quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Romanos 4:18

Romanos 4:18 - O qual, em esperança, creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência.
O QUAL. O escritor fala a respeito do amigo de Deus, Abraão, ele que se tornou uma das mais respeitadas personagens da história de Israel, porque dele foi que nasceu uma nação por completa. O que Abraão fez, dentro de sua própria época, foi algo que chamou a atenção do Deus único e verdadeiro, uma vez que, Abraão rompeu com o politeísmo desenfreado de sua época, para então, crer somente no Deus Criador de todas as coisas, e com isso, ele ganhou a amizade e as promessas de Deus.

EM ESPERANÇA. Quando se diz que Abraão foi justificado pela sua fé em Deus, isso nos remete a pensar que ele depositou completamente em Deus toda a sua confiança. Com isso, o Deus Todo-poderoso lhe fez promessas de lhe abençoar em tudo, e assim o fez o Senhor. Portanto, a esperança de Abraão foi tomando desenvoltura e crescimento, na medida em que Deus vai confirmando suas promessas em sua vida.

CREU CONTRA A ESPERANÇA. Neste caso, Paulo fala sobre dois grandes milagres que aconteceu com Abraão e com sua esposa Sara, em que Abraão já era muito avançado em idade, portanto não tinha mais como gerar um filho, bem como Sara, além de ser avançada também em idade, acima disto era estéril, não tinha como gerar em seu ventre um filho. Porem, Abraão creu no poder de Deus, que foi fiel com sua palavra.

TANTO QUE ELE TORNOU-SE PAI. De princípio, veio então Isaque como legítimo filho da velhice do patriarca Abraão, depois veio seu neto Jacó, que por sua vez deu continuidade a promessa recebida por Abraão. Com a chegada dos doze filhos de Jacó, então, a promessa feita a Abraão cada vez mais se fortalecia, ao ponto de já no Egito, os filhos de Israel se tornar uma nação dentro de outra nação, conforme a promessa. Estamos escrevendo neste ponto sobre a descendência física e genealógica de Abraão.

DE MUITAS NAÇÕES. Já nesta colocação feita pelo apóstolo dos gentios, a promessa extrapola a linhagem dos hebreus, para assumir uma conjuntura universal, ao ponto de abranger todas as nações do mundo. A igreja de Cristo já estava inclusa nas promessas feitas ao patriarca Abraão, pelo Deus que é fiel em cumprir a sua palavra, conforme o prometido. Hoje, tanto Israel quanto a igreja compõe o povo de Deus.

CONFORME O QUE LHE FORA DITO. Gênesis 15:5-6 - Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta às estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência. E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça. Paulo tenta explicar para seus leitores que, a metáfora usada por Deus, quanto as estrelas do céu, não poderia se resumir somente na nação de Israel, mas que a promessa era maior.

ASSIM SERA A TUA DESCENDÊNCIA. Se somos filhos de Abraão, por seguirmos o seu exemplo de fé em Deus, então, a promessa, além de ser da descendência física de Abraão, também se referia a descendência espiritual. A composição do Israel espiritual de Deus, que é a igreja remida de Cristo, demostra que a promessa feita aos descendentes de Abraão já apontava para o tempo favorável da nova dispensação.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Romanos 4:17

Romanos 4:17 - (Como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem.
COMO ESTÁ ESCRITO. Como este tema estava sendo enviado, principalmente para os judeus, conhecedores que eram dos escritos de Moisés, então, Paulo se reporta ao que está escrito em (Gênesis 17:5). Esta forma de se utilizar e citar o que estava escrito na literatura religiosa dos filhos de Israel dava autoridade aos escritos de Paulo, porque isso se constituía em força potencial de que suas teses e ideias não eram frutos de sua própria cabeça, mas tinha comprovações das Sagradas Escrituras dos hebreus.

