domingo, 4 de março de 2018

1 Coríntios 9:18-19

1 Coríntios 9:18-19 - Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho. Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais.
LOGO, QUE PRÊMIO TENHO? É claro que todo aquele que busca o reino de Deus em primeiro lugar, o próprio Deus se encarrega de lhe acrescentar as demais coisas que um homem de Deus precisa. No entanto, as maiores recompensas que um legítimo obreiro vai receber de Deus, não é nesta vida presente na terra, mas sim, na volta de Cristo e mais especificamente na eternidade futura com Deus e com Cristo nas mansões celestiais. Haverá galardão certo para quem milita legitimamente na obra.

QUE EVANGELIZANDO. Depois que Paulo se converteu ao verdadeiro cristianismo, ele recebeu de Cristo a missão de ser um dos maiores desbravadores de novos campos missionários transculturais de sua época. É tanto que, a tradição cristã e o próprio Novo Testamento nos faz saber que o raio de ação evangelístico de Paulo foi as principais cidades da Europa, Ásia e outros lugares importantes de sua época.

PROPONHO DE GRAÇA. Será que alguém tem dúvida que Paulo não recebia ajuda financeira de quem quer que seja, nem da igreja para fazer a obra de Deus? Existiam dois núcleos administrativos na igreja primitiva, que era Jerusalém, e do outro lado os campos transculturais dos gentios, que eram administrados por Paulo e seus amigos de ministério. Nas igrejas gentílicas, a obra era feita por amor e não por dinheiro.

O EVANGELHO DE CRISTO. Essa é uma colocação feita pelo escritor para dentro deste texto falar sobre seu ministério de levar as boas novas de Cristo tanto nas cidades onde ainda não havia comunidade cristã, como também em suas atividades em discipular os novos convertidos. Paulo quis dizer que fazia a obra de Deus e exercia seu ministério de forma a não receber recompensas financeiras pelos seus serviços.

PARA NÃO ABUSAR DO MEU PODER NO EVANGELHO. Por isso que defendemos que, todos os argumentos prescritos no início deste capítulo (versículos 4-11) não se aplicam ao ministério de Paulo e de seus amigos de ministério. Mas eram argumentos defendidos pelos líderes legalistas de Jerusalém, que estavam vivendo um momento de transição entre o tradicional judaísmo e o verdadeiro cristianismo.

PORQUE, SENDO LIVRE PARA COM TODOS. Pelo que realizou em prol do evangelho de Cristo, já neste tempo em que ele escreveu essa sua carta, o apóstolo dos gentios se tornou uma das principais lideranças do cristianismo no mundo gentílico. Porem, nem por isso ele se aproveitava do seu próprio status para explorar os irmãos nem as igrejas por ele fundadas. Isso nos fala do caráter ilibado pelo qual vivia o apóstolo.

FIZ-ME SERVO DE TODOS PARA GANHAR AINDA MAIS. Quando o escritor afirma que se fez servo de todos, com isso, ele quis dizer que o servo não pode requerer nenhum direito dos seus senhores. Servo era escravo e escravos não tinha direitos, apenas deveres. Todavia, com essa sua simplicidade e humildade é que o apóstolo dos gentios conquistava mais e mais vidas para o reino de Deus. Isso porque esse era seu objetivo maior, ganhar vidas para o reino de Cristo, e não a ganância em ganhar dinheiro.

sábado, 3 de março de 2018

1 Coríntios 9:17

1 Coríntios 9:17 - E por isso, se o faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada.
E POR ISSO. Paulo entendia que era devedor em tudo por ter achado graça diante de Deus, por ter o Senhor o chamado para dentro de sua graça salvadora. Desta forma ele se gastava e se deixava gastar em fazer a obra de Deus por amor, e não esperando receber dos homens recompensas financeiras. A venda das indulgências foi um dos grandes erros das supostas religiões cristãs, o que nos dias de hoje tem se tornado em meio de vida para quase todos, aplicando-a de variadas formas e jeitos.

