quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Romanos 3:15-18

Romanos 3:15-18 - Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria. E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.
OS SEUS PÉS SÃO LIGEIROS. Nestes versículos, o autor usa algumas metáforas, o que é recorrente nos seus escritos, para fazer análises comparativas, do comportamento dos seres humanos em geral, bem como dos judeus naquela mesma época. Essa colocação feita por Paulo falando dos pés, era uma metáfora bastante conhecida dos seus leitores e ensinava sobre a forma violenta com que os povos antigos e os indivíduos investiam contra a vida do seu semelhante, com tamanha hostilidade e crueldade.

PARA DERRAMAR SANGUE. Pés rápidos para derramar sangue. Antes da completa implantação da nova dispensação da paz, o que prevalecia era a lei da sobrevivência, em que as nações viviam constantemente em pé de guerra umas contra as outras. Depois dos cativeiros assírio e babilônico bem como por estarem sendo explorados pelos romanos, os judeus estavam cheios de ódio pelos gentios, querendo vingança.

EM SEUS CAMINHOS HÁ. Quando o Messias de Deus se manifestou, Ele confundiu os judeus, que esperavam um Rei poderoso e guerreiro, que libertasse os judeus do domínio romano. Como isso não aconteceu, porque o reino de Cristo é espiritual e não político, então os filhos de Israel descarregaram seu ódio sobre o Filho de Deus, instigando as autoridades da época para que prendesse, condenasse e matasse Jesus.

DESTRUIÇÃO E MISÉRIA. Do outro lado, os gentios, representados pelo império romano implantou profunda destruição contra os filhos de Israel. Pela desobediência dos hebreus a legislação de Moisés, e porque eles rejeitaram o seu Messias, os filhos de Israel pagaram um outo preço. O domínio assírio, babilônico e romano sobre os hebreus provocou tremenda miséria a todos os judeus, com pobreza absoluta deles. Somente à poucos anos passados que Israel conquistou a sua independência.

E NÃO CONHECERAM O CAMINHO DA PAZ. A vinda de Cristo e a implantação da nova dispensação da paz pela reconciliação, mudou para melhor o sentimento de convivência entre os povos e as pessoas. Porque antes disto, os povos se devoravam uns aos outros, como se isso, desse prazer aos seres humanos, em derramar sangue e fazer guerra de destruição. As pessoas não se deixavam guiar pela paz e a harmonia.

NÃO HÁ TEMOR DE DEUS. Os próprios judeus perderam completamente o devido temor ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Na época em que Cristo, o Príncipe da paz, veio a este mundo, os filhos de Israel viviam com seus corações endurecidos como diamantes e seus ouvidos agravados para que os mandamentos de Deus não tivessem efeito sobre a vida deles. Não mais respeitavam ao seu Deus e não guardavam sua lei.

DIANTE DOS SEUS OLHOS. No que diz respeito aos gentios, no capítulo primeiro, Paulo já deixa bem claro que todos os povos mereciam mesmo era um julgamento severo de Deus, porque estavam completamente alienados dos planos do Criador, bem como tomados pelo sentimento de rebelião geral. Por isso que o escritor afirma que não havia nem um justo, ninguém que fizesse o bem, estavam todos desviados de Deus.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Romanos 3:13-14

Romanos 3:13-14 - A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; Peçonha de áspides está debaixo de seus lábios. Cuja boca está cheia de maldição e amargura.
A SUA GARGANTA. Nestes dois versículos, Paulo fala da faculdade da fala dos filhos dos homens, em que estava sendo mal usada em demonstração de quão depravado era o estado de todos os seres humanos. Os próprios filhos de Israel, que eram conhecedores da verdade contida na legislação de Moisés, não mais usavam suas cordas vocais para ensinar os estatutos de Deus, porem suas palavras eram mentirosas e enganadoras. Os gentios viviam a proferir blasfemas contra o Senhor.

É UM SEPULCRO ABERTO. Esta metáfora era bastante compreendida pelos judeus e o escritor fala de algo terrivelmente repugnante para os hebreus. Um judeu ortodoxo não tocava em um defunto para não se contaminar. Imagine tocar em um cadáver, depois de alguns dias de enterrado. Desta forma, o autor faz uma comparação muito forte do quanto às expressões verbais dos filhos de Israel estavam corrompidas.

