quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Atos 7:59-60

Atos 7:59-60 - E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
E APEDREJARAM A ESTÊVÃO. O diácono Estêvão abriu as fileiras, dentro muitos outros servos de Cristo, que seriam mortos por amor a Jesus Cristo e por pregar o evangelho do reino de Deus. Certamente, ao chegarem ao local indicado como sentença, o veredito foi lido por um dos acusadores, na presença de Saulo de Tarso, que neste momento representava o conselho do Sinédrio, então, se tem início à secção de maldades contra o servo de Deus, arrojando centenas de pedras sobre um inocente.

QUE EM INVOCAÇÃO DIZIA: SENHOR JESUS. Este era um momento de muita dor, mas também de uma última oportunidade de invocar o nome do Senhor Jesus. Podemos conjecturar que praticamente todos os servos de Deus, no instante de sua partida, têm seus olhos e pensamentos fixos em Cristo Jesus, o Salvador. Em vez de blasfemar, porque estava sendo injustiçado, Estêvão dá uma grande prova de fidelidade a Cristo.

RECEBE O MEU ESPÍRITO. O corpo, na verdade estava sendo dilacerado e moído pelas dores terríveis, mas Estêvão sabe que havia dentro dele algo que os homens não poderiam matar, que era o seu espírito. Estêvão era um homem cheio de fé, com isso, ele teve a confiança e a esperança de que, ao se separa do seu corpo, seu espírito seria bem recebido pelo Senhor Jesus. Cremos que na morte do fiel, Cristo está presente.

E PONDO-SE DE JOELHOS. Isso prova que Estêvão teve uma morte um pouco lenta, ao ponto de antes de cair, ele se ajoelhou em terra, em sinal de humildade perante o Senhor Jesus, que estava presente com ele, naquele momento tão difícil. Estêvão era um homem de oração, por isso que ele era cheio do Espírito Santo e de poder. Com isso, esse importante servo de Cristo nos deixa o exemplo de que a oração tem valor.

CLAMOU COM GRANDE VOZ. Com tais atitudes Estêvão mostrou que era um verdadeiro imitador do Senhor Jesus. João 13:15 - Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Mateus 27:50 - E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. Até no momento da morte Estêvão imitou a Cristo. Este já não era apenas o grito do corpo físico, mas era o clamor da alma e do espírito.

SENHOR, NÃO LHES IMPUTE ESTE PECADO. Estêvão estava fazendo o mesmo que fez o Senhor Jesus, quando de sua morte na cruz do Calvário. Lucas 23:34 - E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. Tanto o Senhor Jesus, quanto o seu servo Estêvão sabiam de que aqueles seus acusadores estavam sendo usados pelo diabo para lhes fazerem mal.

E TENDO DISTO ISTO, ADORMECEU. A intenção dos acusadores e julgadores de Estêvão era mata-lo, mas na dimensão espiritual ele não morreu. Por isso que o Dr. Lucas em vez de dizer que Estêvão havia morrido, ele diz que, ele adormeceu. O corpo dos remidos de Cristo sofrem os efeitos da corrupção, mas a alma e o espírito de quem vive para Cristo e com Cristo nunca morrem, apenas repousam no paraíso, até o dia glorioso do arrebatamento da igreja amada do Senhor Jesus, o nosso Redentor.

Atos 7:58

Atos 7:58 - E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E, EXPULSANDO-O. Essa palavra utilizada pelo Escritor deste livro tem uma ligação conveniente com os relatos que Estêvão vem pregando, porque tem tudo a ver com José, que foi rejeitado pelos seus irmãos, com Moisés que foi visitar os hebreus na tentativa de libertá-los do Egito, mas na primeira tentativa foi rejeitado pelos seus compatriotas judeus. Além do caso principal do Messias de Deus, que veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Agora, estavam também rejeitando a Estêvão.

DA CIDADE. Provavelmente o julgamento de Estêvão transcorria dentro das dependências do templo de Jerusalém, que era o local onde trabalhava o sumo sacerdote, que era o presidente do Sinédrio. O mesmo que aconteceu com o Senhor Jesus, agora estava sendo aplicado a Estêvão, eles que foram tirados de dentro de Jerusalém e mortos fora da cidade, o que tudo indica ser regra do conselho de líderes.