POR PAI DE MUITAS NAÇÕES TE CONSTITUÍ. Esta ação positiva da parte de Deus na vida de seu amigo Abraão era uma profecia de que no futuro, com a vinda do Messias prometido, que também era o “descendente de Abraão” o Senhor iria implantar uma nova dispensação da graça geral, em que todas as nações do mundo seriam beneficiadas com a salvação de Deus em Cristo Jesus, o Redentor e Salvador.

PERANTE AQUELE NO QUAL CREU. No caso dos filhos de Israel, eles monopolizavam de tal maneira a fé judaica, ao ponto de acharem que Deus era exclusivo deles, e que os gentios jamais seriam alcançados pelos favores de Deus. Porem, a bondade, misericórdia e graça de Deus prevaleceu, quando por meio do Emanuel, Deus mesmo veio a este mundo, por meio do seu Filho Jesus, reconciliando com ele o mundo.

A SABER, DEUS. É fato que os judeus do primeiro século de nossa era cristã, não acreditavam que esta promessa feita a Abraão, de ser pai de muitas nações, se referisse à igreja de Cristo. Mas no que diz respeito a Abraão, certamente ele acreditou que viria um tempo futuro, a nova dispensação, em que Deus faria aliança com todos os povos. E por meio de sua fé na promessa de Deus é que ele foi justificado diante de Deus, como também os seus filhos da fé, pela mesma confiança são justificados.

O QUAL VIVIFICA OS MORTOS. Esta colocação feita pelo apóstolo Paulo se refere à situação de Abraão e Sara, que na época em que receberam a promessa da parte de Deus, no que concerne a gerar filho, seus corpos já estavam como que mortos, dada a idade de ambos os dois. Mas também podemos conjecturar sobre o surgimento da igreja de Cristo, o novo Israel, que perante os judeus, não tinha nenhuma esperança.

E CHAMA AS COISAS QUE NÃO SÃO. Nem na época em que viveu o patriarca Abraão, nem muito menos depois da proclamação da lei de Moisés, os gentios tinham como fazer parte da mesma aliança estabelecida entre Israel e Deus. As demais nações do mundo gentílico sempre foram rebeldes, contra a fé monoteísta, em que se crer no único Deus verdadeiro, Criador dos céus e da terra. Porem, a graça foi que prevaleceu.

COMO SE JÁ FOSSE. Mediante o seu atributo de Onipotência, o Deus Todo-poderoso faz sempre o que lhe apraz, porque nada é impossível para o nosso Deus. Quando o Senhor fez a promessa a seu amigo Abraão, de que ele seria pai de muitas nações, é porque o Deus Onisciente já anuncia uma realidade que só se cumpriu muitos séculos depois. A realidade da igreja de Cristo nos dias de hoje é fruto da promessa de Deus.

sábado, 22 de dezembro de 2018

Romanos 4:16

Romanos 4:16 - Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós.
PORQUANTO, É PELA FÉ. O escritor fala do que ele havia dito em Romanos 4:13 - Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé. Nota-se que a fé de Abraão não era segundo a legislação de Moisés, que só veio mais tarde, mais de quatrocentos e trinta anos depois, mas sua fé estava depositada no Deus de fidelidade, que era capaz de cumprir tudo que fala aos seus servos, como se deu com nosso pai Abraão.

PARA QUE SEJA SEGUNDO A GRAÇA. Quando Deus fez a promessa a Abraão, de que ele seria pai de muitas nações, não foi porque o patriarca merecia o cumprimento de tal promessa, todavia, essa mesma promessa feita a Abraão foi confirmada pela graça de Deus. Não é diferente do que ocorre com os filhos na fé de Abraão, todo aquele que acredita em Cristo e em sua obra de redenção é justificado pela graça de Deus.

A FIM DE QUE A PROMESSA. Que promessa? A de que o amigo de Deus, Abraão seria pai de muitas nações, bem como herdeiro do mundo por meio do mesmo tipo de fé que ele depositou no Deus que é fiel em tudo. A igreja de Cristo é na prática o cumprimento da promessa feita ao nosso pai Abraão. Portanto, não foi somente na descendência física de Abraão, que as profecias vaticinadas por Deus se cumpriram.

