Apocalipse 9:15-16

Apocalipse 9:15-16 E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens. E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número deles.

E FORAM SOLTOS OS QUATRO ANJOS. Estes são principados, potestades, poderes e tronos do império do mal, que sairão do inferno, com uma fome insaciável de destruição, para por meios horrendos tragarem a vida dos homens. Não há dúvida que todos os males que acontecem contra a terra e os seus moradores, estão por traz feras demoníacas, que não são visíveis aos olhos humanos, mas que sabemos que existem e que cumprem papeis de destruição contra a criação e contra os moradores da terra.

QUE ESTAVAM PREPARADOS PARA. Aquele que está assentado sobre o trono concentra em si mesmo Todo-poder, porque a Ele pertence o supremo domínio. Todos os demais poderes estão abaixo Dele e são forças controladas e permitidas pelo Governo central do Criador de todas as coisas. É bom lembrar que até mesmo as potestades e principados do mal estão, eles todos sujeitos ao Deus Todo-poderoso.

A HORA, E DIA, E MÊS, E ANO. Deus como sendo o eterno poder, não precisa de datas para governar todas as coisas, até porque a eternidade é o seu tempo Cronos. Porem, em se tratando da terra e dos seus moradores, o eterno trabalha com o tempo Kairos, em que a vida e as atividades limitadas dos seres humanos precisam se orientar por milênios, séculos, décadas, anos, meses, semanas, dias, horas, minutos e segundos.

A FIM DE MATAREM. No toque da quinta trombeta, a ordem não era matar, mas sim fazer com que os inimigos de Deus sofressem os piores horrores. Todavia, com o toque da sexta trombeta, que será o último juízo desta segunda etapa da grande tribulação, as determinações, para os instrumentos destes juízos serão para matar, o que sinaliza o quanto será difícil para aqueles que não têm o sinal de proteção da parte de Deus.

A TERÇA PARTE DOS HOMENS. No caso da primeira etapa da grande tribulação serão mortos um quarto da população mundial e na segunda etapa um terço. Hoje existe mais de sete bilhões de habitantes sobre a terra. Suponhamos que no tempo da grande tribulação exista oito bilhões, na primeira etapa morrerá dois bilhões, sobrando seis bilhões, e agora, morrerá mais dois bilhões, então morrerá metade da população.

E O NÚMERO DOS EXÉRCITOS DOS CAVALEIROS. O escritor João contempla uma horrenda cena de guerra, com um exército infernal completamente alvoroçado em busca de tragar vidas, porque essa é uma das principais características de uma guerra, destruir a vida dos seres humanos. Não há dúvida que tais cavaleiros são demônios do submundo das trevas. Estes seres do mal se satisfazem em matar aos homens.

ERA DE DUZENTOS MILHÕES, E OUVI O NÚMERO DELES. Hoje o nosso país tem pouco mais de duzentos milhões de habitantes. É como se o Brasil se virasse contra a humanidade, em termos humanos. Mas em se tratando de demônios, imagina-se que eles estarão em todas as partes, espalhados por todas as nações cumprindo seus intentos de matarem os seres humanos com fogo, com fumaça e com enxofre. João ouviu o número dos demônios e deve ter ficado de queixo caído e muito admirado.

Apocalipse 9:14

Apocalipse 9:14 - A qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates.

A QUAL DIZIA. “A qual” se refere a voz que João ouviu no texto anterior de Apocalipse 9:13 - E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus. Esta é uma voz de comando que o versículo citado não faz mensal de quem é, mas que vários comentaristas afirmam ser de Cristo, porque vem de diante do altar celestial, e Cristo é classificado de Sacerdote Eterno, Segundo a Ordem de Melquisedeque, (Salmos 110:4), e ainda (Hebreus 4:14).

AO SEXTO ANJO. Dentro desta etapa da grande tribulação, também conhecida como o toque das sete trombetas da ira de Deus, contamos com a participação destes seres celestiais, que cumprindo ordens daquele que está assentado sobre o trono, tocam suas trombetas. Neste caso, este sexto anjo faz a conclusão desta etapa, porque o sétimo anjo, ao tocar a sua trombeta tem início a terceira etapa da grande tribulação.

QUE TINHA A TROMBETA. Na realidade, os anjos tinham a função primordial de tocar suas respectivas trombetas, que ao serem acionadas farão acontecer eventos próprios que já estão determinados pelo cronograma das realizações do Deus Onipotente. Agora, estas trombetas servem de aviso sobre o que vai acontecer no futuro, mas no seu próprio tempo, o toque destas trombetas desencadearão coisas assombrosas.

