Atos 18:19-20

Atos 18:19-20 - E chegou a Éfeso, e deixou-os ali; mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus. E, rogando-lhe eles que ficasse por mais algum tempo, não conveio nisso.

E CHEGANDO A ÉFESO. Não há como prevê se antes desta passagem de Paulo pela cidade de Éfeso já havia uma comunidade cristã naquele lugar. Como o apóstolo dos gentios teve que procurar uma sinagoga judaica para pregar a palavra de Deus, é mais conveniente dizermos que esta rápida passagem por Éfeso foi o começo das atividades do evangelho neste lugar. Porem, o que sabemos é que mais tarde Paulo volta a esta cidade para pregar as boas novas de Cristo e fundar uma grande igreja em Éfeso. E DEIXOU-OS ALI. No versículo anterior Lucas fala a respeito de Áquila e Priscila sua esposa que saíram de Corinto e vieram de viagem com Paulo, Atos 18:18 - E Paulo, ficando ainda ali muitos dias, despediu-se dos irmãos, e dali navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áquila, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto. Agora, Paulo deixava o nobre casal nesta cidade até que viesse a capital de Jerusalém. MAS ELE, ENTRANDO NA SINAGOGA. Porem, antes de tomar o caminho para Jerusalém, o missionário sentiu em seu coração em pregar o evangelho da circuncisão para os judeus. Ainda na cidade de Corinto, o apóstolo dos gentios havia dito que não mais pregava pra os judeus, porque sempre que chegava a um novo campo missionário encontrava a oposição dos seus compatriotas aos seus trabalhos. DISPUTAVA COM OS JUDEUS. Há quem diga que a resolução tomada por Paulo na cidade de Corinto, dizia respeito apenas aos judeus daquela cidade e não ao seu ministério ou ao restante de sua vida. Essa disputa de Paulo com os seguidores do judaísmo era no tocante as provas que o apóstolo apresentava para os judeus, dentro das Escrituras do Velho Testamento, que Jesus de Nazaré era o Messias de Deus. E, ROGANDO-LHE ELES. Neste caso, da cidade de Éfeso, pelo menos neste momento, não houve perseguição da parte dos judeus contra o apóstolo dos gentios, pelo contrário, eles foram cordiais e hospitaleiros para com o servo de Cristo. Pelo menos uma lição os judeus de Éfeso deixaram para a história do cristianismo, que é possível se conviver de forma harmoniosa, mesmo que se faça parte de religiões diferentes. QUE FICASSE POR MAIS ALGUM TEMPO. Essa forma harmoniosa de convivência entre o líder do cristianismo na cidade de Éfeso e os judeus foi que teve como resultado a formação de uma grande comunidade cristã naquela cidade. Uma das coisas que mais escandaliza o povo de Deus e a sociedade de todos os lugares é quando se percebe a desavença entre aqueles que se dizem povo de Deus, mas que vivem fazendo guerras uns contra os outros. Em Éfeso se estabeleceu a verdadeira paz entre os diferentes. NÃO CONVEIO NISSO. Não que Paulo não estivesse gostando daquela harmonia que estava acontecendo dos judeus para com ele. Pelo contrário, este fato era uma providência de Deus, mostrando ao apóstolo Paulo que ele deveria continuar pregando o evangelho da circuncisão. O fato é que o missionário tinha um compromisso consigo mesmo de passar à próxima pascoa na cidade de Jerusalém.

Atos 18:18

Atos 18:18 - E Paulo, ficando ainda ali muitos dias, despediu-se dos irmãos, e dali navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áquila, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto.

