Atos 12:5

Atos 12:5 - Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.

PEDRO, POIS. A morte de Cristo teve um grande abalo para todos os seus seguidores, ao ponto dos apóstolos voltarem as suas atividades econômicas de pescadores. O martírio de Estêvão provocou pavor nos discípulos, ao ponto de muitos fugirem de Israel. Agora, a morte de Tiago, apóstolo de Cristo, fazia reinar o medo entre todos. Porem, se Herodes tivesse imediatamente martirizado a Pedro, consequentemente isso traria grandes prejuízos para toda a comunidade cristã em Jerusalém e em Israel.

ERA GUARDADO. Não temos como saber quantos dias Pedro ficou naquela prisão, porque a narrativa não nos declara, mas podemos conjecturar que este era um momento de reflexão para o servo de Deus. Lucas fala a respeito da oração da igreja em favor de Pedro, mas também podemos imaginar que o próprio Pedro fazia suas orações ao Deus Todo-poderoso para que Este viesse a lhe conceder liberdade plena.

NA PRISÃO. O livro não faz menção aos detalhes desta prisão, todavia, podemos pensar que fosse uma prisão de muita segurança, uma vez que, o rei Herodes sabia que havia a possibilidade de um resgate, uma vez que, os cristãos eram muito unidos e com isso, poderiam se amotinar para libertar a Pedro, que era neste momento o principal dos líderes da igreja em Jerusalém. Deus estava com Pedro naquele lugar.

MAS A IGREJA. Quem era a igreja? Lucas não fala de um templo feito de materiais perecíveis como telhas, madeiras e tijolos. Nem muito menos o escritor fala a respeito de uma denominação ou organização religiosa como muitos pensam. O autor deste livro também não está falando de uma empresa como o são as igrejas de hoje. No entanto, o Dr. Lucas esta se referindo a um povo lavado e remido pelo precioso sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, o Israel espiritual de Cristo Jesus.

FAZIA CONTÍNUA ORAÇÃO. Fazer parte da igreja de Cristo não é fazer parte simplesmente de uma sociedade religiosa, como acontece com muitos seguidores dos sistemas meramente denominacionais. Fazer parte da igreja de Cristo é ser parte de um organismo vivo, que em ação move os céus e a terra. Esta colocação feita pelo escritor nos faz entender que a igreja estava intercedendo por Pedro sem interrupção, e com isso, nos faz compreender tanto de dia como de noite oravam em campanha.

POR ELE. Pedro não estava só nesta batalha, mas havia um exército em oração permanente para que Deus fizesse um milagre de libertação em favor do servo de Deus. O que Pedro vinha realizando em suas atividades em favor da igreja de Cristo despertava um grande amor dos irmãos por ele. Perder a Pedro neste momento da história da igreja poderia trazer grandes prejuízos para o andamento da obra de Deus.

A DEUS. Como é importante a oração da igreja a Deus em favor de uma causa. Me faz lembrar do ano de 1995, quando a medicina desenganou a minha mãe, que estava cometida de um câncer. Eu vinha ha anos participando dos círculos de orações na igreja e entrei em contato com muitas irmãs de oração, e muitas orações foram feitas, Deus fez a obra e até hoje minha mãe esta viva já com seus oitenta e quatro anos.

Atos 12:4

Atos 12:4 - E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da páscoa.

E, HAVENDO-O PRENDIDO. No versículo anterior, Lucas escreveu que Herodes havia mandado prender a Pedro, e essa medida passava pela cabeça do rei como uma forma de privar não somente a Pedro de pregar o evangelho naquelas festividades, mais também afetava todos os demais apóstolos, porque Pedro era um dos principais líderes da igreja de Cristo em Jerusalém. Não há dúvida que com a morte de Tiago e a prisão de Pedro promoveu o medo e o pânico nos demais líderes da igreja de Cristo.

O ENCERROU NA PRISÃO. Pedro já havia sido preso juntamente com João pelas autoridades religiosas de quando fez em nome de Cristo o milagre na vida do coxo de nascença. Atos 4:2-3 - Doendo-se muito de que ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos. E lançaram mão deles, e os encerraram na prisão até ao dia seguinte, pois já era tarde. Agora, o rei quem manda prender a Pedro.

ENTREGANDO-O. A intenção de Herodes não era simplesmente manter a Pedro na prisão para que fosse aplicado um justo julgamento, até porque Pedro não tinha cometido nenhum crime, conforme as leis romanas e também judaicas. Essa detenção de Pedro era temporária, até que depois da Páscoa ele fosse executado, como fizeram como mararam o Senhor Jesus, tiraram a vida do apóstolo Tiago amigo de Pedro.