SOLTA OS QUATRO ANJOS. Todos sabem que a palavra “anjo” quando vista do ponto de vista genérico, podemos dizer que são seres espirituais, de luz ou de trevas, do bem ou do mal. Neste caso, os intérpretes futurísticos afirmam que, estes anjos, são seres espirituais infernais, que estão presos debaixo da terra, no que se pode chamar de hades, e que são seres que comandam demônios como se fossem potestades e poderes das trevas, porque há um império do mal em ação do mundo, mas, invisível.

QUE ESTÃO PRESOS. Biblicamente falando, sabemos que Lúcifer foi precipitado dos céus, e conforme a crença judaico-cristã, ele com os seus demônios estão presos na geena, hades ou inferno. Hoje, não temos como ver com nossos olhos como funcionam estas coisas, mas é certo se dizer que determinados demônios estão soltos sobre a terra, bem como principados, potestades e domínios e também sobre os ares.

JUNTO AO GRANDE RIO. Esta localização feita pelo vidente João, falando de coisas espirituais, nos faz entender que de fato, o inferno fica nas profundezas da terra. Esta localização feita pelo livro das revelações também nos faz pensar sobre o ambiente pesado que paira sobre o entorno de Israel (Palestina), que neste mesmo tempo, como nação, tem um papel fundamental, já para os fins da chamada grande tribulação.

EUFRATES. Este rio, sempre foi conhecido no mundo antigo, por ser o mais extenso de toda a Palestina e Oriente Médio, com seu nascedouro nos montes da Armênia e desaguando no Rio Tigre, tendo um comprimento de até mil e novecentos quilômetros. O rio Eufrates sempre se constituiu em limite geográfico entre Israel e a Assíria, que fica na fronteira norte. Na terceira etapa da grande tribulação diz-se que a guerra do “armagedom” acontecerá justamente nesta localidade descrita aqui no livro.

Apocalipse 9:13

Apocalipse 9:13 - E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus.

E TOCOU. Este toque não fará parte de uma melodia qualquer, de uma música que produz alegria, nem mesmo de um louvor que leva o povo de Deus a glorificar o nome do Senhor. Este toque faz parte da orquestração de eventos que a humanidade jamais desejarão ouvir novamente. Com este toque da trombeta da ira de Deus, serão acionados eventos de morte nunca vistos antes da história da humanidade em um período breve, em que não dará tempo de enterrar os seus mortos de tantos que são.

O SEXTO ANJO. Os cinco primeiros anjos já cumpriram suas missões determinadas por Deus, em que cada um dos toques específicos de suas trombetas, terá o acontecimento determinado por aquele que está assentado sobre o trono. Com o toque da trombeta do sexto anjo, vai desencadear eventos destruidores em que um terço da parte dos homens serão mortos. Este sexto anjo encerra esta segunda etapa.

A SUA TROMBETA. Apocalipse 8:2,6 - E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas. E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las. Estas são as trombetas da ira de Deus, que serão acionadas como instrumentos da vingança do Todo-poderoso, contra o anticristo e contra a todos os inimigos do reino de Cristo. Hoje, o anuncio destas trombetas devem servir de alerta para a igreja de Cristo, a fim de se preparar para o arrebatamento.

E OUVI UMA VOZ. Os dois sentidos mais utilizados pelo vidente João no que diz respeito à forma como ele recebeu as revelações do livro do apocalipse foram eles a visão e a audição. Neste caso do toque das trombetas, a audição foi de fundamental importância, porque ele ouviu não somente os toques de tais trombetas, mas também outros sons e vozes que fazem parte dos eventos desta etapa da grande tribulação.

QUE VINHA DAS QUATRO PONTAS DO ALTAR. Este altar já foi citado pelo vidente em Apocalipse 8:3 - E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. Não há dúvida que o trono de Deus é também um lugar de culto, de celebração, mas acima de tudo de adoração ao Senhor.

DE OURO. De acordo com o que se sabe sobre o tabernáculo, que de princípio era o lugar de culto e de celebração dos hebreus, tanto no deserto, quanto por um bom tempo na terra de Canaã, no primeiro compartimento havia o altar de bronze, onde os sacerdotes levíticos serviam os sacrifícios. Mas, no lugar santíssimo havia o altar de ouro, onde o sumo sacerdote servia o sacrifício de expiação, uma vez no ano.