E PAULO. Diferente do que aconteceu na cidade de Atenas, em Corinto, o apóstolo dos gentios ficou apaixonado pelas suas campanhas evangelísticas, ao ponto de fazer um trabalho muito robusto nesta cidade. Em Atenas, Paulo ficou mais preocupado em suas atividades profissionais, para ganhar recursos para trazer a sua companhia seus amigos de ministério Silas e Timóteo. Já em Corinto, que ele contava com a companhia deles, se dedicou mais a pregação do evangelho e ao ensino do discipulado cristão. FICANDO AINDA ALI MUITOS DIAS. Um pouco antes, segundo nos faz saber o escritor Lucas, Paulo esteve em Corinto durante um ano e meio, conforme Atos 18:11 - E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus. Este foi o tempo suficiente para que o apóstolo dos gentios fizesse um grande trabalho em prol do reino de Cristo. Neste tempo, Paulo preparou a igreja de Cristo Jesus como ele gostava. DESPEDIU-SE DOS IRMÃOS. Desta vez, o missionário não teve que sair como fugitivo, porque os judeus, depois do que aconteceu com o procônsul Gálio, não mais intentaram perseguição com o servo de Cristo. Percebendo o apóstolo que tudo estava no seu devido lugar, então, era hora de partir para novas atividades em outros lugares. Não há dúvida que houve um grande culto de despedida com a igreja de Cristo Jesus. E DALI NAVEGOU PARA A SÍRIA. A partir de então, o apóstolo Paulo buscava fazer o caminho inverso de sua segunda viagem missionária, porque no seu coração pairava o desejo de passar a próxima páscoa em Jerusalém. A Síria era uma grande região do mundo gentílico de onde havia partido o apóstolo dos gentios, rumo ao continente europeu. Podemos afirmar que era em Antioquia da Síria que ficava a maior igreja. E COM ELE PRICILA E ÁQUILA. Quando Paulo chegou na cidade de Corinto, encontrou este nobre casal que lhe deu todo o apoio necessário para que ele pudesse de início se estabelecer naquele lugar. Não sabemos por que motivo Áquila e sua esposa estavam saindo da cidade de Corinto, ou quem sabe eles estavam apenas acompanhando o apóstolo dos gentios, uma vez que este era um costume das igrejas enviar alguém acompanhado o missionário até o próximo porto ou até a próxima cidade ou parada. TENDO RASPADO A CABEÇA EM CENCRÉIA. Cencréia era uma cidade portuária, que ficava cerca de quatorze quilômetros da banda leste da cidade de Corinto. Sendo que mais perto de Corinto havia um outro porto, que ficava na localidade chamada de Laqueum, mais ou menos a dois quilómetros e meio, sendo no lado leste desta cidade. Paulo foi para Cencréia porque este era o destino de sua viagem a Síria e palestina. PORQUE TINHA VOTO. Que voto foi este feito pelo apóstolo Paulo? Os comentaristas concordam que este foi o voto do nazireado, que incluía a abstinência de vinho ou bebidas fortes, não ter qualquer contato com cadáver algum, ainda que fosse de um parente e o crescimento dos cabelos por um determinado tempo, ou em alguns casos para a vida toda. Essa era uma tradição antiga que prevalecia entre o povo hebreu.

Atos 18:17

Atos 18:17 - Então todos os gregos agarraram Sóstenes, principal da sinagoga, e o feriram diante do tribunal; e a Gálio nada destas coisas o incomodava.