COM SUAS LÍNGUAS. A garganta fala da origem do som das palavras, porque ela é produzida pelas cordas vocais, mas é na língua que as modulações das palavras são manipuladas, dando assim as tonalidades da voz para compreensão do que se diz e do que se fala. É provável que o escritor se reporte ao Salmos 5:9 - Porque não há retidão na boca deles; as suas entranhas são verdadeiras maldades, a sua garganta é um sepulcro aberto; lisonjeiam com a sua língua. E isso era uma profecia futurística.

TRATAM ENGANOSAMENTE. O povo de Israel tinha uma missão muito importante na transmissão da lei de Deus para as demais nações do mundo, e há quem diga que os cativeiros assírio e babilônico foram oportunidade que eles tiveram de fazerem missões transculturais. No entanto, falavam de qualquer assunto, menos transmitirem os estatutos do Senhor. Mentiam com suas palavras e até culpavam a Deus por tudo.

PEÇONHA DE ÁSPIDES. Outra metáfora o apóstolo Paulo utiliza para representar quão degradante eram as palavras dos filhos dos homens contra Deus e contra o seu próximo. Certamente, o pensamento de Paulo, bem como ele faz seus leitores pensarem sobre as serpentes mais venenosas, o que eram comuns no oriente médio, principalmente nas regiões mais desérticas. O quanto às palavras enganosas são maus.

ESTÁ DEBAIXO DE SEUS LÁBIOS. As serpentes mais perigosas guardam seu veneno em glândulas que ficam depositadas nas cavidades de sua boca, que ao serem pressionadas são expelidas por orifícios nos centros de suas prezas. Uma pessoa realmente pode demonstrar o quão ela é ruim e mau, por meio de suas palavras, porque as palavras expressam os sentimentos mais profundos dos seres humanos.

CUJA BOCA ESTÁ CHEIA DE MALDIÇÃO E AMARGURA. No caso dos filhos de Israel, muitos deles viviam blasfemando do próprio Deus, por terem passado pelos cativeiros assírio e babilônico, bem como se encontrarem na situação de escravos do império romano, como se Deus fosse o culpado disto e não suas rebeliões contra os mandamentos do Senhor. Já os gentios sempre blasfemaram contra Deus.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Romanos 3:12

Romanos 3:12 - Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
TODOS. Quanto aos filhos de Israel, percebe-se que depois da divisão do reino, dez tribos se desvaram dos caminhos do Senhor, e dai para frente não se viu mais os hebreus seguirem como deveriam os caminhos de Deus. O Senhor levantou muitos profetas, seus servos para alertar aos judeus sobre a rebeldia deles, mas nem por isso se concertaram dos seus maus caminhos. Por fim, o Deus de amor, misericórdia e compaixão enviou seu Filho Jesus, mas diz o evangelho que eles rejeitaram o Messias.

SE EXTRAVIARAM. Este verbo nos fala da forma como os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó deram as costas para o seu Deus, não cumprindo a aliança feita por meio da legislação de Moisés. O sentimento de rebeldia tomou conta dos filhos de Israel de tal maneira que mesmo sabendo que estavam errados, se mantiveram nos caminhos da desobediência, por isso que se tornaram escravos de outras nações.

E JUNTAMENTE. Ora, se como o povo da aliança, os filhos de Israel se deu ao estado de apostasia, imagine com as demais nações do mundo, o que sempre prevaleceu foi a alienação completa e absoluta, porque os gentios se deixaram dominar pela incredulidade. De forma que, tanto os judeus, quando os pagãos, já no final da velha dispensação se encontravam merecedores do severo julgamento do Deus de justiça.

SE FIZERAM INÚTEIS. Antes da vinda do Messias de Deus, Jesus de Nazaré, o Emanuel de Deus, os seres humanos de um modo geral não prestavam para nada, senão para a destruição e condenação. No entanto, como Deus não muda, e a verdade diz que Ele é bondade, misericórdia e graça pura, então, o Senhor foi compassivo com Israel e com todas as nações do mundo, quando resolveu manifestar sua compaixão por meio de seu Filho Jesus Cristo, quando nos deu seu unigênito Filho para nos redimir e salvar.

NÃO HÁ QUEM FAÇA. Assim como no evento da queda da raça humana lá no Jardim do Éden, houve a interferência do maligno na desobediência de Adão e Eva, durante séculos, antes da implantação da nova dispensação, o inimigo passou a dominar a vida dos judeus e principalmente dos pagãos. E hoje, não é diferente, todos aqueles que não vivem para Cristo e Com Cristo, vivem sendo influenciados pelos demônios.

