sábado, 31 de julho de 2021

Atos 24.13-14

Atos 24.13-14 - Nem tampouco podem provar as coisas de que agora me acusam. Mas, confesso-te isto que, conforme aquele caminho que chamam seita, assim sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo quanto está escrito na lei e nos profetas.
NEM TAMPOUCO PODEM PROVAR AS COISAS. Paulo foi corajoso e com esta sua fala desfaz completamente a falácia do advogado de acusação contratado pelos líderes religiosos dos judeus. Desta forma, o apóstolo estava, ainda que indiretamente, solicitando ao procurador romano que mandasse fazer uma investigação minuciosa sobre tudo que haviam dito o orador Tértulo. Como o procurador estava julgando um cidadão romano, de fato era sua obrigação averiguar todas as acusações dos judeus. DE QUE AGORA ME ACUSAM. Os opositores de Paulo não estavam agindo com honestidade diante do governador de Cesaréia, mas apenas estavam por questões religiosas, querendo tirar de ação um homem que, com suas pregações, fazia muitos discípulos para o reino de Cristo de entre os seguidores do judaísmo. As acusações dos conspiradores eram de cunho religioso e não interessava para o procurador Félix. MAS, CONFESSO-TE ISTO QUE, CONFORME AQUELE CAMINHO. Paulo não nega, mas faz questão de destacar a sua fé forte em tudo que dizia respeito ao cristianismo, porque depois de se converter para o reino de Cristo, a sua vida se resumia em pregar o evangelho das boas novas de Cristo, tanto para os judeus como e principalmente para os gentios, por isso que estava sendo perseguido pelos seus compatriotas judeus. QUE CHAMAM DE SEITA. Para os judeus, o cristianismo não poderia ser considerada uma religião, uma vez que, eles não acreditaram que Jesus de Nazaré era o Messias prometido e enviado por Deus. Já para os romanos, o cristianismo, em seus começos era apenas mais uma ramificação do tradicional judaísmo, razão porque de princípio, as autoridades romanas não deram muita atenção a este novo movimento religioso. ASSIM SIRVO AO DEUS DE NOSSOS PAIS. Este testemunho da parte do apóstolo dos gentios transmitia a certeza de que o cristianismo tinha como fonte originária o mesmo Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o que os líderes do judaísmo não aceitavam. A cegueira era tanto nos seguidores do judaísmo, ao ponto de não perceberem que a nova aliança de Deus com a humanidade era um plano já previsto pelo Deus Criador. CRENDO TUDO QUANTO ESTÁ ESCRITO. Neste momento da história do cristianismo não havia já uma coletânea pronta de todos os livros do Novo Testamento, e os líderes do cristianismo primitivo tomavam como fundamento da fé cristã tudo aquilo que fazia parte do Velho Testamento. Sempre que Paulo pregava para os judeus, ele se utilizava das profecias que estavam nas literaturas religiosas dos judeus como provas reais. NA LEI E NOS PROFETAS. Na época em que Paulo exerceu seu ministério, havia três Cânones das escrituras dos hebreus, que eram eles: A Torá, que era aceita pelos judeus mais ortodoxos, as escrituras dos fariseus, que é o Velho Testamento adotado pelos evangélicos e as escrituras dos judeus da dispersão, que são as escrituras do Velho Testamento adotado pelo império religioso de Roma. Neste caso, Paulo vai contra os seus opositores, que como líderes religiosos do judaísmo aceitavam apena a lei.