A QUATRO QUATERNOS DE SOLDADOS. No caso da primeira prisão de Pedro, ele havia sido guardado pelos soldados da guarda do templo, enquanto que agora, ele era guardado por dezesseis soldados da guarda imperial. A noite era dividida em quatro turnos, e neste caso, quatro soldados ficavam por três horas vigiando a Pedro, dois do lado de fora da sela e dois do lado de dentro, portanto, dezesseis soldados foram usados para guardarem a Pedro naquela prisão, que era na parte baixa do cárcere.

PARA QUE O GUARDASSEM. Provavelmente, o rei Herodes já havia ouvido falar do poder de Cristo que estava sobre a vida de Pedro e que por algum motivo ele poderia escapar da prisão, e a prova disto é que o monarca se utilizou de tantos soldados e de uma prisão de segurança máxima, o cárcere interior, onde ficava quase impossível de algum escapar. Sem contar que os dois soldados ficavam acorrentados ao preso.

QUERENDO APRESENTÁ-LO AO POVO. Porque Herodes estava agindo desta forma? Se ele quisesse poderia executar a Pedro naquele mesmo dia, mais essa foi uma estratégia maligna do rei, que desejava ganhar mais ainda a simpatia dos judeus. A realidade era que havia por traz desta perseguição feita por Herodes a intenção de barganhar com os judeus, eles que se sentiam prejudicados pela religião de Cristo.

DEPOIS DA PÁSCOA. No versículo anterior, o escritor fala a respeito dos dias dos pães asmos, que se comemoravam depois dos dias da Páscoa propriamente dita. A solução está no fato que muitos consideravam uma festa só, mais que, como a Pascoa era considerada uma festa mais popular entre os judeus, então se chamava todo o tempo festivo de festa da Páscoa. Os judeus evitavam executar pessoas neste mesmo tempo.

Atos 12:3

Atos 12:3 - E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos ázimos.

E, VENDO QUE ISSO. Lucas fala a respeito do que dizem os dois primeiros versículos deste capítulo que fala justamente da perseguição que houve mais uma vez contra os cristãos em toda a Judéia, e porque não dizer em todo o Israel? Depois da primeira perseguição que terminou com a morte do diácono Estêvão, até certo ponto houve uma trégua, no sentido não haver mais mortes dos líderes de Jerusalém. Mas agora, por meio de uma das altas autoridades do império político de Roma tudo recomeçou.

AGRADARA. Pode-se dizer que houve uma mistura de sentimentos políticos e religiosos, em que da parte de Herodes Agripa, ele desejava mostrar que quem mandava naquele país era o império político de Roma e não os líderes da igreja de Cristo. Por outro lado, os judeus devem ter pressionado a Herodes para que tomasse as providências, no sentido de deter o crescimento do cristianismo entre os judeus.

AOS JUDEUS. Na realidade, os judeus via o crescimento do cristianismo entre os hebreus como uma ameaça contra o tradicional judaísmo, por isso que mataram o Senhor Jesus Cristo, Ele que conquistou a simpatia de muitos judeus, por meio dos seus trabalhos, seus milagres e suas pregações. Agora, o que os judeus mais queriam era desarticular o grupo dos apóstolos, e os líderes cristãos, atingindo assim a igreja.

CONTINUOU. Esse era um momento decisivo para a igreja de Cristo em Israel, porque ainda no mundo gentílico o cristianismo não tinha se solidificado, como aconteceu depois por meio das atividades de Paulo e seus amigos de ministério. Os judeus se utilizando da simpatia de Herodes buscavam barrar o desenvolvimento da igreja entre os filhos de Israel. O diabo com suas influências malignas, usava esta potestade do império político de Roma para tentar atrapalhar a obra de Deus com seus ardis.

MANDANDO PRENDER. Herodes tinha o poder político para fazer o que bem lhe parecesse, mas como ele percebeu que houve uma repercussão muito grande pela morte de Tiago, então ele resolveu que deveria continuar suas perseguições com a prisão de uma das lideranças da igreja mais influentes daquela época. Se matasse a Pedro, poderia causar uma revolta ou revolução contra os romanos, mas a prisão não.