SE O FAÇO. O autor se reporta as suas mais intensas e variadas formas em que ele se aplicava em executar a obra de Deus de forma imperiosa para se mesmo. Poucos ou quase nenhum dos líderes do cristianismo do primeiro século fez tanto pelo evangelho de Cristo o quanto este missionário transcultural o fez em suas atividades. Enquanto os líderes de Israel evangelizam o seu país, Israel, Paulo evangelizava o resto do mundo.

DE BOA MENTE. Neste ponto, o apóstolo dos gentios nos fala das suas mais puras intenções em levar as boas novas de Cristo no mundo gentílico. Com isso, o escritor deixa transparecer que não havia de sua parte nenhum segundo intenção, em tirar proveito financeiro de seu ministério. Diferente dos profissionais do evangelho de sua época, que cobravam para pregar, orar, cantar e principalmente fazer a obra de Deus.

TEREI PRÊMIO. Paulo fala do seu futuro, já dentro da eternidade, e podemos dizer, quando ele chegasse diante da presença de Deus. Aqui nesta terra, recebemos sim, a recompensa da parte de Deus, ele que cuida dos seus. Além de que, para o escritor a maior recompensa era a promessa de vida eterna, além dos dons espirituais e ministeriais que ele desfrutava da parte de Deus, o que já era grande galardão. Não se deve comparar o que nos aguarda na eternidade, com os bens materiais desta vida.

MAS SE DE MÁ VONTADE. Para Paulo, quem fazia a obra de Deus por dinheiro, esperando receber recompensas financeiras para o seu ministério, era de fato fazer a obra de Deus de má vontade. E isso se traduz por vender os seus supostos serviços religiosos feitos ao seu próximo, o que se pode chamar de venda das indulgências, ou ainda vender os seus serviços religiosos ao próximo esperando receber dinheiro.

APENAS UMA DISPENSAÇÃO. Se um determinado ministro do evangelho, seja ele quem for, fizer a obra de Deus com a intenção de ganhar dinheiro, vendendo as coisas de Deus, como seja a palavra do Senhor, uma oração ou um louvor, seja o que for, esta sendo apenas um artista que cobra por seus dons naturais. Era o que acontecia com muitos pregadores e ministros, principalmente na igreja cristã de Corinto.

ME É CONFIADA. Assim como os homens carnais desenvolvem os seus dons naturais e suas habilidades múltiplas para as coisas desta vida, não é diferente com os profissionais do evangelho. Tem muita gente usando seus dons naturais e inteligência carnais nas coisas de Deus, como se fossem os dons espirituais e ministeriais. Outros até começaram com boas intenções, se desviaram no meio do caminho, mas continua usando os dons em benefício próprio para o enriquecimento, o que é uma lástima.

1 Coríntios 9:16

1 Coríntios 9:16 - Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!
PORQUE SE ANUNCIO. O autor fala de suas atividades evangelística em prol do reino de Cristo, em que nesta mesma época, ele se tornou um dos mais proeminente propagador das boas novas de Cristo, principalmente em campos missionários transculturais. O grande projeto de Paulo era levar o conhecimento sobre o Cristo de Deus aonde o Senhor Jesus ainda não era conhecido. Enquanto que, os líderes de Jerusalém, por meio de Pedro, ficaram com a tarefa de evangelizar os judeus.

O EVANGELHO. Para Paulo, o evangelho era o poder de Deus para salvação de todo aquele que crer no nome poderoso de Cristo Jesus. De acordo com o cristianismo histórico, o evangelho é as boas novas sobre o Messias de Deus, que veio a este mundo como sendo Cristo Jesus, ele que se manifestou como o Redentor da humanidade. Mas, ainda podemos dizer que o evangelho é tudo aquilo que envolve a nova dispensação da graça de Deus, por meio da obra de redenção de Cristo Jesus.

