terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Tito 1:16

Tito 1:16 - Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra.
CONFESSAM QUE CONHECEM A DEUS. Continuam as denúncias do escritor contra os dois grupos que vinham prejudicando a igreja de Cristo na ilha de Creta e região onde Tito era supervisor ou bispo. E neste ponto o apóstolo nos faz saber que tanto os judaizantes defensores do judaísmo, como também os falsos mestres gnósticos faziam parte da comunidade cristã. Estes confessavam de que faziam a vontade de Deus e que seus ensinos eram baseados nos conhecimentos que tinham de Deus. Andavam de casa em casa buscando semearem suas ervas daninhas das heresias por eles anunciadas. Até davam testemunho de que eram discípulos de Deus, mas o objetivo de suas atividades era afastar os cristãos do evangelho das boas novas.

MAS NEGAM-NO COM AS OBRAS. Paulo nos deixou o ensino por meio deste texto de que nem mesmo pelo fato de alguém dar testemunho de que é um servo de Deus, pode na verdade ser. Porque mais forte do que palavras é o testemunho de vida pelo que a pessoa faz. Não adianta ser um cristão confesso apenas e não um cristão prático. Quem tem boca diz o que quer, principalmente para enganar os outros, mas o certo é que ninguém consegue enganar a Deus. E o tempo é um fator importante na comprovação de que os feitos em consonância com a vontade de Deus é quem vai dizer quem é quem. Os opositores do cristianismo confessavam de que conheciam a Deus, mas o que eles estavam fazendo comprovava o contrário de suas palavras.

SENDO ABOMINÁVEIS. Estes hereges sobre os quais Paulo tenta combater eram detestáveis pelo que estavam fazendo contra o evangelho de Cristo. Uma coisa abominável é algo que causa nojo e náusea só de olhar, quanto mais cheirar. Biblicamente falando é algo que Deus não aceita, mas repudia porque é totalmente contrário a sua vontade. Estas duas facções (Manutenção do judaísmo dentro do cristianismo e o gnosticismo) investiram pesado contra o cristianismo em seus começos. E o temor que Paulo tinha era de que eles conseguissem êxito em suas investidas, uma vez que a igreja sempre foi composta de pessoas simples da sociedade. Enquanto que estes mestres heréticos eram muito perigosos e astutos.

E DESOBEDIENTES. Existe o erro por inocência ou por falta de conhecimento. Mas o que os judaizantes e os falsos mestres gnósticos estavam fazendo contra a nova aliança de Cristo com a igreja era algo programa e planejado. Por um lado, os defensores do judaísmo, não aceitavam que o cristianismo fosse substituir a sua religião. E por outro lado, o império romano investia de forma camuflada por meio do gnosticismo para tentar transformar o cristianismo em mais uma religião cultural, onde o conhecimento secular era mais importante do que os mistérios do reino de Deus. Gnosticismo vem de gnose, que é conhecimento esotérico e com base no asceticismo, e não no conhecimento de Deus e de sua soberana vontade.

REPROVADOS PARA TODA BOA OBRA. A boa obra a que se refere o escritor diz respeito à obra genuína do reino de Deus e do evangelho. Os judaizantes em vez de ficarem tentando levar a igreja para o judaísmo, deviam era pregar o evangelho de Cristo. Assim como os gnósticos, deviam era ajudar a Tito na obra de Deus lá em Creta.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Tito 1:15

Tito 1:15 - Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados.
TODAS AS COISAS SÃO PURAS. O que o escritor está tentando fazer é combater certas práticas exageradas dos legalistas Judeus e dos ascetas gnósticos com seus rituais e puritanismos. A palavra de Deus nos ensina de que todas as coisas foram feitas por Cristo e para Cristo, entende-se por isso que as coisas criadas são abençoadas pelo Criador. E todas as coisas que há na terra foram criadas para o bem dos seres humanos. De forma que tudo que existe neste mundo é bom, desde que seja usado para o bem e de forma a cumprir o propósito para o que foi criado. O Criador fez todas as coisas para o que é bom, o problema é que o ser humano interfere e manipula muitas coisas para uma disfunção e usa para o que é ruim.

