sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Atos 8:2-3

Atos 8:2-3 - E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto. E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.
E UNS HOMENS PIEDOSOS. Certamente se tratavam de pessoas que eram praticantes do amor fraternal, que mesmo sabendo que Estêvão tinha sido morto, por ser considerado um rebelde, conforme as leis dos homens, mas, no fundo, no fundo eles sabiam que Estêvão era um homem bom, e que tinha sido injustiçado. O caos nunca é absoluto em meio a uma sociedade dominada pela maldade, sempre vão existir aqueles que fazem o bem, mesmo que não tenha finalidades religiosas, mas sociais.

FORAM ENTERRAR ESTÊVÃO. O sepultamento de pessoas condenadas pelas leis determinadas pelo Sinédrio era um tanto complicado, porque tinha que ter uma autorização de alguma autoridade de Israel. José de Arimatéia teve que pedir autorização para fazer o sepultamento de Jesus (Marcos 15:43-45). Não há dúvida que estes homens piedosos, e que certamente conheciam a Estêvão, conseguiram isso.

E FIZERAM SOBRE ELE GRANDE PRANTO. Estes homens piedosos tinham algum tipo de ligação com Estêvão, ou eram seus amigos, parentes ou conhecidos, e que tinha a consciência de que Estêvão havia sido injustiça. Quando alguém era condenado a morte pelo Sinédrio e tal pessoa era de fato uma pessoa errada, então, em vez de chorar, as pessoas praguejavam a alma daquele pessoa. O pranto era feito pelos bons.

E SAULO ASSOLAVA A IGREJA. Encerrado o assunto sobre o martírio de Estêvão, então o Dr. Lucas dá procedimento aos eventos posteriores das perseguições dos judeus contra os cristãos, e neste caso, envolvendo Saulo de Tarso, que fazia parte do Sinédrio e que com total apoio das autoridades de Israel estava determinado a deter o desenvolvimento do cristianismo na terra, com suas prisões aos servos de Cristo Jesus.

ENTRANDO PELAS CASAS. Este foi um momento difícil para a igreja do Senhor Jesus, porque se o medo tivesse tomado conta dos servos de Cristo, então, o cristianismo poderia naufragar em seus começos. Não sabemos se Saulo com sua comitiva de soldados andava de casa em casa procurado saber quem era cristão, ou se Lucas fala a respeito dos cultos que eram neste momento da igreja feitos nas casas dos irmãos.

E ARRASTANDO HOMENS E MULHERES. Diante do exposto pelo autor deste livro podemos dizer que os cristãos dos dias de hoje são débeis na fé, uma fez que existem tantos se desviando das igrejas por problemas tão banais. Os discípulos de Cristo, desta época em que trata o texto, eram verdadeiros heróis da fé, uma vez que, eram presos, maridos e suas mulheres, porque não negava a Cristo Jesus como seu Salvador.

OS ENCERRAVA NA PRISÃO. Percebe-se que Saulo de Tarso, antes de ter um encontro transformador com o Senhor Jesus, era um homem sem piedade, que em nome de uma religião praticava tantas barbaridades. É preciso lembrar que, a religiosidade sem a direção correta do Espírito de Deus, pode em muitos casos, levar as pessoas ao caminho da maldade. No caso de Saulo de Tarso, ele pensava que estava prestando um serviço a Deus, quando defendendo sua religião, o judaísmo, praticava crueldades.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Atos 8:1

Atos 8:1 - E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos.
E TAMBÉM SAULO. O escritor de Atos dos Apóstolos volta a falar a respeito de Saulo de Tarso, ele que neste momento representava uma ameaça para os servos de Cristo. Saulo fazia parte do Sinédrio, e como fariseu que era, tinha um zelo extremo pelo tradicional judaísmo, por isso passou a perseguir quem fazia parte do cristianismo. As lideranças religiosas dos judeus perceberam que o novo movimento religioso em torno de Cristo Jesus representava uma ameaça para a religião dos judeus, então reagiram.

CONSENTIA NA MORTE DELE. Saulo de tarso acompanhou as testemunhas falsas que se levantaram contra Estêvão, e no momento da execução, concordou que aquele homem deveria morrer. Atos 7:58 - E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo. Este é um típico exemplo do homem sem Cristo, que tem prazer em fazer o mal ao próximo.

