judeus quanto a isto. TRÓFIMO. Há outras duas referências neotestamentária a respeito deste personagem, que são elas: Atos 20:4 - E acompanhou-o, até à Ásia, Sópater, de Beréia, e, dos de Tessalônica, Aristarco, e Segundo, e Gaio de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo. E também 2 Timóteo 4:20 - Erasto ficou em Corinto, e deixei Trófimo doente em Mileto. Boa parte dos comentaristas do Novo Testamento concordam que Trófimo era um dos delegados da comitiva de Paulo, que representava a igreja em Éfeso. DE ÉFESO. Quando se fala que Trófimo era um dos delegados da comitiva que tinha vindo com Paulo para a cidade de Jerusalém e que era de Éfeso, é que o apóstolo vinha fazendo uma grande campanha para arrecadar nas igrejas da Ásia alimentos e donativos para ajudar as igrejas de Cristo em toda a Judéia. O fato é que a igreja na Judéia estava passando por dificuldades financeiras, e as igrejas gentílicas queriam ajudar aos irmãos judeus. Assim sendo, Trófimo representava uma importante igreja. O QUAL, PENSAVAM QUE PAULO. O qual, se refere ao amigo de Paulo, que era uma pessoa de confiança do apóstolo, por isso que o acompanhava quando Paulo circulava pela cidade de Jerusalém. Nem todo pensamento é correto, mais que cabe a devida verificação do mesmo para saber se representa a verdade. Por justiça, os judeus deveriam fazer uma averiguação se de fato tal pensamento era verdadeiro para depois tomarem uma atitude radical de criarem um tumulto contra o apóstolo Paulo. INTRODUZIRA NO TEMPLO. A realidade é que os opositores de Paulo estavam tomados pelo sentimento de vingança e desejavam mesmo era prejudicar ao homem de Deus, que por direito só estava desejando celebrar uma festa com Deus no templo de Jerusalém. Também, quem estava acompanhando a Paulo eram pessoas que tinham o mesmo direito de cumprirem seus votos perante o Senhor, como certamente os inimigos de Paulo faziam o mesmo naquele momento. Não era Trófimo que estava no ressinto sagrado do templo, até porque ele como grego que era, não tinha o direito de entrar naquele lugar santo, conforme as tradições estabelecidas pelos israelitas.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...