sexta-feira, 30 de julho de 2021

Atos 24.2

Atos 24.2 - E, sendo chamado, Tértulo começou a acusá-lo, dizendo: Visto como por ti temos tanta paz e por tua prudência se fazem a este povo muitos e louváveis serviços.
E, SENDO CHAMADO. As coisas transcorreram muito rapidamente, até que Paulo mais uma vez se submetesse a um julgamento desigual, em que contra ele se levantavam pessoas influentes, usando os meios injustos na tentativa de lhe prejudicar. No julgamento de Paulo perante o sinédrio em Jerusalém, Paulo quem começou a sua defesa, o que era normal, mas agora, por meio do advogado, os judeus burlavam a ordem, tentando convencer o procurador romano em suas acusações contra Paulo. TÉRTULO. Este advogado de acusação estava cumprindo o seu papel, pois para isso fora contratado pelos líderes religiosos dos judeus. Mas o fato de ter o sumo sacerdote contratado Tértulo para ser o orador, nos mostra que sua reputação não era das melhores perante o procurador romano, porque se Ananias fosse bem visto por Félix, então, ele não precisava de um advogado, pois ele era o sumo sacerdote dos judeus. COMEÇOU A ACUSÁ-LO. A parte do discurso de Tértulo, em que ele acusa Paulo de promover motins entre os judeus, não somente em Jerusalém, mais em toda a Palestina e no mundo todo, estava pontilhada de fragilidades, e o procurador, que tinha experiência nesta área prontamente poderia perceber isso, além do mais, o próprio Paulo, não suportando ouvir a falácia do acusador, pediu direito de resposta. DIZENDO: VISTO COMO POR TI TEMOS PAZ. A introdução do discurso de Tértulo já era uma contradição, pois os fatos históricos entravam em contradição com suas palavras, haja vista que, os judeus viviam em pé de guerra contra as autoridades romanas, pois os judeus não aceitavam a dominação romana sobre o seu povo. Essa retórica do advogado deve ter provocado enjoou no procurador, pois isso era uma mentira. E POR TUA PRUDÊNCIA. Esse foi um elogio gratuito, que não mais tocava na sensibilidade do procurador, pois ele já estava acostumado a ouvir de maneira recorrente dos advogados tais falácias. Por outro lado, o próprio advogado dos judeus reconhece que os judeus promoviam motivos suficientes para que o procurador agisse com mais dureza contra os judeus, pois eles eram provocadores contra os romanos. SE FAZEM A ESTE POVO MUITOS. Isso também não representava a verdade, pois, os representantes das autoridades romanas não passavam panos quentes nos povos que eram subjugados por eles. Pelo contrário, os judeus eram hostilizados pelo império político de Roma, por meio das altas cargas tributárias que eram cobrados pelas autoridades romanas, por isso que sempre os judeus viviam em revoltas constantes. E LOUVÁVEIS SERVIÇOS. O que Tértulo estava falando a respeito de Félix, não representava nada da realidade, por isso que o procurador deve ter percebido que o advogado estava apenas, como os demais que se apresentava perante ele, fazendo o seu prólogo para em seguida cumprir o seu papel de acusador. Esse tipo de introdução feita por parte dos advogados era de praxe ao ponto de não chamar a atenção dos procuradores, nem muito menos mudar sua forma imparcial de julgar o réu ou preso.