ENTÃO TODOS OS GREGOS. É possível que os judeus estivessem construindo um exército de adversários, em que estes gregos citados por Lucas sejam as pessoas comuns da sociedade de Corinto, que só estavam esperando uma oportunidade para se levantarem contra os judeus. Os judeus se achavam melhores do que os gregos ou gentios, por isso que, em termos religiosos, onde quer que houvesse uma comunidade judaica, os demais cidadãos da localidade eram tratados com desdém e descriminação. AGARRARAM. Como diz um ditado popular, o tiro saiu pela culatra, porque os judeus pensavam que teriam sucesso contra Paulo, mas os efeitos de tal levante contra Paulo tiveram resultados contrários. Cristo tinha prometido ao apóstolo dos gentios que ninguém levantaria sua mão para prejudicá-lo, e a palavra do Senhor estava tendo o seu fiel cumprimento, em que Paulo estava sendo guardado e protegido por Deus. SÓSTENES. Este Sóstenes, não deve ser o amigo e companheiro de ministério de Paulo em que o apóstolo cita em sua carta a 1 Coríntios 1:1 - Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão Sóstenes. A não ser que o Sóstenes citado neste texto que estamos comentando tenha se convertido para Cristo, o que não está descartado, como aconteceu com Cristo, que creu em Cristo, e se converteu. PRINCIPAL DA SINAGOGA. Quando Paulo chegou à cidade de Corinto, o principal da sinagoga era Crispo, porem, com a pregação do servo de Cristo, Crispo se converteu e passou a ser aliado de Paulo, inclusive como pregador do evangelho. Provavelmente, Crispo foi substituído por Sóstenes como principal da sinagoga judaica. As sinagogas locais tinha um ministério composto pelo chefe, por anciãos e pelos demais auxiliares. No caso de principal da sinagoga, ele era o representante dos líderes de Jerusalém. E O FERIRAM DIANTE DO TRIBUNAL. Os judeus que fizeram a convocação do tribunal, mediante o juiz principal que era Gálio, o procônsul e também governador, sabiam que isso poderia acontecer, porque, quando o réu era inocentando, e representava parte da sociedade, os seus defensores se levantavam contra os acusadores. Como Sóstenes era o principal da sinagoga judaica, então os gregos foram para cima dele com furor. E GÁLIO. O juiz do tribunal poderia interferir neste caso, não permitindo que os cidadãos de Corinto partissem para a violência contra o principal da sinagoga judaica, até porque a maior autoridade do tribunal era o procônsul. Todavia, tudo indica que Gálio não estava nada satisfeito com os judeus, até porque, recentemente houve resolução em Roma, por meio do imperador Cláudio, contra o povo de Israel. NADA DESTAS COISAS O INCOMODAVA. Por outro lado, podemos conjecturar que Deus estava trabalhando no coração de Gálio, no sentido de que nada de mal acontecesse contra o apóstolo Paulo, isso em cumprimento ao que o Senhor tinha falado em visão com o seu servo. Enquanto os simpatizantes de Paulo davam uma surra em Sóstenes, o procônsul Gálio não estava nem ai, no sentido de socorrer o principal da sinagoga dos hebreus. Deus sempre está do lado dos seus filhos e servos.

Atos 18:15-16

Atos 18:15-16 - Mas, se a questão é de palavras, e de nomes, e da lei que entre vós há, vede-o vós mesmos; porque eu não quero ser juiz dessas coisas. E expulsou-os do tribunal.