Atos 24.11-12

Atos 24.11-12 - Pois bem podes saber que não há mais de doze dias que subi a Jerusalém a adorar. E não me acharam no templo falando com alguém, nem amotinando o povo nas sinagogas, nem na cidade.
POIS BEM PODES SABER QUE. As acusações feitas pelos judeus, por meio do advogado de acusação não eram verdadeiras, e que durante a investigação, isso poderia ser facilmente comprovado. Mas, no caso da defesa de Paulo, se o procurador mandasse investigar, ou se Paulo apresentasse testemunhas, com facilidade o seu testemunho seria prontamente sustentado pela verdade, por isso que Paulo, com segurança, procura se justificar diante do procurador sofre a realidade, como sendo pura verdade. NÃO HÁ MAIS DE DOZE DIAS. Com isso, o apóstolo dos gentios fazia passar o fato ao procurador romano, que não fazia muito tempo que havia chegado na cidade de Jerusalém, e desta forma, não havia tempo o suficiente para que ele pudesse fazer tudo que os seus opositores lhe acusavam. A maior parte deste tempo citado por Paulo ele passou se preparando para cumprir seu voto para com Deus no templo. SUBI A JERUSALÉM A ADORAR. Sempre que alguém chegava na cidade de Jerusalém, vindo de qualquer outra cidade, os judeus declaravam que estavam subindo para Jerusalém, não somente porque esta cidade ficava em um lugar mais elevado, mais porque os filhos de Israel consideravam a cidade de Jerusalém como a mais preciosa, não somente do país de Israel, mais também comparada as demais de todo o mundo. E NÃO ME ACHARAM NO TEMPLO. Paulo já estava completando seu voto, quando os judeus lhe identificaram dentro do templo de Jerusalém, Atos 21:27 - E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele. Desta forma, não houve nenhum movimento ou ação por parte do apóstolo que chamasse a atenção dos líderes religiosos dos judeus. FALANDO COM ALGUÉM. O comportamento de Paulo dentro do templo de Jerusalém foi o mais discreto possível, até porque ele tinha plena consciência que estava sendo vigiado pelos líderes religiosos do judaísmo. Ele gostava de falar do evangelho de Cristo, a tempo e fora de tempo, todavia, naquele momento em que ele ficou em consagração no templo de Jerusalém, evitou falar com quem quer que seja de Cristo. NEM AMOTINANDO O POVO NAS SINAGOGAS. Certamente, Paulo se reporta aos primeiros dias em que ele chegou na cidade de Jerusalém, o tempo em que antecedeu sua participação dentro do templo sagrado. Comumente, aonde Paulo chegava, ele procurava as sinagogas judaicas para pregar o evangelho da circuncisão para seus conterrâneos judeus, porém, ao chegar em Jerusalém não procedeu desta maneira. NEM NA CIDADE. Uma outra coisa que o apóstolo dos gentios sempre fazia, nos campos missionários transculturais, era justamente realizar cultos públicos ou pregar o evangelho nas praças públicas, ou ainda onde haviam aglomerações de pessoas. No entanto, não foi o que aconteceu com ele, quando chegou na cidade de Jerusalém, até porque, ele já estava ciente que seria perseguido naquele lugar, uma vez que, Deus já havia usado pessoas para o alertar que os judeus se oporiam a ele naquele cidade.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Atos 24.10