PARA OS PUROS. Todas as coisas são puras para os puros. Os puros a quem se refere o escritor não dizem respeito às pessoas perfeitas, mas sim aos que sempre são influenciados a fazerem o bem e o que é bom. Exemplo: alguém pode utilizar uma faca para lhe ser útil nas atividades domésticas, mas outra pessoa pode usar esta mesma faca como arma para tirar a vida do seu próximo. De forma que a maioria dos objetos nãos são maus em si mesmo, mas depende da maneira para o que é usado e no que é utilizado. Quem realmente é bom, no sentido moral, e se caracteriza por ter boas virtudes, até do que aparentemente é mau, ele vai usar para o que é bom.

MAS NADA É PURO. No caso dos legalistas judaizantes e dos puritanos e ascetas gnósticos, eles classificam aquilo que não estavam de conformidade com seus rituais como impuras todas as coisas. Para os legalistas judeus, o resto da raça humana que não faziam parte de suas cerimônias de purificação eram todos considerados impuros. E para os puritanos gnósticos, quem não fizesse parte de seus rituais ascéticos eram todos considerados por eles como contaminados. É tanto que para eles todos os tipos de alimentos tinham que passarem pro seus rituais de purificação antes de serem ingeridos por eles. O cristianismo representa a libertação de tudo isso.

PARA OS CONTAMINADOS E INFIÉIS. Nada é puro para os contaminados e infiéis. Os legalistas judaizantes transformaram a legislação mosaica em intermináveis preceitos e inumeráveis rituais de cerimonialismos. Já os falsos mestres gnósticos que seguiam um emaranhado interminável de rituais pagãos, juntavam todos os modismos das religiões culturais para formarem seus costumes de purificação. A estes dois grupos de puritanos e ascetas o escritor chama de contaminados e infiéis, isso porque eram eles os impuros e contaminados e não os objetos por eles supostamente purificados. O cristianismo no seu começo teve dois inimigos perigosos, de um lado os judaizantes e do outro o gnosticismo disfarçado de cristianismo, infiltrado no meio da cristandade.

ANTES O SEU ENTENDIMENTO E CONSCIÊNCIA ESTÃO CONTAMINADOS. O escritor mostra neste ponto a raiz do problema. Ser puro ou impuro não depende do objeto em si, mas como este objeto é visto por quem dele usa. Os legalistas judaizantes tinham uma dieta rigorosa em seus hábitos alimentares. E os puritanos gnósticos em seus asceticismos consideravam praticamente todos os tipos de alimentos impuros e que precisavam ser submetidos aos seus rituais de purificação. Asceticismo puro.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Tito 1:14

Tito 1:14 - Não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade.
NÃO DANDO OUVIDO. O que Paulo recomenda neste texto é que o seu filho na fé, tivesse controle sobre as coisas que aconteciam com as igrejas na ilha de Creta, para que os seguidores de Cristo não dessem atenção aos ensinos deturpados transmitidos pelos judaizantes, nem dessem ouvidos as heresias pregadas pelos falsos mestres gnósticos. Acredita-se que a vontade do apóstolo era de que Tito fizesse chegar a todas as famílias que faziam parte da igreja de Cristo, essa mensagem, uma vez que os cultos eram realizados nos lares, e não em um templo, como acontece nos dias de hoje. Quando esses hereges chegassem em algum lar cristão, não era para serem ouvidos, porque o que eles transmitiam, não edificava a igreja que seguia o evangelho. Com isso Tito fechava a porta da igreja para a heresia e os falsos ensinos.

