quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Gálatas 4:12-13

Gálatas 4:12-13 - Irmãos, rogo-vos que sejais como eu, porque também eu sou como vós; nenhum mal me fizestes. E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne.
IRMÃOS, ROGO-VOS. Apesar de ser, nesta época, uma das mais expressivas das lideranças do cristianismo, o apóstolo dos gentios usa de humildade para com os seus leitores, no sentido de que, pretendia tratar destes assuntos em pé de igualdade, se bem que poderia usar da autoridade de apóstolo. Além do mais, em vez de ordenar sobre suas exortações, ele mais uma vez com simplicidade roga, pede e suplica para que os seguidores de Cristo na Galácia dessem valor e atenção aos seus edificantes conselhos.

QUE SEJAIS COMO EU. Como fundador de igrejas cristãs na região da Galácia, Paulo era bem conhecido dos seus leitores. Ele que era judeu da tribo de Benjamim e por tradição religiosa fariseu, mas isso, antes de ter um encontro com Cristo e ter se convertido ao cristianismo. Agora, como servo de Cristo, não mais seguia os ditames da legislação de Moisés, nem muito menos os rituais pagãs, porem vivia de acordo com o evangelho.

PORQUE TAMBÉM EU SOU COMO VÓS. Agora, vivendo no tempo da graça e pela fé em Cristo Jesus, Paulo não mais seguia as exigências da lei de Moisés, porem, procurava viver de acordo com as novas regras estabelecidas pela nova dispensação da graça de Deus, e pelos parâmetros do evangelho e das doutrinas cristãs. Não mais vivia o apóstolo dos gentios como os judaizantes nem como os cristãos legalistas de Jerusalém.

NENHUM MAL ME FIZESTES. Certamente o apóstolo Paulo se deixa lembrar dos momentos em que, por aquela região anunciava as boas novas do evangelho de Cristo e o quanto foi bem recebido por aqueles que se converteram pela pregação do evangelho. Antes, nenhum mal lhe fizeram, mas, é como se Paulo quisesse dizer que agora estavam lhe prejudicando, porque estavam desconsiderando o seu trabalho naquela região.

E VÓS SABEIS QUE PRIMEIRO VOS ANUNCIEI. Há quem diga que o apóstolo esteve fazendo excursões evangelísticas naquela região por três vezes, quando de suas viagens missionárias. Como também podemos conjecturar que o escritor se refira a sua primeira vez em que esteve pregando o evangelho naquela região e fundando comunidades cristãs. Mas, não temos nem ideia de quanto tempo ele se demorou naquele lugar.

O EVANGELHO. O autor, entre linhas, também deixa-nos transparecer que ele foi o primeiro a pregar o evangelho de Jesus Cristo naquela região. Mas os indicativos nos faz entender que nesta época em que Paulo escrevia aos gálatas, os cristãos legalistas de Jerusalém estavam invadindo aquela região, tentando influenciar os seguidores de Cristo a que voltassem a praticar as exigências e as muitas regras da lei de Moisés.

ESTANDO EM FRAQUEZA DA CARNE. Na realidade, quando Paulo esteve pela primeira vez pregando o evangelho de Cristo na Galácia, ele estava enfermo, o que fez com que ele não tivesse condições de sair para outros campos missionários, e com isso se demorou um pouco mais naquela região. Aprendemos também neste ponto que, mesmo que alguém seja o grande homem de Deus, está da mesma forma, sujeito a ficar doente.

Gálatas 4:10-11

Gálatas 4:10-11 - Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco.
GUARDAIS DIAS. De acordo com os ensinos transmitidos por Paulo nesta passagem do evangelho, todos os dias, meses tempos e anos são iguais entre si, sem que se dê lugar para as superstições das datas. Os chamados dias santos, isso não existe, porque tais dias especiais para algumas religiões, são iguais a qualquer outro. No tocante aos judaizantes ou aos cristãos legalistas, é bem provável que o escritor esteja lançando sua crítica sobre o dia de Sábado, que eles estavam querendo que os cristãos guardassem.

E MESES. Podemos conjecturar que os cristãos legalistas de Jerusalém haviam invadido os campos missionários de Paulo na Galácia, impondo aos cristãos os costumes judaicos da legislação de Moisés. Os judeus costumavam dedicar determinados meses do ano para as celebrações religiosas e a prática de Jejum. Já as religiões pagas procuravam impor aos governantes determinados meses do ano em dedicação as suas falsas divindades, o que na babilônia misteriosa do apocalipse chamam de santos ou mortos canonizados.