Atos 24.10 - Paulo, porém, fazendo-lhe o governador sinal que falasse, respondeu: Porque sei que já vai para muitos anos que desta nação és juiz, com tanto melhor ânimo respondo por mim.
PAULO, PORÉM. Não temos como saber se o advogado de defesa terminou seu discurso ou se ele foi interrompido pelo procurador por já ter falado demais e tomado muito tempo na audiência. Agora, era a vez de Paulo fazer a sua defesa, não por meio de um advogado ou orador, mas ele mesmo usar a sabedoria e a experiência que tinha para se defender das falsas acusações que lhe eram feitas pelos seus opositores, e com muita coragem e disposição passou a falar francamente, sem titubear em sua defesa. FAZENDO-LHE O GOVERNADOR. No que diz respeito a Paulo e o governador, Paulo não se adiantou, mas esperou com tranquilidade que procurador lhe desse a oportunidade de falar livremente em sua própria defesa. Assim sendo, o governador, como era de costume, deu ao réu sua chance de desfazer, por meio de seu testemunho os argumentos de acusação feitos anteriormente pelo seu adversário. SINAL QUE FALASSE, RESPONDEU. Antes que Paulo se defendesse, se o governador desejasse teriam falado alguma coisa, ou mandasse que alguma testemunha fosse apresentada pelo advogado de acusação. Todavia, nem falar o governador quis, mais apenas com a mão fez um gesto para que o preso começasse sua defesa. Há quem diga que este era um sinal evidente que o procurador não gostou das acusações feitas. PORQUE SEI QUE JÁ VAI PARA MUITOS ANOS. O escritor não fala se o governador conhecia a Paulo pessoalmente, ou se já havia ouvido falar a seu respeito, haja visto que o Apóstolo era bastante conhecido na cidade de Cesaréia, por haver uma comunidade cristã naquele lugar. O que podemos descobrir neste ponto é que Paulo sabia na realidade quem era o governador, e como ele agia para com os israelenses. QUE DESTA NAÇÃO ÉS JUIZ. Paulo não está falando a respeito de Félix como governador de Israel, pois há quem diga que não fazia muito tempo que Feliz era governador dos judeus. No entanto, Paulo fala de Félix como procurador, pois como juiz, já fazia muito tempo que Felix julgava o povo de Israel. Tértulo falou mais de Félix como governador e não como juiz, porque o procurador era perverso e grosseiro. COM TANTO MELHOR ÂNIMO. Neste momento, era perceptível a força de vontade da parte de Paulo em ter a oportunidade de se defender, não como um cidadão comum, mais sim, como um cidadão romano, pois nestes julgamentos, diante de uma autoridade romana, quem tinha título de cidadão romano levava vantagem, pois neste caso, o procurador não se interessava tanto, por questões envolvendo o judaísmo. RESPONDO POR MIM. Por que Paulo diz responder por ele? Porque o apóstolo tinha conhecimento que não havia boas relações dos judeus para com as autoridades romanas, mas como cidadão romano que era, Paulo sabia que poderia achar graça diante do procurador e ser favorecido neste julgamento. Apesar de ser judeu também, mas o apóstolo tenta passar para o procurador que desejava ser julgado como um cidadão romano, e esta estratégia era bastante válida em sua própria defesa.