Atos 24.1

Atos 24.1 - E, cinco dias depois, o sumo sacerdote Ananias desceu com os anciãos, e um certo Tértulo, orador, os quais compareceram perante o presidente contra Paulo.
E, CINCO DIAS DEPOIS. Não sabemos se estes cinco dias depois, falam do tempo em que Paulo já se encontrava no pretório de Herodes, na cidade de Cesaréia, ou Lucas retoma ao momento em que o tribuno retirou de maneira brusca a Paulo da cidade de Jerusalém, de quando os judeus conspiraram em tirar-lhe a vida. Seja como for, podemos perceber que o tempo foi pouco, mas o suficiente para que o apóstolo dos gentios se dedicasse a vida cristã de oração e reflexão nas coisas do reino de Deus. O SUMO SACERDOTE. Também não temos como descobrir se os quarentas conspiradores continuavam com o mesmo propósito de não comerem, nem beberem alguma coisa, até que matassem a Paulo. O que podemos pensar é que a autoridade maior dos líderes religiosos dos judeus entrou em ação, no sentido de ir em busca do preso, Paulo, com o objetivo de condená-lo, e quem sabe trazê-lo de volta a Jerusalém. ANANIAS DESCEU. Ananias foi sumo sacerdote dos judeus durante aproximadamente dez anos, em que se posicionou como um dos mais carrascos dos líderes do judaísmo contra os seus liderados. Pesa sobre a biografia deste sumo sacerdote as acusações de que ele era um feroz perseguidor contra todos aqueles que se levantassem contra ele, contra o seu ofício sacerdotal e contra a sua administração dentro do judaísmo. COM OS ANCIÃOS. Certamente, estes anciãos não eram todos que faziam parte do sinédrio judaico, ou seja, do tribunal religioso dos judeus, mais era justamente aquela ala dos saduceus, que quando Paulo foi levado ao conselho lhes contrariou com o debate sobre a esperança da ressurreição dos mortos. Estes mesmos são os que foram chantageados pelos conspiradores para que levassem Paulo ao conselho (Atos 23.14). E UM CERTO TÉRTULO, ORADOR. Observa-se que os opositores de Paulo desceram para Cesaréia armados até os dentes, com o plano maléfico de lhe prejudicar por todos os meios. Tudo indica que este homem era um advogado contratado pelos adversários de Paulo para que fosse o acusador contra o homem de Deus. Quando Lucas destaca o fato de Tértulo ser um orador, isso nos fala de sua eloquência e conhecimento das leis dos judeus, mais principalmente das leis constituídas dos imperadores romanos. OS QUAIS COMPARECERAM PERANTE O PRESIDENTE. Imagine a força que este conluio estava arregimentando contra o apóstolo dos gentios, contando com a presença do sumo sacerdote de Israel, com as principais autoridades do tribunal religioso dos judeus, que faziam parte do sinédrio, bem como com a presença de um renomado nome do mundo jurídico, um dos mais conhecidos oradores de Jerusalém. CONTRA PAULO. Quando alguém se posiciona como um legítimo representante do reino de Cristo neste mundo, é justamente o que acontece, todas as forças infernais e todos os elementos deste mundo hostil, se mancunam contra ele. Este era um julgamento com forças humanas desproporcionais, em que o conluio dos seres malignos, humanos e espirituais, se juntam para tentar derrotar um servo de Deus. No entanto, a promessa é que Deus trabalha em prol daqueles que nele esperam sempre.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Atos 23.35