E TEMPOS. Os judeus, por exemplo, comemoravam três tipos de festas, sobre as quais o escritor se reporta, que eram de tempos em tempos, entre elas estavam a festa da páscoa, a festa dos tabernáculos e a festa do pentecoste. Durante estes períodos, praticamente todos os judeus tinham que comparecer em Jerusalém para participarem de tais festividades religiosas, como acontecem hoje com algumas religiões pagas.

E ANOS. Por fim, também os judeus guardavam certos anos como dadas especiais tais como: o ano sabático, e o ano do jubileu. No ano sabático, os proprietários de terras que faziam parte do judaísmo não cultivavam suas terras porque esta era uma determinação da lei para os filhos de Israel. Já no ano do jubileu, todos os escravos eram libertos e todas as dívidas eram perdoadas aos devedores, conforme a legislação de Moisés.

RECEIO DE VÓS. Paulo, neste momento, já não tinha mais certeza de que os cristãos da Galácia fossem de fato seguidores do evangelho de Cristo, porque pelo que se percebe em suas colocações, os seus filhos na fé, estavam como que voltando ao legalismo do judaísmo e aos costumes pagãos das falsas religiões. E para o apóstolo dos gentios, o que estava acontecendo com os seus leitores, podia significar a apostasia da fé cristã.

QUE NÃO HAJA TRABALHADO. Depois da sua conversão para o cristianismo, Paulo se dedicou inteiramente aos trabalhos missionários de pregar o evangelho de Cristo nos campos missionários transculturais. E suas muitas atividades de modo incansável foram justamente para semear as boas novas do evangelho nas cidades da Galácia, onde fundou muitas igrejas cristãs, além de ter cuidado pessoalmente destas igrejas fundadas.

EM VÃO PARA CONVOSCO. Mas, no caso em foco, nota-se o desânimo do apóstolo, quanto ao recuo dos seus leitores, no que diz respeito a se desviarem das verdades do evangelho. Era como se todos os labores e atividades do apóstolo fossem de água abaixo, pelo fato de que os cristãos da Galácia não davam valor aos seus trabalhos em prol deles e em defesa do evangelho. Paulo se sentia decepcionado com o comportamento deles.

Gálatas 4:9

Gálatas 4:9 - Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir?
MAS AGORA. O antes seria o tempo da lei, em que os judeus eram obrigados a guardarem listas intermináveis e impraticáveis de regras do judaísmo, como também os gentios que antes pertenciam ao paganismo da mesma forma eram obrigados a cumprirem os rituais e cerimônias dedicados aos que não eram deuses. Mas agora, se refere ao novo tempo em que tanto judeus quanto gentios faziam parte da igreja de Cristo e que não eram mais submetidos à servidão das seitas heréticas do paganismo.

CONHECENDO A DEUS. Esse Deus sobre o qual se refere o apóstolo diz respeito ao Deus Pai, mas que dentro do Novo Testamento pode ser o Deus Filho, que como o Emanuel era Deus conosco, e ele próprio confessou ser Deus, ao declarar: Eu e o Pai somos um (João 10:30) O apóstolo dos gentios, por meio do evangelho por ele pregado, tornou Deus conhecido dos seus leitores, e assim sendo, eles todos sabiam de quem era Deus.

OU, ANTES SENDO CONHECIDOS POR DEUS. No entanto, muito mais do que conhecer a Deus era o fato de que Deus também conhecia os leitores de Paulo. E isso nos ensina sobre a comunhão que havia de Deus para com os cristãos da Galácia. Como também nos fala da importância que o grande Deus estava dando, pelo fato de que os leitores de Paulo tiveram o privilégio de serem escolhidos de Deus e conviverem com o Senhor.

COMO TORNAIS OUTRA VEZ. O fundador das igrejas na Galácia percebia que os seus filhos na fé estavam tendo uma tendência a apostatarem de sua fé. E apostatar é o abandono consciente das convicções e conhecimentos adquiridos das verdades do evangelho. Era triste para o apóstolo dos gentios ver que os seus trabalhos e labutas em prol dos seus filhos na fé, estava a ponto de se tornarem em vão, por se desviarem da fé.

A ESSES RUDIMENTOS. Que tipos de rudimentos são esses que o autor se refere? Certamente o escritor se reporta sobre aqueles que vieram do judaísmo, se converteram ao cristianismo, e que agora estava voltando às fábulas da lei de Moisés. Como também ele se dirige aos gentios que antes pertenciam ao paganismo, chegaram a se converter ao cristianismo e que outra vez estavam se desviando para o legalista judaico.