MAS, SE A QUESTÃO É DE PALAVRAS. O procônsul Gálio percebeu que Paulo não estava infligindo nenhum dos costumes e nem leis de Roma, e, portanto, não era culpado de nada perante o seu tribunal. Na verdade, a questão era de ordem religiosa, em que por inveja dos trabalhos com resultados positivos de Paulo, os judeus o estavam acusando. Sobre as palavras referidas pelo governador Gálio, dizia respeito ao que os judeus chamaram de doutrinas, que eram contra a legislação de Moisés. E DE NOMES. Sobre os nomes a que se reporta o procônsul, que também era uma das acusações dos judeus, dizia respeito ao nome do Messias de Deus e de Jesus, o Cristo, a quem Paulo ensinava , principalmente aos seguidores do judaísmo que eram as mesmas pessoas, ou seja, Paulo pregava que Jesus de Nazaré, que era o Cristo de Deus Pai, era o mesmo Messias ou Emanuel, sobre o qual falavam as Escrituras dos hebreus. E DA LEI. Esta lei, sobre a qual fala o texto, não dizia respeito à lei romana que prevalecia em toda a extensão do domínio romano, e que também deveria reger os costumes as tradições e a sociedade de Corinto. Mas esta lei sobre a qual se reporta Gálio, o juiz deste tribunal, dizia respeito à lei de Moisés, que os judeus acusavam a Paulo que ele era um transgressor e que dizia que ninguém era obrigado a guardar. QUE ENTRE VÓS HÁ. A realidade é que desde que Paulo havia se encontrado com Jesus na estrada de Damasco e que tinha se convertido ao cristianismo, rompendo assim com o tradicional judaísmo, por onde passava, o apóstolo dos gentios pregava o evangelho da circuncisão para os judeus, dizendo que, Jesus havia comprido a lei de Moisés em nosso lugar, e que os judeus deveriam aceitar que, Jesus era o Messias. VEDE-O VÓS MEMSOS. Gálio não deu tanta importância ao que os judeus estavam querendo que ele fizesse, que era condenar a Paulo pelo fato de que ele pregava sobre Jesus Cristo, o Salvador da humanidade. Há quem diga que o procônsul tinha uma certa simpatia por Paulo ou pelo cristianismo, mas o certo é afirmarmos que ele dava mais importância as coisas mais relevantes de sua administração do que a religião. PORQUE EU NÃO QUERO SER JUIZ DESSAS COISAS. O procônsul lavou as suas mãos neste negócio, porque não queria, para satisfazer os desejos dos judeus, praticar uma injustiça contra alguém que era inocente. Gálio se recusou a julgar esta causa envolvendo questões de ordem religiosa, até porque ele era um homem público e não um líder religioso. Não há dúvida que os judeus ficaram decepcionados com Gálio. E EXULSOU-OS DO TRIBUNAL. Gálio era o juiz daquele tribunal, portanto, vendo ele que os judeus não tinham nenhuma razão para tê-lo levado a marcar uma audiência deste tipo, demostrou que estava irritado com os acusadores. Neste momento, o procônsul determinou uma ordem que todos os judeus, que estava de forma injusta acusando a um homem inocente, deveriam sair imediatamente do tribunal. Nisto tudo, vemos a providência de Deus agindo em favor de Paulo conforme o prometido.

Atos 18:14

Atos 18:14 - E, querendo Paulo abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se houvesse, ó judeus, algum agravo ou crime enorme, com razão vos sofreria.

E, QUERENDO PAULO. O desejo do apóstolo dos gentios era se defender das acusações que os seus compatriotas judeus, mais uma vez lhe lançavam em rosto, desta vez diante de um governador. Paulo já havia tido que não pregava mais o evangelho da circuncisão para os judeus, porque sempre que o apóstolo tentava lhes convencer que Jesus era o Messias, eles não aceitavam e proibiam os demais judeus de ouvirem ao missionário. Paulo já tinha sofrido muito pelas perseguições dos judeus. ABRIR A SUA BOCA. Se Paulo fosse falar diante do procônsul sobre todos os problemas que ele já havia passado por contra da oposição dos judeus, sua defesa seria o suficiente para convencer a Gálio de que este era o problema de inveja por parte dos líderes do judaísmo. Realmente não temos como mensurar que tipo de defesa o apóstolo pretendia fazer diante dos seus opositores, porque ele não falou, só desejou. DISSE GÁLIO. Nem precisou que Paulo se levantasse no tribunal para se defender das acusações que os judeus lhe remetiam, o próprio juiz do caso quem saiu em defesa do homem de Deus. As informações que nos chegam sobre este Gálio era de que ele era um governante que gostava das coisas certas e que não aceitava injustiça contra quem quer que seja. Mas o certo é dizermos que Deus estava usando Gálio para que Paulo saísse justificado diante dos seus opositores, uma vez que ele estava agindo correto. AOS JUDEUS. Pelo que se observa nos relatos de perseguição aos líderes do cristianismo neste livro de Atos dos Apóstolos, os judeus se tornaram os ferozes inimigos do cristianismo. Foram eles que rejeitaram ao Messias de Deus, o levando a ser crucificado na cruz do Calvário. Depois disto perseguiram os apóstolos e discípulos do Senhor Jesus. Já quanto a Paulo, por todas as partes eles o perseguiam duramente. SE HOUVESSE, Ó JUDEUS. No começo deste capítulo Lucas nos faz saber que o imperador Cláudio havia decretado a saída de todos os judeus da capital do império romano, Roma. Com isso, em toda a extensão do domínio romano, as autoridades romanas não estavam de bem como o povo judeu. Gálio deu a entender que nem motivo havia para que os judeus convocassem esta reunião para acusarem a Paulo. ALGUM AGRAVO OU CRIME. Não temos como saber se Paulo tinha comunicado ao procônsul Gálio que ele era um cidadão romano. Se Gálio sabia desta realidade, então, ele só podia julgar a Paulo se realmente houvesse graves acusações, principalmente de revoltas e motins contra o império romano. Mas o procônsul foi direto ao assunto, avisando aos oponentes de Paulo que não via nenhum crime nele para tal julgamento. COM RAZÃO VOS SOFRIRIA. O juiz, até certo ponto, desdenhou dos judeus, dizendo que eles não tinham razão para lhe tirar de suas atividades para promover um vexame desta natureza. Este governador era um homem público que levava a sério os problemas da sociedade, portanto, não gostava de se envolver com coisas triviais. Se Gálio percebesse que havia motivos sérios para esse caso, não teria nenhum problema em atender ao chamado dos judeus, mas ele viu que esse julgamento era inútil.