Atos 23.35 - Disse: Ouvir-te-ei, quando também aqui vierem os teus acusadores. E mandou que o guardassem no pretório de Herodes.
DISSE. O fato de saber que Paulo era um cidadão romano e da província da Cilícia, que fazia parte da jurisdição maior da Síria, da qual fazia parte também a Judeia, incluindo Cesaréia, de onde governava Félix. Isso levaria ao procurador Félix a tomar pelos menos três atitudes diferentes, no caso de Paulo, em que na primeira, ele poderia enviar o preso para ser julgado na Cilícia, ele também tinha autoridade para julgar a Paulo, o que estava decidido a fazer, ou enviar o apóstolo para a capital de Roma. OUVIR-TE-EI. O procurador tinha autoridade o suficiente, para se quisesse, liberar o preso Paulo, sem que ele tivesse que ser submetido a um julgamento. Até porque, o tribuno de Jerusalém Cláudio Lísia lhe escreveu declarando que não via nenhum crime em Paulo, nem para que ele ficasse preso, nem muito menos para que fosse morto pelos seus opositores os judeus, que por questão religiosa queria tirar-lhe a vida. QUANDO TAMBÉM AQUI VIEREM. Com isto, o procurador não liberou a Paulo, mas apontou para um julgamento futuro do preso, que de princípio, não teve um prazo preestabelecido, mais que Paulo aguardasse o momento certo. Há quem diga que o governador Félix não contava com a simpatia dos judeus, porque os filhos de Israel não aceitavam a dominação romana, com isso Félix queria ganhar pontos com os judeus. OS TEUS ACUSADORES. Certamente, o apóstolo dos gentios prontamente deve ter percebido que a situação se tornava desfavorável no seu julgamento, porque com a chegada dos seus conspiradores, os judeus tentariam de todas as formas mudar o quadro em favor deles, mas em detrimento de Paulo. A chantagem que os conspiradores tramaram em Jerusalém era sinal que eles fariam qualquer coisa para atingirem seus objetivos, mesmo que para tanto, manipulasse o procurador romano. E MANDOU QUE O GUARDASSEM. Esta colocação feita por Lucas a respeito da decisão do procurador Félix nos faz compreender que o governador mandou que mantessem a Paulo preso, até a chegada da outra parte, que neste caso eram os judeus, que estavam tentando tirar a vida de Paulo. O tempo em que Paulo ficou preso em Cesaréia foi o suficiente para que ele buscasse a Deus a fim de agir corretamente. NO PRETÓRIO. O mesmo que aconteceu com Paulo na cidade de Jerusalém, em que ele ficou detido na fortaleza de Antônia, que era o quartel general de Jerusalém, agora, ele também ficou preso na fortaleza de Cesaréia, que tinha como nome, o pretório de Herodes. Tanto em Jerusalém como em Cesaréia haviam presídios públicos em que os presos ficavam detidos até o julgamento, com Paulo foi diferente por ser ele romano. DE HERODES. Neste lugar ficavam os presos que não eram cidadãos comuns, mais somente aqueles que, conforme entendiam as autoridades romanas, mereciam uma atenção mais especial, dada a repercussão de cada caso. Mais, em se tratando de Paulo, ele estava recebendo este tratamento, por ser uma liderança importante da comunidade cristã, porque em Cesaréia havia uma grande quantidade de cristãos, mais também por ser ele um cidadão romano, o que o fazia ter muitos direitos pela lei.

Atos 23.33-34

Atos 23.33-34 - Os quais, logo que chegaram a Cesaréia, e entregaram a carta ao presidente, lhe apresentaram Paulo. E o presidente, lida a carta, perguntou de que província era; e, sabendo que era da Cilícia.
OS QUAIS. O escritor fala a respeito de todos aqueles que por ordem do tribuno estavam conduzindo a Paulo até a cidade de Cesaréia, tendo como objetivo livrar o homem de Deus dos seus opositores em Jerusalém, os mesmos que planejavam tirar-lhe a vida. Por providência de Deus, o Todo-poderoso, o comandante da fortaleza de Jerusalém mobilizou uma grande quantidade de soldados romanos, a fim de que com segurança transportasse o apóstolo dos gentios, para longe do perigo em Jerusalém. LOGO QUE CHEGARAM A CESARÉIA. Não muitos dias antes, Paulo esteve nesta cidade, onde por meio do profeta Ágabo recebeu profecias sobre sua prisão em Jerusalém, e que agora tais profecias se cumpriam. Cesaréia ficava a mais de cento e dez quilômetros de Jerusalém, e esta cidade ficou marcada na história de Paulo como onde mais uma profecia se cumpria, que ele se apresentaria diante de autoridades. E ENTREGARAM A CARTA AO PRESIDENTE. Conforme já comentamos em textos anteriores, esta carta era um documento entre autoridades, tratando de assuntos administrativos de grande importância. É provável que com os setenta soldados da cavalaria houvesse um centurião, que neste momento tinha em suas mãos esta carta, tratando exatamente do assunto envolvendo Paulo e os seus muitos inimigos judeus. LHE APRESENTARAM PAULO. Não temos como saber se a equipe foi logo recebida pelo procurador romano, ou se eles tiveram que esperar algum tempo ou até dias para ser recebidos pelo governador de Cesaréia. A chegada de Paulo na presença de Félix era o cumprimento da profecia em Atos 9:15 - Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. Paulo deve ter lembrado desta tão importante e fiel profecia. E O PRESIDENTE, LIDA A CARTA. Para a época, o cargo de presidente era a mesma coisa de governador, porque dizia respeito a gestão de uma província romana. Logo que recebeu a carta enviada pelo tribuno Cláudio Lísias de Jerusalém, o procurador procurou ler o seu conteúdo para tomar conhecimento do que se tratava o assunto. Ao ler a carta, agora, estava sob a responsabilidade dele o caso do preso Saulo de Tarso. PERGUNTOU DE QUE PROVÍNCIA ERA. Desta forma, ficamos sabendo que o tribuno não colocou em sua carta as origens do preso Paulo, o que fez com que o procurador se sentisse no dever de perguntar diretamente a Paulo. Esse era o procedimento padrão entre as autoridades romanas, porque dependendo da origem do preso, o procurador poderia ou não encaminhar o réu para ser julgado pelo gestor da província. E SABENDO QUE ERA DA CILÍCIA. Neste tempo, haviam dois tipos de províncias que eram as senatoriais e as imperiais. Neste caso, a província da Cilícia era imperial em que Paulo poderia, de acordo com as circunstâncias, apelar para ser julgado pelo procurador de sua província, ou apelar diretamente para César, que neste caso, o preso seria levado diretamente para Roma, o que mais tarde o apóstolo Paulo fez.