SEJA FIRME A TODA A POSTERIDADE. Quem é esta posteridade, sobre a qual escreve o apóstolo dos gentios? São todos aqueles que exercem sua fé genuína no nome de Cristo e em tudo o que envolve sua obra perfeita de redenção. Todos aqueles que têm fé em Cristo, como sendo o Messias de Deus e Salvador do mundo, pode dizer que também é um descendente pela fé, dos patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó.

NÃO SOMENTE À QUE É DA LEI. Já a posteridade da lei, diz respeito aos descendentes físicos de Abraão, passando pelo seu filho Isaque, pelo seu neto Jacó, bem como pelos doze filhos de Israel, que também é Jacó. Principalmente aqueles que depois de receberem a lei de Moisés passaram a seguir o tradicional judaísmo dos hebreus. O monopólio genealógico dos judeus foi quebrado pela fé dos que seguem a Cristo.

MAS TAMBÉM À QUE É DA FÉ QUE TEVE ABRAÃO. A fé de Abraão não era diferente da fé cristã. Assim como o amigo de Deus, quebrou o sistema comum de sua época na crença politeísta das falsas divindades, não é diferente dos gentios que rompem com o paganismo idólatra para seguirem os passos da mesma fé do nosso pai Abraão. Assim como Abraão foi justificado pela fé, não é diferente dos que crer em Jesus Cristo.

O QUAL É PAI DE TODOS NÓS. São várias as referências nos escritos do Novo Testamento afirmando que Abraão é pai dos que creem e dos que exercem sua fé verdadeira em Cristo Jesus. Essa é uma metáfora espiritual para dizer que Abraão foi uma tipologia dos futuros servos de Deus que andariam pelas pisadas da fé, assim como Abraão exerceu sua confiança em Deus. Essa colocação feita por Paulo também nos ensina sobre a escatologia de uma nova dispensação, a dispensação da graça.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Romanos 4:14-15

Romanos 4:14-15 - Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada. Porque a lei opera a ira. Porque onde não há lei também não há transgressão.
PORQUE, SE OS QUE SÃO DA LEI. Um dos motivos deste versículo é efetivamente mostrar o contraste que há entre a lei de Moisés e a fé cristã, depositada em Cristo e sua obra perfeita de redenção. Não há dúvida que o autor fala a respeito dos descendentes do patriarca Abraão, para quem foi escrita a legislação de Moisés, que também são chamados de filhos de Israel, como também conhecidos como os hebreus, ou ainda os judeus, que na época de Paulo eram seguidores do judaísmo.

SÃO OS HERDEIROS. Herdeiros de que? Das promessas de Deus fez ao seu amigo Abraão, além de herdeiros também das alianças firmadas com a linhagem de Abraão, com quem de princípio foi também feito o pacto da circuncisão. Na realidade, os hebreus foram herdeiros de algumas das promessas feitas a Abraão, como o pacto da circuncisão, a lei de Moisés, bem como a posse da terra de Canaã que eles herdaram.

LOGO A FÉ É VÃ. Todavia, se todas as promessas que os filhos de Israel receberam fosse à totalidade das coisas prometidas, então, aquela fé que justificou ao patriarca Abraão seria neutralizada. Pode até ser que durante o tempo da aliança da lei, o efeito justificador pela fé tenha sido de menor efeito, para que o pacto da lei servisse de transição para o tempo da aliança da graça de Deus, que se firmou na fé em Cristo.

E A PROMESSA É ANIQUILADA. Todas quantas promessas foram feitas a Abraão por Deus, assim foram feitas, antes do pacto da lei de Moisés, até porque Abraão viveu muitos anos antes da proclamação da legislação de Moisés para os filhos de Israel. Mas aprendemos que tais promessas não foram aniquiladas, primeiro, porque foram feita com base na fé de Abraão, e que depois, ja no tempo da graça elas se cumpriram.