E FEZ-SE NAQUELES DIAS UMA GRANDE PERSEGUIÇÃO. Os apóstolos e as lideranças da igreja primitiva faziam a obra de Deus com muito amor, ao ponto de muitos dos judeus se converterem ao cristianismo. Do outro lado despertou o ciúme e a inveja dos líderes do judaísmo, que depois da morte de Estêvão, despertaram o desejo de eliminarem a religião de Cristo, e com isso, reagiram com tremendas perseguições.

CONTRA A IGREJA QUE ESTAVA EM JERUSALÉM. E claro que neste momento, haviam seguidores de Cristo espalhados por todas as partes, notadamente em Israel, mas principalmente em Jerusalém. Tudo indica que os apóstolos estavam concentrando suas atividades evangelísticas na capital de Israel, com isso, os líderes do judaísmo também atacaram o foco principal. Lucas não fala de templos, mas sim de pessoas.

E TODOS FORAM DISPERSOS. A partir de então, tem início a uma perseguição geral, a todos os que confessavam o nome de Cristo, como sendo o Messias de Deus. Com a morte de Estêvão, os líderes do judaísmo demonstraram que estavam dispostos a eliminar a qualquer um que ameaçasse os seus interesses. Famílias inteiras tiveram que fugir de Jerusalém para não serem presas, massacradas e morrerem por Cristo.

PELAS TERRAS DA JUDÉIA E SAMARIA. Na Judeia estava à própria cidade de Jerusalém, porem, Samaria ficava um tanto mais distante da capital de Israel, Jerusalém. O lado positivo nestas perseguições é que os seguidores de Cristo se espalharam por outras partes de Israel, e com isso, o evangelho também se espalhava por outras regiões. Agora, a grande comissão começava a se cumprir (Marcos 16:15).

EXCETO OS APÓSTOLOS. Não sabemos o porquê que os apóstolos não tiveram de fugir como os demais seguidores de Cristo. Provavelmente, os apóstolos estavam dispostos a morrerem por Cristo e pela obra da igreja, por isso, ficaram em Jerusalém, e sem medo fazendo a evangelização de quem visitava aquela cidade religiosa dos judeus. Mas, há quem diga que, os líderes religiosos dos judeus temeram em não perseguirem os apóstolos, neste momento, com medo da reação da sociedade de um modo geral.

Atos 7:59-60

Atos 7:59-60 - E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
E APEDREJARAM A ESTÊVÃO. O diácono Estêvão abriu as fileiras, dentro muitos outros servos de Cristo, que seriam mortos por amor a Jesus Cristo e por pregar o evangelho do reino de Deus. Certamente, ao chegarem ao local indicado como sentença, o veredito foi lido por um dos acusadores, na presença de Saulo de Tarso, que neste momento representava o conselho do Sinédrio, então, se tem início à secção de maldades contra o servo de Deus, arrojando centenas de pedras sobre um inocente.

QUE EM INVOCAÇÃO DIZIA: SENHOR JESUS. Este era um momento de muita dor, mas também de uma última oportunidade de invocar o nome do Senhor Jesus. Podemos conjecturar que praticamente todos os servos de Deus, no instante de sua partida, têm seus olhos e pensamentos fixos em Cristo Jesus, o Salvador. Em vez de blasfemar, porque estava sendo injustiçado, Estêvão dá uma grande prova de fidelidade a Cristo.

RECEBE O MEU ESPÍRITO. O corpo, na verdade estava sendo dilacerado e moído pelas dores terríveis, mas Estêvão sabe que havia dentro dele algo que os homens não poderiam matar, que era o seu espírito. Estêvão era um homem cheio de fé, com isso, ele teve a confiança e a esperança de que, ao se separa do seu corpo, seu espírito seria bem recebido pelo Senhor Jesus. Cremos que na morte do fiel, Cristo está presente.

E PONDO-SE DE JOELHOS. Isso prova que Estêvão teve uma morte um pouco lenta, ao ponto de antes de cair, ele se ajoelhou em terra, em sinal de humildade perante o Senhor Jesus, que estava presente com ele, naquele momento tão difícil. Estêvão era um homem de oração, por isso que ele era cheio do Espírito Santo e de poder. Com isso, esse importante servo de Cristo nos deixa o exemplo de que a oração tem valor.

CLAMOU COM GRANDE VOZ. Com tais atitudes Estêvão mostrou que era um verdadeiro imitador do Senhor Jesus. João 13:15 - Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Mateus 27:50 - E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. Até no momento da morte Estêvão imitou a Cristo. Este já não era apenas o grito do corpo físico, mas era o clamor da alma e do espírito.