Atos 24.8-9

Atos 24.8-9 - Mandando aos seus acusadores que viessem a ti; e dele tu mesmo, examinando-o, poderás entender tudo o de que o acusamos. E também os judeus o acusavam, dizendo serem estas coisas assim.
MANDANDO AOS SEUS ACUSADORES. Tértulo fala a respeito do que havia determinado o tribuno Lísias sobre o caso de Paulo. Provavelmente, no dia seguinte, depois que o tribuno mandou que tirassem a Paulo da cidade de Jerusalém, os líderes religiosos dos judeus lhe procuraram, com o objetivo de levarem a Paulo novamente ao sinédrio, porem, o tribuno lhes informou que o preso não estava mais sob seu poder, mais que o havia enviado na noite passada para a cidade de Cesaréia. QUE VIESSEM A TI. Pelo fato de Paulo ser um cidadão romano, o tribuno agiu corretamente, porque pode perceber que havia um conluio da parte dos opositores de Paulo para tirar-lhe a vida. Sabendo da realidade deste caso, Lísias temeu que se mantivesse Paulo perante seus acusadores poderia acontecer um assassinato e ele se prejudicar, pois sobre ele pesava o dever de proteger um cidadão romano pela lei. E DELE TU MESMO, EXAMINANDO-O. Neste caso, se o julgamento de Paulo se desse em Jerusalém, pelos membros do conselho, conforme queriam os líderes religiosos dos judeus, certamente, quem condenaria a Paulo seriam os seus próprios inimigos. Mas, o advogado de acusação sabe que, agora, somente o procurador romano é quem poderia investigar este caso, examinando as peças acusatórias e julgando a Paulo. PODERÁS ENTENDER TUDO. Essa manobra jurídica exposta por Tértulo se dava no sentido de tentar ele mesmo convencer ao tribuno que suas acusações eram verdadeiras, quando a realidade provava o contrário. Se o procurador praticasse a verdadeira justiça, aplicando uma justa investigação, jamais encontraria verdade nas acusações feitas contra o apóstolo dos gentios, porem, Paulo seria logo, absorvido. O DE QUE O ACUSAMOS. Como advogado de acusação, tentando ser um notável orador, Tértulo estava de fato fazendo o seu trabalho, pois para isto foi contratado pelos líderes religiosos do judaísmo. No entanto, o próprio procurador romano tinha experiência o suficiente para compreender que nem tudo que o orador estava expondo representava a verdade, portanto, cabia a ele acreditar ou não nas acusações. E TAMBÉM OS JUDEUS O ACUSAVAM. Assim como ocorreu uma confusão no conselho de quando tentaram julgar a Paulo pelos membros do sinédrio, agora, o mesmo voltava a acontecer, em que todos os judeus presentes gritavam ao mesmo tempo, lançando acusações contra o preso Paulo. Este alvoroço deve ter causado uma má impressão ao procurador romano, que não cedeu à pressão dos acusadores de Paulo. DIZENDO SEREM ESTAS COISAS ASSIM. Se os judeus tinham contratado um advogado de acusação, que seria perante o procurador o orador, não havia necessidade de que todos se manifestassem contra o apóstolo Paulo. O ódio que dominava aquela gente era mais forte do que o bom censo, ao ponto de não suportarem ficar calados, mais com gritaria foram possessos pelos demônios, na tentativa de prejudicarem a Paulo. Porem, Deus estava com seu servo, e os judeus não prevaleceram neste momento.

Atos 24.6-7

Atos 24.6-7 - O qual intentou também profanar o templo; e nós o prendemos, e conforme a nossa lei o quisemos julgar. Mas, sobrevindo o tribuno Lísias, no-lo tirou de entre as mãos com grande violência.
O QUAL INTENTOU PROFANAR O TEMPLO. Tértulo continua se desbocando em falso testemunho, pois o que ele diz neste ponto, não corresponde a verdade. Essa profanação sobre a qual fala o advogado dos judeus, diz respeito ao falso testemunho de que Paulo estava introduzindo no templo os gregos, ou seja, os gentios, o que não era verdade. Os homens que estavam cumprindo votos no templo de Jerusalém com Paulo eram judeus, com a diferença que eles eram também, cristãos e não gentios. E NÓS O PRENDEMOS. O mentiroso se refere ao que está escrito em Atos 21:27 - E quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele. O orador fala como se ele e os que com ele estavam como se eles fossem o responsável pela prisão de Paulo, mas, nem foi ele, nem os líderes do judaísmo, mais sim, os judeus da Ásia quem prendeu Paulo. E CONFORME A NOSSA LEI. Primeiro, o apóstolo Paulo não estava cometendo nenhum crime, nem de acordo com as leis cerimoniais dos judeus, nem muito menos havia por Parte de Paulo nenhuma transgressão as leis romanas. O que os judeus desejavam mesmo era tirar a vida do servo de Deus, simplesmente pelo fato que ele pregava o evangelho do reino de Deus e muitos seguidores do judaísmo se convertiam a Cristo. O QUESEMOS JULGAR. A realidade é que se o tribuno não chega em tempo hábil, os Inimigos de Paulo tinham mesmo era promovido um linchamento público contra o homem de Deus, pois, o arrastaram para fora do templo justamente para mata-lo. Se Tértulo se refere ao foto que Paulo foi levado ao sinédrio, também não representa a verdade, pois tal suposto julgamento estava viciado com propensão a injustiça pura. MAS, SOBREVINDO O TRIBUNO LÍSIAS. As intervenções do tribuno Lísias se deram de forma legal e providencial. Legal, porque ele era responsável, como autoridade romana em Jerusalém, de manter a ordem na cidade, mas também providencial, porque Deus assim determinou a fim de livrar a Paulo de se morto neste momento, pois o Criador de todas as coisas ainda tinha coisas importantes a realizar por Paulo. NO-LO TIROU DE ENTRE AS NOSSAS MÃOS. Isto aconteceu por duas vezes. Na primeira ocasião se deu quando os judeus odiosos queriam matar a Paulo fora do templo de Jerusalém, o acusando de profanar o templo. Já na segunda vez aconteceu quando houve a convocação do conselho e se deu uma confusão na mesma, quando Paulo abordou a questão da esperança na ressurreição dos mortos e houve divisão. COM GRANDE VIOLÊNCIA. Esta falsa acusação não procede, uma vez que o escritor não narra os fatos como o advogado dos judeus tenta passar para o tribuno. O que o tribuno Cláudio Lísias fez foi acalmar os ânimos dos mais exaltados, não permitindo que se fosse praticado um assassinato violento. Se houve violência, não foi por parte do tribuno romano, mais sim, dos sanguinários opositores de Paulo que estavam dispostos a tirar-lhe a vida, o que Lísias não permitiu, pois Paulo era cidadão romano.