A FÁBULAS. Esta é uma referência direta a toda e qualquer narrativa fictícia com conotações religiosas. As fábulas são histórias inventadas para se demonstrar algum tipo de exemplo. Não é a mesma coisa que parábola, uma vez que a parábola é uma narrativa que ilustra a realidade, enquanto que as fábulas falam de algo irreal. Era costume dos retóricos oradores gregos usarem fábulas em seus sermões para impressionarem os seus ouvintes. Os falsos mestres gnósticos também se utilizavam de tais artifícios para confundirem a fé dos cristãos. Os que tentavam perseguir o cristianismo para preservarem o judaísmo também estavam se utilizando das fábulas.

JUDAICAS. Neste ponto Paulo destaca as fábulas judaicas. Assim como os gnósticos usavam as fábulas mitológicas da literatura pagã, os judaizantes que tentavam manter no cristianismo os padrões do judaísmo, da mesma forma davam sabor mitológico às narrativas das escrituras apócrifas da literatura judaica. E quando se referiam as narrativas das escrituras religiosas dos judeus, acrescentavam elementos fictícios, para tentarem mistificar o que a respeito da nova aliança estava escrito nas antigas profecias messiânicas. Quando sabemos que o evangelho de Cristo é claro e simples de se compreender, até mesmos as referencias mais antigas a seu respeito.

NEM AOS MANDAMENTOS DE HOMENS. Escreveu Paulo: Não deem ouvidos as fábulas judaicas nem a mandamentos de homens. O que estava escrito nas antigas escrituras a respeito de Cristo e da nova aliança da graça era conhecido da igreja. E as novas revelações dadas pelo Espírito Santo sobre o novo testamento, mesmo de forma oral, também já estavam bem expostas pelas principais lideranças da igreja primitiva. Estes mandamentos de homens a que se refere o apóstolo, diz respeito às interpretações ideológicas dos que se dizem interpretes das sagradas escrituras. O evangelho de Cristo é compreendido por qualquer pessoa.

QUE SE DESVIAM DA VERDADE. Desviar-se da verdade do evangelho é dar uma interpretação ao texto fora da realidade, o que o escritor chama de fábula. Esse negócio de mensagem profunda do evangelho pode ser um artifício para se misturar a mensagem do evangelho com elementos mitológicos. Qualquer mensagem fora da realidade é fábula, ninguém vive de ficção, mas da realidade. Tem muita gente se desviando da verdade do evangelho e tomando o rumo das fábulas religiosas.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Tito 1:12-13

Tito 1:12-13 - Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé.
UM DELES, SEU PRÓPRIO PROFETA. “Um deles”, certamente Paulo se refere à Epimênides de Cnossos, um escritor muito conhecido dos seus leitores. Além de ser conhecido como escritor grego ele era tido por muitos como um dos profetas pagãos. O escritor não se refere a qual de suas literaturas ele estava escrevendo, mas na frase seguinte usa uma de suas citações para ilustrar bem o estado moral dos hereges que se infiltravam nas igrejas cristãs para tentarem deturpar a genuína mensagem do evangelho de Cristo. Paulo também era conhecedor da cultura da época e usou do material que os próprios mestres gnósticos utilizavam para combatê-los.

DISSE: OS CRETENSES SÃO SEMPRE MENTIROSOS. O que disse o profeta dos falsos mestres gnósticos? Os cretenses são sempre mentirosos! Cretenses eram os filósofos de Creta, e Creta era uma ilha para onde estava escrevendo o apóstolo Paulo. Não que todos os cidadãos de Creta fossem mentirosos, mas o que eles consideravam profeta deles dirigiu esta palavra aos chefes religiosos do gnosticismo. Com isso o apóstolo estava alertando a igreja de Creta de que os ensinos gnósticos eram fundamentalmente baseados na mentira, portanto, não mereciam nenhum crédito.