O APEDREJARAM. Quando era uma determinação dos membros do Sinédrio, então, já havia o local indicado pelo conselho onde fora de Jerusalém o condenado era executado por apedrejamento. Este tipo de morte era por demais cruel, uma vez que, o réu morria aos poucos, sentindo os horrores do sacrifício, em que os seus acusadores descarregavam todo o seu ódio, lançado pedras e mais pedras sobre a vítima.

E AS TESTEMUNHAS. Lucas escreveu sobre estas testemunhas e podemos ler em Atos 7:11,13-14 - Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei. Porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu. Todas estas testemunhas eram falsas.

DEPUSERAM AS SUAS CAPAS. Despir a vítima ou réu fazia parte da execração pública com desprezo e humilhação. Os judeus eram cuidadosamente zelosos no que diz respeito a se vestirem bem e com pudor. Neste caso, tirar as vestes do réu era uma forma de testemunhar que o acusado havia negado a religião tradicional dos judeus, o judaísmo. Além de que, sem as vestes, a vítima recebia direto, os golpes das pedras.

AOS PÉS DE UM JOVEM. O sinédrio lavrava um alto em que entregava as testemunhas de acusação para que fosse lido antes do ato de apedrejamento, com o objetivo de mostrar aos presentes de que tal réu estava sendo apedrejado por determinação das autoridades do Sinédrio. Naturalmente, o conselho do Sinédrio mandava alguém que o representava para acompanhar a execução que era por ordem do Estado.

CHAMADO SAULO. Este jovem, chamado de Saulo, como fariseu que era, estava a serviço do Sinédrio. Este Saulo citado pelo Dr. Lucas em seu livro nasceu e viveu seus primeiros anos de vida em Tarso da Cilícia, porem, mais tarde foi morar em Jerusalém para aos pés de Gamaliel aprender sobre o tradicional judaísmo. Este Saulo de Tarso foi escolhido pelo Sinédrio como um dos grandes perseguidores contra os seguidores de Cristo, e com carta branca do sumo sacerdote tentava eliminar com o cristianismo.

Atos 7:56-57

Atos 7:56-57 - E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus. Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele.
E DISSE: EIS QUE VEJO OS CÉUS ABERTO. Neste momento, Estêvão estava envolvido de tal maneira com o Espírito de Deus, que as circunstâncias desfavoráveis não foram suficientes para detê-lo neste mundo material. O servo de Deus teve uma grande visão do caminho de acesso à presença majestosa do Deus a quem ele servia. O fato de Estêvão dizer que estava vendo os céus abertos, isso fala do céu atmosférico, do céu sideral, mas também do céu mais elevado, como sendo a morada do grande Deus.

E O FILHO DO HOMEM. Antes mesmo de sua vinda a terra, o Messias de Deus foi anunciado pelos profetas do Senhor como sendo o Filho do homem. Não que o Cristo de Deus fosse filho de José, mas isso fala da encarnação do verbo de Deus. Na realidade Cristo era o Emanuel, Deus entre os homens, possuindo os atributos de Deus. No entanto, Ele também assumiu sua natureza humana como Filho do homem.

QUE ESTÁ EM PÉ. Os hebreus falavam em termos alegóricos do homem deitado, em posição de repouso ou descanso, do homem sentado, em estado de alerta, pronto para tomar decisões, mas também falavam do homem de pé, em si tratando de um estado de movimentação e ação. O fato de Estêvão ver o Filho do homem, Jesus Cristo de pé, isso fala de que o Senhor Jesus está em plena atividade em prol do seu povo.

A DIREITA DE DEUS. Paulo que foi um dos apóstolos que recebeu revelações sobre o Filho do homem ele escreveu Romanos 8:33-34 - Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Humilhado pelos homens, mas, exaltado por Deus.

MAS ELES GRITAVAM COM GRANDE VOZ. Os acusadores de Estêvão não suportaram ouvir tais palavras do diácono Estêvão, ao ponto de se alvoroçarem entre si, com um barulho de gritaria estarrecedor. Os julgadores de Estêvão ficaram como loucos gritando desesperadamente como se estivessem fora de si, cheios de demônios e com seus corações repletos de raiva, de ódio e ira contra o servo de Deus e de Cristo Jesus.