O BEM. De acordo com a velha dispensação, para os filhos de Israel, fazer o bem era cumprir fielmente todos os mandamentos e estatutos da legislação de Moisés. Já de acordo com o evangelho das boas novas da graça de Deus, fazer o bem é viver de conformidade com a nova dispensação da graça de Deus. Assim sendo, a grande maioria dos judeus e gentios vive mais para o mal, do que para os planos de Deus.

NÃO HÁ NEM UM SÓ. O pensamento de Paulo volta para o Salmos 14:2-3 - O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram inúteis: não há quem faça o bem, não há sequer um. Durante o período do silêncio profético, se o Senhor quisesse, o veredito contra a humanidade seria de destruição total e absoluta. E esse veredito continua quanto aos que rejeitaram e rejeitam a Cristo Jesus.

sábado, 3 de novembro de 2018

Romanos 3:10-11

Romanos 3:10-11 - Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.
COMO ESTÁ ESCRITO. No primeiro século de nossa era cristã haviam três Cânones do Velho Testamento em grego, que tiveram a sua transliteração do hebraico para o grego duzentos anos a.C na cidade de Alexandria no Egito. O primeiro, era dos judeus mais ortodoxos, o segundo dos escribas e fariseus, que foi adotado pelos protestantes, e o terceiro o da dispersão, com quatorze livros a mais, dos quais doze deles fazem parte da bíblia católica. É possível que Paulo usasse o segundo deles, como ex-fariseu.

NÃO HÁ UM. Efetivamente o apóstolo Paulo era recorrente em fazer citações de trechos do Velho Testamento como dando maior autoridade aos seus escritos, até porque ele, nesta parte de sua carta, estava escrevendo diretamente para os judeus que moravam em Roma, bem como sobre os judeus. Podemos conjecturar que o apóstolo fazia uma interpretação do que está escrito no inicio do Salmos quatorze.

JUSTO. De acordo com os conceitos judaicos, do tempo da velha dispensação, ser justo era alguém que guardava em termos totais e absolutos todos os mandamentos da legislação de Moisés. Nesta compreensão, o escritor mostra para seus leitores, principalmente, nesta mesma época em que ele escreveu para os judeus de Roma, que ninguém dos filhos de Israel estava realmente em condições de ser justo perante Deus.

NEM UM SEQUER. Salmos 14:1,3 - Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um. Percebe-se que este versículo está perfeitamente dentro da intenção principal do apóstolo dos gentios, que é justamente mostrar aos seus leitores o estado de miserabilidade e pecaminosidade de toda a raça humano diante da justiça de Deus.

NÃO HÁ QUEM ENTENDA. Quando o Messias de Deus, Jesus de Nazaré, se manifestou no planeta terra, havia uma cegueira espiritual tão grande nos filhos de Israel, que não perceberam que ali estava o Emanuel, ou seja, Deus entre os homens, o Messias. Paulo escreveu que, o deus deste século cegou o entendimento dos filhos dos homens. Por isso que os judeus rejeitaram ao seu Messias, e por consequente, a Deus também.

NÃO HÁ NINGUÉM QUE BUSQUE. Salmos 14:2 - O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. No caso de Israel, mais do que os gentios, eles tinham todos os motivos para servirem eternamente ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, porque por meio da legislação de Moisés foram absolutamente iluminados com a vontade do seu Deus.

A DEUS. Os últimos séculos que antecedeu a vinda do Messias de Deus, Jesus de Nazaré, as trevas tomavam conta da humanidade, até mesmo do povo hebreu, que era o povo mais iluminado do planeta terra. No entanto, para que o Deus de justiça não derramasse sua ira justa sobre os habitantes da terra, então a misericórdia e a graça prevaleceram, por isso que Deus enviou seu Filho Jesus para resgatar os seus remidos. Porque se dependesse dos filhos os homens, tudo estava perdido e condenado.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Romanos 3:9

Romanos 3:9 - Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado.
POIS QUÊ? SOMOS NÓS. Neste caso, Paulo tanto pode falar como sendo um judeu, mas também pode estar se expondo como alguém que foi liberto da lei e que agora vivia de conformidade com a graça de Deus. Como judeu, ele era de fato um hebreu de hebreu, da tribo de Benjamim, e principalmente um fariseu. Já como alguém que foi alcançado pela graça de Cristo, ele pregava a libertação da legislação de Moisés, porque defendia que depois da vinda do Messias a salvação era pela graça de Deus.

MAIS EXCELENTES? Se Paulo fala como judeu que era, os seus argumentos no capítulo anterior vem demostrando que os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, até que começaram bem, quando foram introduzidos em Canaã, mas que depois se perderam completamente. Como alguém que estava debaixo da graça, os gentios nem podia dizer que eram merecedores da salvação, porque graça é favor não merecido.