PORQUE A LEI OPERA A IRA DE DEUS. O apóstolo Paulo era visto pelos seguidores do judaísmo como aquele que buscava destruir as crenças dos filhos de Israel, isso porque, ele falava com muita ousadia da legislação de Moisés, como coisa do passado. A lei requeria dos judeus total obediência as suas exigências, como os seguidores do judaísmo não cumpriam tais exigências, por isso, foram reprovados por Deus.

PORQUE ONDE NÃO HÁ LEI. No tocante a lei de Moisés, nela continha todas as regras necessárias para que os filhos de Israel vivessem conforme a vontade de Deus. Se o Senhor não tivesse dado aos hebreus a legislação de Moisés, os judeus seriam semelhantes às demais nações do mundo antigo. No entanto, o Criador de todas as coisas se deu a relevar de maneira especial aos descendentes de Abraão, pela lei.

TAMBÉM NÃO HÁ TRANSGRESSÃO. Até certo ponto, ainda que indiretamente, o escritor está afirmando que, a situação dos filhos de Israel era pior do que a dos gentios, que não conheciam a legislação de Moisés. As iniquidades dos judaizantes se tornaram cumulativas, porque eles conheciam a vontade de Deus, pela lei de Moisés, e porque não guardavam os mandamentos da lei, com isso estavam carregados de pecados. No pensamento de Paulo os que vivem por fé em Cristo já estão justificados.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Romanos 4:13

Romanos 4:13 - Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.
PORQUE A PROMESSA. Gênesis 15:5-6 - Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta às estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência. E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto imputado por justiça. Abraão conjecturava de que o seu mordomo, o damasceno Eliezer quem seria o herdeiro de todas as suas riquezas, foi então que Deus lhe prometeu que os seus descendentes seriam em multidão tão grande, como se fosse às estrelas que estavam nos céus.

DE QUE HAVIA DE SER HERDEIRO. Os descendentes de Abraão, conforme a teologia judaica, seriam então, Isaque, Jacó, as doze tribos de Israel e dai para frente os descendentes de tais patriarcas. No entanto, na economia divina, e de acordo com a tese de Paulo, os descendentes de Abraão, não eram apenas aqueles que faziam parte da linhagem de Abraão segundo a carne, mais sim, os seus filhos da promessa da fé.

DO MUNDO. Na promessa feita ao nosso pai na fé, Abraão, havia uma abrangência muito maior do que o pensamento monopolizador das tradições judaicas, porque a promessa dizia respeito a todas as nações do mundo. O escritor nos faz ver que esta promessa feita a Abraão da parte de Deus fazia parte do que veio a se cumprir nos padrões da nova dispensação da graça de Deus com toda a humanidade em Cristo.

NÃO FOI FEITA PELA LEI. Esta lei a que se refere o Apóstolo dos gentios, diz respeito à lei de Moisés, e em uma interpretação do primeiro século de nossa era cristã, podemos dizer que, dizia respeito ao sistema religioso do judaísmo, que defendia a justificação dos judeus pela circuncisão e pelo cumprimento das exigências da legislação de Moisés. Alias, a lei de Moisés era exclusivista em benefício dos judeus.

A ABRAÃO. Abraão viveu a mais de quatrocentos e trinta anos, antes da proclamação da lei de Moisés para os filhos de Israel. Portanto, Abraão viveu, não de acordo com a legislação de Moisés, mas foi a sua fé que o aproximou do Deus único e verdadeiro, o que veio a ser o método utilizado pela nova dispensação para os filhos na fé de Abraão, judeus e gentios que vivem também pela fé, como o nosso pai na fé, Abraão.

