quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Gálatas 4:4

Gálatas 4:4 - Mas, vindo à plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.
MAS, VINDO. Este capítulo quatro de Gálatas põe um limite no que concerte a lei e a graça de Deus, porque nos ensina sobre os diferentes modos de agir do Criador quanto as suas alianças, em que a primeira foi com Israel, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, enquanto que, a segunda foi com todas as nações do mundo, incluindo os judeus e principalmente os gentios, de quem é composta a igreja de Cristo em sua grande maioria. O destaque é que, a primeira aliança deixou de ser para dar lugar a nova dispensação.

A PLENITUDE. Esta palavra, com destaque do artigo, nos ensina sobre um limite de tempo em que se completou em sua plenitude. E isso nos leva a pensar, e esta era a intenção do autor, que a lei de Moisés se completou em seu círculo de conclusão, quanto ao seu papel já cumprido. Com isso, o apóstolo dos gentios declara que, a legislação de Moisés fez o que era para se fazer, porque levou a cumprir inteiramente sua tarefa de mostrar aos israelitas, que eles não tinham condições de cumprir as regras, que eram muito duras.

DOS TEMPOS. Mas, vindo à plenitude dos tempos. É próprio do apóstolo dos gentios em trazer a tona a verdade de que, a lei de Moisés não tinha validade eterna, uma vez que o seu limite já estava previsto. E este limite era justamente a vinda do legítimo descendente de Abraão, que seria o Messias. Com a chegada do Cristo de Deus, a lei cessaria de cumprir seu papel de instruir o povo, porque no Cristo de Deus haveria uma nova aliança.

DEUS ENVIOU. Partiu do próprio Deus esta nova modalidade de ação do Criador para com as suas criaturas. Foi Deus quem enviou o seu Messias em cumprimento das promessas feitas em todas as profecias messiânicas. O verbo “enviou” fala sobre a ação diretiva de Deus em planejar, programar e executar seu plano de redenção pela sua graça e não pela legislação de Moisés. Deus mesmo tomou a iniciativa em tudo feito.

SEU FILHO. Já era profetizado que o Messias seria Filho de Deus, quando se falava que uma virgem conceberia e daria a luz um filho, desta forma, o nascimento do Cristo de Deus não teria a participação de um pai biológico, mas que o Emanuel de Deus seria gerado pelo Espírito do Senhor. E foi justamente o que aconteceu, Jesus foi gerado pelo Espírito de Deus, no ventre de sua mãe, não de uma relação sexual entre Maria e José.

NASCIDO DE MULHER. Isaías 7:14 - Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. Essa era uma profecia messiânica que anunciava a chegada do Messias de Deus. Já no princípio, quando da queda da raça humana, Deus havia prometido que do descendente da mulher, o Senhor levantaria o seu Messias como redentor da humanidade (Gênesis 3:15).

NASCIDO SOB A LEI. Jesus era descendente de Abraão, da tribo de Judá, nascido sob a lei, e que se manifestou para cumprir todas as exigências da legislação de Moisés. Quando o Messias de Deus nasceu de forma milagrosa, pela intervenção de Deus, a lei de Moisés ainda estava em vigor, e ele cumpriu tudo aquilo que as exigências da legislação de Moisés determinavam, bem como as profecias messiânicas anunciadas a seu respeito.

Gálatas 4:3

Gálatas 4:3 - Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo.
ASSIM TAMBÉM NÓS. O apóstolo faz uma comparação entre o menino do texto anterior e todos aqueles que viviam sobre o regime da lei de Moisés. Em que o menino quando ainda era de menor, ou seja, antes de completar seus dezesseis anos, não tinha direito a tomar posse de sua herança, mesmo que dela, por direto fosse sua. No tocante aos que viviam sob o regime do judaísmo, da mesma forma, se sentiam prisioneiros as regras da lei, e mesmo sabendo que havia a promessa de liberdade tiveram que esperar.

QUANDO. Essa é uma palavra que fala do tempo em que prevaleceu o regime da lei para os descendentes de Abraão, incluindo o pacto da circuncisão, em que todos aqueles que dele participavam eram obrigados a estarem debaixo da tutela de suas exigências. Esse foi o tempo em que o evangelho chama de período da escravidão ou servidão. Durante o regime da lei, os filhos de Israel, tinham direito a promessa feita a Abraão de um novo libertador, que era o messias, mas que deviam esperar o tempo certo de Deus agir.