DE MANHEIRA NENHUMA. Uma das luzes mais iluminadoras desta carta de Paulo aos Romanos é justamente mostrar a todos os filhos dos homens a condição inequívoca de que todos estavam destituídos de qualquer privilégio diante da justiça de Deus. Na realidade, ninguém merece a compaixão do Criador, e isso ficou demostrado quando o Senhor deu a Israel à oportunidade de ser fiel, pela lei, mas eles foram rebeldes.

POIS JÁ DANTES DEMONSTRAMOS QUE. O capítulo primeiro tem a finalidade de mostrar a miserabilidade dos gregos ou gentios diante da justiça divina, bem como o capítulo dois e parte deste capítulo três fala da reprovação dos judeus também, diante do julgamento do Juiz dos vivos e dos mortos. Boa parte do material desta carta vem como demonstração da necessidade de todos buscarem a justificação em Cristo.

TANTO JUDEUS. O escritor fala dos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, eles que receberam o pacto da circuncisão, e que acima de tudo fizeram uma aliança de fidelidade com Deus, por meio da legislação de Moisés. Israel, como sendo o povo de Deus teve o privilégio de receber uma luz muito forte, em termos de conhecimento da vontade de Deus, porem, infelizmente os judeus deram as costas para o seu Deus.

COMO GREGOS. Falar sobre os gregos é a mesma coisa que falar dobre os povos gentios, que não participavam das alianças de Deus com o povo judeu, bem como é falar também sobre os pagãos que sempre viveram de maneira completamente alienada de Deus, o Criador de todas as coisas. Muito mais do que os hebreus, os gentios sempre viveram longe dos planos de Deus, metidos em devassidão e idolatria.

TODOS ESTÃO DEBAIXO DO PECADO. Desde a queda da raça humana por meio de Adão e Eva, que os filhos dos homens perderam o rumo, no que concerne a se encaixarem na vontade de Deus. Está escrito que: Quem comete deliberadamente o pecado é escravo do pecado, e essa é a realidade de todos os seres humanos. Diante da justiça de Deus, que é implacável, ninguém tem como, por sua própria capacidade, de se manter de pé diante do julgamento divino. Ninguém pode dizer que não peca.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Romanos 3:8

Romanos 3:8 - E por que não dizemos (como somos blasfemados, e como alguns dizem que dizemos): Façamos males, para que venham bens? A condenação desses é justa.
E PORQUE NÃO DIZEMOS. A interpretação deste versículo não é nada fácil, porque na realidade não sabemos de quem o escritor está falando, se dos judeus, que são os possíveis destinatários dos temas abordados no contexto dos capítulos dois e até este momento do capítulo três. Ou se Paulo fala de se mesmo, em sua teologia da graça, em que ele se considerava o mais miserável de todos os pecados, mas que achou graça diante de Deus, porque onde abundou o pecado superabundou à graça de Deus.

COMO SOMOS BLASFEMADOS. Se Paulo fala dos judeus como um todo, isso era uma realidade, porque os gentios efetivamente blasfemavam dos filhos de Israel, e os cativeiros assírio e babilônico, bem como o domínio romano sobre a nação servia de escárnio, uma vez que, os pagãos diziam: Eles se acham melhores do que todos os povos, mas foram escravos dos assírios e dos babilônicos e são servos dos romanos.

E COMO ALGUNS DIZEM, QUE DIZEMOS. Mas, no caso do apóstolo dos gentios estar falando do seu caso, também não deixa de ser uma realidade, porque os próprios judeus blasfemavam dele, porque o apóstolo ficou a serviço do judaísmo, perseguindo a igreja de Cristo, mas agora, estava do outro lado, pregando que havia se convertido ao cristianismo, tendo sido antes um terrível perseguidor contra os cristãos.

FAÇAMOS MALES. Anteriormente, o autor havia declarado que a desobediência de Israel confirmou a fidelidade de Deus, e as injustiças dos filhos dos homens fortaleceu a justiça de Deus e que a mentira dos seres humanos só deu mais crédito à verdade de Deus. No entanto, Paulo usa todos estes argumentos para que depois venha a mostrar que a desobediência dos judeus, bem como a incredulidade dos gentios só contribuiu para que se manifestasse mais fortemente a graça de Deus, para glória do Senhor.