QUE ESTAVA DIANTE DE DEUS. Esta expressão usada pelo escritor nos fala a respeito da presença majestosa do grande Deus. E no que diz respeito ao tabernáculo em Israel, o segundo compartimento, também chamado de lugar santíssimo, representava para os hebreus a presença mesmo do Deus único e verdadeiro, Criador de todas as coisas. A voz que João ouviu, o texto não nos revela de quem era, mas podemos conjecturar que seja de Cristo, o Sumo Sacerdote Eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.

Apocalipse 9:11-12

Apocalipse 9:11-12 - E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego Apoliom. Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais.

E TINHA SOBRE SI REI. O escritor João afirma que os demônios infernais tinham alguém que os comandava e que os direcionava a cumprirem seus intentos. Por isso que os cristãos falam sobre império das trevas, porque deste a queda de Satanás, que também é o mesmo diabo, que este anjo das trevas busca para si o domínio sobre os demônios, bem como sobre os homens da perdição. Na queda dos seres humanos por meio de Adão e Eva, teve a influência direta do diabo, levando os homens a perdição.

O ANJO DO ABISMO. Se perguntar a qualquer seguidor do judaísmo, bem como a um cristão conhecedor do evangelho, prontamente eles irão responder que este anjo do abismo é o diabo ou Satanás. Já sobre o abismo, os judeus afirmam ser o hades ou geenas, que é o lugar do diabo com os seus demônios, bem como dos injustos. Já para os servos de Cristo, o abismo é o inferno, lugar do diabo, dos demônios e dos ímpios.

EM HEBREU ERA O SEU NOME ABADOM. João fala do idioma hebraico, no qual foi escrito o Velho Testamento, onde se pode encontra basicamente todas as crenças dos hebreus nas coisas espirituais. E quando se falava para um judeu sobre Abadom, estava se falando do anjo da destruição, o mesmo que se destruiu a se mesmo, quando se rebelou contra Deus, e que busca de todas as formas destruir os homens.

E EM GREGO APOLIOM. O grego era o idioma oficial de todos os povos dominados pelo império romano daquela época. Certamente, o escritor se reporta sobre tudo o que já estava escrito sobre as crenças cristãs, e que depois ficou registrado no Novo Testamento. Os cristãos não pensam diferente dos hebreus, quanto ao anjo do abismo, que é o diabo, ele que tentou destruir a Cristo, e busca destruir a sua igreja.

PASSADO É JÁ UM AI. Neste caso, João fala a respeito desta etapa da grande tribulação, em que ele ver que no futuro sairão legiões de demônios infernais, com aspecto estranho de mistura de gafanhoto, cavalo e escorpião, que vieram a terra para atormentar os filhos da perdição durante cinco meses. Estas legiões de demônios infernais terão como rei o próprio Satanás, que vem para destruir os dos homens.

EIS QUE DEPOIS DISTO. Um estudo mais profundo das narrativas concernentes a grande tribulação se descobre que os quarenta e dois meses mais intensos do juízo de Deus sobre a terra e seus moradores são marcados por etapas, que vão se agravando cada vez mais, culminando com a destruição desta velha terra. Neste tempo, a que tratam os fatos da grande tribulação, as coisas já estarão bem avançadas no tempo.

VÊM AINDA DOIS AIS. Um dos dois ais que ainda falta acontecer, diz respeito aos eventos em que envolvem o texto que temos a nossa frente, falando a respeito do sexto anjo que irá ainda tocar a sua trombeta. Já o segundo ai, diz respeito ao sétimo anjo que também irá tocar a sua trombeta, e que vai desencadear os fatos próprios da grande tribulação, concernentes às taças da ira de Deus, que vai acontecer no futuro. Com o toque da sétima trombeta, entra em sena a terceira etapa da grande tribulação.

Apocalipse 9:10

Apocalipse 9:10 - E tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses.

E TINHAM CAUDAS. Estes demônios infernais é nada mais, nada menos do que uma mistura de gafanhoto, cavalo e escorpião, e isso, no que diz respeito ao seu aspecto, e o que o vidente João pôde na realidade descrever em sua mensagem, porque de fato, é um ser tão estranho, que o próprio João não achou nenhum tipo de animal que pudesse ser chamado de semelhante, parecido ou igual. No que diz respeito à cauda, não há dúvida que o escritor percebe este aspecto que é próprio do escorpião literal.