Atos 23.31-32

Atos 23.31-32 - Tomando, pois, os soldados a Paulo, como lhe fora mandado, o trouxeram de noite a Antipátride. E no dia seguinte, deixando aos de cavalo irem com ele, tornaram à fortaleza.
TOMANDO, POIS. Depois de escrever sobre a narrativa da correspondência que o tribuno enviara ao governador Félix com as diretrizes do que estava efetivamente ocorrendo, quanto a pessoa de Paulo. Agora, o Dr. Lucas retoma os relados de onde havia parado, com Paulo preso na fortaleza de Antônia, preste a ser escoltado de Jerusalém até a cidade de Cesaréia, onde será julgado pelo procurador romano, e não em Jerusalém, pelo sinédrio judaico, onde estava minado pelos conspiradores judeus. OS SOLDADOS A PAULO. Na realidade, foram os centuriões, neste caso, dois deles, que maravam a Paulo, que por sua vez, estava sob a escolta de duzentos soldados romanos, bem equipados para conduzirem o cidadão romano com segurança até o destino final desta missão, que era até a cidade de Cesaréia. Pode-se perceber que o tribuno não mediu esforços para que o apóstolo dos gentios fosse livre dos inimigos. COMO LHE FORA MANDADO. Cláudio Lísias não pensou duas vezes em ordenar que todas as medidas fossem tomadas, com o emprego de uma grande quantidade de soldados, no sentido de fazer cumprir as leis romanas, e garantir a Paulo os seus direitos a vida. Além do mais, devemos conjecturar que o tribuno deve ter dado ordens expressas para que se necessário fosse, lutassem para proteger o preso, Paulo. O TROUXERAM DE NOITE A ANTIPÁTRIDE. Não havia mais possibilidade de esperar para o outro dia, mais na mesma noite, a comitiva tinha que sair as pressas para pelos menos sair da cidade de Jerusalém, onde o perigo era eminente contra a vida de Paulo. A cidade de Antipátride ficava cerca de setenta quilômetros de distância da cidade de Jerusalém, o que nos diz que neste local, Paulo estava como que mais seguro. E NO DIA SEGUINTE. Provavelmente, os soldados só ficaram o tempo suficiente para descansarem um pouco, mais logo em seguida saíram novamente de viagem destino a cidade de Cesaréia, ao encontro do procurador romano, por quem Paulo devia ser recebido. Havia presa em que a tropa chegasse em Cesaréia, até porque, se os judeus soubessem desta viagem as pressas da comitiva, poderiam investir contra os soldados. DEIXANDO OS DE CAVALO IREM COM ELE. Uma grande quantidade dos soldados que saíram com Paulo de Jerusalém vieram até a cidade de Antipátride a pé, e isso deve ter provocando muito cansaço neles todos, sem contar que tinham viajado a noite. Agora, os que caminharam a pé, tinham que retornarem, mais os que estavam em suas montarias deveriam cumprir o restante da missão, chegando logo mais a Cesaréia. TORNARAM A FORATALEZA. É possível que, aproximadamente cento e trinta dos duzentos soldados romanos tenham voltado de Antipátride para a cidade de Jerusalém e apenas setenta deles continuassem a missão de levar o preso, Paulo, até a cidade de Cesaréia. Agora, não mais ocorria o risco dos conspiradores alcançarem a tropa de soldados, portanto, os que estavam montados eram suficientes para completarem a viagem, enquanto isto, a grande parte deles voltaram para a fortaleza em Jerusalém.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Atos 23.30