Atos 24.5

Atos 24.5 - Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos.
TEMOS ACHADO QUE. Logo de princípio, vale à pena destacar que, o advogado de acusação dos líderes religiosos dos judeus, lança mão da opinião dos opositores de Paulo e com suas próprias palavras simplesmente faz ilações contra Paulo. O procurador romano tinha o dever de julgar o réu, não pelo achismo dos seus acusadores, mais sim, pelas provas apresentadas contra o réu. Portanto, este argumento inicial do orador, diante da justiça, já começava com intensa fragilidade. ESTE HOMEM É UMA PESTE. Nas palavras do acusador contra o apóstolo dos gentios, Paulo representava aquilo que de pior poderia acontecer com uma pessoa, em que ele deveria ser isolado definitivamente da sociedade por representar um perigo incontrolável para a população. Esta falácia não tinha prerrogativa de verdade, uma vez que, a vida do apostolo dos gentios, depois de convertido, foi de fazer só o bem. PROMOTOR DE SEDIÇÕES. Mais uma mentira deslavada do advogado de acusação, e essa fala do orador foi de propósito, na tentativa de comover a autoridade romana a que desse um veredito de condenação contra Paulo. Um dos principais motivos pelos quais as autoridades romanas eram constituídas nas províncias, era justamente para debelar qualquer tipo de sedição, com destaque as movimentações contra Roma. ENTRE TODOS OS JUDEUS. Mais um desvio da realidade estava sendo praticado pelo orador, uma vez que, os relatos do livro de Atos, bem como os revelados pelo próprio Paulo em suas cartas, nos mostram o contrário, em que eram os judeus quem sempre promoviam sedições contra o apóstolo dos gentios. Porém, esta fala do orador desviou a atenção do procurador, pois a sedição não era contra os romanos, mas os judeus. POR TODO O MUNDO. Há quem diga que essa acusação do advogado dos judeus, até favoreceu a Paulo, pelo fato que o governador de Cesaréia não tinha os judeus como pessoas que mereciam sua graça. Certamente, o orador estava orientado pelos judeus da Ásia, os mesmos que começaram as agitações dos líderes religiosos do judaísmo contra Paulo, e isso se deu, ainda dentro do templo de Jerusalém (Atos 21:27). E O PRINCIPAL DEFENSOR. Neste ponto, o orador estava falando dentro da realidade, pois, neste momento, principalmente no mundo gentílico, por isso que ele fala em “por todo o mundo” Paulo era a principal liderança do cristianismo. Os líderes do cristianismo de Jerusalém já não defendiam com tanto fervor a nova religião para não criarem problemas com os líderes religiosos do judaísmo, mas Paulo era diferente. DA SEITA DOS NAZAREMOS. Neste caso, Tértulo fala de maneira pejorativa do cristianismo, por duas razões: A primeira é que chamar os cristãos de Nazarenos, isso implicava em dizer que eles faziam parte daquela heresia que surgiu com alguém que foi criado em Nazaré, no caso, Jesus de Nazaré. Nazaré era uma aldeia desconsiderada pelos judeus. Segunda, o orador chama o cristianismo de seita, e isso tratava de um misticismo negativo, que nem nome de religião merecia, e isso era uma grande ofensa.