ÉRAMOS MENINOS. O menino era filho de alguém que tinha condições financeiras, por direito era o herdeiro de tudo que o pai possuía, mas por determinação do próprio pai, devia ficar sob os cuidados de um tutor, até que completasse a maioridade. Os judeus eram considerados filhos de Abraão, tinham direito a promessa (herança) feita pelo Criador ao patriarca, mas só podiam tomar posse, quando deixassem de ser menino.

ESTÁVAMOS REDUZIDOS. Essa era uma condição imposta pelas tradições da época em que o menino, mesmo sendo dono de tudo que o pai possuía, mas pelas condições de imaturidade tinha a obrigação de ser reduzido ao regime de um escravo ou servo de seu pai, chamado de tutor ou aio. No pensamento de Paulo e de acordo com o que podemos conjecturar, a lei era de fato inferior à promessa feita a Abraão para seu descendente.

A SERVIDÃO. O menino era submetido a um regime de servidão, é tanto que, durante o tempo em que ficava sob os cuidados do seu tutor ou aio, era acompanhado a todo o momento por um escravo ou servo de seu pai. No tocante aos judaizantes, desde o momento da circuncisão que o menino era obrigado a cumprir todas as regras impostas pela legislação de Moisés, o que para Paulo era um regime de servidão ou escravidão.

DEBAIXO DOS PRIMEIROS. Essa tradição sobre a qual o apóstolo se refere, deveria ser muito antiga, e não se sabe se era aplicada ainda em Israel e nem em que país isso funcionava, mas é certo se supor que este era de foto um costume muito antigo. Em se tratando da lei de Moisés, para o apóstolo dos gentios era coisa do passado, em que neste novo tempo da dispensação da graça, não tinha mais valor algum para os cristãos.

RUDIMENTOS DO MUNDO. Ao que tudo indica, a metáfora ou exemplo dado pelo escritor sobre o regime aplicado ao menino, em textos anteriores, não estava mais em vigor nos seus dias, mas que era conhecido dos seus leitores. Com isso, o apóstolo dos gentios chama o tempo da lei de rudimentos do mundo, coisa do passado, e que não volta mais, porque um novo pacto ou aliança substituiu o primeiro tratado ou aliança.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Gálatas 4:1-2

Gálatas 4:1-2 - Digo, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo. Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai.
DIGO, POIS, QUE TODO O TEMPO QUE O HERDEIRO. O autor começa o capítulo quatro desta sua carta, com mais uma de suas metáforas, o que era muito usado pelos escritores daquele tempo, para explicar verdades espirituais, quanto ao tempo da lei e o período da graça de Deus e da fé em Jesus Cristo. E o escritor começa falando a respeito de um filho, que era de menor, e por isso ainda não tinha maturidade para ser considerado independente para tomar posse das heranças deixadas pelo seu pai.

É MENINO. Não está se tratando de uma criança, que conforme as culturas antigas, tinha menos de seis anos de idade, mas está se tratando de um menino, que conforme o povo e sua cultura social, poderia ter de seis a dezesseis anos de Idade, que era quando se pensava que tinha maturidade o suficiente para gerir os bens do próprio pai ou a herança deixada por ele, quando havia caso de morte do pai ou incapacidade administrativa.

EM NADA DIFERE DO SERVO. De forma que o menino ficava, até se tornar adulto, sob a tutela de um servo de confiança do seu pai, tudo de acordo com as determinações do próprio pai do menino. Durante o período dos seis anos aos dezesseis, o filho que era herdeiro dos bens do próprio pai, em termos de direitos, era igual ao escravo que a serviço do seu pai, era constituído de aio, ou seja, o servo que aplicava a disciplina.

AINDA QUE SEJA SENHOR DE TUDO. É bem provável que o apóstolo dos gentios esteja se referindo a um filho primogênito ou ainda a um filho único que tinha direito a todos os bens do seu pai. Mas, durante o tempo em que este tal menino ainda estava sob a tutela do seu tutor e curador, mesmo tempo direitos sobre todos os bens de seu pai, e para isso era feito um testamento, porem, o menino não estava apto a tomar posse da herança.

MAS ESTÁ DEBAIXO. Assim como havia um testamento, que prescreviam os direitos do menino sobre as heranças do seu pai, da mesma forma haviam ordens expressas por escrito ou oral do pai do herdeiro para que o tutor aplicasse tais disciplinas sobre o menino que estava sob seus cuidados, até alcançar a maturidade expressa no testamento. Assim sendo, o menino tinha que atender as exigências do seu tutor.

DE TUTORES E CURADORES. Esses tutores eram escravos ou servos de confiança dos homens ricos das sociedades antigas, que eram responsabilizados sobre cuidar de um menino dos seus seis anos até os dezesseis anos de idade. Já os curadores, tanto podiam ser os próprios tutores, ou eram autoridades do estado que faziam cumprir os testamentos, quanto aos direitos de heranças, os curadores também eram de confiança.