SENHOR, NÃO LHES IMPUTE ESTE PECADO. Estêvão estava fazendo o mesmo que fez o Senhor Jesus, quando de sua morte na cruz do Calvário. Lucas 23:34 - E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. Tanto o Senhor Jesus, quanto o seu servo Estêvão sabiam de que aqueles seus acusadores estavam sendo usados pelo diabo para lhes fazerem mal.

E TENDO DISTO ISTO, ADORMECEU. A intenção dos acusadores e julgadores de Estêvão era mata-lo, mas na dimensão espiritual ele não morreu. Por isso que o Dr. Lucas em vez de dizer que Estêvão havia morrido, ele diz que, ele adormeceu. O corpo dos remidos de Cristo sofrem os efeitos da corrupção, mas a alma e o espírito de quem vive para Cristo e com Cristo nunca morrem, apenas repousam no paraíso, até o dia glorioso do arrebatamento da igreja amada do Senhor Jesus, o nosso Redentor.

Atos 7:58

Atos 7:58 - E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
E, EXPULSANDO-O. Essa palavra utilizada pelo Escritor deste livro tem uma ligação conveniente com os relatos que Estêvão vem pregando, porque tem tudo a ver com José, que foi rejeitado pelos seus irmãos, com Moisés que foi visitar os hebreus na tentativa de libertá-los do Egito, mas na primeira tentativa foi rejeitado pelos seus compatriotas judeus. Além do caso principal do Messias de Deus, que veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Agora, estavam também rejeitando a Estêvão.

DA CIDADE. Provavelmente o julgamento de Estêvão transcorria dentro das dependências do templo de Jerusalém, que era o local onde trabalhava o sumo sacerdote, que era o presidente do Sinédrio. O mesmo que aconteceu com o Senhor Jesus, agora estava sendo aplicado a Estêvão, eles que foram tirados de dentro de Jerusalém e mortos fora da cidade, o que tudo indica ser regra do conselho de líderes.

O APEDREJARAM. Quando era uma determinação dos membros do Sinédrio, então, já havia o local indicado pelo conselho onde fora de Jerusalém o condenado era executado por apedrejamento. Este tipo de morte era por demais cruel, uma vez que, o réu morria aos poucos, sentindo os horrores do sacrifício, em que os seus acusadores descarregavam todo o seu ódio, lançado pedras e mais pedras sobre a vítima.

E AS TESTEMUNHAS. Lucas escreveu sobre estas testemunhas e podemos ler em Atos 7:11,13-14 - Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei. Porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu. Todas estas testemunhas eram falsas.

DEPUSERAM AS SUAS CAPAS. Despir a vítima ou réu fazia parte da execração pública com desprezo e humilhação. Os judeus eram cuidadosamente zelosos no que diz respeito a se vestirem bem e com pudor. Neste caso, tirar as vestes do réu era uma forma de testemunhar que o acusado havia negado a religião tradicional dos judeus, o judaísmo. Além de que, sem as vestes, a vítima recebia direto, os golpes das pedras.

AOS PÉS DE UM JOVEM. O sinédrio lavrava um alto em que entregava as testemunhas de acusação para que fosse lido antes do ato de apedrejamento, com o objetivo de mostrar aos presentes de que tal réu estava sendo apedrejado por determinação das autoridades do Sinédrio. Naturalmente, o conselho do Sinédrio mandava alguém que o representava para acompanhar a execução que era por ordem do Estado.

CHAMADO SAULO. Este jovem, chamado de Saulo, como fariseu que era, estava a serviço do Sinédrio. Este Saulo citado pelo Dr. Lucas em seu livro nasceu e viveu seus primeiros anos de vida em Tarso da Cilícia, porem, mais tarde foi morar em Jerusalém para aos pés de Gamaliel aprender sobre o tradicional judaísmo. Este Saulo de Tarso foi escolhido pelo Sinédrio como um dos grandes perseguidores contra os seguidores de Cristo, e com carta branca do sumo sacerdote tentava eliminar com o cristianismo.