TAPARAM OS SEUS OUVIDOS. As palavras de Estêvão funcionaram como uma dinamite nos tímpanos dos ouvidos de todos aqueles que eram inimigos do reino de Deus e de Cristo Jesus. Que cena curiosa foi vista neste momento, em que as altas autoridades do conselho de Jerusalém ficaram como que loucos com as mãos sobre suas orelhas, fechando os ouvidos porque não suportavam ouvir palavras de verdade.

E ARREMETERAM UNÂNIMES CONTRA ELE. Aqueles homens ficaram possessos pelos demônios, ao ponto de perderem o controle de suas próprias atitudes, e teve como resultado partirem para cima de Estêvão para tirar-lhe a vida. Percebe-se nisto tudo o quanto o ser humano se torna irracional e perde a ração, quanto seus interesses são contrariados. As autoridades de Israel não admitiam que mataram de forma injusta o Filho de Deus, nem muito menos aceitavam de que Jesus estava a destra de Deus.

Atos 7:55

Atos 7:55 - Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus.
MAS ELE. Estêvão teve o privilégio, neste momento, de passar por uma experiência espiritual que poucos no mundo experimentaram. Já no capítulo seis deste livro, quando Estêvão foi separado para o diaconato, ele já era cheio do Espírito Santo. Atos 6:5 - E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Ser cheio do Espírito Santo era um requisito para ser diácono.

ESTANDO CHEIO. Ainda no tempo da velha dispensação, Deus prometeu derramar o seu Santo Espírito sobre a vida dos seus servos e servas, conforme foi profetizado pelo servo de Deus (Joel 2:28-29). Jesus também confirmou esta promessa da parte do Pai, (Lucas 24:49). Essa promessa se cumpriu a partir do dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Estar cheio do Espírito Santo é realmente ser guiado pela vontade do Deus de Israel.

DO ESPÍRITO SANTO. Efetivamente, Estêvão pregava, não pela sabedoria humana, mas pelo poder do Espírito de Deus, conforme aprendemos em Atos 6:8,10 - E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava. Uma das coisas muito importante e indispensável na vida de um servo de Cristo é ser cheio do Espírito Santo de Deus.

FIXANDO OS OLHOS NO CÉU. Há quem diga, que neste momento, Estêvão tenha sido arrebatado para o céu em espírito. Porem, é mais honesto dizer que ele teve uma visão celestial, em que os céus se abriram para ele, e o Espírito de Deus o fez enxergar coisas que não se ver com os olhos físicos. Para Estêvão, neste momento de espiritualidade, não existia nada deste mundo, todavia, o mais importante era o céu, a poderosa glória de Deus, e Jesus Cristo, que estava exaltado à mão direita de Deus.

VIU A GLÓRIA DE DEUS. João, escritor do livro escatológico do Novo Testamento, teve uma visão um tanto parecida com esta. Apocalipse 4:2-3 - E logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda.

E JESUS. O que é dito aqui, nenhum dos acusadores de Estêvão aceitavam, porque os inimigos do reino de Deus, daquela época, não acreditavam que Jesus tivesse ressuscitado dentre os mortos. Tocar neste nome foi o estopim para que os demônios tomassem conta da vida dos julgadores de Estêvão, ao ponto de não suportarem o que ele falava a respeito de Jesus de Nazaré, o Messias prometido de Deus, ou Emanuel.

QUE ESTAVA À DESTRA DE DEUS. Essa expressão fala da forma como Cristo Jesus foi exaltado soberanamente por Deus. Filipenses 2:9-10 - Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome. Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Nenhum outro teve este privilégio de se assentar a destra de Deus, senão Jesus Cristo.

Atos 7:53-54

Atos 7:53-54 - Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes. E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele.
VÓS. Na realidade, quem havia recebido os mandamentos e estatuto da lei de Moisés fôramos pais, ou seja, aqueles que saíram do Egito com Moisés para tomarem posse da terra que manava leite e mel, a terra de Canaã. Neste caso, Estêvão prega para os líderes religiosos e políticos do povo judeu, eles que no Sinédrio diziam que representava toda a nação. Estêvão fala em termos de representatividade, porque naquele momento, e naquele lugar eles representavam todos os filhos de Israel.