BESTAS RUINS, VENTRES PREGUIÇOSOS. Neste ponto, o apóstolo faz duas acusações fortes contra os judaizantes, e também e principalmente contra os falsos mestres gnósticos. Esta expressão “bestas ruins” é uma colocação dura e que descreve o quanto os opositores do evangelho eram bestiais e maléficos em suas investidas contra a verdade das doutrinas do cristianismo. “Ventres preguiçosos”, na verdade Paulo quis dizer que estes malandros não queriam trabalhar, mas se aproveitavam da simplicidade da igreja para tirarem proveitos financeiros do suor dos outros.

ESTE TESTEMUNHO É VERDADEIRO. Paulo não escreve que o profeta deles fosse verdadeiro, mas que sua citação se encaixava muito bem, no tocante ao que eram realmente os falsos mestres do gnosticismo. Conhecedor que era destes hereges gnósticos da ilha de Creta, o apóstolo ataca diretamente os opositores do evangelho com o testemunho de alguém que os próprios mestres gnósticos consideravam ser ele um profeta. Paulo utilizou o que eles diziam ser verdade, contra eles próprios.

PORTANTO, REPREENDE-OS SEVERAMENTE. O apóstolo transmite segurança ao seu filho na fé para que ele usasse de autoridade no combate a estes falsos mestres. Em outras palavras é como se Paulo tivesse dito a Tito: Não alisa esta gente porque são perniciosos no meio da igreja, mas seja duro com eles. Repreende-os severamente, se tiver algum que seja membro da igreja, usa da disciplina para que se convertam.

PARA QUE SEJAM SÃOS NA FÉ. Mais uma vez o apóstolo nos dá a entender que estes mestres gnósticos eram pessoas infiltradas no seio da igreja. Talvez muitos deles ou quase todos fossem até membros das igrejas cristãs. Com isso aprendemos que nem todos que ensinam nas igrejas transmitem a sã doutrina do evangelho. Não é pelo fato de alguém utilizar da bíblia que seja um verdadeiro ensinador do cristianismo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Tito 1:10-11

Tito 1:10-11 - Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão. Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.
PORQUE HÁ MUITOS DESORDENADOS. Paulo estava denunciando aqueles que eram insubordinados e que não tinham nem o seu apoio nem muito menos dos seus cooperadores que haviam sido consagrados por ele. A estes ele chamava de indisciplinados, rebeldes e que não respeitavam as autoridades das igrejas. Muitos dos supostos líderes de Jerusalém e de Israel, que se intitulavam cristãos, mas que de fato estavam a serviço do judaísmo e não do cristianismo, se alto intitulavam de líderes pelo fato de serem descendentes do povo Judeu, de onde veio o fundador do cristianismo. Não eram poucos, mas muitos os judaizantes dentro das igrejas cristãs.

FALADORES VÃOS E ENGANADORES. Faladores vãos, estes não eram legítimos líderes das igrejas cristãs. Eram pregadores itinerantes do judaísmo, que se infiltravam no meio da comunidade cristã para produzirem confusão, mais do que edificação de Deus. Falavam para os cristãos de que mesmo se convertendo ao cristianismo, precisavam guardar a legislação mosaica. Paulo os classifica de enganadores, uma vez que os seguidores de Cristo não são obrigados mais a cumprirem a lei, porque Cristo os libertou do julgo da lei, cumprindo ele toda a lei em nosso lugar. O que estes enganadores falavam não tinha nenhum valor, porque não passava de heresias.

PRINCIPALMENTE OS DA CIRCUNCISÃO. Paulo nos dá a entender que suas reprimidas também são dirigidas aos falsos mestres gnósticos, que tentavam introduzir no cristianismo elementos da mitologia das religiões pagãs. Mas, neste ponto, principalmente os judaizantes, que por pertencerem a Israel, com facilidade tinham aceitação no ceio da igreja cristã. Por incrível que pareça, até dos apóstolos de Cristo, haviam deles que defendiam na igreja a manutenção de práticas do judaísmo.