OU A SUA POSTERIDADE. Essa posteridade é a mesma coisa que descendente, o que segundo o pensamento de Paulo, neste texto, não dizem respeito aos filhos de Israel, ou aos judeus, mas sim, aos que são justificados diante de Deus pela sua fé em Cristo Jesus. Não há dúvida que os judeus teriam muita dificuldade para aceitarem este argumento de Paulo, mas é justamente esta realidade que prevaleceu depois da vinda do Messias de Deus, que implantou uma nova ordem de coisas com a sua vinda.

MAS PELA JUSTIÇA DA FÉ. Esta colocação feita por Paulo é a mesma coisa que: “justificado pela fé” como foi o caso do amigo de Deus e nosso pai na fé Abraão. Vejamos o que escreveu Paulo em Romanos 4:5 - Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. Isso nos faz compreender que o mais vil pecador, se ele crer verdadeiramente em Cristo, Ele que é a justiça de Deus, então, tal pecador será justificado diante de Deus por Cristo Jesus.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Romanos 4:12

Romanos 4:12 - E fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé que teve nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão.
E FOSSE PAI DA CIRCUNCISÃO. Essa questão a que Paulo vem se debatendo nesta sua carta aos Romanos era tão séria no primeiro século de nossa era cristã, que ele continua a defender suas teses, no sentido de deixar bem claro que, o cerimonialismo e ritualismo religioso perdeu lugar para um novo tempo onde o mais importante não era a circuncisão judaica, mais sim, a fé em Cristo, como meio de justificação. Como inicializador da circuncisão, mas foi por fé que Abraão foi justificado diante de Deus.

DAQUELES QUE NÃO SOMENTE SÃO. No que diz respeito ao envolvimento dos cristãos com o rito da circuncisão, esse passou a ser um grande problema já dentro da nova dispensação para os seguidores do cristianismo, porque muitas das lideranças da igreja primitiva, aquelas ligados a igreja matriz de Jerusalém, defendiam que os cristãos deveriam ser circuncidados, principalmente os judeus convertidos a Cristo.

DA CIRCUNCISÃO. Por outro lado, o apóstolo dos gentios defendia que, os gentios convertidos ao cristianismo não deveriam ser circuncidados em hipótese alguma, porque Cristo nos libertou das exigências da lei de Moisés, cumprindo a lei em nosso lugar. Ao mesmo tempo, Paulo afirmava que, os judeus que se convertia ao cristianismo, ele não fosse forçado a ser circuncidado pelos líderes legalistas.

MAS QUE TAMBÉM ANDAM. Agora, o apóstolo Paulo fala diretamente sobre os que romperam com o judaísmo, ou que vieram do paganismo, e que agora faziam parte do verdadeiro cristianismo. Todos aqueles que viviam de conformidade com a fé cristã, deveriam andar conforme o exemplo deixado pelo patriarca Abraão que foi justificado pela fé e não pela circuncisão, que só veio depois de alguns anos mais tarde.

NAS PISADAS DAQUELA FÉ. A parte humana no processo da justificação diante de Deus, já dentro da nova dispensação da graça, implantada por Cristo, depende da fé do homem em Cristo e em sua obra perfeita de redenção. Já no que diz respeito à parte divina no processo da justificação do homem perante a justiça de Deus, Cristo já fez o que teria de ser feito, no sentido de tornar os seus remidos justos diante de Deus.

QUE TEVE NOSSO PAI ABRAÃO. Porque Abraão é considerado o pai dos que vivem pela fé? Porque ele rompeu com os sistemas de crenças dos homens de sua época e passou a crer somente no Deus único e verdadeiro, quando o normal daquela época, era adorar e venerar os ídolos e as imagens de esculturas dos pagãos. Para Paulo, o cristão tinha que romper com o sistema judaico, bem como com o paganismo.