NÃO TENHO DE QUE ME GLORIAR. Porque Paulo era um dos mais proeminente pregador do evangelho, mas ele não usava isto para tirar proveito próprio disto, como faziam os obreiros fraudulentos, que eram inferiores a Paulo no tocante a pregarem sobre o evangelho, mais mesmo assim, usavam de seus ministérios para ganharem dinheiro com a palavra do evangelho. Paulo não se gloriava de pregar o evangelho.

POIS ME É IMPOSTA. O escritor reconhecia de que, antes de ter um encontro pessoal com o Senhor Jesus era um miserável pecador, mas que ao ser chamado de forma amorosa pelo Mestre da Galileia, devia até os cabelos da cabeça ao seu Salvador. Desta forma, reconhece que tinha como tarefa prioritária de graça anunciar o evangelho, porque não pagou nenhum centavo para ser liberto por Cristo Jesus.

ESTA OBRIGAÇÃO. Nós somos servos ou escravos de Cristo, no sentido positivo, e se assim o é, temos a obrigação de fazer a vontade do nosso Senhor Jesus Cristo. Na época em que Paulo viveu os servos ou escravos não recebiam salários ou recompensas financeiras pelos seus trabalhos. Como servo que era de Cristo, o autor se achava na obrigação de simplesmente obedecer ao seu Senhor, que era Cristo.

É AI DE MIM. Paulo tinha convicção de sua chamada para pregar a palavra de Deus de maneira gratuita. E tem mais, ele entendia que, se pregasse o evangelho por dinheiro, poderia pagar um alto preço se assim procedesse. Ai daqueles que deixam de pregar o evangelho por amor, para tirarem proveito financeiro da palavra de Deus. Os mercenários correm um risco tremendo em ganhar dinheiro com o evangelho.

SE NÃO ANUNCIAR O EVANGELHO. O apóstolo dos gentios fazia um esforço muito grande para que o evangelho de Cristo chegasse ao máximo de lugares possível. E como ele não recebia salário para fazer a obra de Deus, tinha que trabalhar com as próprias mãos para ganhar o seu pão de cada dia, além de ter que ganhar dinheiro com a fabricação de tendas para pagar suas viagens de cidade em cidade cumprindo sua missão transcultural. Precisamos sim é de pregar o evangelho de Cristo por amor.

1 Coríntios 9:15

1 Coríntios 9:15 - Mas eu de nenhuma destas coisas usei, e não escrevi isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, do que alguém fazer vã esta minha glória.
MAS EU. Temos comentado deste o versículo quatro deste capítulo que tudo que Paulo vinha falando, não dizia respeito ao seu ministério, nem ao modo operante das igrejas por ele fundadas. Mas, todos os argumentos citados pelo autor diziam respeito a como funcionavam nas igrejas ligadas ao ministério das lideranças religiosas de Israel e da igreja matriz de Jerusalém. Isso porque, o ministério dos apóstolos de Jerusalém estava vivendo um momento de transição do judaísmo para o cristianismo.

DE NENHUMA DESTAS COISAS USEI. Tudo que Paulo falou desde o início desde capítulo, se o apóstolo dos gentios desejasse poderia fazer, como prerrogativa de que as lideranças de Jerusalém faziam. Mas, Paulo entendeu que, o cristianismo verdadeiro era diferente do judaísmo, e, portanto, ele não recebia salário para fazer a obra de Deus, nem permitia que os ministros das igrejas gentílicas recebessem também.

E NÃO ESCREVI ESTO. O escritor esta falando de tudo que ele vem escrevendo sobre seus argumentos desde o início deste capítulo, como se ele tivesse se utilizando do ministério como se fosse uma profissão para tirar proveito financeiro da igreja. Nem tão pouco usando a palavra de Deus para fazer o comercio da fé. Paulo escreve, explicando se ele fosse um aproveitador, usaria destes direito, mas ele renuncia tudo.