FRACOS E POBRES. Paulo chama a legislação de Moisés de rudimentos fracos e pobres, porque ela não teve condições de melhorar a condição dos seguidores do judaísmo, pelo contrário, pelas suas regras impraticáveis mostrou o quanto o ser humano é fraco e falho. Da mesma forma, o autor chama os elementos religiosos do paganismo de fracos e pobres, porque em vez de levarem as pessoas a Deus, os afastavam cada vez mais.

AOS QUAIS DE NOVO QUEREIS SERVIR. Este “servir” ao qual Paulo se reporta, diz respeito à vida religiosa em que as pessoas buscavam levar. A apostasia dos seus leitores deixava o escritor atônito, porque em vez de progredirem na fé do evangelho, eles estavam recuando para rudimentos fracos e pobres, que só levavam os seus seguidores a serem submergidos na destruição, na degradação e na condenação eterna.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Gálatas 4:7-8

Gálatas 4:7-8 - Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo. Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.
ASSIM QUE JÁ NÃO ÉS MAIS SERVO. O escritor volta a falar sobre o filho que era colocado pelo seu pai sob a tutela de um escravo ou servo dele, até que se completasse sua maioridade. O que acontecia também em uma metáfora comparativa com aqueles que estavam debaixo da tutela da lei de Moisés, até que veio o tempo da dispensação da graça de Deus, por Jesus Cristo. Depois da vinda do descendente de Abrão, Jesus Cristo, a quem foi feita a promessa, os que são de Cristo, são filhos de Deus e herdeiros de Deus.

MAS FILHO. Como se tornar um filho de Deus, conforme a sua palavra? Mesmo cumprindo as exigências da legislação de Moisés, os judeus não tinham a garantia de que eram filhos de Deus, poderiam dizer que eram descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Agora, já no tempo da nova aliança de Deus com a igreja de Cristo, quem aceita a Jesus Cristo como Senhor e Salvador, tem a garantia de que é filho de Deus (João 1:11).

E SE ÉS FILHO. Por que o autor condiciona “se” és filho? Porque somente os que se enquadram nos parâmetros da nova legislação de Cristo é que podem dizer que são filhos de Deus. Em termos gerais, todos são filhos de Adão, os judeus são filhos de Abraão por descendência, mas os filhos de Deus, de acordo com o evangelho da verdade, são aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus, conforme (Romanos 8:14,16).

ÉS TAMBÉM HERDEIRO DE DEUS. Como os judeus se achavam descendentes de Abraão, e com isso herdeiros das promessas que Deus fez ao patriarca, da mesma forma, os que por meio de Cristo se tornam filhos por adoção de Deus, são herdeiros de todas as promessas do Pai. E estas promessas conforme o evangelho das boas novas de Cristo é a salvação, vida eterna em Deus por Cristo Jesus e todas as promessas eternas feitas à igreja.

POR CRISTO. Cristo é o elo de cumprimento de todas as promessas presentes e futuras de Deus para a igreja remida. Primeiro, porque conforme as explicações que o autor vem dando, Cristo é o descendente de Abraão, em que as promessas se cumprem. Depois, em Cristo é que Deus fez se cumprir a nova aliança da graça divina. Portanto, como Moisés foi um dos mediadores da lei para Israel, Cristo é o único Mediador da nova aliança.

MAS, QUANDO NÃO CONHECÍEIS A DEUS. Tendo escrito de forma ostensiva para os judaizantes e também para os cristãos legalistas, que queriam harmonizar o cristianismo com o judaísmo. Agora Paulo se volta para os gentios que haviam se convertido ao cristianismo. Eles que não conheciam a Deus, porque não seguiam o judaísmo, mais sim, ao paganismo, fazendo parte das seitas heréticas e das religiões pagãs.

SERVÍEIS AOS QUE POR NATUREZA NÃO SÃO DEUSES. Essa palavra não é dirigida aos judeus, porque eles não adoravam nem serviam aos ídolos nem as imagens de esculturas, porque sempre foram monoteístas. Mas, esta mensagem é dirigida aos gentios que se converteram ao cristianismo, mas que antes serviam aos falsos deuses. O cristão verdadeiro não pode nem deve adorar ou servir aos ídolos e as imagens de escultura.

Gálatas 4:5-6

Gálatas 4:5-6 - Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.
PARA REMIR. A lei expirou, quando cumpriu suas funções para as quais havia sido entregue pro Moisés aos filhos de Israel. Deus enviou o seu filho com propósitos bem definidos e a vinda do Messias de Deus já havia sido prometida e programada pelo Deus que fez aliança com Abraão de abençoar em seu descendente, Cristo, todas as nações do mundo. E o apóstolo dos gentios declara com muita propriedade neste texto o principal motivo da vinda do Cordeiro de Deus, que era remir a humanidade do pecado e da morte.