TAMBÉM A PEDRO. Conforme já temos comentado, dentro do grupo apostólico havia três lideranças principais, e isso já podia ser visto ainda quando o Senhor Jesus estava entre eles, que eram Pedro, João e Tiago. Com a morte de Tiago, que era irmão de João, consequentemente João estava completamente abalado, sem ação, por isso que Herodes Agripa resolveu prender a Pedro para desarticular o grupo dos apóstolos.

E ERAM OS DIAS DOS ÁZIMOS. Há uma certa polêmica quanto a estas festividades judaicas em que alguns chamam de festividade da Páscoa e outros apenas de festa ou dias dos pães asmos. Não está errado quem julga ser a mesma coisa, só que, os dias da comemoração da Páscoa se davam a partir do dia quatorze de março até o começo de abril, e logo depois, tinha início os dias dos ázimos. Certamente os apóstolos estavam em plena atividade pregando o evangelho de Cristo quando sucedeu tal perseguição.

Atos 12:1-2

Atos 12:1-2 - E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar. E matou à espada Tiago, irmão de João.

E POR AQUELE MESMO TEMPO. Na primeira perseguição que culminou com a morte de Estêvão, aqueles que tiveram de sair fugidos de Jerusalém foram por todas as partes pregando o evangelho aos judeus que moravam fora da Judeia. Agora surge uma nova perseguição diretamente contra o grupo apostólico, culminando com a morte de Tiago irmão de João. Esses problemas enfrentados pelos líderes de Jerusalém deveriam servir de aviso que eles deveriam fazer missões mundo a fora, mas não.

O REI HERODES. Quem era este Herodes sobre o qual fala o texto? Ele era o Herodes Agripa I, neto de Herodes o grande. Era filho de Aristóbulo e irmão de Herodias, que teve de ser levado para Roma depois de ter perdido seu pai. Neste mesmo tempo ele governava sobre a Judéia, Samaria, Galiléia e etc. por isso que buscava agradar aos judeus. É possível que esta perseguição contra os cristãos foi para agradar aos judeus.

ESTENDEU AS MÃOS. Não que Herodes fizesse isso pessoalmente, mas como autoridade romana, tinha a seu serviço a todos que faziam parte do serviço de segurança pública, através da qual mandou prender a muitos dos seguidores de Cristo em toda a extensão do seu governo. Este tipo de perseguição contra os seguidores de Cristo tinha como objetivo deter o crescimento cada vez maior do cristianismo.

SOBRE ALGUNS DA IGREJA. O escritor não está se referindo a um templo religioso dedicado ao cristianismo, porque neste mesmo tempo isso não era permitido pelo império político de Roma, mas ao se referir à igreja está se tratando dos discípulos de Cristo, incluindo os apóstolos também. Não foi uma perseguição geral, mas tinha como objetivo atingir determinadas personagens importantes da igreja no país de Israel.

PARA OS MALTRATAR. A perseguição por si só já era uma forma de fazer sofrer aqueles que confessavam a Jesus Cristo como sendo o Messias de Deus. Porem, isso se agravava mais ainda quando os irmãos eram presos e expostos ao vitupério público perante as autoridades e também diante da sociedade. Neste caso não se tinha respeito pelos cristãos, pelo contrário, os verdadeiros servos de Cristo passavam por terríveis humilhações, simplesmente por seguirem o evangelho de Cristo, o Salvador.

E MATOU À ESPADA TIAGO. Este Tiago fazia parte do grupo apostólico, tendo sido chamado pelo Senhor Jesus para tão importante ministério. Mateus 4:21-22 - E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes. E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no. Ele era pescador da Galiléia com João.

IRMÃO DE JOÃO. Os relatos dos evangelhos nos faz ver que dos doze apóstolos haviam três que eram mais chegados do Senhor Jesus, que eram eles: Pedro, que tudo indica era o porta voz do grupo, tinha João, irmão deste Tiago, que era aquele que tinha mais intimidade com Cristo, ao ponto de reclinar sua cabeça no ombro do seu Mestre e tinha este Tiago, que também fazia parte do círculo mais íntimo de Cristo Jesus. Temos nos evangelhos algumas ocasiões em que aparecem estes três com Jesus.

Atos 11:29-30

Atos 11:29-30 - E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.

E OS DISCÍPULOS DETERMINARAM MANDAR. A profecia de Ágabo teve o seu cumprimento e de fato houve uma grande seca em todos os lugares, inclusive em Israel, em que os irmãos judeus começaram a passar necessidade. Estando os hebreus sob o domínio do império político de Roma, eles não conseguiam se desenvolver economicamente, e quando surgia qualquer crise, a situação se agravava cada vez mais. Sabendo disto, a igreja em Antioquia fez uma campanha social para ajudar.