PARA QUE ASSIM SE FAÇA COMIGO. Não escrevi isto, para que assim se faça comigo. O que Paulo escreveu desde o começo deste capítulo, não foi para que alguém lesse na igreja como se Paulo quisesse usar do método de ganhar dinheiro com seu ministério nem vendendo indulgências, por fazer a obra de Deus. O versículo doze e este também deixam bem claro que Paulo não recebia salário para fazer a obra de Deus.

PORQUE MELHOR ME FORA MORRER. Paulo preferia morrer, de que receber dinheiro para fazer a obra de Deus. Será que os gananciosos mercenários não percebem que estão correndo o risco da desaprovação de Deus, quando usam seus ministérios para ganhar dinheiro e vendem a palavra de Deus como se fosse uma mercadoria? As nossas igrejas são gentílicas, e devem seguir as regras gerais praticadas por Paulo.

DO QUE ALGUÉM FAZER VÃ. Paulo era realmente radical, no sentido de não aceitar salário ou recompensas financeiras para fazer a obra de Deus. Ele não abria mão disto, nem que alguém lhe matasse, ele preferia morrer de que ganhar dinheiro para fazer e executar a obra do Senhor. Ele convivia com todos os tipos de injustiça dos seus oponentes, mas que ninguém chegasse lhe acusando de explorar quem quer que seja.

ESTA MINHA GLÓRIA. Qual era a glória de Paulo? É que ele era diferente dos outros, quando não recebia recompensas financeiras de ninguém para pregar, orar, cantar ou fazer a obra de Deus. Nos versículos que se seguem, o apóstolo explica porque não recebia suborno ou ajuda financeira de ninguém, nem mesmo das igrejas por ele fundadas para fazer a obra de Deus. A maior vergonha para o evangelho nos dias de hoje é quando os líderes religiosos praticam de forma escandalosa o comercio da fé.

1 Coríntios 9:14

1 Coríntios 9:14 - Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.
ASSIM. Onde está escrito esta citação pelo Senhor Jesus? Nos quatro evangelhos não tem esta mesma colocação feita neste texto. Certamente esta era uma tradição oral que os apóstolos de Jerusalém faziam de que o Senhor Jesus tinha lhes dito quando ainda estava entre eles. A segunda pergunta é, quando Paulo se encontrou com Cristo na estrada de Damasco Jesus lhe falou isso, se falou não está escrito no Novo Testamento. Este é mais um argumento usando pelos líderes da igreja matriz.

ORDENOU TAMBÉM. Quando Cristo viveu e exerceu seu ministério, ele veio para guardar a lei de Moisés, e assim o fez de maneira perfeita, ele não veio para desobedecer à legislação de Moisés, mas sim para cumpri-la. Os apóstolos do mesmo modo entenderam que deveriam viver de acordo com os costumes e tradições da lei, porque eles estavam vivendo a transição entre o judaísmo de Israel e o cristianismo.

O SENHOR. A pergunta é: Paulo aplicava esta regra para seu ministério e para o ministério de seus companheiros? A resposta é não! Tanto Paulo como seus amigos de ministério trabalhavam com suas próprias mãos para não serem pesados às igrejas por eles fundadas no mundo gentílico. O que Paulo esta demostrando para seus leitores, que o acusavam de não receber ajuda financeira, é que se quisesse poderia se aproveitar financeiramente deles, Porque os outros faziam isso, mas ele não.

AOS QUE ANUNCIAM. Ninguém mais do que Paulo anunciava as boas novas do evangelho de Cristo no mundo gentílico, de forma que, se ele bem quisesse poderia se utilizar deste argumento, como faziam os líderes ligados a igreja matriz de Jerusalém, deixar de trabalhar nas coisas seculares para ser sustentado de boa vida pelos irmãos das igrejas por ele fundadas. Porem, no versículo doze ele diz: Não usamos disto.

O EVANGELHO. Quem conhece bem como funcionava o sistema financeiro do ministério de Paulo nas igrejas por ele fundadas no mundo gentílico, sabe que o escritor está exatamente falando de como funcionava nas igrejas fundadas pelos líderes ligados a igreja de Jerusalém. Justificando porque não recebia ajuda financeira das igrejas fundadas por ele é que Paulo diz que se quisesse poderia fazer o mesmo.