PARA QUE VENHAM BENS? Haviam dois grupos que perseguia de maneira implacável o apóstolo dos gentios. Primeiro, os judeus seus compatriotas, seguidores do judaísmo. E depois, os líderes legalistas do próprio cristianismo, que aceitavam que Jesus Cristo era o Messias enviado por Deus, mas não queriam largar de forma alguma a legislação de Moisés. Já Paulo pregava a libertação da lei de Moisés e do judaísmo.

A CONDENAÇÃO. O que diziam os judeus sobre os gentios convertidos ao cristianismo? Bem como os líderes legalistas do cristianismo diziam quase que a mesma coisa para quem não guardava a legislação de Moisés. Pelo fato de Cristo ter guardado a lei de Moisés, porque ele veio justamente para isso, então, os apóstolos de Jerusalém achavam que a nova religião seria a continuação do judaísmo de Israel.

DESSES É JUSTA. Portanto, os judeus condenavam aos cristãos, porque os seguidores de Cristo, que faziam parte das igrejas fundadas por Paulo não guardavam a lei de Moisés. Os apóstolos de Jerusalém também exigiam que os novos convertidos também guardassem a legislação de Moisés, mesmo tendo aceito a Cristo como libertador. Já Paulo defendia que Cristo veio justamente para nos libertar da lei de Moisés.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Romanos 3:7

Romanos 3:7 - Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que sou eu ainda julgado também como pecador?
MAS, SE PELA MINHA. Paulo se coloca na posição de todos os judeus, até porque na realidade ele era hebreu de hebreu, da tribo de Benjamim, e conforme a tradição dos seus antepassados, também era fariseu, antes de ter um encontro feliz dom Cristo e ter se convertido ao verdadeiro cristianismo. Também não está descartada a possibilidade de Paulo se colocar no lugar de todos os seres humanos, porque o que cabia aos judeus, neste mesmo tempo, igualmente cabia a todos os filhos dos homens.

MENTIRA. Com isso, o escritor queria dizer que a vida religiosa do povo judeu naquele momento da história daquela nação não passava de uma grande farsa, até porque, depois da vinda do Messias de Deus, Jesus de Nazaré, o Emanuel, o antigo sistema religioso dos hebreus já não tinha mais validade. Uma nova aliança de Deus com a humanidade já havia sido implantada por Cristo, que era o verdadeiro cristianismo.

ABUNDOU MAIS A VERDADE. O que era para o aperfeiçoamento do povo de Deus, se tornou em pedra de tropeço, não que a legislação de Moisés tivesse essa finalidade de condenar o povo judeu, mas o problema é que os filhos de Israel se tornaram rebeldes contra os mandamentos do Senhor. Desta forma, ficou comprovado que o pacto de Deus com os descendentes de Abraão era bom, mas o povo era desobediente.

DE DEUS. Por isso que o apóstolo dos gentios já havia descrevido que, seja sempre Deus verdadeiro, isso porque o Senhor não erra em seus projetos e empreendimentos, os filhos de Israel quem não foram capazes de cumprir sua parte na aliança feita com o seu Deus. No dia do juízo final, todos aqueles que não foram achados escritos no livro da vida serão condenados pelas suas próprias obras, e ninguém vai acusar ao Juiz dos vivos e dos mortos de injustiça, porque o homem sabe do que fez contra si mesmo.

PARA GLÓRIA SUA. Na consumação de todas as coisas, tudo será para glória de Deus, pela forma com que ele conduzira com justiça todas as realizações. Os justificados em Cristo, portanto, os seus remidos estarão glorificando ao Pai, pela sua graça manifesta pelo evangelho da s boas novas, em que a igreja do Senhor será glorificada. Mas para vergonha eterna, os incrédulos se condenarão a si mesmos, isso, pelas suas obras.

PORQUE SOU EU AINDA JULGADO. Mais uma vez Paulo se coloca no lugar dos judeus, como se ainda estivesse pertencendo ao judaísmo, como ele próprio diz em outra parte dos seus escritos: Que se fazia de judeu para ganhar os judeus e que agia como se estivesse debaixo da lei, para os que estavam debaixo da lei para ganhar os que viviam sob a servidão da lei. O que Paulo desejava era mostrar a realidade.

TAMBÉM COMO PECADOR? Essa pergunta é um tanto nebulosa, porem, no final de tudo, o escritor tenta explicar é que, nem mesmo os mais bem intencionados guardador da lei de Moisés, depois da vinda do Messias, podia se esquivar do Julgamento de Deus. No fundo, no fundo, a intenção de Paulo era levar os seus leitores a uma reflexão sobre o estado real da vida dos judeus, e principalmente a fazê-los ver a necessidade de recorrerem a misericórdia e a graça de Deus em Cristo Jesus.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...