Atos 7:56-57

Atos 7:56-57 - E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus. Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele.
E DISSE: EIS QUE VEJO OS CÉUS ABERTO. Neste momento, Estêvão estava envolvido de tal maneira com o Espírito de Deus, que as circunstâncias desfavoráveis não foram suficientes para detê-lo neste mundo material. O servo de Deus teve uma grande visão do caminho de acesso à presença majestosa do Deus a quem ele servia. O fato de Estêvão dizer que estava vendo os céus abertos, isso fala do céu atmosférico, do céu sideral, mas também do céu mais elevado, como sendo a morada do grande Deus.

E O FILHO DO HOMEM. Antes mesmo de sua vinda a terra, o Messias de Deus foi anunciado pelos profetas do Senhor como sendo o Filho do homem. Não que o Cristo de Deus fosse filho de José, mas isso fala da encarnação do verbo de Deus. Na realidade Cristo era o Emanuel, Deus entre os homens, possuindo os atributos de Deus. No entanto, Ele também assumiu sua natureza humana como Filho do homem.

QUE ESTÁ EM PÉ. Os hebreus falavam em termos alegóricos do homem deitado, em posição de repouso ou descanso, do homem sentado, em estado de alerta, pronto para tomar decisões, mas também falavam do homem de pé, em si tratando de um estado de movimentação e ação. O fato de Estêvão ver o Filho do homem, Jesus Cristo de pé, isso fala de que o Senhor Jesus está em plena atividade em prol do seu povo.

A DIREITA DE DEUS. Paulo que foi um dos apóstolos que recebeu revelações sobre o Filho do homem ele escreveu Romanos 8:33-34 - Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Humilhado pelos homens, mas, exaltado por Deus.

MAS ELES GRITAVAM COM GRANDE VOZ. Os acusadores de Estêvão não suportaram ouvir tais palavras do diácono Estêvão, ao ponto de se alvoroçarem entre si, com um barulho de gritaria estarrecedor. Os julgadores de Estêvão ficaram como loucos gritando desesperadamente como se estivessem fora de si, cheios de demônios e com seus corações repletos de raiva, de ódio e ira contra o servo de Deus e de Cristo Jesus.

TAPARAM OS SEUS OUVIDOS. As palavras de Estêvão funcionaram como uma dinamite nos tímpanos dos ouvidos de todos aqueles que eram inimigos do reino de Deus e de Cristo Jesus. Que cena curiosa foi vista neste momento, em que as altas autoridades do conselho de Jerusalém ficaram como que loucos com as mãos sobre suas orelhas, fechando os ouvidos porque não suportavam ouvir palavras de verdade.

E ARREMETERAM UNÂNIMES CONTRA ELE. Aqueles homens ficaram possessos pelos demônios, ao ponto de perderem o controle de suas próprias atitudes, e teve como resultado partirem para cima de Estêvão para tirar-lhe a vida. Percebe-se nisto tudo o quanto o ser humano se torna irracional e perde a ração, quanto seus interesses são contrariados. As autoridades de Israel não admitiam que mataram de forma injusta o Filho de Deus, nem muito menos aceitavam de que Jesus estava a destra de Deus.

Atos 7:55

Atos 7:55 - Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus.
MAS ELE. Estêvão teve o privilégio, neste momento, de passar por uma experiência espiritual que poucos no mundo experimentaram. Já no capítulo seis deste livro, quando Estêvão foi separado para o diaconato, ele já era cheio do Espírito Santo. Atos 6:5 - E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Ser cheio do Espírito Santo era um requisito para ser diácono.

ESTANDO CHEIO. Ainda no tempo da velha dispensação, Deus prometeu derramar o seu Santo Espírito sobre a vida dos seus servos e servas, conforme foi profetizado pelo servo de Deus (Joel 2:28-29). Jesus também confirmou esta promessa da parte do Pai, (Lucas 24:49). Essa promessa se cumpriu a partir do dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Estar cheio do Espírito Santo é realmente ser guiado pela vontade do Deus de Israel.

DO ESPÍRITO SANTO. Efetivamente, Estêvão pregava, não pela sabedoria humana, mas pelo poder do Espírito de Deus, conforme aprendemos em Atos 6:8,10 - E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava. Uma das coisas muito importante e indispensável na vida de um servo de Cristo é ser cheio do Espírito Santo de Deus.