Atos 24.3-4

Atos 24.3-4 - Sempre e em todo o lugar, ó potentíssimo Félix, com todo o agradecimento o queremos reconhecer. Mas, para que não te detenha muito, rogo-te que, conforme a tua equidade, nos ouças por pouco tempo.
SEMPRE E EM TODO LUGAR. Este discurso do orador, contratado pelos líderes religiosos dos judeus estava completamente vazio e sem respalde da realidade. Podemos conjecturar que o sumo sacerdote, juntamente com aqueles que vieram acusar a Paulo perante o governador em Cesaréia já estavam arrependidos por terem contratado um advogado chula, que se desbocava em mentiras. Como também podemos imaginar que o procurador romano já não aquentava mais este orador. Ó POTENTÍSSIMO FÉLIX. Esta mesma frase já havia sido utilizada pelo tribuno de quando enviou sua cara ao procurador romano, quando com os soldados romanos mandou o preso Paulo para ser recebido pelo governador de Cesaréia, conforme vemos em (Atos 23:26). Este tratamento era comumente dado a todas as mais altas autoridades do império político de Roma, e Tértulo estava apenas sendo repetitivo. COM TODO AGRADECIMENTO. E continua neste ponto o ato de bajulação do advogado de acusação, contratado pelo sumo sacerdote Ananias, para tentar prejudicar a Paulo diante do procurador romano. Mais uma mentira deslavada do orador, uma vez que, não havia por parte dos judeus, a quem o orador representava neste momento, nenhum motivo de agradecimento ao governador romano Félix. O QUEREMOS RECONHECER. Não havia nada que reconhecer por parte dos judeus, no tocante a ser para eles, Félix um bem feitor, pelo contrário, os registros históricos nos fazem saber que Félix foi terrivelmente opositor dos filhos de Israel. Não há dúvida que o procurador cogitava em seus pensamentos o quanto hipócrita era este advogado, pois o próprio governador sabia muitos bem suas maldades com o povo judeu. MAS, PARA QUE NÃO TE DETENHAS MUITO. É próprio dos bajuladores que falam demais, com suas falácias vazias e sem sentido, ao ponto da sentir vergonha de sua maneira artificial de se comportar. Provavelmente, Tértulo se deixou perceber que estava se estendendo demais em sua falsa mensagem de bajulador, ao ponto de quase pedir desculpa ao procurador romano, por este está perdendo seu tempo com ele. ROGO-TE QUE, CONFORME A TUA EQUIDADE. A palavra utilizada por Tértulo para a pessoa do procurador romano queria dizer: Alguém generoso, clemente, cheio de gentileza, uma pessoa paciente, um homem bom, misericordioso, gracioso, com muita razoabilidade e etc. Nenhuma destas qualidades cabia a pessoa de Félix, pois sua biografia comprovava justamente tudo ao contrário deste falso discurso de Tértulo. NOS OUÇA POR POUCO TEMPO. Como se diz aqui em nossa região, o orador estava mais perdido que cego em tiroteio, pois, caindo em si, percebeu que já havia tomando bastante tempo do procurador, com sua introdução bajuladora. Há quem diga que o procurador já estava inquieto por saber que o orador estava jogando palavras ao vento, sem de fato, ter argumentos de acusação contra Paulo. Pois bem, realmente, Tértulo não tomou mais muito tempo, pois, foi interrompido logo depois por Paulo.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...