OS QUE ESTAVAM DEBAIXO DA LEI. Antes da vinda do Messias de Deus, o único caminho que havia para que o ser humano se aproximasse de Deus, somente por meio da legislação de Moisés, o que era exclusividade dos israelitas, porque o pacto da lei era nacionalista e exclusivista para os judeus. A vinda de Cristo foi efetivamente para libertar o seu povo dos seus pecados. Como Israel rejeitou o seu Cristo, a igreja o aceitou.

A FIM DE RECEBERMOS A ADOÇÃO DE FILHOS. Com a manifestação do Emanuel de Deus, em que por meio do seu Messias Deus mesmo veio remir os seus escolhidos, a porta se abriu para os gentios, cumprindo assim a promessa feita a Abraão, em que por meio do seu descendente, todas as nações do mundo seriam benditas, inclusive Israel. Agora, todos quantos recebem a Cristo como senhor e Salvador são filhos de Deus (João 1:11-12)

E PORQUE SOIS FILHOS. Quem não conhece a palavra de Deus, na tentativa de se incluir entre os que fazem parte da família de Deus, afirma que são filhos de Deus. Todavia, segundo as Escrituras, todos são criaturas de Deus, mas, nem todos são filhos de Deus. De acordo com o evangelho, os filhos de Deus são aqueles que aceitam a Cristo como Senhor e Salvador, bem como todos aqueles que são guiados pelo Espírito Santo (Romanos 8:14).

DEUS ENVIOU AOS VOSSOS CORAÇÕES. Este próprio texto confirma de que somente aqueles que são filhos de Deus (por adoção) são quem têm o privilégio de receberem em seus corações o Espírito Santo de Deus. Essa promessa já havia sido feita, ainda no tempo da Velha dispensação da lei (Joel 2:28-29). Cristo também confirmou essa mesma promessa (João 16:7) que foi cumprida no dia de pentecostes, conforme (Atos 2:1-4).

O ESPÍRITO DE SEU FILHO. Este é o mesmo Espírito de Deus, que gerou a Jesus Cristo e o acompanhou durante toda a sua vida e ministério. Neste texto se percebe a presença da Trindade Santa de Deus, com a presença do Deus pai, que envia aos corações dos seguidores do evangelho o Espírito Santo, que também é o mesmo Espírito do Filho de Deus, Jesus Cristo. Deus é um em três pessoas, Deus Pai, Deus Espírito Santo e Deus Filho.

QUE CLAMA: ABA, PAI. Romanos 8:14-16 - Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. A expressão “Aba Pai” nos dá a certeza de que somos filhos verdadeiros de Deus.

Gálatas 4:4

Gálatas 4:4 - Mas, vindo à plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.
MAS, VINDO. Este capítulo quatro de Gálatas põe um limite no que concerte a lei e a graça de Deus, porque nos ensina sobre os diferentes modos de agir do Criador quanto as suas alianças, em que a primeira foi com Israel, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, enquanto que, a segunda foi com todas as nações do mundo, incluindo os judeus e principalmente os gentios, de quem é composta a igreja de Cristo em sua grande maioria. O destaque é que, a primeira aliança deixou de ser para dar lugar a nova dispensação.

A PLENITUDE. Esta palavra, com destaque do artigo, nos ensina sobre um limite de tempo em que se completou em sua plenitude. E isso nos leva a pensar, e esta era a intenção do autor, que a lei de Moisés se completou em seu círculo de conclusão, quanto ao seu papel já cumprido. Com isso, o apóstolo dos gentios declara que, a legislação de Moisés fez o que era para se fazer, porque levou a cumprir inteiramente sua tarefa de mostrar aos israelitas, que eles não tinham condições de cumprir as regras, que eram muito duras.

DOS TEMPOS. Mas, vindo à plenitude dos tempos. É próprio do apóstolo dos gentios em trazer a tona a verdade de que, a lei de Moisés não tinha validade eterna, uma vez que o seu limite já estava previsto. E este limite era justamente a vinda do legítimo descendente de Abraão, que seria o Messias. Com a chegada do Cristo de Deus, a lei cessaria de cumprir seu papel de instruir o povo, porque no Cristo de Deus haveria uma nova aliança.

DEUS ENVIOU. Partiu do próprio Deus esta nova modalidade de ação do Criador para com as suas criaturas. Foi Deus quem enviou o seu Messias em cumprimento das promessas feitas em todas as profecias messiânicas. O verbo “enviou” fala sobre a ação diretiva de Deus em planejar, programar e executar seu plano de redenção pela sua graça e não pela legislação de Moisés. Deus mesmo tomou a iniciativa em tudo feito.