ATÉ AO TEMPO DETERMINADO PELO PAI. Geralmente esse tempo determinado pelo pai, em média era de dezesseis anos, mas isso variava de cultura para cultura. Essa determinação poderia ser feita por meio de um testamento ou também poderia ser feita de forma oral na presença de testemunhas ou de familiares. Quando o menino alcançava sua maturidade ele estava apto a tomar posse da herança com o aval do curador.

Gálatas 3:28-29

Gálatas 3:28-29 - Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.
NISSO NÃO HÁ JUDEU NEM GREGO. A implantação do verdadeiro cristianismo na terra foi o maior avanço religioso do mundo, porque Deus em Cristo estava efetivamente implantando a democracia religiosa em todo o mundo. Na nova dispensação da graça, o evangelho como sendo a legislação de Cristo, determina que não há exclusivismo religioso nem para o povo de Israel nem para as demais nações do mundo, isso porque, Deus não faz acepção de Pessoas. As barreiras do monopólio religioso foram derribadas.

NEM SERVO NEM LIVRE. Desde os tempos mais remotos da história da humanidade que a sociedade sempre foi dividida em classes sociais, com a grande massa de proletariado em que, do outro lado se encontrava uma minoria de ricos privilegiados. Na igreja de Cristo, em termos de comunhão com Deus, não tem escravos nem livres, nem ricos nem pobres, porque todos são iguais perante os olhos de Deus, e é assim que deve ser.

NÃO HÁ MACHO NEM FÊMEA. Mas, foi justamente neste ponto, onde houve o maior de todos os avanços, principalmente em comparação entre o cristianismo e o judaísmo. Uma vez que, o judaísmo desenvolveu uma cultura machista em que não era diferente das demais religiões pagãs, neste aspecto. Já o cristianismo implantou com o passar dos séculos, a boa democracia de convivência entre as mulheres cristãs e os homens.

PORQUE TODOS VÓS SOIS UM EM CRISTO JESUS. Um dos pontos fortes do cristianismo foi à implantação da reconciliação horizontal e vertical, em que Deus estava reconciliando consigo mesmo o mundo, com a implantação da cultura da paz também entre todos os homens. Em torno na igreja de Cristo a unidade e a união é que fortalece o elo de ligação entre todos os membros do corpo espiritual de Cristo, que é a igreja.

E SE SOIS DE CRISTO. Neste debate, ou a pessoa era da lei ou então de Cristo. Para Paulo não tinha como reconciliar uma coisas com a outra, ou a pessoa seguia ao judaísmo ou havia se convertido ao cristianismo e, portanto, se era alguém de Cristo, agora tinha que optar pelo evangelho das boas novas, como sendo a legislação de Cristo. E ser de Cristo era fazer parte da família de Deus, que fez promessas a Abraão.

ENTÃO SOIS DESCENDENTES DE ABRAÃO. Por que o escritor diz que os cristão são descendentes de Abraão? Porque a promessa de Deus para o patriarca era de que por meio dele, todas as nações do mundo seriam abençoadas, e isto é confirmado na vida daqueles que acreditavam no verdadeiro descendente de Abraão, que não era Isaque, nem Jacó, e nem muito menos os israelitas, mas era Cristo Jesus, conforme a promessa.

E HERDEIROS CONFORME A PROMESSA. Herdeiro de Que? Pela palavra defendida pelo apóstolo dos gentios, das promessas de Deus feitas a Abraão. Tais promessas foram feita a Abraão, porem, se cumpririam no seu descendente, que é Cristo. E por meio de Cristo, tais promessas também alcançariam todas as nações do mundo, e isso se tornou realidade na vida da igreja de Cristo. Todos que fazem parte da igreja são herdeiros.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Gálatas 3:26-27

Gálatas 3:26-27 - Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.
PORQUE TODOS SOIS. Os judeus que eram descendentes biológicos por sucessão de Abraão, Isaque e Jacó, se ufanavam de serem pertencentes à árvore genealógica dos mais ilustres patriarcas daquela nação. Mas, por definição, os gentios, que faziam parte das demais nações do mundo, eram discriminados pela nação eleita, como pagãos, gente sem Deus, separados da comunidade de Israel, por não fazerem parte da aliança da circuncisão de Abraão. Mas que agora, todos tinham os mesmos direitos que Israel.