AOS QUAIS CONVÉM TAPAR A BOCA. A recomendação de Paulo ao seu filho na fé Tito é que aonde ele tinha influência nas igrejas cristãs, que identificasse esses judaizantes, como também os falsos mestres gnósticos e fechasse a parta para eles. Não permitisse que eles pregassem para a igreja nem ensinassem de casa em casa nos lares cristãos. Tito como representante de Paulo tinha que tomar as devidas providências.

HOMENS QUE TRANSTORNAM CASAS INTEIRAS. Até 312 de nossa era cristã não era permitido pelo império romano à construção de templos cristãos. Portanto, os cultos e as atividades das igrejas eram realizadas nos lares dos seguidores de Cristo. Com isso dificultava um pouco para os líderes da igreja manter o controle sobre os que se infiltravam nos lares cristãos com suas heresias e seus ensinos transtornadores.

ENSINANDO O QUE NÃO CONVÉM, POR TORPE GANÂNCIA. Paulo que foi o fundador da maioria das igrejas, assim como também seus cooperadores já havia instruído as igrejas sobre os pontos fundamentais da nova aliança de Deus com a humanidade por meio de Cristo e da nova aliança da graça. Mas os judaizantes e os falsos mestres gnósticos iam de casa em casa tentando desfazer o que o apóstolo e os seus auxiliares já haviam ensinado. O interesse dos hereges era ganhar dinheiro por torpe ganância. Assim como nos dias atuais existem muitos profissionais do evangelho.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Tito 1:9

Tito 1:9 - Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.
RETENDO FIRME A FIEL PALAVRA. Neste ponto de sua epístola pastoral, Paulo recomenda que os obreiros devam ser diligentes no uso da palavra do evangelho, no sentido de fazer um bom combate contra os falsos mestres das heresias gnósticas e dos legalistas Judeus. Portanto, os líderes que deveriam ser consagrados ao ministério teriam por obrigação de serem conhecedores dos ensinos doutrinários do cristianismo para terem eficiência no combate aos ensinos dos falsos mestres. Somente usando a autoridade da fiel palavra do evangelho é que encontrariam forças para saírem vencedores. O apóstolo durante os tempos que estivera nas igrejas da Ásia cuidou em discipular bem os obreiros para que fossem firmes no conhecimento da nova aliança.

QUE É CONFORME A DOUTRINA. Assim como a velha aliança de Deus com Israel tem o seu conjunto de normas, o que é chamada de legislação mosaica. Na nova aliança não é diferente, Cristo quando esteve em Israel para implantar a nova aliança de Deus com a humanidade transmitiu seus ensinos em como se deve seguir o cristianismo por ele fundado. Além do mais, os apóstolos por ele chamados, como foi o caso de Paulo também, receberam revelações especiais e instruções dadas pelo Espírito Santo de Deus, em como fazer a vontade de Cristo e do reino de Deus. É justamente a estes ensinos do novo testamento, juntamente com as profecias messiânicas, que formam o conjunto doutrinário do novo pacto de Cristo e de Deus com a humanidade.

PARA QUE SEJA PODEROSO. Os judaizantes que não aceitaram a Jesus de Nazaré como sendo o Messias enviado por Deus Pai (João 1:10), procuravam de todas as formas destruir o cristianismo. Assim como as religiões pagãs que se baseavam nas filosofias mitológicas das religiões naturais, buscavam por meio dos falsos ensinos heréticos combaterem a nova religião de Cristo. E os líderes do cristianismo nas igrejas precisavam serrem poderosos nas palavras do evangelho para suplantarem os que lhes faziam oposição por meio do judaísmo e do gnosticismo. Os novos obreiros a serem consagrados deveriam ser mais fortes do que os inimigos do evangelho.

TANTO PARA ADMOESTAR COM A SÁ DOUTRINA. Os bispos e presbíteros eram responsáveis pelo ensino doutrinário das igrejas de Cristo. Com isso tinham a responsabilidade de alimentarem bem os seguidores de Cristo na sã doutrina para não se desviarem dos caminhos do Senhor e voltarem para o judaísmo ou para o paganismo. Cabiam aos obreiros locais ensinarem as coisas do reino de Deus e projetar a igreja em buscar as coisas que são de cima para não caírem nas armadilhas dos ensinos heréticos dos enganadores judaizantes nem dos falsários gnósticos.