QUE TIVERA NA INCIRCUNCISÃO. Quando Abraão foi justificado pela sua fé, ele já estava circuncidado, ou foi ainda no seu estado de incircuncisão? Essa é a questão levantada por Paulo para com os judeus de Roma. A própria cronologia dos fatos narrados pelo escritor Moisés, demostra que, Abraão foi justificado pela sua fé, antes de estabelecer o rito da circuncisão. Desta forma, fica muito claro que a fé que justifica o homem diante de Deus é muito mais relevante do que a circuncisão física.

sábado, 15 de dezembro de 2018

Romanos 4:11

Romanos 4:11 - E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que creem, estando eles também na incircuncisão; a fim de que também a justiça lhes seja imputada.
E RECEBEU O SINAL DA CIRCUNCISÃO. Paulo fala a respeito de Abraão, que recebeu a promessa da justificação pela fé, quando ainda não tinha recebido o sinal exterior da circuncisão na carne. Neste caso, o escritor fala da circuncisão do coração e não da circuncisão do prepúcio. Certamente o autor se reporta sobre o sinal da fé, que serviu de justiça para Abraão, porque Deus viu no seu mais íntimo, no coração, sinceridade e lealdade para fazer aliança com o Ele, e foi assim que foi justificado Abraão pela fé.

SELO DA JUSTIÇA DA FÉ. Os judeus quando se esforçavam para cumprir a legislação de Moisés, se vangloriavam de seus méritos pessoas, e não da justiça que vem de Deus pela fé Nele. Esta justiça da fé é que, basta o homem crer na obra de redenção já realizada por Cristo, e desta forma ele é justificado diante de Deus, porque a graça do Deus de misericórdia o torna justo diante da justiça divina pelo perdão dos pecados.

QUANDO ESTAVA NA INCIRCUNCISÃO. O apóstolo dos gentios volta a falar de quando Abraão recebeu a promessa de justificação pela sua fé, que foi justamente mais ou menos quinze anos antes do sinal exterior da circuncisão do prepúcio. Com isso, entende-se que a fé foi mais eficiente, porque veio bem antes, da circuncisão da carne. A fé do patriarca foi quem o fez confiar em todas as promessas de Deus para sua vida.

PARA QUE FOSSE PAI DE TODOS OS QUE CREEM. Essa é uma crença comum de todos os cristãos verdadeiro, que Abraão é pai de todos os que por fé aceitam a Cristo como Senhor e Salvador. Mas para os judeus, esse era um insulto, porque eles monopolizavam a fé do patriarca Abraão, uma vez que, eles achavam que somente os hebreus eram os verdadeiros herdeiros das promessas de Deus ao seu amigo Abraão.

ESTANDO ELES TAMBÉM NA INCIRCUNCISÃO. Sobre quem fala o escritor? Sobre todos os povos, gentes e nações! Deus mandou seu amigo Abraão olhar para os céus e contar as estrelas, se assim ele o pudesse fazer, do mesmo modo, o Senhor lhe prometera que seria a sua descendência, e isso, não poderia se cumprir somente na descendência física. Portanto, os incircuncisos gentios também são filhos de Abraão.

A FIM DE QUE A JUSTIÇA. Que justiça? A justiça da fé, como aconteceu com Abraão! Para os judeus era deferente, porque para os seguidores do judaísmo, se alguém era circuncidado, então, já era o suficiente para ser justificado diante da Deus, isso porque, achavam que a justificação de Abraão se deu pela circuncisão e não pela sua fé depositada em Deus. O mais importante para Paulo era a fé e não a circuncisão.

LHES SEJA IMPUTADA. Que seja um judeu, ou que seja um gentios, não importa a nacionalidade, a raça ou a nação, quando de fato crer verdadeiramente no nome de Cristo e na sua obra perfeita de redenção, a justiça de Deus o considera como justificado, não por merecimento pessoal, mas sim pela justiça completa de Cristo em favor dos seus remidos, o que o evangelho chama de expiação, porque Cristo foi crucificado em lugar dos seus escolhidos, o que resultou na reconciliação com Deus.

Atos 28.30-31

Atos 28.30-31 - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o rein...