QUE VIVAM. O que os apóstolos de Jerusalém faziam nesta parte de seus ministérios? Eles recebiam salários para ministrarem o evangelho? Não, eles só queriam ter o pão de cada dia, a mesma coisa que acontecia com os sacerdotes da lei de Moisés, eles só queria ter o sustento de cada dia, o que de resto sobrava, de acordo com a lei, deveria ser distribuído com as viúvas, com os órfãos e com os pobres, e eles assim procediam.

DO EVANGELHO. Paulo vivia do evangelho? Não! Ele trabalhava na construção de tendas para tirar seu sustento para não depender de ninguém. Mas nas igrejas em Israel, dada à eminência da volta de Cristo e porque o Estado romano estava confiscando os bens dos cristãos, criou-se um fundo comum para que toda a comunidade cristã, e não somente os apóstolos vivessem deste fundo comum. Esse sistema não deu certo, e Paulo fazia campanhas para as igrejas pobres da Judeia.

sexta-feira, 2 de março de 2018

1 Coríntios 9:13

1 Coríntios 9:13 - Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?
NÃO SABEIS VÓS. Não há dúvida que os cristão legalistas de Jerusalém já estavam completamente infiltrados na comunidade cristã de Corinto, e que Paulo por meio dos seus informantes também já estava ciente de que eles pregavam a legislação de Moisés naquela igreja. Isso porque, o autor volta a falar de como funcionava o lado financeiro do ministério, no tocante aqueles que estavam ligados às lideranças cristãs da igreja matriz de Jerusalém, que era diferente das igrejas fundadas por Paulo.

QUE OS QUE ADMINISTRAM. Observa-se que o escritor está se reportando a como funcionava o judaísmo, no que diz respeito aos sacerdotes, eles que, por determinação de Moisés, havia prescrito que a tribo de Levi não receberia terras como herança em Canaã, porque todos que faziam parte daquela tribo ficariam encarregados de administrarem as celebrações concernentes aos serviços do tabernáculo e da lei.

O QUE É SAGRADO. Certamente esta frase se refere ao cerimonialismo, e ao sacramentalismo praticados pelos sacerdotes levíticos, no que tange, de princípio ao tabernáculo, e depois aos templos que foram edificados em Jerusalém. Haviam os sacrifícios diários oferecidos pelos sacerdotes bem como as celebrações anuais, que estavam a cargo dos sumos sacerdotes, como por exemplo: O dia da expiação.

COMEM DO QUE É DO TEMPLO? De forma que, os filhos de Israel traziam, uma vez no ano, uma recompensa em alimentos (e não em dinheiro) para os que trabalhavam no templo, que eram da tribo de Levi, porque eles não receberam heranças em terras na terra de Canaã. No tempo da lei, o dízimo não era um dever religioso, mas um tributo social, como compensação pelo fato de que os levitas não receberam terras em Canaã.

E QUE OS QUE DE CONTÍNUO. Em compensação, os que faziam parte da tribo de Levi, que eram sacerdotes, com seus familiares, não podiam exercer atividades econômicas de qualquer espécie, pois foram, de acordo com a lei de Moisés, designados a cuidarem do tabernáculo, e mais tarde dos templos, bem como de ensinarem a lei de Moisés aos filhos de Israel. Isso prevaleceu no tempo da lei até a vinda do Messias.

ESTÃO JUNTOS AO ALTAR. No próprio tabernáculo haviam dois altares, aquele que ficava no primeiro compartimento do tabernáculo, bem como o outro que ficava depois do segundo véu. No primeiro tabernáculo, serviam os sacerdotes comuns, que ofereciam de contínuo sacrifícios e oferendas em favor do povo. Mas no santo dos santos, ou lugar santíssimo do tabernáculo, somente o sumo sacerdote podia entrar para fazer o sacrifício de expiação em favor de toda a nação de Israel, dia da expiação.