FILHOS DE DEUS. Quais os direitos que os judeus e gentios, que faziam parte da igreja de Cristo tinham? De serem feitos filhos de Deus, conforme o versículo anterior diz que é pela fé em Jesus Cristo, e confirmado por (João 1:11). Agora, todos que recebem a Cristo como Senhor e Salvador se tornam filhos por adoção de Deus. Cristo é o unigênito e primogênito de Deus, enquanto que, os seus discípulos se tornam filhos por adoção do mesmo Deus e Pai. Logo que, se somos filhos, somo Co-herdeiros em Cristo Jesus.

PELA FÉ. No tempo da velha dispensação e de conformidade com o judaísmo, os filhos de Deus eram aqueles que guardavam todas as ordenanças da legislação de Moisés, e que também faziam parte do pacto da circuncisão firmado com Abraão. Todavia, de acordo com o evangelho da graça de Deus, os filhos de Deus são aqueles que exercem sua fé no poderoso nome de Cristo, confiando inteiramente em sua obra de redenção.

EM JESUS CRISTO. Esta fé em Jesus Cristo deve ser alicerçada em todas as promessas de Deus quanto ao seu Messias, que ele haveria de enviar, e assim o fez, na pessoa bendita de Jesus de Nazaré. Fé de que em Jesus Cristo, Deus estava reconciliando o mundo consigo mesmo, por meio do sacrifício propiciatório do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Fé de que em Jesus Cristo, o Emanuel veio como sendo Deus conosco.

PORQUE TODOS QUANTOS FOSTES BATIZADOS. Há um certo debate entre os comentaristas bíblicos, se o escritor se refere ao batismo espiritual ou o batismo ritual. Porem, tal debate não leva a nada, porque o mais importante é que seja em Cristo, e assim sendo, podemos dizer que tudo que envolve o nome de Cristo e o viver para Cristo, há um efeito benéfico para a vida dos seus seguidores e dos que nele são batizados.

EM CRISTO. Se o batismo citado na frase anterior diz respeito ao batismo no Espírito Santo só pode ser em Cristo, até porque aqueles que ainda não vivem com Cristo e para Cristo, não recebem tal batismo. E se este batismo se refere ao batismo em água, não poderia ser diferente, porque tal batismo é em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, portanto, a finalidade de tal batismo, é levar o que deve participa a se revestir de Cristo.

JÁ VOS REVESTISTES DE CRISTO. O escritor usa de uma metáfora para representar a essência de quem na verdade está inteiramente envolvido com Cristo e em Cristo. Quem é de Cristo, pensa como ele pensava, fala a palavra de Cristo, anda como ele andou e vive como ele viveu. Por isso que é realidade o fato de que, os remidos do Senhor são verdadeiros representantes de Cristo na terra e seus legítimos embaixadores.

Gálatas 3:24-25

Gálatas 3:24-25 - De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.
DE MANEIRA QUE A LEI. O capítulo de número três desta carta de Paulo aos Gálatas nos esclarece de forma pedagógica o que é a lei, e para que ela serviu. Bem como nos ensina coisas importantes sobre a dispensação da graça e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Como Israel estava se organizando como nação, precisava de leis que pudessem reger a sociedade, e assim sendo, o Senhor se utilizou de Moisés, que era um homem culto e formado em todas as ciências do Egito, para elaborar todas as leis da nação de Israel.

NOS SERVIU DE AIO. Mas, para que serviu a legislação de Moisés? Uma das respostas, nós encontramos justamente neste ponto, ela nos serviu de “aio”. De acordo com a cultura oriental, um “aio” era um escravo de confiança do seu patrão, que assumia a responsabilidade de educar o filho do seu patrão de seis a dezesseis anos, impondo-lhe regras rígidas e duras, até que levasse de volta ao seu pai, quando de maior de idade.

PARA NOS CONDUZIR A CRISTO. Neste ponto, o apóstolo dos gentios vê algo de bom no que diz respeito à composição da lei, quando afirma que ela conduziu o povo de Israel até a pessoa bendita de Cristo Jesus. Com isso, o autor afirma que a legislação de Moisés em sua pedagogia prática ou alegórica, sempre apontou em direção ao Messias de Deus. E a chegada de Cristo, foi o fim das funções do aio (lei), porque houve mudança de situação.

PARA QUE PELA FÉ. Com a chegada de um novo tempo, que era quando o menino atingia sua maturidade, não mais precisava do aio, a partir de então, era com ele e o seu pai. Assim foi com a implantação da nova dispensação da graça de Deus e a fé em Jesus Cristo, não mais precisa da lei. A partir de então, é com o Filho e com o Pai, eles que em um mesmo plano e desígnio inauguraram o novo tempo de governo e domínio no mundo.