Atos 23.30 - E, sendo-me notificado que os judeus haviam de armar ciladas a esse homem, logo to enviei, mandando também aos acusadores que perante ti digam o que tiverem contra ele. Passa bem.
E, SENDO-ME NOTIFICADO. É claro que o tribuno não quis dizer que havia recebido esta notificação por parte do sobrinho de Paulo, uma vez que, poderia ser que o procurador compreendesse que o tribuno estava querendo direcionar proteção intencional ao preso, porque o portador da informação era suspeito, por ser um parente do apóstolo dos gentios. Assim como o tribuno disse ao jovem que não contasse a ninguém, ele próprio também estava como que guardando este segredo. QUE OS JUDEUS HAVIAM DE ARMAR CILADAS. O tribuno se reporta ao que havia lhe informado o jovem, sobrinho de Paulo, em Atos 23: 21 Mas tu não os creias; porque mais de quarenta homens de entre eles lhe andam armando ciladas; os quais se obrigaram, sob pena de maldição, a não comer nem beber até que o tenham morto; e já estão apercebidos, esperando de ti promessa. Essa era a conspiração dos judeus. A ESSE HOMEM. Os conspiradores já tinham seus planos traçados para tirarem a vida de Paulo, conforme Lucas registrou em Atos 23:12-13 - E, quando já era dia, alguns dos judeus fizeram uma conspiração, e juraram, dizendo que não comeriam nem beberiam enquanto não matassem a Paulo. E eram mais de quarenta os que fizeram esta conjuração. Com isso, fizeram chantagem contra os líderes religiosos dos judeus. LOGO TO ENVIEI. O plano dos opositores de Paulo é que no dia seguinte, Paulo seria levado novamente ao conselho, mas no meio do caminho, os conspiradores armariam a cilada e matariam o homem de Deus. Atos 23:15 - Agora, pois, vós, com o conselho, rogai ao tribuno que vo-lo traga amanhã, como que querendo saber mais alguma coisa de seus negócios, e, antes que chegue, estaremos prontos para o matar. O tribuno não perdeu tempo, e ao tomar conhecimento tirou Paulo da cilada armada pelos judeus. MANDANDO TAMBÉM AOS ACUSADORES. Certamente, quando os líderes religiosos do judaísmo procurassem ao tribuno, seriam avisados que Paulo não estava mais em Jerusalém, mais que seu caso teria de ser julgado por uma autoridade superior, que neste caso seria o procurador romano da Judeia, que era o governador de Cesaréia, para onde o preso, Paulo já havia sido enviado, juntamente com os soldados romanos. QUE PERANTE TI DIGAM O QUE TIVEREM CONTRA ELE. O tribuno estava agindo corretamente, como sendo um comandante do exercito romano, porque Paulo não era um cidadão judeu comum, mais ele era, além disso, um cidadão romano. Além do mais, Paulo caiu na graça do tribuno, e isso por providência de Deus, e desta forma, Cláudio Lísias percebeu que em Jerusalém seria o lugar desfavorável para Paulo. PASSA BEM. Assim termina sua correspondência ao procurador Félix, na esperança que o julgamento de Paulo se desse com imparcialidade, diferente do que aconteceria na jurisdição de Jerusalém, uma vez que, o sinédrio estava tendencioso a praticar injustiça contra um cidadão romano, o que o tribuno não estaria sendo conivente. “Passar bem” era um tipo de saudação final de carta de autoridade para um superior.