QUE RECEBESTES A LEI. No caso lá no deserto, o povo jurou que seria fiel a lei de Moisés, conforme aprendemos em Êxodo 19:7-8 - E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado. Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo. Assim aconteceu no deserto.

POR ORDENAÇÃO DOS ANJOS. Era crença comum entre os filhos de Israel, que a lei de Moisés não havia sido entregue diretamente de Deus ao povo, mas que, houve medianeiros entre o povo e Deus. Paulo fala sobre isso em Gálatas 3:19 - Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.

E NÃO A GUARDASTES. Ainda quando durante a peregrinação pelo deserto, se percebe por várias vezes que os judeus desobedeceram as ordenanças de Moisés, por isso que tiveram que passar quarenta anos sendo testados. Nesta mesma época em que Estêvão pregava para os membros do Sinédrio, os supostos seguidores do judaísmo estavam em franca desobediência à legislação de Moisés, ou lei de Moisés. E a maior prova de rebeldia dos judeus foi justamente por não receberam a Cristo Jesus.

E, OUVINDO ELES ISTO. Aparentemente foi longo o discurso de Estêvão, tanto em sua defesa, quanto, e principalmente na intenção de pregar as boas novas do evangelho, se utilizando dos testemunhos antigos das tradições dos hebreus. A partir de então, o Dr. Lucas, escritor deste livro narra a reação dos ouvintes de Estêvão, que até então estavam ouvindo as explicações de Estêvão, que pregava com ousadia a palavra.

ENFURECERAM-SE EM SEUS CORAÇÕES. O diácono e pregador Estêvão deu uma lição moral em todos que estavam presentes naquele ambiente, principalmente para os membros do Sinédrio, eles que se achavam os mais entendidos na lei de Moisés e nos costumes dos hebreus. Agora, os julgadores de Estêvão deixaram aflorar os seus sentimentos mais profundos, que eram o ódio e o pensamento de vingança deles.

E RANGIAM OS DENTES CONTRA ELE. Essa colocação feita pelo Dr. Lucas era uma expressão dos judeus para representar a raiva de alguém por outrem. Neste caso, a frase fala a respeito do desejo mais profundo dos ouvintes de Estêvão, em devorar, ou se vingar do homem de Deus, por parte dos membros do Sinédrio. Não havia lugar nos corações daquela gente para o arrependimento, mas o ódio quem dominava as entranhas de todos eles. Os ouvintes de Estêvão não aceitavam nenhuma exortação.

Atos 7:52

Atos 7:52 - A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas.
A QUAL DOS PROFETAS. Deus foi fiel em cumprir suas promessas feitas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó, quando tirou seus descendentes do Egito com mão forme e braço estendido, lhes colocando em uma terra que manava leite e mel, a terra prometida de Canaã. O Senhor deu aos filhos de Israel uma das legislações mais avançadas da época, que foi a lei de Moisés para que seu povo fizesse sua vontade. Porem, não demorou muito e eles se desviaram, e o Senhor levantou muitos profetas.

NÃO PERSEGUIRAM VOSSOS PAIS? O ministério dos profetas tinha como objetivo alertar aos seguidores do judaísmo sobre os erros dos filhos de Israel, quanto aos estatutos da legislação de Moisés, que os judeus estavam desprezando. Todavia, os judeus, mesmos estando errados em seus procedimentos, em vez de se converterem dos maus caminhos, agiram com rebeldia, perseguindo a todos os profetas de Deus.

ATÉ MATARAM. Estêvão traz a lembrança dos judeus grandes verdades que o tempo não conseguiu apagar. O diácono e pregador, não estava exagerando quando afirmou que todos os profetas de Deus foram perseguidores pelos filhos de Israel, e nesta palavras, Estêvão afirma que vários deles foram mortos injustamente pelos judeus rebeldes a palavra de Deus. Assim como mataram o justo Jesus Cristo, o filho de Deus.

OS QUE ANTERIORMENTE ANUNCIAVAM A VINDA. Um estudo criterioso dos profetas do Velho Testamento nos faz perceber que praticamente todos eles, direta ou indiretamente falaram a respeito da manifestação do Messias de Deus, Jesus Cristo. Os judeus sabiam que a vinda do Messias de Deus traria consigo grandes mudanças, porque assim anunciaram os profetas de Deus, sobre este novo tempo do Messias.