SEMELHANTE ÀS DOS ESCORPIÕES. No começo deste capítulo, João faz uma mistura de gafanhotos com escorpiões. Apocalipse 9:3,5 - E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra. E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem.

E AGUILHÕES NAS SUAS CAUDAS. Neste aspecto, João fala a respeito daquele modo em que ele acha os demônios infernais parecidos com os escorpiões, porque sabemos que o escorpião tem cauda. Como também sabemos que na cauda dos escorpiões existe o que se chama de ferrão, mas que neste texto João classifica de aguilhão. Portanto, é por meio do ferrão que o escorpião fere suas vítimas e lança seu veneno para dentro do corpo daqueles que por ele são picados ou ferroados como se diz.

E O SEU PODER. Não que estes demônios infernais tenham qualquer poder próprio, até porque, o império das trevas tem suas forças limitadas pelo poder maior, que é o poder de Deus. Mas, como instrumentos do juízo da grande tribulação, recebem permissão da parte de Deus para cumprirem sua tarefa que é atormentar os rebeldes, e todos aqueles que farão aliança com o anticristo. Este tempo será muito difícil.

ERA PARA DANIFICAR. Danificar o que? Apocalipse 9:4 - E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus. Estes seres malignos não são gafanhotos literais, porque sabemos que os gafanhotos da terra têm como dieta natural as ervas do campo, as verduras e quase todos os tipos de arvores.

OS HOMENS. Quem são os homens que serão terrivelmente atormentados por estes demônios infernais? Todos aqueles que não têm em suas testas o sinal de Deus! Os cento e quarenta e quatro mil judeus e todos os que servem a Deus, não serão atingidos por esse juízo. Mas todos os que fizerem aliança com o anticristo, bem como os ímpios, os incrédulos e os que não derem credito ao evangelho serão castigados.

POR CINCO MESES. Sobre estes cinco meses, está escrito em Apocalipse 9:5-6 - E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles. Na vida normal dos seres humanos, cinco meses se passam rapidamente, porem, dentro do terror e do tormento estes cinco meses serão longos.

Apocalipse 9:8-9

Apocalipse 9:8-9 - E tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como de leões. E tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros, quando muitos cavalos correm ao combate.

E TINHAM CABELOS COMO CABELOS DE MULHERES. Esta colocação feita por João é um tanto confusa, porem, com algumas explicações razoáveis. Primeiro é que estes demônios tem aparência de cavalos aparelhados para a guerra, e com isso, pode ser que João esteja se referindo aos cabelos das clinas dos cavalos de guerra, em muitos casos eram usados bem grandes, a fim de que os seus cavaleiros tivessem em que segurar para não cair. Depois, o vidente pinta a aparência destes demônios como homens bárbaros, com cabelos grandes, como se fossem mulheres, que representa a ferocidade destes seres maus e terríveis, que estavam ali para causar sofrimentos.

E OS SEUS DENTES ERAM COMO DENTES DE LEÕES. Essa comparação que o escritor faz, nos leva a pensar no poder de destruição, que estes demônios infernais exercerão sobre suas vítimas. A arma principal do leão é justamente os seus dentes, pela força descomunal de suas mandíbulas, em que por meio dos seus dentes, o leão despedaça totalmente suas vítimas quebrando seus ossos e rasgando sua carne completamente.

E TINHA COURAÇA COMO COURAÇA DE FERRO. Esta citação de João me faz lembrar de muitos anos atrás, quando procurei evangelizar um mendigo e morador de rua, que me disse ser espírita e ter uma vida normal, até o dia em que teve um pesadelo, em uma madrugada, em que ele saia do seu corpo, e seu espírito descia em uma velocidade enorme, até se chocar bruscamente em uma grande rocha. E me falou que neste momento teve a consciência de que estava no inferno, e seu novo corpo era de um barrão, ou um porco. Ele falou que aquele lugar tinha uma temperatura insuportável com cheiro horrível de enxofre. Porem, o que mais lhe chamou a atenção foi que lá tinha uns demônios que tinham como que pele de ferro, com uma força descomunal, e que vinham e lhe rasgavam todo o seu corpo, comia suas carnes, com muitas dores, depois se afastavam, sua carne se recomponha rapidamente, e novamente aqueles demônios com pede de ferro retornavam e lhe estraçalhavam novamente e isso se repetia sempre, como um ato contínuo de sofrimento. Por fim, aquele homem me confessou que ao acordar do pesadelo, não era mais a pessoa de antes, porque sua mente mudou e ele passou a ter apetite de porco, abandonou sua família, passou a viver perambulando, e só se alimentava de comida estragada do lixo.