SEU FILHO. Já era profetizado que o Messias seria Filho de Deus, quando se falava que uma virgem conceberia e daria a luz um filho, desta forma, o nascimento do Cristo de Deus não teria a participação de um pai biológico, mas que o Emanuel de Deus seria gerado pelo Espírito do Senhor. E foi justamente o que aconteceu, Jesus foi gerado pelo Espírito de Deus, no ventre de sua mãe, não de uma relação sexual entre Maria e José.

NASCIDO DE MULHER. Isaías 7:14 - Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel. Essa era uma profecia messiânica que anunciava a chegada do Messias de Deus. Já no princípio, quando da queda da raça humana, Deus havia prometido que do descendente da mulher, o Senhor levantaria o seu Messias como redentor da humanidade (Gênesis 3:15).

NASCIDO SOB A LEI. Jesus era descendente de Abraão, da tribo de Judá, nascido sob a lei, e que se manifestou para cumprir todas as exigências da legislação de Moisés. Quando o Messias de Deus nasceu de forma milagrosa, pela intervenção de Deus, a lei de Moisés ainda estava em vigor, e ele cumpriu tudo aquilo que as exigências da legislação de Moisés determinavam, bem como as profecias messiânicas anunciadas a seu respeito.

Gálatas 4:3

Gálatas 4:3 - Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo.
ASSIM TAMBÉM NÓS. O apóstolo faz uma comparação entre o menino do texto anterior e todos aqueles que viviam sobre o regime da lei de Moisés. Em que o menino quando ainda era de menor, ou seja, antes de completar seus dezesseis anos, não tinha direito a tomar posse de sua herança, mesmo que dela, por direto fosse sua. No tocante aos que viviam sob o regime do judaísmo, da mesma forma, se sentiam prisioneiros as regras da lei, e mesmo sabendo que havia a promessa de liberdade tiveram que esperar.

QUANDO. Essa é uma palavra que fala do tempo em que prevaleceu o regime da lei para os descendentes de Abraão, incluindo o pacto da circuncisão, em que todos aqueles que dele participavam eram obrigados a estarem debaixo da tutela de suas exigências. Esse foi o tempo em que o evangelho chama de período da escravidão ou servidão. Durante o regime da lei, os filhos de Israel, tinham direito a promessa feita a Abraão de um novo libertador, que era o messias, mas que deviam esperar o tempo certo de Deus agir.

ÉRAMOS MENINOS. O menino era filho de alguém que tinha condições financeiras, por direito era o herdeiro de tudo que o pai possuía, mas por determinação do próprio pai, devia ficar sob os cuidados de um tutor, até que completasse a maioridade. Os judeus eram considerados filhos de Abraão, tinham direito a promessa (herança) feita pelo Criador ao patriarca, mas só podiam tomar posse, quando deixassem de ser menino.

ESTÁVAMOS REDUZIDOS. Essa era uma condição imposta pelas tradições da época em que o menino, mesmo sendo dono de tudo que o pai possuía, mas pelas condições de imaturidade tinha a obrigação de ser reduzido ao regime de um escravo ou servo de seu pai, chamado de tutor ou aio. No pensamento de Paulo e de acordo com o que podemos conjecturar, a lei era de fato inferior à promessa feita a Abraão para seu descendente.

A SERVIDÃO. O menino era submetido a um regime de servidão, é tanto que, durante o tempo em que ficava sob os cuidados do seu tutor ou aio, era acompanhado a todo o momento por um escravo ou servo de seu pai. No tocante aos judaizantes, desde o momento da circuncisão que o menino era obrigado a cumprir todas as regras impostas pela legislação de Moisés, o que para Paulo era um regime de servidão ou escravidão.

DEBAIXO DOS PRIMEIROS. Essa tradição sobre a qual o apóstolo se refere, deveria ser muito antiga, e não se sabe se era aplicada ainda em Israel e nem em que país isso funcionava, mas é certo se supor que este era de foto um costume muito antigo. Em se tratando da lei de Moisés, para o apóstolo dos gentios era coisa do passado, em que neste novo tempo da dispensação da graça, não tinha mais valor algum para os cristãos.

RUDIMENTOS DO MUNDO. Ao que tudo indica, a metáfora ou exemplo dado pelo escritor sobre o regime aplicado ao menino, em textos anteriores, não estava mais em vigor nos seus dias, mas que era conhecido dos seus leitores. Com isso, o apóstolo dos gentios chama o tempo da lei de rudimentos do mundo, coisa do passado, e que não volta mais, porque um novo pacto ou aliança substituiu o primeiro tratado ou aliança.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...