FIXANDO OS OLHOS NO CÉU. Há quem diga, que neste momento, Estêvão tenha sido arrebatado para o céu em espírito. Porem, é mais honesto dizer que ele teve uma visão celestial, em que os céus se abriram para ele, e o Espírito de Deus o fez enxergar coisas que não se ver com os olhos físicos. Para Estêvão, neste momento de espiritualidade, não existia nada deste mundo, todavia, o mais importante era o céu, a poderosa glória de Deus, e Jesus Cristo, que estava exaltado à mão direita de Deus.

VIU A GLÓRIA DE DEUS. João, escritor do livro escatológico do Novo Testamento, teve uma visão um tanto parecida com esta. Apocalipse 4:2-3 - E logo fui arrebatado no Espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda.

E JESUS. O que é dito aqui, nenhum dos acusadores de Estêvão aceitavam, porque os inimigos do reino de Deus, daquela época, não acreditavam que Jesus tivesse ressuscitado dentre os mortos. Tocar neste nome foi o estopim para que os demônios tomassem conta da vida dos julgadores de Estêvão, ao ponto de não suportarem o que ele falava a respeito de Jesus de Nazaré, o Messias prometido de Deus, ou Emanuel.

QUE ESTAVA À DESTRA DE DEUS. Essa expressão fala da forma como Cristo Jesus foi exaltado soberanamente por Deus. Filipenses 2:9-10 - Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome. Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra. E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Nenhum outro teve este privilégio de se assentar a destra de Deus, senão Jesus Cristo.

Atos 7:53-54

Atos 7:53-54 - Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes. E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele.
VÓS. Na realidade, quem havia recebido os mandamentos e estatuto da lei de Moisés fôramos pais, ou seja, aqueles que saíram do Egito com Moisés para tomarem posse da terra que manava leite e mel, a terra de Canaã. Neste caso, Estêvão prega para os líderes religiosos e políticos do povo judeu, eles que no Sinédrio diziam que representava toda a nação. Estêvão fala em termos de representatividade, porque naquele momento, e naquele lugar eles representavam todos os filhos de Israel.

QUE RECEBESTES A LEI. No caso lá no deserto, o povo jurou que seria fiel a lei de Moisés, conforme aprendemos em Êxodo 19:7-8 - E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o Senhor lhe tinha ordenado. Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o Senhor tem falado, faremos. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo. Assim aconteceu no deserto.

POR ORDENAÇÃO DOS ANJOS. Era crença comum entre os filhos de Israel, que a lei de Moisés não havia sido entregue diretamente de Deus ao povo, mas que, houve medianeiros entre o povo e Deus. Paulo fala sobre isso em Gálatas 3:19 - Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.

E NÃO A GUARDASTES. Ainda quando durante a peregrinação pelo deserto, se percebe por várias vezes que os judeus desobedeceram as ordenanças de Moisés, por isso que tiveram que passar quarenta anos sendo testados. Nesta mesma época em que Estêvão pregava para os membros do Sinédrio, os supostos seguidores do judaísmo estavam em franca desobediência à legislação de Moisés, ou lei de Moisés. E a maior prova de rebeldia dos judeus foi justamente por não receberam a Cristo Jesus.

E, OUVINDO ELES ISTO. Aparentemente foi longo o discurso de Estêvão, tanto em sua defesa, quanto, e principalmente na intenção de pregar as boas novas do evangelho, se utilizando dos testemunhos antigos das tradições dos hebreus. A partir de então, o Dr. Lucas, escritor deste livro narra a reação dos ouvintes de Estêvão, que até então estavam ouvindo as explicações de Estêvão, que pregava com ousadia a palavra.

ENFURECERAM-SE EM SEUS CORAÇÕES. O diácono e pregador Estêvão deu uma lição moral em todos que estavam presentes naquele ambiente, principalmente para os membros do Sinédrio, eles que se achavam os mais entendidos na lei de Moisés e nos costumes dos hebreus. Agora, os julgadores de Estêvão deixaram aflorar os seus sentimentos mais profundos, que eram o ódio e o pensamento de vingança deles.

E RANGIAM OS DENTES CONTRA ELE. Essa colocação feita pelo Dr. Lucas era uma expressão dos judeus para representar a raiva de alguém por outrem. Neste caso, a frase fala a respeito do desejo mais profundo dos ouvintes de Estêvão, em devorar, ou se vingar do homem de Deus, por parte dos membros do Sinédrio. Não havia lugar nos corações daquela gente para o arrependimento, mas o ódio quem dominava as entranhas de todos eles. Os ouvintes de Estêvão não aceitavam nenhuma exortação.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...