DO JUSTO. De acordo com a legislação de Moisés e conforme o pensamento dos seguidores do tradicional judaísmo, ser justo era alguém ter a capacidade de guardar todos os mandamentos da lei de Moisés. Cristo Jesus, veio justamente para cumprir toda a lei de Moisés, portanto, Ele não pecou, não errou nem falou, e muito mais, conforme o evangelho das boas novas, Cristo Jesus cumpriu a lei em nosso lugar.

DO QUAL VÓS AGORA FOSTES TRAIDORES. Não foi necessário Estêvão falar no Nome de Jesus Cristo ou Jesus de Nazaré, porque todos os seus ouvintes sabiam muito bem de quem ele estava falando. Assim como os antepassados dos ouvintes de Estêvão perseguiram e mataram os antigos profetas, aquela geração tinha traído o Messias de Deus, que era também o Emanuel, Ele que veio para salvar o seu povo dos pecados.

E HOMICIDAS. A morte de Cristo Jesus foi planejada e executada pelos líderes religiosos e políticos dos judeus, como algo que demonstrou a maldade daquela gente contra o plano de Deus. Pedro em seu primeiro sermão disse o seguinte: Atos 2:23 - A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos. A perversidade dos injustos foi transformada em bênção para toda a humanidade pela redenção de todos.

Atos 7:51

Atos 7:51 - Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.
HOMENS. Talvez Estêvão tivesse em mente o que Deus falou para Moisés, em Êxodo 32:7,9-10 - Então disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido. Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto a este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que o meu furor se acenda contra ele, e o consuma; e eu farei de ti uma grande nação. Foi só Moisés se afastar um pouco e os judeus colocaram para fora, aquilo que estava no coração.

DE DURA CERVIZ. Essa era uma metáfora utilizada pelos hebreus para falar a respeito dos atos contínuos de rebelião daqueles que não queria compromisso de fidelidade com a lei de Moisés. Essa colocação também fala sobre aqueles que serviam a Deus, mas não com um coração verdadeiro, porem, com falsidade, porque eram religiosos aos olhos dos homens, mas no fundo da alma, não estavam nem ai para a lei de Deus.

E INCIRCUNCISOS. Para os judeus, ser incircunciso era ser um pagão, ou alguém que não fazia parte das alianças de Deus. No pensamento dos seguidores do judaísmo, ser um incircunciso era ser excomungado da comunidade de Israel, negando assim a sua própria raça, sangue ou nacionalidade. Estêvão, neste momento estava chamando os seus acusadores de pessoas hipócritas que não praticavam as leis do judaísmo.

DE CORAÇÃO E OUVIDOS. Realmente, naquele momento da história religiosa do povo judeu, os hebreus estavam completamente fora dos planos de Deus, e a prova maior disto é que viram com os próprios olhos e ouviram com os próprios ouvidos o Messias de Deus, Jesus Cristo, mas a incredulidade de seus corações o fizera rejeitar o Filho de Deus, Jesus de Nazaré. No fundo, no fundo, os judeus não estavam nem aí para a legislação de Moisés, nem muito menos se preocupavam em fazer a vontade de Deus.

VÓS SEMPRE RESISTIS. Essa resistência dos judeus ao Espírito Santo, teve como resultado, que os seguidores do judaísmo negaram a Cristo, conforme aprendemos em João 1:11 - Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. O sentimento de rebelião prevaleceu, porque os líderes religiosos e políticos dos judeus estavam mais preocupados com os seus próprios interesses do que realizarem a vontade de Deus.

AO ESPÍRITO SANTO. Quem resiste ao Espírito Santo, não se converte jamais dos seus próprios erros, porque é o Espírito de Deus quem convence o homem dos seus pecados. João 16:8-11 - E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em mim. Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais. E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado. Quem resiste ao trabalho do Espírito Santo, não tem como nascer de novo.

ASSIM VÓS SOIS COMO VOSSOS PAIS. Para que os invejosos trouxessem a Estêvão até o conselho do Sinédrio, eles forjaram falsas testemunhas, que com mentiras levantaram falso testemunho contra o servo de Deus. No entanto, agora, o diácono Estêvão endurece o seu discurso contra os seus acusadores, bem como contra os próprios membros do Sinédrio, porque eles estavam agindo com hipocrisia religiosa.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...