CADA UM CONFORME O QUE PUDESSE. Como funcionava o setor financeiro na igreja cristã do primeiro século de nossa era cristã? Aqui nós temos um indicativo de como eram as contribuições, principalmente nas igrejas gentílicas. Ninguém era obrigado a contribuir com nada, mas cada um fazia as suas contribuições conforme propusera em seu coração, e de acordo com as suas posses. As contribuições eram voluntárias.

SOCORRO AOS IRMÃOS. Paulo ensinava nas igrejas em que ele trabalhava no mundo gentílico que os irmãos nãos judeus que se convertiam ao cristianismo eram devedores aos irmãos judeus, porque Israel teve um papel fundamental nos começas da nova religião de Cristo. Não somente esta campanha de cunho social foi feita por Paulo em prol dos irmãos da Judeia, mais vários outras também, e suas cartas mostram isso.

QUE HABITAVAM NA JUDÉIA. Desde que os judeus voltaram dos cativeiros assírio e babilônico que os hebreus viviam em situação de penúria e isso se agravava ainda mais, porque os romanos dominadores faziam a imposição de uma carga tributária insuportável sobre os filhos de Israel. Como sabemos, a maior parte do território de Israel é composto de deserto, e a Judéia ficou em uma situação difícil com essa seca.

O QUE ELES COM EFEITO FIZERAM. Saulo e Barnabé se mobilizaram no sentido de levantar essa campanha de arrecadação de alimentos e donativos para que os seguidores de Cristo em Antioquia pudessem ajudar aos irmãos da Judéia. Os discípulos de Cristo naquela cidade se comoveram com a situação de fome por que passavam os seus irmãos na Judeia e de forma voluntária fizeram uma boa campanha.

ENVIANDO-O AOS ANCIÃOS. Paulo nos faz ver em suas cartas que ele juntamente com seus companheiros de ministério tinham um cuidado zeloso na arrecadação e distribuição das doações com estas campanhas de ação social, em que ele levantava uma comissão para organizar e administrar o que fosse arrecado. Estes anciãos sobre os quais fala o escritor dizem respeito aos apóstolos, eles que eram os responsáveis.

POR MÃOS DE BARNABÉ E DE SAULO. Estes dois homens de Deus eram os líderes da igreja cristã na igreja que estava na cidade de Antioquia. Neste momento, Barnabé era o missionário enviado pelos apóstolos de Jerusalém e que vinha fazendo um bom trabalho naquela cidade, e Saulo estava começando o seu ministério rumo aos gentios, sendo a partir de então o maior missionário transcultural do cristianismo daquela época ao mundo gentílico. Barnabé tentava apresentar Saulo ao grupo dos apóstolos.

Atos 11:28

Atos 11:28 - E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.

E, LEVANTANDO-SE UM DELES. No versículo anterior se fala a respeito de Profetas vindos de Jerusalém para a cidade de Antioquia para trabalharem com Barnabé e com Saulo de Tarso na edificação de igreja de Cristo naquele lugar. Deus estava levantando os seus profetas para falar a respeito de coisas que estavam para acontecer ainda naqueles dias. A bíblia diz que Deus não fará nada, sem que antes revele seus segredos aos seus servos os profetas. Este ministério de profeta era importante para a igreja.

POR NOME ÁGABO. Este homem era conhecido como um profeta da Judeia. Atos 21:10-11 - E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo. E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.

DAVA A ENTENDER. Deus estava revelando ao seu servo as coisas que brevemente iriam acontecer no tocante aos fenômenos naturais. Não há dúvida que os fenômenos naturais que envolvem chuvas ou secas têm a interferência do Criador de todas as coisas. E neste caso, o trabalhar de Deus era para que houvesse um intercâmbio entre a igreja gentílica de Antioquia e as igrejas espalhadas em toda região da Judeia.

PELO ESPÍRITO. O Senhor Jesus cumpriu com sucesso absoluto seu ministério entre os seus seguidores, e antes mesmo de Subir ao céu para se assentar a destra da majestade celestial, Ele prometeu enviar o seu Santo Espírito que daria continuidade ao seu ministério com sua igreja na terra. É dado por certo que este Ágabo era um homem cheio do Espírito Santo, e por isso recebeu da parte de Deus o dom de profeta.