COMO PARA CONVENCER OS CONTRADIZENTES. Tanto os legalistas judaizantes quanto os falsos mestres gnósticos faziam parte e estavam infiltrados nas igrejas cristãs. E os líderes das comunidades cristãs não podiam expulsá-los, mas tinham que com muita sapiência os convencê-los de que estavam errados, e que precisavam retornar para o evangelho de Cristo. O líder local não podia desistir destes seus opositores, mas precisava convencê-los de que eles precisavam de salvação em Cristo.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Tito. 1:8

Tito. 1:8 - Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante.
MAS DADO A HOSPITALIDADE. Nos textos anteriores Paulo destaca sobre o que não deve ser um obreiro cristão. Neste texto ele mostra como deve ser um administrador eclesiástico. E com sua lista de virtudes, escreve de que o obreiro deve ser amante da hospitalidade. Essa é uma qualidade de alguém que se caracteriza por ser acolhedor. Neste período da igreja primitiva os missionários eram muito perseguidos, portanto tinha que sair às pressas para outras cidades para não serem presos e mortos. Também era uma época de expansão da mensagem do evangelho pelo mundo, em que Deus se utilizava dos pregadores itinerantes para saírem de cidade em cidade pregando a mensagem poderosa do evangelho libertador de Cristo Jesus o salvador. Portanto, os obreiros locais precisavam acolher estes missionários do reino de Deus.

AMIGO DO BEM. Falando sobre Cristo, o evangelho nos ensina de que ele ia por toda parte, fazendo o bem a todos (Atos 10:38). E esse deve ser um exemplo de todo líder religioso que deseja seguir as pisadas do Mestre (1 João 2:6). De todos os membros da igreja de Cristo, do que mais se espera que seja uma pessoa que faz o bem a todos sem olhar a quem, deve ser o líder, seja ele um presbítero, um evangelista, um bispo ou um pastor. Isso porque ele funciona perante a sociedade como um espelho, que dar testemunho do rebanho. Amigo do bem é aquela pessoa que sempre estar disponível a ajudar aos que mais precisam, sem esperar ser recompensado de volta.

MODERADO. Essa é uma virtude de quem é cauteloso em tudo que diz e que faz. É alguém imparcial, e que não é tendencioso nem para um extremo nem para outro, mas que se posiciona em uma área de equilíbrio nos assuntos mais polêmicos. Não deve ser radical em suas ideologias pessoas para não incorrer no erro de ser taxado de autoritário ou intransigente. Estamos vivendo na dispensação da graça, mas existem obreiros que são tão radicais que aplicam a palavra de Deus como se estivesse no tempo da lei, e isso não se encaixa no perfil de quem deve ser moderado. Quem é moderado, nem afrouxa a doutrina, nem também é espancador.

JUSTO, SANTO. Justo dentro do arcabouço do evangelho é diferente do pensamento judaico. Justo no tempo da lei era todo aquele que guardava todos os mandamentos da legislação mosaica, sem transgredir a nenhum deles. Justo na nova aliança da graça é todo aquele que é justificado pelo sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Já à palavra “santo” quer dizer: Separado para o Senhor ou dedicado ao serviço do reino de Deus. O líder deve ser totalmente voltado para o reino de Cristo.

TEMPERANTE. Esta é uma virtude de quem tem autocontrole sobre suas ações e palavras. É alguém que tem o domínio próprio e que sabe se dirigir no caminho do evangelho com dignidade. Um líder religioso não pode ser ignorante nem de temperamento agressivo, que fala tudo que vem no pensamento, e que faz tudo que vem na mente. Ninguém é obrigado a ter que suportar um líder bruto e ignorante.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...