FÔSSEMOS JUSTIFICADOS. No tempo da lei, o homem era justificado por méritos, em fazer cumprir todas as regras da legislação de Moisés. Já no novo tempo do Pai e do Filho, o homem é justificado pela sua fé em Cristo, e não mais pelo cumprimento das exigências da lei. Ser justificado pela fé é depositar total confiança em Cristo e crer que sua obra perfeita e gloriosa de redenção é suficiente para nos dar o direito à salvação.

MAS, DEPOIS QUE VEIO A FÉ. Esta fé põe limite entre o tempo da lei e o tempo da dispensação da graça. Em que no tempo da lei de Moisés, o povo de Israel estava sendo conduzido por um aio, que representava os mandamentos e regras da lei, mas que com a chegada da maturidade do Príncipe, não mais precisa do aio, e não precisar do aio é viver pela fé no príncipe, que é Cristo Jesus, o Filho de Deus, o Libertador da lei de Moisés.

JÁ NÃO ESTAMOS MAIS DEBAIXO DE AIO. A libertação do aio ou da lei, só era possível com a chegada da maturidade. A libertação da lei só foi possível com a chegada do Messias de Deus, que se manifestou na plenitude dos tempos para implantar um novo tempo, o tempo da nova dispensação da graça. Nem os judeus, e muito menos os gentios não precisam mais de cumprir as exigências de um código de lei, basta viver pela fé.

Gálatas 3:23

Gálatas 3:23 - Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.
MAS, ANTES. O “antes” como termo temporal, diz respeito a um longo período de tempo, entre o momento em que uma promessa foi feita e o seu cumprimento. O Deus de Abraão fez aliança com o patriarca, quando Israel nem existiam como nação, depois teve mais quatrocentos e trinta anos, este antes cobre todo o tempo em que a lei passou a vigorar para o povo de Israel. Deus é eterno, portanto, não se submete ao tempo, porem, trabalha no tempo dos homens para cumprir seus propósitos na terra com o seu povo.

QUE A FÉ. Esta fé se traduz em plena confiança em Cristo, como sendo o Messias de Deus, que veio para cumprir a promessa feita a Abraão de que no seu descendente, Jesus Cristo, todas as nações do mundo, os gentios, seriam abençoadas. A fé cristã é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem (Hebreus 11.1). Está fé está depositada na obra perfeita do Cristo de Deus, ele que veio como sendo o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, por meio da expiação.

VIESSE. A chegada desta fé cristã foi sinalizada com o nascimento de Jesus, o Cristo de Deus, que veio para implantar a nova dispensação da graça de Deus, em que o homem entra com a sua fé, e Deus entra com a sua graça salvadora. Paulo fala do tempo do evangelho, em que as boas novas de salvação trás a viva esperança de bênção para esta vida presente, mais com promessas maiores de bênçãos futuras com a vida eterna.

ESTÁVAMOS GUARDADOS. Quem estava guardado? O autor se inclui entre todos aqueles que esperavam o tempo da graça de Deus, isso porque ele como judeu que era, tinha consciência de que pela lei, ninguém mais tinha condições de servir a Deus com fidelidade, como determinava as exigências da lei. Agora, o apóstolo dos gentios suaviza o verbo quando diz que todos estavam guardados debaixo da lei, até a chegada da fé.

DEBAIXO DA LEI. Esta lei a que se refere o escritor, diz respeito à legislação de Moisés, que fora dada aos filhos de Israel, agora, como nação independente. Quando se fala sobre a lei de Moisés, nela estão inclusas todos os tipos de leis que uma nação precisa para se organizar como um país independente. Na legislação de Moisés continha mandamentos religiosos, sociais, e civis, como a constituição, código civil, código penal e etc.

E ENCERRADO PARA AQUELA FÉ. Como no versículo anterior, novamente o apóstolo dos gentios volta a endurecer o termo, para descrever a realidade a que a lei submetia os seguidores do judaísmo. A palavra “encerrado” é um termo que fala sobre uma situação de aprisionamento em que o detento ficava em uma masmorra, no cárcere inferior, sendo totalmente banido de sua liberdade. Assim viviam os seguidores do judaísmo.

QUE HAVIA DE MANIFESTAR. Até que veio o veredito de liberdade, com a proclamação da nova dispensação da graça de Deus. A inauguração por Cristo deste novo tempo de relacionamento dos homens com Deus funcionou como o grito da liberdade dos escravos pela promulgação da lei áurea. Muito mais do que isso, porque Cristo libertou um povo cativo na alma e no espírito, e não somente temporariamente, mas para sempre.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...