QUE HAVERIA UMA GRANDE FOME. Neste momento da história da humanidade as pessoas ainda sobreviviam das atividades agrícolas, portanto, quando haviam secas prolongadas a sociedade chegava a passar fome e até morriam de fome. Um outro fato que também gerava muita fome entre as pessoas era quando aconteciam guerras, porque os produtores rurais não faziam suas plantações com medo de morrerem.

EM TODO O MUNDO. Certamente o escritor está se referindo ao mundo civilizado daquela época que era justamente até onde alcançava o domínio do império político de Roma. Essa colocação feita pelo escritor Lucas nos faz entender sobre a gravidade do problema que haveria por aqueles dias, uma vez que, quando a seca atingia uma grande região, todos passavam fome, uma vez que, não tinha como a população se locomover para outras regiões, nem muito menos adquirirem alimentos noutro país.

E ISSO ACONTECEU NO TEMPO DE CLÁUDIO CÉSAR. Este imperador romano tinha como nome completo Tibério Cláudio César Augusto Germânico, que reinou de quarenta e um de nossa era cristã até cinquenta e quatro, conforme os historiadores. Cláudio César foi o quarto imperador romano da dinastia júlio-claudiana, e governou de 24 de janeiro de 41 d.C. até a sua morte em 54. Nascido na atual Lyon, na Gália.

Atos 11:26-27

Atos 11:26-27 - E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente, e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. E naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia.

E ACONTECEU QUE TODO UM ANO. Baseado nesta declaração é que se defende que o discipulado deve pelo menos durar um ano, até que os novos convertidos venham a se firmarem nos caminhos do evangelho de Cristo. Não se deve dar o mesmo tipo de alimento espiritual a um novo convertidos o quanto se aplica a doutrina mais sólida para os que já são maduros na fé cristã. Muitas igrejas locais estão falhando neste aspecto por negligenciarem o discipulado cristão para aqueles novos convertidos.

SE REUNIRAM NAQUELA IGREJA. Não que houvesse um templo religioso em Antioquia dedicado ao cristianismo, mas dentro do Novo Testamento, em se tratando deste assunto, os discípulos de Cristo se reuniam de casa em casa para cultuarem ao Senhor Jesus. Até o ano de trezentos e doze de nova era cristã, o império político de Roma não permitia a construção de templos dedicados ao cristianismo onde dominava o império.

E ENSINARAM MUITA GENTE. Este ensinamento transmitido por Barnabé e por Saulo de Tarso diz respeito ao discipulado cristão, que são os elementos básicos para os primeiros passos na vida cristã. Os gentios que se convertiam ao cristianismo precisavam de orientações adequadas para trilharem no caminho do evangelho da verdade, pois das suas antigas religiões pagãs de onde vinham só conheciam heresias.

E EM ANTIOQUIA FORAM OS DISCÍPULOS. Pode-se dizer que em Antioquia se formou a primeira base das missões gentílicas da igreja primitiva, em que Barnabé e Saulo de Tarso ganharam muitas vidas para o reino de Deus. Até este momento, os seguidores de Cristo eram chamados de discípulos do Senhor Jesus, porque eram pessoas que guardavam os ensinamentos do Senhor Jesus que eram transmitidos pelos apóstolos.

PELA PRIMEIRA VEZ CHAMADOS DE CRISTÃOS. A realidade é que em Jerusalém e podemos dizer que em Israel, o cristianismo não foi reconhecido como uma nova religião, mas os apóstolos se mantinham no judaísmo, guardando os ensinos de Cristo. Porem, em Antioquia o cristianismo começou a ser reconhecido como religião oficial o Senhor Jesus Cristo. Ser chamado de Cristo era ser seguidor de Cristo, do cristianismo.

E NAQUELES DIAS DESCERAM PROFETAS. Ainda no tempo da dispensação da lei, Deus levantou muitos profetas para exortar ao seu povo Israel sobre a necessidade de se converterem dos seus maus caminhos. Neste período da igreja de Cristo o profeta era considerado como fazendo parte do ministério, e tinham um valor grande, ficando atrás apenas dos apóstolos conforme (Efésios 4:11). Estes profetas eram servos de Cristo que possuíam grande poder de revelação da parte do Espírito Santo de Deus.

DE JERUSALÉM PARA ANTIOQUIA. Sabendo pois, os apóstolos de Jerusalém que a cidade de Antioquia já era um grande centro de missões do cristianismo, então os líderes da igreja matriz de Jerusalém enviaram para lá profetas que estavam encarregados de transmitirem as doutrinas fundamentais da fé cristã. Há quem diga que neste momento já haviam dois núcleos do cristianismo, em Jerusalém e Antioquia.