Atos 18:12-13

Atos 18:12-13 - Mas, sendo Gálio procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus concordemente contra Paulo, e o levaram ao tribunal. Dizendo: Este persuade os homens a servir a Deus contra a lei.

MAS, SENDO GÁLIO PROCÔNSUL DA ACAIA. Este Gálio era irmão do tão conhecido poeta grego Sêneca, sobre quem o seu irmão escreveu dois de seus muitos livros. Conforme o que sobre ele foi escrito, era um homem muito gentil, tinha uma educação por excelência e tratava dos negócios públicos com muita seriedade. A Acaia era uma pequena região da Grécia, chamada de província senatorial e não imperial. A figura de procônsul era a de um governador, que também era um juiz das causas da sociedade. LEVANTARAM-SE OS JUDEUS. Esta era a segunda vez que os judeus se levantavam contra Paulo na cidade de Corinto, o que em outras cidades também aconteceram por onde o apóstolo já havia passado. A realidade é que na cidade de Corinto Paulo vinha promovendo um grande desfalque no judaísmo, porque figuras importantes da sinagoga já haviam se convertido para o cristianismo, como Crispo, seu líder principal. CONCORDEMENTE CONTRA PAULO. Neste caso da cidade de Corinto, Paulo teve a ousadia de realizar os cultos de pregação justamente em frente à sinagoga dos judeus, e isso foi uma grande afronta e desafora contra os líderes do tradicional judaísmo. Por que os judeus sempre se levantavam contra o apóstolo dos gentios? O fato é que Paulo conhecia profundamente as Escrituras dos judeus e usava-as a favor de Jesus. E O LEVARAM AO TRIBUNAL. Não temos como saber se estes judeus sabiam ou não que Paulo tinha cidadania romana, o que não poderia ser linchado em praça pública pela sociedade, mas como as leis determinavam, ele deveria ser levado para ser julgado pelas autoridades romanas. Foi justamente o que aconteceu, os judeus, que eram influentes na cidade de Corinto, conseguiram uma audiência com o procônsul. DIZENDO: ESTE PERSUADE OS HOMENS. Efetivamente o apóstolo dos gentios tinha um poder muito grande de persuasão, mas não no sentido negativo ou por meio da enganação, como os judeus estavam interpretando. A realidade é que o evangelho das boas novas de Cristo tinha em sua essência um poder de convencimento, que não era simplesmente um dote de Paulo, mais era o poder da mensagem sobre Cristo Jesus. A SERVIR A DEUS. Os opositores de Paulo se referem às doutrinas cristãs e ao discipulado aplicado pelo apóstolo, no tocante a nova vida dos convertidos ao cristianismo. Em vez de estarem com raiva de Paulo, os líderes do judaísmo deveriam estar felizes por ver que Paulo estava levando a muitas pessoas a servir a Deus. A defesa de uma religião e não do reino de Deus é que levam a muitos líderes a pensarem que somente a sua denominação é que está certa, e não a dos outros. CONTRA A LEI. Os judeus não estavam se referindo as leis romanas que regiam a sociedade de Corinto, porque Paulo conhecia bem as leis romanas, por ser cidadão romano, mas os opositores de Paulo se referem à lei de Moisés. Paulo não era contra a legislação de Moisés, o que ele fazia era dá o devido valor à lei de Moisés, dizendo que os gentios convertidos ao cristianismo não tinham a obrigação de guardar a lei.