Atos 23.28-29

Atos 23.28-29 - E, querendo saber a causa por que o acusavam, o levei ao seu conselho. E achei que o acusavam de algumas questões da sua lei; mas que nenhum crime havia nele digno de morte ou de prisão.
E, QUERENDO SABER A CAUSA. O tribuno não sabia realmente o motivo porque os judeus estavam tão revoltados contra Paulo, por isso que desejava ouvir aos acusadores do preso para tentar descobrir os reais motivos de tamanho ódio contra um homem. Atos 22:30 - E no dia seguinte, querendo saber ao certo a causa por que era acusado pelos judeus, soltou-o das prisões, e mandou vir os principais dos sacerdotes, e todo o seu conselho; e, trazendo Paulo, o apresentou diante deles. PORQUE O ACUSAVAM. No fundo, no fundo, não era uma questão de ter Paulo cometido algum tipo de crime contra os judeus, mas, na realidade, o que os inimigos do apóstolo desejavam mesmo era tirar-lhe a vida, porque Paulo por onde passava proporcionava grandes prejuízos para o judaísmo, uma vez que, pregando o evangelho de Cristo Jesus, muitos judeus e gentios se convertiam para o reino de Cristo Jesus. O LEVEI AO SEU CONSELHO. O tribuno fala a respeito de sinédrio, que era o tribunal eclesiástico dos filhos de Israel, que tratava justamente das questões relacionadas as demandas de ordem religiosas. O conselho era constituído pelo sumo sacerdote, que era o seu presidente, mais também de outros sacerdotes de ordem inferiores, como também pelos saduceus, que eram políticos, pelos fariseus religiosos e pelos escribas. E ACHEI QUE O ACUSAVAM. O tribuno ocupava o cargo de comandante da fortaleza em Jerusalém, não era para tratar dos assuntos da religião judaica, mais sim das demandas civis da sociedade daquela cidade. Porém, por já conviver a algum tempo em Jerusalém, tinha consigo uma percepção das tradições e dos costumes religiosos dos hebreus. Assim sendo, ele já tinha algum tipo de ideia do que estava se passando. DE ALGUMA QUESTÃO DA SUA LEI. A ação do tribuno em levar a Paulo diante do conselho, não era para que houvesse um julgamento sumário com uma condenação de prisão ou de morte do preso. Todavia, o que o tribuno pretendia de fato era chegar à ama conclusão sobre este caso, até porque, Lísias sabia que os judeus não poderiam condenar por qualquer motivo um cidadão romano, que era o caso do apóstolo Paulo. MAIS QUE NENHUM CRIME HAVIA NELE. Neste caso, o tribuno fala a respeito das leis romanas e as leis civis também dos judeus. De conformidade com o julgamento pessoal de Cláudio Lísias, Paulo não era nenhum criminoso, nem representava qualquer perigo para a sociedade de Jerusalém. Podemos prevê que o tribuno já mantinha Paulo preso para sua própria segurança, e para evitar confusão na cidade. DIGNO DE MORTE OU DE PRISÃO. O veredicto do tribuno era de que Paulo era um homem inocente e não um criminoso. Só estava mantendo o homem preso par cumprir seu papel em manter a ordem e preservar a lei. Depois de tomar conhecimento da conspiração dos judeus, o tribuno tinha o dever de garantir a segurança da vida de Paulo, não permitido que os opositores de Paulo viessem a tirar-lhe a vida. O apóstolo estava sob a tutela do Estado romano e tinha garantias da vida.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...