E O RUÍDO DE SUAS ASSAS ERA COMO RUÍDO DE CARROS. João tem a visão terrível do ambiente de guerra, em que se houve o barulho estarrecedor dos cavalos correndo para a batalha, causando ruídos de horrores com o grito dos soldados. Mas, quando se fala sobre as assas dos demônios, isso se refere sobre o poder de locomoção destes seres infernais, em que suas vítimas não terão como e nem para onde esconderem.

QUANDO MUITOS CAVALOS CORREM AO COMBATE. O homem natural não sabe destas verdades, mas quem é espiritual sabe que os demônios, ainda nos dias de hoje atuam contra a vida das pessoas e isso é fato. No entanto, neste tempo da grande tribulação, com o toque da quinta trombeta da ira de Deus, de forma muito mais intensa, os demônios estarão soltos sobre a terra para atormentar os seres humanos.

Apocalipse 9:7

Apocalipse 9:7 - E o parecer dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia umas como coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens.

E O PARECER DOS GAFANHOTOS. Temos defendido que estes gafanhotos não são insetos literais, e tudo que o livro fala a respeito deles comprovam de que estamos certo em nossa interpretação. Na realidade são demônios infernais, que vieram do povo do abismo, ou seja, das partes mais baixas da terra, porque estiveram presos por muitos anos, mas agora, cumprem a missão de atacarem os filhos dos homens, menos aqueles que estão assinalados com o sinal de Deus em suas testas, os servos de Cristo.

ERA SEMELHANTE AO DE CAVALO. O que João passa a dizer sobre estes demônios infernais, são comparações metafóricas, para descrever uma situação, em que nem ele próprio nunca havia contemplado antes. Nos tempos mais antigos, o cavalo também era símbolo de guerras destruidoras, em que os exércitos faziam suas batalhas avassaladoras montados em cavalos. O cavalo também fala de força e rapidez.

APARELHADO PARA A GUERRA. Não há dúvida que o vidente contempla uma cena de Guerra, em que os soldados estavam todos aparelhados para uma batalha, em que havia uma ordem expressa, em que não se deviam matar os inimigos, mas capturá-los a fim de se tornarem prisioneiros de guerra. Este tipo de guerra era muito comum nos temos antigos, temos o exemplo dos cativeiros assírio e babilônico, sobre os hebreus.

E SOBRE A SUA CABEÇA HAVIA. Em se tratando das guerras entre nações, o que os soldados levaram sobre suas cabeças era fundamental como capacete de proteção, porque as guerras às vezes eram feitas rudemente na pedrada. Porem, em se tratando da interpretação espiritual, podemos falar a respeito da preparação mental e psicológica dos soldados, pelos seus reis, comandantes e chefes das forças armadas.

UMAS COMO COROAS. Os exércitos mais pobres, seus soldados levavam sobre suas cabeças simples capacetes de couro curtido com várias camadas. Já os exércitos mais bem equipados usavam capacetes especiais feitos de metais dos mais variados, de ferro, de bronze e até de prata. Cada um destes materiais utilizados na confecção dos capacetes representava a preparação mental dos soldados para a guerra a ser feita.

SEMELHANTES AO OURO. Historicamente, este tipo de capacete utilizado pelos soldados de guerra, representava um exercito poderoso, que nunca deixava de cumprir seus intentos e que sempre alcançavam seus objetivos. Os demônios infernais que estão determinados para o tempo, dia e mês da grande tribulação vão saírem do hades com propósitos firmes e fortes de atormentares os habitantes da terra.

E OS SEUS ROSTOS ERAM COMO ROSTOS DE HOMENS. Conforme a teologia bíblica revela, os demônios são anjos caídos, que se rebelaram contra o Criador e contra o seu reino. O rosto é a parte do corpo que mais identifica um ser, terrestre ou espiritual, e os anjos tem seus rostos parecidos com o rosto dos homens, porem, com o restante do corpo em multiformes formatos. As visões que se tem notado dos anjos nas Sagradas Escrituras são de que estes seres espirituais (de luz ou de trevas) são como os homens.