Atos 18:10-11

Atos 18:10-11 - Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade. E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.

PORQUE EU SOU CONTIGO. O contato direto de Cristo com o apóstolo Paulo foi o suficiente para lhe carregar de coragem a fim de que o servo de Cristo cumprisse sua missão em Corinto. Se o medo havia estacionado no coração do missionário, por conta das perseguições dos judeus, agora, o homem de Deus podia ficar tranquilo, uma vez que ele tinha a garantia da presença de Cristo ao seu lado. O mais importante em nossa vida é termos a certeza de que o nosso Deus está do nosso lado o tempo todo. E NINGUÉM LANÇARÁ MÃO DE TI. Quando lemos sobre os relatos do que aconteceu nas demais cidades por onde Paulo havia passado, os judeus sempre se levantavam em perseguição contra o servo de Cristo. Na cidade de Corinto, com a conversão de Crispo e de outras pessoas da sinagoga, já era esperada uma reação mais forte de perseguição dos judaizantes contra as atividades de Paulo e seus amigos naquele lugar. PARA TE FAZER MAL. A chegada de Silas e de Timóteo da Macedônia pode ter trazido mais segurança e conforto para Paulo, mais nem assim ele estava certo de que tudo iria transcorrer normalmente me Corinto. No entanto, Com estas palavras de conforto e segurança da parte de Cristo, o apóstolo dos gentios poderia trabalhar com tranquilidade que tudo estava no controle de Cristo, o seu protetor e ajudador. POIS TENHO MUITO POVO NESTA CIDADE. Esta colocação feita por Cristo ao apóstolo Paulo nos ensina grandes lições. Às vezes imaginamos que o povo de Deus é apenas aquelas pessoas que já são convertidas e que já fazem parte de nossa denominação. Quando Cristo afirma que tinha muito gente naquela cidade, Ele estava dizendo para Paulo que já tinha determinado e ainda trabalhava para que muitos se convertessem. E FICOU ALÍ UM ANO E SEIS MESES. Nos últimos campos missionários que Paulo havia passado, sua estadia naquelas cidades não foram tão demoradas, porque sempre que os frutos da missão apareciam, também surgiam as perseguições e ele tinha que partir para o próximo trabalho. Mas em Corinto estava acontecendo o contrário, porque as palavras de Cristo estavam se cumprindo e houve tranquilidade e sossego em Corinto. ENSINANDO ENTRE ELES. A calmaria que sobreveio sobre a missão de Paulo e seus amigos de ministério lhe proporcionou o tempo necessário para que o apóstolo de Cristo se dedicasse com mais tranquilidade ao discipulado cristão. Normalmente, em seu ministério, como missionário do reino de Cristo, quando Paulo evangelizava uma cidade, ele preparava as lideranças locais para darem continuidade à obra de Cristo. A PALAVRA DE DEUS. Na cidade de Corinto, o resultado foi tão positivo que o apóstolo dos gentios se demorou mais neste lugar. Não há dúvida que Paulo realizou grandes companhas evangelísticas naquela cidade e região para pregar as boas novas do evangelho da graça de Cristo, bem como fez a aplicação adequada do discipulado cristão, isso para a edificação dos novos convertidos. O Espírito Santo de Deus deu todo o suporte necessário para que houvesse a perfeita divulgação da palavra de Deus.