PARTICIPAM DO ALTAR. Esta carta foi escrita antes do ano setenta de nossa era cristã, portanto, o templo de Jerusalém ainda estava de pé, e assim sendo, os sacrifícios no templo estavam sendo praticados em pleno vapor. Como as lideranças das igrejas em Israel viviam um momento de transição entre o judaísmo e o cristianismo, muita coisa do judaísmo prevaleceu como tradição mesmo dentro do cristianismo. Já nas igrejas fundadas por Paulo, funcionava o cristianismo como deve ser, e que prevaleceu.

1 Coríntios 9:12

1 Coríntios 9:12 - Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo.
SE OUTROS PARTICIPAM. Estes outros, sobre os quais fala o apóstolo Paulo eram os obreiros fraudulentos que se aproveitavam da inocência ou da boa vontade do povo de Deus para tirarem proveito financeiro do rebanho do Senhor. Eram os falsos líderes que faziam do ministério uma profissão e da palavra de Deus uma mercadoria para praticarem o comercio da fé. Eram os falsos pregadores do outro evangelho que praticavam a venda da indulgência, pregando por dinheiro e apenas visando o lucro.

DESTE PODER SOBRE VÓS. Como a igreja cristã de Corinto era uma comunidade cristã de boas posses financeiras, sempre apareciam por lá lideranças vindas de Jerusalém para ganharem algumas somas financeiras com a pregação da palavra. Há quem diga que a venda de indulgências foi inspirada no que acontecia justamente na igreja cristã de Corinto, em que os supostos líderes cristãos vendiam seus serviços.

PORQUE NÃO, E MAIS JUSTAMENTE, NÓS. Veja o que diz Paulo, se estes falsários que se aproveitavam de vós tinham o direito de vos explorar, se eu quisesse, juntamente com meus companheiros de ministério, muito mais do que eles, porque eu foi o fundador desta comunidade cristã. Muito mais do que os obreiros fraudulentos trabalhou Paulo, Apolo, Tito e outros ministros fiéis pelo bem daquela igreja cristã.

MAS NÓS NÃO USAMOS DESTE DIREITO. Essa frase de Paulo esclarece tudo que foi dito desde o começo deste capítulo, quando o apóstolo dos gentios não praticava nada do que foi dito até este momento, mesmo que se quisesse ele e seus amigos de ministério poderiam usufruir de tudo isso. A verdade é que Paulo e seus amigos de ministério, não aceitavam salário das igrejas para fazerem a obra e o serviço de Deus.

ANTES SUPORTAMOS TUDO. Era regra geral nas igrejas fundadas por Paulo, que os ministros do evangelho não deviam receber ajuda financeira nem das igrejas nem de quem quer que seja para fazerem a obra de Deus. Paulo e seus amigos de ministério trabalhavam com as suas próprias mãos para se manterem e sustentarem os seus próprios ministério. E isso era regra geral nas igrejas fundadas no mundo gentílico.

PARA NÃO PORMOS IMPENDIMENTO ALGUM. O interesse de Paulo e seus companheiros de ministério era levar as boas novas do evangelho de Cristo por amor ao Senhor Jesus. Para Paulo e seus amigos de ministério, receber salários ou recompensas financeiras para pregar a palavra de Deus ou fazer a obra de Deus era motivo de empecilho para o progresso do evangelho, porque era motivo de escândalo.

AO EVANGELHO DE CRISTO. Nos dias de hoje, muitas pessoas deixam o caminho do evangelho por se sentirem exploradas pelos mercenários da fé. Lamentavelmente, o conceito no meio da sociedade sobre os que se dizem líderes cristãos é de que os pastores são ladrões. Um dos grandes erros de um determinado ramo do suposto cristianismo foi à prática da venda das indulgências, e isso vem se repetindo pelas denominações atuais de outras formas, com a venda dos serviços religiosos.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...